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<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 17 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013 9e <strong>de</strong> pensar as situações. Estas sãoda própria pessoa e que tem a vercom a sua personalida<strong>de</strong>.Os jovens estão preparados paraaceitarem um trabalho que fiqueaquém das suas expectativas enquantolicenciados?Há pessoas que tiram o seu grauacadémico e estão dispostas a aceitarquase tudo como forma <strong>de</strong> entrarno mercado para <strong>de</strong>pois fazeremo seu percurso; há outras queabaixo <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado nível nãoaceitam nada. Estamos numa épocaem que as pessoas constroem ereconstroem os seus percursos sucessivamente.Per<strong>de</strong>u-se a noção<strong>de</strong> linearida<strong>de</strong>, em que se entravacomo colaborador <strong>de</strong> uma organizaçãoe daí a <strong>de</strong>z anos ter-se-ia umafunção <strong>de</strong> gestão elevada. Isso hojepo<strong>de</strong> não acontecer. As pessoasvêem o chão que pisam pouco fixoe necessitam <strong>de</strong> saber que hojeestão nesta organização, mas amanhãpo<strong>de</strong>m estar noutra ou fora domercado, e que este <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> terfronteiras.A emigração tem <strong>de</strong> estar presenteDoutorandoUma vida ligadaao ensinoO percurso profissional <strong>de</strong> CarlosSilva é extenso. Licenciado emRelações Internacionais, navertente económica, o director doISLA possui ainda o mestrado emEconomia Internacional e está aterminar o doutoramento emGestão – Ramo <strong>de</strong> Estratégia.Docente e coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> cursosno ISLA, tem ainda uma vastaformação profissional, on<strong>de</strong> se<strong>de</strong>staca a formação em Marketing,na Brighton School of Business andManagement, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Sussex, Ética e Deontologia, naOr<strong>de</strong>m dos Avaliadores, Plano <strong>de</strong>Marketing e Comportamento doConsumidor, na Socieda<strong>de</strong>Portuguesa <strong>de</strong> Inovação. Aos 42anos, é apaixonado pela fotografia,mas lamenta a falta <strong>de</strong> tempo paradisponibilizar a este seu hobby.Filatelia e leitura <strong>de</strong> livros técnicossão outros interesses.RICARDO GRAÇAno pensamento dos jovens licenciados?Sem dúvida nenhuma. No séculoXV éramos dois milhões, não tínhamoso conhecimento que temoshoje, e <strong>de</strong>scobrimos novosmundos. No século passado, nosanos 50 e 60, as pessoas não sabiamler nem escrever e aventuraramsepara outros mercados. Hoje aspessoas têm medo. Ou tinham,porque vemos que, <strong>de</strong> repente, háuma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas quepercebeu que a solução tambémestá lá fora.O País per<strong>de</strong> com a saída dos seusactivos?Obviamente. Neste momento, arriscamosestar a formar os quadros<strong>de</strong> outros países. Um aluno quetermine a sua licenciatura no sectorpúblico vê o seu esforço chegar abom termo, mas tem <strong>de</strong> se ter a noçãoque foi o Estado que financiouo seu esforço e, neste sentido, estamosa financiar as empresas e osquadros das empresas que são potencialmenteconcorrentes no nossomercado.Os empregadores estrangeiros elogiamos nossos licenciados.Porque são bons. Porque encontramo ambiente on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m florescer, amotivação e outros pares que os levama <strong>de</strong>safios que aqui não encontram.É importante a pessoa sentirque tem espaço para evoluir, paramostrar e errar, ou seja, ganhar experiência.Até ao final do seu percurso<strong>de</strong> vida estará sempre a apren<strong>de</strong>r,logo estará sempre na iminência<strong>de</strong> errar. Se estiver numa organizaçãoque motive e que consiga perceberque há uma aposta em si, é excelente.Não duvido da competência dosalunos que se licenciam em Portugal,temos é que encontrar o paradigmacerto para eles ficarem ao serviço danossa economia para reconstruiraquilo que é preciso.O ISLA tem um forte concorrenteem <strong>Leiria</strong> chamado IPL. Como sãoas relações?Não consi<strong>de</strong>ramos o politécnicocomo uma entida<strong>de</strong> concorrente,porque é uma instituição financiadapelo Estado e que tem um preçoentregue ao aluno que é mais baixodo que aquele que é real. Seria umsinal <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> muito forte seum dia a tutela enten<strong>de</strong>sse que nasregiões on<strong>de</strong> há esta convivência,pu<strong>de</strong>sse haver uma gestão daquiloque é a mera repetição da oferta <strong>de</strong>cursos idênticos ou similares, sendouns financiados e outros não.A nível nacional, a maioria dos cursoschumbados foram das escolasprivadas. Será que é uma forma<strong>de</strong> condicionar a entrada <strong>de</strong> novosalunos no privado?Todos nós já enten<strong>de</strong>mos que existeuma pressão do sector público<strong>de</strong>vido à quebra <strong>de</strong> alunos, que setraduz em dificulda<strong>de</strong>s do ponto <strong>de</strong>vista <strong>de</strong> tesouraria e do ponto <strong>de</strong>vista financeiro para manter as instituiçõesabertas. Há instituiçõesque equacionam fechar. Não queroacreditar que haja um condicionamentodo sector privado no sentido<strong>de</strong> alimentar o sector público, porqueo País merece melhor. Fica nodomínio da especulação acreditarou não que isso acontece.De que forma o nome Lusófona foiprejudicado com as notícias sobrea licenciatura <strong>de</strong> Miguel Relvas?A forma como foi tratado levou aque as pessoas olhassem um bocadinho<strong>de</strong> lado para a situação. A licenciaturado senhor ministro Miguel Relvas,e não estou por <strong>de</strong>ntro do processo,é obtida por um sistema <strong>de</strong>acreditação que está previsto na lei.Obviamente que situações <strong>de</strong>stas,que têm necessariamente <strong>de</strong> ser muitobem explicadas, po<strong>de</strong>m levar a quese olhem as instituições com um armais <strong>de</strong>sconfiado. Também percebemosque existem outros interessesque estão para lá da licenciatura.Quando temos o nome <strong>de</strong> um grupo,ao qual pertencemos há cerca <strong>de</strong> umano, associado a uma situação quenão nos é nada favorável, obviamenteque as pessoas ficam preocupadas.O ISLA está <strong>de</strong>ntro do grupo, mas tema sua autonomia científica e pedagógicae trabalha a questão da acreditação<strong>de</strong>ntro da lei, mas com uma metodologiaum pouco diferente.ApostaExiste umreforço dainvestigaçãonos cursos❚ O número <strong>de</strong> alunos do ISLA <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> já foi muito superior? A quese <strong>de</strong>ve a diminuição?Já tivemos pouco mais <strong>de</strong> 1000,hoje são cerca <strong>de</strong> 340 alunos. Estadiminuição tem muito a ver comfactores externos à instituição eque assentam na autorização <strong>de</strong>cursos idênticos na região ou quevão ao encontro da expectativasdos alunos e dos agregados familiares.Todas as instituições foramadoptando estratégias <strong>de</strong> proliferação<strong>de</strong> cursos. Nós optámos porconsolidar aqueles que já tínhamose fomos fazendo os <strong>de</strong>vidos ajustamentos,percebendo que o mercadotem também os seus ciclos eque os alunos têm mais opções <strong>de</strong>escolha. O ISLA vai centrar toda asua activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro das ciênciassociais, no sentido do largo espectro.Ou seja, todas as ciências ligadasàs pessoas, na área da gestão,na segurança das pessoas nas organizações,como segurança e higieneno trabalho. Continuaremosa fazer uma aposta na área da Psicologia,que teve um interregno.Qual a razão do interregno?Recebemos a menção <strong>de</strong> não acreditaçãopor parte da Agência <strong>de</strong>Avaliação, o que significa que esteano não pu<strong>de</strong>mos aceitar novosalunos. Temos <strong>de</strong> ter as condiçõespara que os actuais alunos possamterminar o curso e fazer o seu percurso.Mas, fazemos ponto <strong>de</strong> honraem voltar a oferecer Psicologia aomercado.Em que se baseou a Agência paraa não acreditação?Os aspectos que foram mencionadosrelacionam-se com o corpodocente, com o plano <strong>de</strong> estudos –que nos propusemos <strong>de</strong> imediato afazer as alterações sugeridas, masque não consi<strong>de</strong>raram – e o reforçona investigação, que é algo queestamos a fazer em todos os cursosem que temos registados crescimentosanuais. Mesmo na área daPsicologia tivemos um crescimentoanual acima <strong>de</strong> 100%, em termosmédios.De que forma o ISLA preten<strong>de</strong> recuperarmais alunos?Enten<strong>de</strong>mos a nossa missão centradanos 1.º e 2.º ciclos <strong>de</strong> estudo.Neste momento, temos a funcionarquatro licenciaturas e dois mestrados.Há cerca <strong>de</strong> 12 anos procurámosenquadrar outros públicos.Estamos a falar <strong>de</strong> formações <strong>de</strong>curta duração ou <strong>de</strong> actualização,para licenciados e não licenciados,e também pós-graduações. Arecuperação <strong>de</strong> alunos tem muitoa ver com a nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>manter os cursos atractivos.

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