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Clique - Navegue nas Ondas Curtas do Radio

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41Por certo, essa diversidade de opções tende a confundir o comportamento humano aocentrar-se nesse aparato tecnológico ape<strong>nas</strong> como opção de divertimento, sem umaconsciência crítica de saber utilizá-lo para materializar suas ações na sociedade. Isso reforça oque Durand (2004) já reiterou acerca da produção técnico-científica como faculdade dedistração, sem refletir sobre o resulta<strong>do</strong> dessa produção e seu impacto sociocultural.Entre o protagonismo e o antagonismo, o certo é que as imagens estão presentes emvárias instâncias da vida humana. Porém, como não poderia ser diferente, seu uso eassociação, seja na mídia ou em qualquer outro contexto, sempre remete à concepção mentalque temos acerca delas. As palavras de Joly (1996, p. 19), são propícias para ilustrar talargumentação:Instrumento de comunicação, divindade, a imagem assemelha-se ouconfunde-se com o que representa. Visualmente imita<strong>do</strong>ra, pode enganar oueducar. Reflexo, pode levar ao conhecimento. A sobrevivência, o Sagra<strong>do</strong>, aMorte, o Saber, a Verdade, a Arte, se tivermos um mínimo de memória, sãoos campos ao que o simples termo „imagem‟ nos vincula. Consciente ou não,essa história nos constituiu e nos convida a abordar a imagem de umamaneira complexa, a atribuir-lhe espontaneamente poderes mágicos,vinculada a to<strong>do</strong>s os nossos grandes mitos.Daí a ideia de pensar a veiculação de imagens não propriamente na religião ou nosmeios visuais (onde elas podem ser visualizadas com facilidade), mas no contexto <strong>do</strong> espectroradiofônico – da invisibilidade. “O rádio está para o olho, assim como a fotografia está para aoralidade”, já dizia McLuhan (1964). Parece ser um para<strong>do</strong>xo adentrar no meio auditivo parafalar acerca <strong>do</strong> ato de ver. Assim como é complexo falar sobre o rádio como um meio decomunicação de excelência na sociedade, quan<strong>do</strong> se tem a acessibilidade de uma parafernáliatecnológica, exercen<strong>do</strong> funções tão mais diversificadas quanto à radiofonia.Por isso, falar sobre o rádio sempre soa como se fosse uma nostalgia de quem sedescuida da potencialidade tecnológica que nos cerca e põe em contato com as diferenteslinguagens visuais, para potencializar um meio de comunicação de cunho tradicional. Então, oque o rádio tem de especial que se reflete na dimensão da imago e que o diferencia <strong>do</strong>seminentes veículos de massa?Em princípio atentemos às palavras de De Fleur (1976). Ele já profetizava que osmass media que estão além <strong>do</strong> nosso alcance se tornarão tão pouco atrativos quanto osveículos que ora utilizamos. Não que o rádio seja superior ou inferior às demais mídias, masnão se pode negar que embora a radiofonia esteja centrada no plano auditivo ela se constituinum importante componente da imagem. E por isso assume uma condição muito particular

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