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Documento Completo - Agência Portuguesa do Ambiente

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NOTA DO SENHOR SECRETÁRIO DEESTADO DO ORDENAMENTODO TERRITÓRIO E DAS CIDADESA valorização e requalificação <strong>do</strong> litoral e das ribeiras costeiras constituem um <strong>do</strong>mínio prioritário da política nacional e dasorientações comunitárias.Engloban<strong>do</strong> áreas particularmente sensíveis e complexas, a zona costeira exige uma gestão pró-activa e integrada, capaz demobilizar entidades e cidadãos em torno de objectivos claros e partilha<strong>do</strong>s.Às Administrações de Região Hidrográfica, recentemente criadas, cabe, justamente, um papel decisivo na prossecução dessa tarefa.Este <strong>Documento</strong> Enquadra<strong>do</strong>r, que será complementa<strong>do</strong> por Relatórios específicos prepara<strong>do</strong>s para cada um <strong>do</strong>s municípiosda área de intervenção da ARH Tejo, I.P., assume de forma plena essa missão. E fá-lo a<strong>do</strong>ptan<strong>do</strong> os valores que devem regeruma Administração eficiente e responsável: visão estratégica, abertura, simplificação, prestação de contas.Na verdade, este <strong>Documento</strong> Enquadra<strong>do</strong>r assume um carácter simultaneamente programático e pedagógico.Por um la<strong>do</strong>, define objectivos, propõe acções, identifica responsabilidades institucionais, prevê metas.Mas ao mesmo tempo clarifica regras, critérios e conteú<strong>do</strong>s, esclarece procedimentos, em particular no que se refere aprocessos instrutórios e concursais, sugere <strong>do</strong>mínios de colaboração, formas de organização de trabalho e sistemas de gestão.Este <strong>Documento</strong> visa, portanto, uma dupla finalidade.Em primeiro lugar, representa um referencial para decisores, públicos e priva<strong>do</strong>s, cujas acções têm incidência na zona costeira.Cria, assim, um contexto favorável a uma maior cooperação entre entidades e a uma melhor articulação de instrumentos depolítica, aspectos decisivos na gestão adequada de áreas tão sensíveis e complexas como as que estão aqui em causa.Complementarmente, constitui um verdadeiro manual de boas práticas e promove uma atitude de permanente clarificação,simplificação e diálogo, com óbvio ganho para a qualidade das acções a desenvolver e para os prazos para as executar.Tiran<strong>do</strong> parti<strong>do</strong> <strong>do</strong> conhecimento acumula<strong>do</strong> nas várias entidades com intervenção no litoral, a ARH Tejo, I.P., com este<strong>Documento</strong> Enquadra<strong>do</strong>r, vem-nos mostrar que uma entidade nova não pode deixar de ser inova<strong>do</strong>ra.Mais <strong>do</strong> que isso, vem revelar a sua postura de trabalho num <strong>do</strong>mínio tão decisivo como a valorização e requalificação <strong>do</strong>litoral: objectivos bem identifica<strong>do</strong>s, conhecimento <strong>do</strong> terreno, aposta na divulgação de informação e na capacitaçãoinstitucional, trabalho em parceria.Esta é a melhor garantia de que o desígnio da valorização e qualificação <strong>do</strong> litoral será cumpri<strong>do</strong>.João Ferrão


ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL06|07 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL10|11 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


INTRODUÇÃOA Administração da Região Hidrográfica <strong>do</strong> Tejo, I.P. (ARH<strong>do</strong> Tejo, I.P.), é o organismo responsável pela protecçãoe valorização das componentes ambientais das águas egestão sustentável <strong>do</strong>s recursos hídricos na área da regiãohidrográfica <strong>do</strong> Tejo, de acor<strong>do</strong> com o disposto no artigo 9.ºda Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro (Lei da Água).Na mesma data em que entraram em funcionamento asAdministrações de Região Hidrográfica (1 de Outubro de2008), a ARH <strong>do</strong> Centro, I.P. delegou na ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P.,através <strong>do</strong> Despacho n.º 4593/2009, de 6 de Fevereiro, ascompetências de gestão <strong>do</strong>s recursos hídricos das baciashidrográficas das ribeiras <strong>do</strong> Oeste, das massas de águas detransição, subterrâneas e costeiras que lhe estão associadas,com os respectivos leitos, margens e faixas terrestres deprotecção.num plano de acção que permita, de forma concertada earticulada, caminhar no senti<strong>do</strong> da excelência no médio prazo.É convicção deste Instituto que o sucesso das acções eprogramas estratégicos que constam deste <strong>do</strong>cumentoimplica o envolvimento e a participação de vários agentes,incluin<strong>do</strong> autoridades ambientais, sector priva<strong>do</strong> e representantesda própria comunidade, sen<strong>do</strong> as autarquiaslocais actores-chave, quer no planeamento, quer na implementaçãodas acções programadas.Pretende-se assim que este <strong>do</strong>cumento venha a criar umcontexto favorável a uma maior cooperação entre entidades,apostan<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o trabalho desenvolvi<strong>do</strong> fortemente nadivulgação de informação, no desenvolvimento de tarefasem parceria e em formas de organização de trabalho.A área sob jurisdição deste Instituto abrange assim uma frentelitoral de cerca de 290 km, com 131 zonas balneares (emambos os casos cerca de 32 % <strong>do</strong> litoral de Portugalcontinental) e é caracterizada por um eleva<strong>do</strong> valor paisagísticoe biofísico, de grande valia e potencialidade. Devi<strong>do</strong> àforte atractividade deste território, este encontra-se sujeito apressões de ocupação muito significativas, sen<strong>do</strong> visíveis assuas consequências na generalidade da zona costeira.Tal como anteriormente referi<strong>do</strong> na nota <strong>do</strong> Secretário deEsta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ordenamento <strong>do</strong> Território e das Cidades e naapresentação <strong>do</strong> Presidente da ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., o presente<strong>do</strong>cumento pretende estabelecer um conjunto de conceitosbase que enquadrem uma estratégia de protecção evalorização <strong>do</strong> litoral da jurisdição deste Instituto que, emarticulação com os 13 municípios envolvi<strong>do</strong>s e demaisentidades com competências no litoral, venha a traduzir-seNo quadro desta filosofia, a ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. desenvolveráe apoiará a elaboração de um conjunto de planos, estu<strong>do</strong>s,projectos e obras, assim como a submissão de candidaturasaos fun<strong>do</strong>s comunitários, ven<strong>do</strong> por isso vantagens naconstituição de parcerias em torno das acções que sejamelegíveis ao QREN, num quadro de requalificação e dedesenvolvimento de actividades específicas <strong>do</strong> litoral, quecontribuam efectivamente para a gestão integrada daszonas costeiras e prosperidade local.Atenden<strong>do</strong> a que os recursos financeiros são escassos,importa que as acções a desenvolver sejam priorizadasem função da sua qualidade e oportunidade, poden<strong>do</strong>-seavançar como tipologias <strong>do</strong>minantes de acções a incentivar:- Planos de ordenamento e de requalificação urbana queintegram frentes de mar que privilegiem o tratamento e aconversão de espaços de utilização pública;


- Requalificação de praias balneares, estruturas deapoio associadas e sua envolvente;- Protecção e valorização <strong>do</strong>s sistemas naturais costeirosexploran<strong>do</strong> a dimensão lúdica e cénica associadaao espaço natural numa óptica de mobilidade nãomotorizada (rede de percursos pe<strong>do</strong>nais e ciclaveis);- Requalificação das ribeiras costeiras, numa perspectivade aproximação <strong>do</strong> conceito de “corre<strong>do</strong>resverdes”, em articulação com os projectos de requalificaçãoda orla costeira e rede de percursos pe<strong>do</strong>naise ciclaveis;- Medidas de prevenção e minimização <strong>do</strong> riscoassociadas aos litorais de arriba e arenoso ou quevisem a adaptação às alterações climáticas;- Medidas de controlo da qualidade da água balnear.A um outro nível deverão incentivar-se outros projectosque poderão incluir:- Projectos alternativos de turismo e lazer, que diversifiquema utilização <strong>do</strong> espaço praia e promovamuma procura turística menos sazonal (ex: projectosque visem uma maior interacção com a natureza ebiodiversidade locais, a conservação <strong>do</strong> patrimóniocultural, a gastronomia local e o apoio a actividadeseconómicas locais, sobretu<strong>do</strong> as de carácter maisespecifico e até tradicional);- Projectos de ecoturismo e turismo rural;- Projecto integra<strong>do</strong>s que incentivem a exploraçãode transportes, que não o automóvel, nos destinosturísticos, ou que visem minimizar o congestionamento<strong>do</strong> tráfego;- Esquemas de reciclagem;- Sistemas eficientes de abastecimento e consumo deágua;- Conservação de energia;- Acções de desenvolvimento das capacidades e formação,destinadas às autarquias locais e às empresas eassociações empresariais.Infere-se pois que as acções que constam neste <strong>do</strong>cumentonão esgotam as actuações que se perspectivamnum futuro próximo, estan<strong>do</strong> como tal aberto, quer aparcerias no âmbito <strong>do</strong>s temas que a seguir sãoreferi<strong>do</strong>s, quer a outros projectos, desde que alinha<strong>do</strong>scom a política nacional e comunitária de protecção evalorização <strong>do</strong> litoral.ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL12|13 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


SECÇÃO IIMPLEMENTAÇÃO DOS PLANOSDE ORDENAMENTO DA ORLACOSTEIRA (POOC)


ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL16|17 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Planos de Ordenamento de OrlaCosteira (POOC):• Ovar - Marinha Grande• Alcobaça - Mafra• Sintra - Sa<strong>do</strong>• Cidadela - Forte de S. Julião daA implementação <strong>do</strong>s POOC na área de intervenção da ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., implica a realização de um conjunto de acçõesque visa atingir os seguintes objectivos:1.1. IMPLEMENTAÇÃO DE PLANOS DE PRAIA,através da elaboração de projectos de execução eobras de requalificação para as praias classificadascomo balneares (Tipos I, II e III) e sua envolvente;1.2. REQUALIFICAÇÃO DAS INSTALAÇÕESNAS PRAIAS MARÍTIMAS TITULADAS PELAARH DO TEJO, I.P. e cuja manutenção se encontraprevista;1.3. Atribuição, mediante CONCURSOS PÚBLI-COS E PROCEDIMENTOS CONCURSAIS, denovas ocupações <strong>do</strong> Domínio Público Marítimo(DPM);1.5. DEMOLIÇÃO e remoção de estruturas cujamanutenção não se encontra prevista;1.6. Elaboração de estu<strong>do</strong>s, planos e projectosespecíficos, para aplicação de medidas de gestãointegradas ou concretização de obras de requalificação,referentes a unidades territoriais que, pelassuas características, se individualizam em relação àgeneralidade da orla costeira – UOPG – UNIDA-DES OPERATIVAS DE PLANEAMENTO EGESTÃO;1.7. Elaboração e concretização de Estu<strong>do</strong>s, Projectose Obras relacionadas com o Risco;1.4. REQUALIFICAÇÃO DAS INSTALAÇÕESNAS PRAIAS MARÍTIMAS LICENCIADASPELAS CAPITANIAS DOS PORTOS e cujamanutenção se encontra prevista;1.8. Elaboração e concretização outros Estu<strong>do</strong>s,Projectos e Obras complementares aos previstosem POOC.


1.1. PLANOS DE PRAIAOBJECTIVO:Requalificar todas as praias classificadas como balneares pelos POOCCOORDENAÇÃO:ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P.ENTIDADES ENVOLVIDAS:Autarquias, INAG, I.P., Autoridades Marítimas, CCDR-LVT, CCDR-Centro e ICNBCALENDARIZAÇÃO:A definir anualmente no âmbito das estratégias concelhiasFINANCIAMENTO PÚBLICO:QREN, PIDDAC ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., Autarquias e INAG, I.P.META:Todas as praias requalificadas em 2015No âmbito <strong>do</strong>s POOC encontra-se prevista a elaboraçãode um conjunto de projectos de execução relativos a todasas praias classificadas pelos planos com as tipologias I, IIe III (praias balneares). Os projectos em causa, designa<strong>do</strong>spor Planos de Praia, incidem sobre o areal da praia esua envolvente, visan<strong>do</strong> a requalificação de todas as praiasclassificadas como balneares pelos POOC (estacionamentosde apoio, acessos, sinalização, criação de zonas deestadia e recreio, envolvente natural, etc.).representadas as diferentes entidades envolvidas – ARH<strong>do</strong> Tejo, I.P., Câmaras Municipais, Capitanias, CCDR--LVT, CCDR-Centro e ICNB, com a função de, dentro decada serviço, agilizar procedimentos e providenciartodas as condições necessárias a:- Definir critérios, de acor<strong>do</strong> com as competênciasespecíficas de cada uma das entidades, a que deverãoobedecer os projectos de requalificação;No que diz respeito aos projectos, deverá ser esteInstituto a coordenar a elaboração <strong>do</strong>s mesmos. Ten<strong>do</strong>presente to<strong>do</strong> o processo associa<strong>do</strong> à requalificação dasPraias Balneares foram ou irão ser constituí<strong>do</strong>s gruposde trabalho (um por cada concelho), nos quais estão- Analisar os projectos e acompanhar o seu desenvolvimento,de acor<strong>do</strong> com as competências específicasde cada uma das entidades;- Elaborar pareceres conjuntos.ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL18|19 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Santa Cruz – Torres Vedras


Santa Cruz – Torres Vedras


Do trabalho de cada um <strong>do</strong>s grupos constituí<strong>do</strong>s, queinclui visitas de reconhecimento ao terreno, resultaráassim a elaboração <strong>do</strong>s termos de referência <strong>do</strong>sprojectos que explicitam, caso a caso, e o maisexaustivamente possível, as condições a que devemobedecer os projectos a elaborar, por forma a darcumprimento às regras e disposições definidas pelosPOOC e às especificidades da situação em causa. Oacompanhamento da elaboração <strong>do</strong>s projectosculminará na sua aprovação de forma consensual.Relativamente às obras a desenvolver no âmbito daimplementação <strong>do</strong>s Planos de Praia, as mesmas deverãoser concretizadas pelas Autarquias, privilegian<strong>do</strong>-se oformato de contratos técnico-financeiros ou contratos--programa, a ser celebra<strong>do</strong>s casuisticamente com esteInstituto, em função <strong>do</strong>s projectos em apreço, ten<strong>do</strong> porobjectivo o apoio técnico e financeiro ao desenvolvimentode obras associadas à concretização de Planosde Praia. Nesta fase, será da competência <strong>do</strong>s elementosconstituintes <strong>do</strong>s grupos de trabalho agilizarprocedimentos e providenciar todas as condiçõesnecessárias a:- Acompanhar as obras;- Participar em vistorias.Em função <strong>do</strong> previsto nos POOC a ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. emarticulação com as Autarquias e INAG, I.P., elaboraanualmente uma proposta de calendarização detarefas (projectos e obras).ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL22|23 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Santa Cruz – Torres Vedras


ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL24|25 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Santa Cruz - Torres Vedras


ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL26|27 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Paredes de Vitoria – Alcobaça


Légua – Alcobaça


1.2. REQUALIFICAÇÃO DAS INSTALAÇÕESNAS PRAIAS MARÍTIMAS TÍTULADASPELA ARH DO TEJO, I.P.OBJECTIVO:Requalificar to<strong>do</strong>s os Apoios de Praia e Equipamentos previstos em POOCCOORDENAÇÃO:ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P.ENTIDADES ENVOLVIDAS:Câmaras Municipais, Autoridades Marítimas, Serviço Nacional de Protecção Civil (ANPC), Autoridade de Saúdee FERECA (Federação da Restauração, Cafés, Pastelarias e Similares de Portugal)CALENDARIZAÇÃO:Em função das notificações a efectuar pela ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P.FINANCIAMENTO PÚBLICO:Não carece (obras da responsabilidade <strong>do</strong>s titulares)META:Todas as estruturas requalificadas em 2012No âmbito <strong>do</strong> processo de requalificação das instalaçõesnas praias marítimas, cujo título de utilização <strong>do</strong>Domínio Público Marítimo é da responsabilidade daARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. (Apoios de Praia e Equipamentos), épossível considerar duas fases:- Uma primeira que corresponderá ao processo deadaptação das instalações existentes cuja manutençãoé prevista no plano;- Uma segunda que corresponderá aos processos deexecução de instalações novas decorrentes da realizaçãode procedimentos concursais e concursos públicos.A concretização das acções aplicáveis às diferentesinstalações insere-se num processo complexo e noâmbito <strong>do</strong> qual está envolvi<strong>do</strong> um conjunto de entidadescom competências ao nível da emissão de pareceres,autorizações, licenças, concessões e da realização devistorias.Ten<strong>do</strong> presente to<strong>do</strong> o processo associa<strong>do</strong> à requalificaçãodas instalações em causa foram ou irão serconstituí<strong>do</strong>s grupos de trabalho (um por cadaconcelho), nos quais estão representadas as diferentesentidades envolvidas – ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., CâmarasMunicipais, Autoridades Marítimas, Serviço Nacional deESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL30|31 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Apoio de Praia Simples - P27-L1 – Praia da Gambôa – Peniche


Apoio de Praia Simples - P27-L1 - Praia da Gambôa – PenicheProtecção Civil (ANPC), Autoridade de Saúde eFERECA (Federação da Restauração, Cafés, Pastelariase Similares de Portugal) – no processo de adaptação,licenciamento, concessão e vistoria das estruturas emcausa, com a função de, dentro de cada serviço, agilizarprocedimentos e providenciar to<strong>do</strong>s os elementosnecessários, por forma a:- Definir critérios, de acor<strong>do</strong> com as competênciasespecíficas de cada uma das entidades, a que deverãoobedecer os projectos, a solicitar aos proprietários dasinstalações em causa;- Analisar os projectos e acompanhar o seu desenvolvimento,de acor<strong>do</strong> com as competências específicasde cada uma das entidades;- Elaborar pareceres conjuntos;- Emitir autorizações, licenças e concessões;- Acompanhar as obras;- Participar em comissões de vistorias.Do trabalho de cada um <strong>do</strong>s grupos constituí<strong>do</strong>s, queinclui visitas de reconhecimento ao terreno com asAutarquias e Autoridades Marítimas, resultará aelaboração de um conjunto de Fichas Técnicas queexplicitam, caso a caso, e o mais exaustivamentepossível, as condições a que devem obedecer osprojectos a elaborar, por forma a dar cumprimento àsregras e disposições definidas pelos POOC e àsespecificidades da situação em causa.Após estabelecimento <strong>do</strong>s grupos de trabalho e desenvolvidasas respectivas Fichas Técnicas, proceder-se-à auma notificação, através da qual os proprietários dasinstalações são informa<strong>do</strong>s das condições a que deverãoobedecer os projectos e obras de adaptação, por formaa dar cumprimento às regras e disposições definidaspelos POOC. Anexa a esta notificação, é remetida amencionada Ficha Técnica, que deverá incluir osESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL32|33 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


contributos que vierem a ser desenvolvi<strong>do</strong>s por cada um<strong>do</strong>s representantes no grupo de trabalho.Na sequência da mencionada notificação aos proprietáriosdas instalações, a ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. disponibiliza<strong>do</strong>is dias por semana para acompanhar e esclarecer osproprietários e respectivos técnicos <strong>do</strong> teor daquelas. Oacompanhamento a efectuar deverá incidir ao nível dalocalização proposta (definição das faixas de risco dasarribas, relação com os acessos à praia, compatibilizaçãocom a envolvente natural, etc.), da elaboração de estu<strong>do</strong>geológico (quan<strong>do</strong> necessário), da elaboração de projectode arquitectura e, em alguns casos, igualmente, daelaboração de projecto de arquitectura paisagista.Os titulares de cada estrutura terão assim que promovero desenvolvimento de um projecto de arquitectura,bem como os respectivos projectos de especialidades.A apreciação <strong>do</strong>s projectos é realizada no âmbito <strong>do</strong>sreferi<strong>do</strong>s Grupos de Trabalho, através de reuniõesconvocadas para o efeito.Sempre que der entrada na ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P, um novoprojecto de adaptação de instalações nas praias marítimas,este Instituto remeterá às restantes entidades <strong>do</strong>grupo de trabalho uma cópia, agendan<strong>do</strong> uma reuniãode trabalho no prazo de 15 dias, por forma a garantirque no decorrer da mesma to<strong>do</strong>s os presentes seencontrem muni<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s respectivos pareceres dasentidades que representam. Nessa reunião estarãotambém presentes o titular <strong>do</strong> alvará de utilização <strong>do</strong>DPM e respectivo projectista.Lavrar-se-á então uma acta da reunião que constituirá oparecer final <strong>do</strong> grupo de trabalho, dan<strong>do</strong> a ARH <strong>do</strong>Tejo, I.P. conhecimento <strong>do</strong> mesmo ao requerente e àsentidades representadas.


Apoio de Praia <strong>Completo</strong> - P4-L1 - Praia de Paredes de Vitoria – Alcobaça


Após aprovação final pela ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., o processoestá assim em condições de poderem ser solicita<strong>do</strong>s, pelaAutarquia, os projectos de especialidades, deven<strong>do</strong> amesma promover a consulta das entidades competentesno âmbito de cada uma das especialidades. Reuni<strong>do</strong>s ospareceres favoráveis necessários é então emitida pelarespectiva Câmara Municipal a Licença de Construção.Durante a fase de aprovação de projectos de especialidadese de acompanhamento e vistoria das obras poder--se-ão agendar novas reuniões <strong>do</strong> grupo de trabalho,sempre que tal se justifique, sen<strong>do</strong> no entanto essencialque as diversas entidades se mantenham ao corrente <strong>do</strong>andamento <strong>do</strong> processo através <strong>do</strong>s respectivos interlocutores.Após a conclusão da obra é efectuada a vistoria final asolicitar pelos proprietários à ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., cujaComissão é composta por representantes de todas asentidades com competências tanto no DPM (ARH <strong>do</strong> Tejo,I.P. e Autoridades Marítimas) como nas matérias referentesaos estabelecimentos de restauração e/ou bebidas(Câmaras Municipais, ANPC, Autoridade de Saúde eFERECA), para verificação das condições de utilização,tanto da instalação com funções de apoio de praia, como<strong>do</strong> estabelecimento de restauração e/ou bebidas.Verifican<strong>do</strong>-se a total conformidade com o projecto dearquitectura aprova<strong>do</strong> e a legislação em vigor, é emitidaa Licença ou Contrato de Concessão relativo àUtilização <strong>do</strong> Domínio Público Marítimo e aLicença de Utilização respeitante ao estabelecimentode restauração e/ou bebidas (da responsabilidade daautarquia).


Apoio de Praia Simples - P4-L3 - Praia de Paredes de Vitoria – Alcobaça


CONTEÚDO DO PROJECTONo que diz respeito aos elementos a apresentar, serão dereferir os seguintes aspectos:- O projecto de arquitectura deverá ser desenvolvi<strong>do</strong>por arquitecto, deven<strong>do</strong> o processo incluir declaraçãode inscrição na Ordem <strong>do</strong>s Arquitectos;- Todas as peças desenhadas deverão ser implantadasno levantamento topográfico a elaborar;- O projecto deverá conter to<strong>do</strong>s os elementos técnicosque permitam verificar a conformidade com orespectivo POOC, no respeitante às característicasconstrutivas, estéticas e das instalações técnicasassim como da sua implantação no local e relação comos acessos;- Independentemente das condições que constam daficha técnica, o projecto a desenvolver, deverá ter emconta as disposições <strong>do</strong> Decreto-Lei nº 226-A/2007,de 31 de Maio, o regulamento de cada POOC, <strong>do</strong>Decreto-Lei n.º 123/97, de 22 de Maio, <strong>do</strong> Decreto-Lein.º 168/97, de 4 de Junho, <strong>do</strong> Decreto Regulamentarn.º 38/97, de 25 de Setembro com as alteraçõesintroduzidas pelo Decreto Regulamentar n.º 4/99, de1 de Abril e demais legislação aplicável;- O projecto de arquitectura deverá igualmente incluir,esquematicamente, a solução prevista para as infra--estruturas (abastecimento de água, drenagem deáguas residuais, energia eléctrica, telecomunicaçõese rede de incêndios);- Projecto de segurança contra incêndio (quan<strong>do</strong>aplicável).A manifesta falta de qualidade estética/arquitectónicaou inadequada integração paisagística constitui razãosuficiente para a ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. indeferir o projecto.ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL38|39 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Apoio de Praia <strong>Completo</strong> - P68-L1 - Praia S. Lourenço – Mafra


Apoio de Praia Simples - P23-L1 - Praia <strong>do</strong> Baleal Sul – Peniche


ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARAINSTRUIR O PROCESSOLICENÇA DE UTILIZAÇÃO DO DOMÍNIO PÚBLICOMARÍTIMOO pedi<strong>do</strong> de utilização <strong>do</strong> Domínio PúblicoMarítimo para as instalações nas praias marítimas,deverá ser efectua<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong> com minuta derequerimento a fornecer aos titulares e deverá serapresenta<strong>do</strong> na ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., acompanha<strong>do</strong>, entreoutros, <strong>do</strong>s seguintes elementos:- Identificação <strong>do</strong> requerente;- Finalidade da pretensão;- Planta de Localização à escala 1:25000;- Planta de Localização à escala 1:2000 (extracto <strong>do</strong>plano de praia onde esteja assinalada a instalação emcausa);- Levantamento topográfico detalha<strong>do</strong>, data<strong>do</strong> e indexa<strong>do</strong>ao Zero Hidrográfico com demarcação deLMPMAVE (linha máxima de preia-mar de águas vivasequinociais), abrangen<strong>do</strong> a zona onde irá incidir oprojecto e área envolvente a escala adequada (1:100,1:200 ou 1:500);- Estu<strong>do</strong> Geológico/Geotécnico (caso aplicável – referencia<strong>do</strong>na Ficha Técnica) e respectivo termo deresponsabilidade.Após aprovação <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> geológico/geotécnico referi<strong>do</strong>anteriormente (caso tenha si<strong>do</strong> exigi<strong>do</strong>), deverá entãoproceder-se ao desenvolvimento, e posterior remessapara a ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., <strong>do</strong> projecto de arquitecturaque, obrigatoriamente, e caso tenha si<strong>do</strong> requeri<strong>do</strong>deverá ter em consideração as conclusões <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>geológico/geotécnico, e deverá incluir os seguinteselementos:- Termo de responsabilidade <strong>do</strong> autor <strong>do</strong> projecto;- Certidão da Ordem <strong>do</strong>s Arquitectos;- Memória descritiva e justificativa que inclua oenquadramento da pretensão no POOC, adequação daedificação à utilização pretendida, descrição ejustificação da proposta em termos funcionais eformais;- Plantas (incluin<strong>do</strong> planta de cobertura), cortes ealça<strong>do</strong>s de alterações, em escala adequada, comrepresentação de amarelos e encarna<strong>do</strong>s, caso setrate de projecto de remodelação da construçãoexistente;- Plantas, cortes e alça<strong>do</strong>s em escala adequada (1:100,1:200 ou 1:500) com a localização <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong>relativamente à praia, caminhos existentes, e zonasde arribas (sopé e crista) ou dunas;- Plantas cotadas, à escala 1:50 ou 1:100, conten<strong>do</strong> asdimensões, áreas e usos de to<strong>do</strong>s os compartimentos,bem como a representação <strong>do</strong> mobiliário, equipamentoe esquema de sinalética a a<strong>do</strong>ptar paraidentificação <strong>do</strong>s serviços de utilidade pública (identificaçãode pictogramas);- Alça<strong>do</strong>s cota<strong>do</strong>s, à escala 1:50 ou 1:100, com aindicação das cores e <strong>do</strong>s materiais <strong>do</strong>s elementos queconstituem as fachadas e a cobertura;- Cortes cota<strong>do</strong>s, à escala 1:50 ou 1:100, abrangen<strong>do</strong> oterreno e as cotas de soleira;- Pormenores de construção a escalas adequadas;- Planta e quadro em que estejam indica<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s osespaços funcionais, respectivas áreas parciais e áreatotal a ocupar (serviços de utilidade pública, serviçoscomerciais, área coberta, área descoberta e área decirculação);- Planta esquemática relativa à solução prevista para asinfra-estruturas (abastecimento de água, drenagem deáguas residuais, energia eléctrica, telecomunicaçõese rede de águas para serviço de incêndio), em queestejam assinaladas as redes existentes na envolventeda estrutura com indicação se são aéreas ou enterradas(electricidade e telefones) e a proposta deadaptação ao POOC;- Mapa de vãos;- Mapa de acabamentos;- Sinalética, identificação <strong>do</strong> estabelecimento e painelinformativo;- Fotomontagem e/ou apresentação <strong>do</strong> projecto tridimensional(facultativo).Caso a ficha técnica o preveja deverá ainda serdesenvolvi<strong>do</strong>, e posteriormente remeti<strong>do</strong> à ARH <strong>do</strong>Tejo, I.P., projecto de integração paisagística. O projectoESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL42|43 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


em causa, a desenvolver por Arquitecto Paisagista,deverá conter to<strong>do</strong>s os elementos necessários à totalcompreensão da proposta (peças escritas e desenhadas)e o respectivo termo de responsabilidade.O processo a remeter à ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. deverá conter8 exemplares <strong>do</strong>s projectos de arquitectura e arquitecturapaisagista (caso seja exigi<strong>do</strong> na ficha técnica),deven<strong>do</strong> cada um <strong>do</strong>s exemplares ter como folha derosto o respectivo pedi<strong>do</strong> de utilização de DPM,elabora<strong>do</strong> conforme a minuta de requerimento a fornecerao titular.Realce-se mais uma vez que, caso seja exigi<strong>do</strong> na fichatécnica, este processo só deverá dar entrada na ARH <strong>do</strong>Tejo, I.P. após a aprovação <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> geológico//geotécnico.a<strong>do</strong>ptar, sen<strong>do</strong> de referir no entanto que, em função <strong>do</strong>tipo de obra a executar serão necessários os seguintesprojectos e estu<strong>do</strong>s:- Projecto de estabilidade que inclua o projecto deescavação e contenção periférica;- Projecto de alimentação e distribuição de energiaeléctrica e projecto de instalação de gás, quan<strong>do</strong>exigível, nos termos da lei;- Projecto de redes prediais de água e esgotos;- Projecto de águas pluviais;- Projecto de arquitectura paisagista;- Projecto de instalações telefónicas e de telecomunicações;- Estu<strong>do</strong> de comportamento térmico;- Projecto acústico.LICENÇA DE OBRAS E UTILIZAÇÃOO pedi<strong>do</strong> de licença de obras e de licença deutilização para serviços de restauração e/ou bebidasdeverá ser apresenta<strong>do</strong> directamente à Autarquia,deven<strong>do</strong> o mesmo ser instruí<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong> com alegislação que regulamenta o licenciamento de obrasparticulares e ser acompanha<strong>do</strong> da <strong>do</strong>cumentação asolicitar directamente à Câmara Municipal, devidamentepreenchida (Obra com Projecto - Pedi<strong>do</strong> de Licenciamento;Folha de Registo <strong>do</strong> Movimento <strong>do</strong> Processo).Deverá igualmente, na mesma data ser da<strong>do</strong> conhecimentoà ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. da entrada da <strong>do</strong>cumentaçãona Autarquia.O processo a remeter à Autarquia deverá conter 5exemplares <strong>do</strong> projecto de Arquitectura (estu<strong>do</strong> prévio),situação a confirmar junto da respectiva CâmaraMunicipal.No que diz respeito ao projecto de execução eprojectos das especialidades, a apresentar exclusivamentena respectiva Câmara Municipal, deveráigualmente o requerente dirigir-se à respectiva Autarquiano senti<strong>do</strong> de obter os esclarecimentos necessáriossobre os elementos necessários e procedimentos a


ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL44|45 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Apoio de Praia <strong>Completo</strong> - P57-L1 - Praia de Stª Helena – Torres Vedras


Apoio de Praia <strong>Completo</strong> - P57-L1 - Praia de Stª Helena – Torres Vedras


1.3. CONCURSOS PÚBLICOSE PROCEDIMENTOS CONCURSAISOBJECTIVO:Concursar e ver construí<strong>do</strong>s os Apoios de Praia e Equipamentos previstos em POOCCOORDENAÇÃO:ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P.ENTIDADES ENVOLVIDAS:Câmaras Municipais, Autoridades Marítimas, Serviço Nacional de Protecção Civil (ANPC), Autoridade deSaúde e FERECA (Federação da Restauração, Cafés, Pastelarias e Similares de Portugal)CALENDARIZAÇÃO:A definir anualmente no âmbito das estratégias concelhias, ten<strong>do</strong> em consideração a concretização das acçõesde requalificação da orla costeiraFINANCIAMENTO PÚBLICO:Não carece (obras da responsabilidade <strong>do</strong>s titulares)META:Todas as estruturas concursadas construídas até 2015Ten<strong>do</strong> em consideração o previsto pelos POOC, osconcursos públicos ou procedimentos concursais aefectuar são dividi<strong>do</strong>s em três fases:- Uma primeira para atribuição de novos títulos deutilização <strong>do</strong> DPM, previstos pelos planos;- Uma segunda para atribuição de novos títulos deutilização <strong>do</strong> DPM, directamente relacionada com ademolição e remoção de instalações cuja adaptaçãoàs normas definidas pelo plano não ocorra no prazoestipula<strong>do</strong> pela Administração, por razões imputáveisaos proprietários das mesmas;- Uma terceira para atribuição de novos títulos deutilização <strong>do</strong> DPM, que venham a ser previstos nosestu<strong>do</strong>s, projectos e planos específicos a desenvolverno âmbito da implementação das UOPG.ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL48|49 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Equipamento com Apoio de Praia Simples - Praia de Carcavelos – Cascais


Equipamento com Apoio de Praia Simples - Praia de Carcavelos – Cascais


No que diz respeito à realização de concursos públicosou procedimentos concursais para atribuição de novasutilizações <strong>do</strong> DPM, isto é, novas instalações previstas nosPOOC, a sua concretização irá ser priorizada em funçãoda concretização das obras de requalificação associadas àimplementação <strong>do</strong>s Planos de Praia, de forma concertadacom Autarquias e Autoridades Marítimas.Em relação aos concursos públicos ou procedimentosconcursais que vierem a decorrer das demoliçõesreferentes a instalações cujo processo de adaptação nãovier a ser concretiza<strong>do</strong> por razões imputáveis aostitulares das licenças ou que venham a ser previstos emresulta<strong>do</strong> <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s, projectos e planos previstos nasUOPG, os mesmos deverão ser lança<strong>do</strong>s logo após aconcretização das respectivas demolições ou aprovação,licenciamento ou publicação <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>sprojectos e planos.De forma a harmonizar procedimentos e actuações,foram estabeleci<strong>do</strong>s os critérios de selecção a utilizarneste tipo de concursos que, obrigatoriamente, terão emconsideração os seguintes aspectos:- Actividade comercial e de apoio à praia que se propõerealizar;- Avaliação das acções com interesse público que seESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL52|53 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Equipamento com Funções de Apoio de Praia - P56-L3 - Praia <strong>do</strong> Centro/Santa Cruz – Torres Vedraspropõe realizar, designadamente a manutenção esalvaguarda <strong>do</strong>s acessos à praia e estruturas de defesa<strong>do</strong> sistema costeiro;- Cumprimento das disposições regulamentares <strong>do</strong>POOC;- Localização prevista e condições de estabilidade esegurança;- Avaliação <strong>do</strong> projecto quanto às seguintes características:funcionalidade, adequabilidade e qualidade <strong>do</strong>smateriais, qualidade estética;- Integração <strong>do</strong> apoio de praia na envolvente;- Adequabilidade da integração paisagística;- Outros que vierem a ser considera<strong>do</strong>s relevantes.Selecciona<strong>do</strong> o titular através <strong>do</strong> procedimento concursalou concurso público, o acompanhamento daelaboração <strong>do</strong> projecto e da concretização da obra,deverá obedecer a processo idêntico ao referi<strong>do</strong> noponto 1.2. (REQUALIFICAÇÃO DAS INSTALAÇÕESNAS PRAIAS MARÍTIMAS TITULADAS PELA ARH DOTEJO, I.P.).A ARH <strong>do</strong> Tejo I.P. em articulação com as Autarquias,elabora anualmente uma proposta de calendarização deprocedimentos concursais ou concursos públicos adesenvolver.


Equipamento com Apoio de Praia <strong>Completo</strong> - Praia da Azarujinha – Cascais


1.4. REQUALIFICAÇÃO DAS INSTALAÇÕESNAS PRAIAS MARÍTIMAS LICENCIADASPELAS AUTORIDADES MARÍTIMASOBJECTIVO:Requalificar to<strong>do</strong>s os Apoios Balneares, Náuticos e Recreativos sazonais previstos em POOCCOORDENAÇÃO:Autoridades MarítimasENTIDADES ENVOLVIDAS:ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. e Câmaras MunicipaisCALENDARIZAÇÃO:Em função das notificações a efectuar pelas Autoridades MarítimasFINANCIAMENTO PÚBLICO:Não carece (obras da responsabilidade <strong>do</strong>s titulares)META:Todas as estruturas requalificadas até 2012No âmbito <strong>do</strong> processo de requalificação das instalaçõesde apoio à actividade balnear, cujo licenciamento é daresponsabilidade das Autoridades Marítimas, nomeadamenteos Apoios Balneares, Náuticos e Recreativossazonais e haven<strong>do</strong> necessidade de serem a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong>s umconjunto de regras, critérios e determinações, no quediz respeito às características das estruturas a instalarnas praias, e com o objectivo das Autoridades Marítimasprocederem à notificação de cada um <strong>do</strong>s titulares, jáforam e irão ser elabora<strong>do</strong>s conjunto de <strong>do</strong>cumentos(<strong>do</strong>cumento enquadra<strong>do</strong>r, lista de titulares, fichastécnicas individuais) ten<strong>do</strong> por base o Protocolo celebra<strong>do</strong>entre o Instituto da Água (INAG, I.P.), ex--Direcção-Geral da Marinha (DGA) e as ex-DRAOT, asdisposições regulamentares <strong>do</strong>s POOC e as listagensfornecidas por cada Capitania.A concretização <strong>do</strong> processo de adaptação <strong>do</strong>s ApoiosBalneares implica o reordenamento <strong>do</strong> areal de todas aspraias classificadas como balneares pelos POOC, nosenti<strong>do</strong> de integrar as ocupações existentes dentro dasfrentes de mar das praias balneares – “Unidades Balnearesou Áreas Concessionadas” – em estreita articulação com alocalização <strong>do</strong>s apoios de praia, acessos à praia e ten<strong>do</strong>ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL56|57 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Torre de Vigilância Protótipo – Torres Vedraspresente a necessária compatibilização com a envolventenatural (em pleno respeito pelas faixas de risco das arribase zonas dunares). Por outro la<strong>do</strong>, deverá ser a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> umconjunto de regras, critérios e determinações, previstosnos POOC, no que diz respeito às características dasestruturas a instalar nas praias, nomeadamente, arrecadaçõesde material, poden<strong>do</strong> associar ou não venda degela<strong>do</strong>s e pré-embala<strong>do</strong>s, passadeiras, barracas, tol<strong>do</strong>s echapéus de sol, áreas a ocupar, etc.Ten<strong>do</strong> presente o número de ocupações existentes e amanter e o facto de se considerar de to<strong>do</strong> o interesse acriação de uma imagem homogénea ao nível deste tipode pequenas instalações, será de to<strong>do</strong> o interesse quese promova a elaboração de projectos tipo a a<strong>do</strong>ptarpelos proprietários das instalações em causa, sen<strong>do</strong> quea sua a<strong>do</strong>pção não deverá ter um carácter obrigatórioou vinculativo, mas sim preferencial.Uma vez notifica<strong>do</strong>s os respectivos titulares, pelasCapitanias, estarão criadas as condições para o licenciamento<strong>do</strong>s Apoios Balneares de acor<strong>do</strong> com o previstono POOC, no que diz respeito às características dasestruturas a instalar nas praias, nomeadamente tol<strong>do</strong>s,


arracas de banhos e chapéus de sol, arrecadações dematerial (poden<strong>do</strong> vir a associar venda de gela<strong>do</strong>s e pré--embala<strong>do</strong>s exclusivamente nos casos em que as mesmasse localizam em zona de ante praia – fora <strong>do</strong> areal dapraia), passadeiras, postos de vigilância, etc.Espera-se assim contribuir para a instrução adequada<strong>do</strong>s processos cujo licenciamento compete às AutoridadesMarítimas, dan<strong>do</strong> finalmente início ao processode reordenamento <strong>do</strong> areal das praias classificadascomo de uso balnear pelos POOC, concretizan<strong>do</strong>-se aadaptação de tais estruturas (apoios balneares) àsdisposições regulamentares <strong>do</strong>s Planos, integran<strong>do</strong> asocupações existentes dentro das frentes de mar daspraias com uso balnear.ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL58|59 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Torre de Vigilância Protótipo – Torres Vedras (esq.) e Ordenamento <strong>do</strong> Areal - Santa Cruz – Torres Vedras (dir.)No que diz respeito ao processo de adaptação deste tipode ocupações e instalações, deverão igualmente sercria<strong>do</strong>s grupos de trabalho específicos com as AutoridadesMarítimas competentes e Autarquias, com abrevidade possível, ten<strong>do</strong> por objectivo o levantamentoda situação de referência e o desenvolvimento de umconjunto de Fichas Técnicas que explicitem, caso acaso, o mais exaustivamente possível, as condições a quedeverão obedecer as instalações e projectos a elaborar,por forma a dar cumprimento às regras e disposiçõesdefinidas pelos POOC.O mesmo procedimento será a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> para os ApoiosRecreativos e Apoios de Recreio Náutico previstos noPOOC.


1.5. DEMOLIÇÕESOBJECTIVO:Retirada de edificações que se encontrem desconformes com a lei ou que envolvam situaçõesde risco não minimizávelCOORDENAÇÃO:ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P.ENTIDADES ENVOLVIDAS:EPRL, CCDR-LVT, CCDR-Centro, Câmaras Municipais e Autoridades MarítimasCALENDARIZAÇÃO:A definir anualmente no âmbito das estratégias concelhias e em função <strong>do</strong> esclarecimento da legalidadedas situaçõesFINANCIAMENTO PÚBLICO:PIDDAC ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. e Câmaras MunicipaisMETA:Todas as estruturas previstas em POOC demolidas até 2013ENQUADRAMENTOA requalificação <strong>do</strong> Litoral constitui uma prioridade daARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., onde a retirada de edificações que seencontrem desconformes com a lei se impõe como um<strong>do</strong>s objectivos estratégicos para esse fim.No que toca às demolições previstas em Planos de Praia,a concretização das mesmas continuará a ser umaprioridade da ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P.. Estes processos dedemolição implicam um conjunto de intervenções quedecorrem em duas fases:- Uma segunda que corresponde a instalações cujaslicenças vierem a caducar no âmbito de:a) Processos de adaptação às normas definidaspelos POOC que não ocorram no prazo estipula<strong>do</strong>conforme a lei vigente e de acor<strong>do</strong> com as notificaçõesque vierem a ser emanadas <strong>do</strong>s serviços, por razõesimputáveis aos proprietários das mesmas;b) Processos relaciona<strong>do</strong>s com a concretização deestu<strong>do</strong>s e projectos específicos decorrentes da implementaçãodas UOPG previstas nos POOC.- Uma primeira que envolve as instalações cuja manutençãonão se encontra prevista nos POOC e para asquais podem desde já ser despoletadas as acções dereposição da situação anterior à sua ocupação;A concretização destas demolições implica um conjuntode procedimentos, nomeadamente:- A notificação <strong>do</strong>s proprietários das instalações sobrea situação de desconformidade em que estas seESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL60|61 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Paimôgo – Lourinhãencontram e o que a lei preconiza;- Proceder à audiência de interessa<strong>do</strong>s no quadro <strong>do</strong>sdireitos que assistem aos mesmos;- Proferir a decisão que se mostrar ajustada com vistaà reposição da legalidade;- Accionar a demolição coerciva, com to<strong>do</strong>s os procedimentosjurídicos e administrativos que lhe sãoinerentes, quan<strong>do</strong> não haja lugar à reposição dasituação anterior à ocupação de forma voluntária, jáque assiste à administração o dever de intervir emsubstituição <strong>do</strong>s faltosos.Para além das demolições associadas à necessáriarequalificação das praias no âmbito <strong>do</strong> processo deadaptação ao POOC, há ainda a considerar um universosignificativo de ocupações indevidas na costa, e que sepodem escalonar <strong>do</strong> seguinte mo<strong>do</strong>:- As que envolvem ocupação <strong>do</strong> Domínio Hídrico,principalmente a margem <strong>do</strong> mar, embora existamsituações que possam envolver o próprio leito <strong>do</strong> mar;- As que se encontram em zonas non aedificandiexteriores ao <strong>do</strong>mínio hídrico, e que constituem violaçõesa servidões, condicionantes e restrições deutilidade pública e regimes de protecção defini<strong>do</strong>s pelosPOOC, importan<strong>do</strong> destacar as que possam envolverzonas de riscos e áreas submetidas ao regime da REN.Neste universo constam também casos em que subsistemdúvidas sobre o facto de incidirem em área integrada noDomínio Hídrico, sen<strong>do</strong> necessário que a ARH <strong>do</strong> Tejo,I.P., proceda a um exercício de aferição ao nível dademarcação da Linha Máxima de Preia Mar e de ÁguasVivas Equinociais (LMPMAVE) para os troços em queexistem construções nessa situação. Tal implica, para a


maioria <strong>do</strong>s casos, a análise em pormenor, em ambienteSIG, <strong>do</strong>s aspectos técnicos que concorrem para o esclarecimentode qual o efectivo alcance da margem <strong>do</strong> martal como defini<strong>do</strong> no regime legal em vigor e essencialpara a adequada sustentação jurídica subjacente à maioriadas decisões que envolvam a reposição da legalidade.Acresce a necessidade de referenciar as construçõesaparentemente recentes e portanto não referenciadasnos Planos, e que são possíveis de detectar com basenas fotografias oblíquas da costa obtidas em voos <strong>do</strong>IGP/EPRL 2007 e 2008 importan<strong>do</strong>, numa fase posterior,apurar se tais construções surgiram ou não emviolação das disposições legais em vigor e essencial paraquantificação <strong>do</strong> universo que carece de acções dereposição da legalidade.2. Demolições de prioridade 2 ou 3 - Situaçõesabrangidas por UOPG, Plano de Praia ou projectos derequalificação concretos.Tratam-se de estruturas cuja demolição e retirada deveser articulada com a implementação desses projectos,na medida em que, algumas delas, garantem provisoriamenteserviços de apoio à actividade balnear.A sua retirada deve ser efectuada em função daprogramação das intervenções previstas.3. Situações exteriores ao Domínio HídricoRelativamente às situações exteriores ao DPM (forada margem) e quan<strong>do</strong> se trate de áreas incluídas naREN, a sua resolução é da estrita competência dasCCDR. Do <strong>do</strong>mínio de intervenção <strong>do</strong> MAOTDR sãoos casos de incumprimento <strong>do</strong> POOC, nos termos <strong>do</strong>DL 316/2007, de 9 de Setembro, Artigo 105º.ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃOA estratégia de retirada de construções indevidas nacosta deverá basear-se em prioridades de actuação, emfunção das seguintes situações:1. Demolições de prioridade 1 - Situações em que aARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. pode ter uma intervenção directa emais célere.Tratam-se das ocupações da margem (Domínio Hídrico)sem título de utilização, não legalizáveis à luz dalegislação em vigor e não abrangidas por qualquerprojecto de intervenção na zona, em que a ARH <strong>do</strong> Tejo,I.P., pode recorrer ao regime jurídico <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio hídrico(Lei da Água e Decreto-Lei nº 226-A/2007, de 31 deMaio) poden<strong>do</strong> actuar com base nas suas competências,quer na ordem de demolição quer ao nível de to<strong>do</strong> oprocedimento administrativo instrutório.Nota: não se deverá perder de vista que cada caso é umcaso, pelo que poderão assistir razões que possamalterar as prioridades atrás referidas, como sejam casosque envolvam 1ª habitação ou actividades económicasque dependam da ligação com o mar e que, da<strong>do</strong> a suanatureza, poderão necessitar de maior ponderação oude medidas complementares.Outro aspecto a ter em conta, é o papel que as autarquiaspoderão ter no quadro destas preocupações, peloque também por aqui poderão surgir oportunidades deintervenção nem sempre alinhadas pelos conceitos atrásexpostos mas que importa referenciar e incentivar.Por fim, atender às dinâmicas que casos que envolvamcontencioso ou direitos adquiri<strong>do</strong>s e que poderão incutirdinâmicas bem diferentes ao anteriormente referi<strong>do</strong>.ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL62|63 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


DEMOLIÇÕES OU PROVÁVEIS SITUAÇÕES DE USO INDEVIDO EM DPM


1.6. UNIDADES OPERATIVASDE PLANEAMENTO E GESTÃO – UOPGOBJECTIVO:Concretizar to<strong>do</strong>s os estu<strong>do</strong>s, planos, projectos e obras previstos em UOPG <strong>do</strong>s POOCCOORDENAÇÃO:Autarquias (PMOT) e INAG, I.P. (Estu<strong>do</strong>s)ENTIDADES ENVOLVIDAS:ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., Autoridades Marítimas e CCDR-LVTCALENDARIZAÇÃO:A definir anualmente no âmbito das estratégias concelhias (Autarquias em articulação com ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P.e INAG, I.P.)FINANCIAMENTO PÚBLICO:QREN, PIDDAC ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., INAG, I.P. e AutarquiasMETA:To<strong>do</strong>s os Planos, estu<strong>do</strong>s e acções concretiza<strong>do</strong>s até 2015No âmbito <strong>do</strong>s POOC encontra-se prevista a elaboraçãode um conjunto de estu<strong>do</strong>s, planos e projectos específicos,para aplicação de medidas de gestão integradasou concretização de obras de requalificação relativas adetermina<strong>do</strong>s troços de costa inseri<strong>do</strong>s nos POOC que,pelas suas características, se individualizam em relaçãoà generalidade da orla costeira.Na generalidade <strong>do</strong>s casos trata-se de troços de territóriocom problemas particularmente complexos, peloque a concretização das medidas contidas no POOCpara cada uma destas zonas implica a concretização deum conjunto de estu<strong>do</strong>s, planos, projectos e obras, oque implica um processo moroso, complexo e no âmbito<strong>do</strong> qual está envolvi<strong>do</strong> um conjunto diverso deentidades.No que diz respeito aos estu<strong>do</strong>s, planos, projectos eobras em causa, os mesmos deverão continuar a serconcretiza<strong>do</strong>s pelas Autarquias, INAG, I.P. e ARH <strong>do</strong>Tejo, I.P., de acor<strong>do</strong> com o previsto pelo POOC,privilegian<strong>do</strong>-se, quan<strong>do</strong> justificável, o formato decontratos técnico-financeiros ou contratos-programa,a ser celebra<strong>do</strong>s casuisticamente, em função dasquestões em apreço, ten<strong>do</strong> por objectivo o apoiotécnico e financeiro ao desenvolvimento <strong>do</strong>s mesmos eassim à concretização <strong>do</strong> previsto nas UOPG <strong>do</strong>sPOOC.ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL64|65 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Foz <strong>do</strong> Lizandro – Mafra


Foz <strong>do</strong> Lizandro – Mafra


ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL68|69 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Foz <strong>do</strong> Lizandro – Mafra


1.7. ESTUDOS, PROJECTOSE OBRAS RELACIONADOS COM O RISCOOBJECTIVO:Concretizar to<strong>do</strong>s os estu<strong>do</strong>s, projectos e obras previstos nos POOC relaciona<strong>do</strong>s com o riscoCOORDENAÇÃO:INAG, I.P.ENTIDADES ENVOLVIDAS:ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., Autarquias e Autoridades MarítimasCALENDARIZAÇÃO:A definir anualmente no âmbito das estratégias concelhias (INAG, I.P. em articulação com ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P.e Autarquias)FINANCIAMENTO PÚBLICO:QREN, PIDDAC ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., INAG, I.P. e AutarquiasMETA:To<strong>do</strong>s os estu<strong>do</strong>s e acções concretiza<strong>do</strong>s até 2015Os POOC contemplam nos respectivos programas deexecução e intervenção um conjunto de estu<strong>do</strong>s,projectos e obras com vista à minimização <strong>do</strong> risco,nomeadamente no que se refere aos fenómenosinstabilidade associa<strong>do</strong>s à evolução das arribas. Asintervenções de estabilização nas arribas são apoiadasem estu<strong>do</strong>s específicos de ordem geológico/geotécnica,os quais visam definir os moldes e tipologia das intervenções,bem como fornecer orientação à gestão eocupação <strong>do</strong>s locais de risco. É ainda objectivofundamental destas intervenções a redução <strong>do</strong>simpactos paisagísticos e ambientais, garantin<strong>do</strong> a suacompatibilização com os valores biofísicos e paisagísticosem presença.A concretização destes estu<strong>do</strong>s, projectos e obrasdeverão continuar a ser concretiza<strong>do</strong>s pelo INAG, I.P.,Autarquias e ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. de forma articulada comas acções de valorização previstas em Planos de Praiae/ou UOPG.ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL70|71 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Algodio ou <strong>do</strong> Norte – Mafra


1.8. OUTROS ESTUDOS, PROJECTOSE OBRAS COMPLEMENTARESAOS PREVISTOS EM POOCOBJECTIVO:Concretizar to<strong>do</strong>s os estu<strong>do</strong>s, projectos e obras complementares aos previstos em POOC, que venham a seridentifica<strong>do</strong>s no âmbito das estratégias concelhias, relaciona<strong>do</strong>s com acções de requalificação <strong>do</strong> litoral ou noâmbito da minimização <strong>do</strong> riscoCOORDENAÇÃO:AutarquiasENTIDADES ENVOLVIDAS:ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., INAG, I.P., Autarquias, Administrações Portuárias e Autoridades MarítimasCALENDARIZAÇÃO:A definir anualmente no âmbito das estratégias concelhias (ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. em articulação com INAG, I.P.,Autoridades Portuárias e Autarquias)FINANCIAMENTO PÚBLICO:QREN, PIDDAC ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., INAG, I.P., Autoridades Portuárias e AutarquiasMETA:To<strong>do</strong>s os estu<strong>do</strong>s e acções concretiza<strong>do</strong>s até 2015O processo de implementação <strong>do</strong>s POOC, com oconsequente aprofundar <strong>do</strong> conhecimento <strong>do</strong> territórioe das suas potencialidades e constrangimentos, veiodar a conhecer um conjunto de intenções relativas aestu<strong>do</strong>s, projectos e obras que, apesar de incidirem emáreas incluídas nos planos, não se encontram previstosde forma clara e inequívoca nos mesmos, cuja implementaçãose considera de enorme valia, na medida emque complementam acções previstas ou já efectuadas,amplifican<strong>do</strong> os seus resulta<strong>do</strong>s, acolhen<strong>do</strong> novasquestões e valências e integran<strong>do</strong> acções dispersasdentro de conceitos mais coerentes.Por outro la<strong>do</strong>, existem áreas costeiras não abrangidaspor POOC, nomeadamente nas margens da Lagoa deÓbi<strong>do</strong>s (concelhos de Caldas da Rainha e Óbi<strong>do</strong>s) e deAlbufeira (concelho de Sesimbra) e ainda em áreasclassificadas como portuárias, importan<strong>do</strong> dar continuidadeao conjunto de intenções que têm vin<strong>do</strong> a serESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL72|73 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Requalificação da Azenha de Santa Cruz – Torres Vedrasmanifestadas pelas respectivas autarquias, junto desteInstituto, no senti<strong>do</strong> de promover, de forma articuladacom as entidades competentes, a requalificação de taiszonas. Ten<strong>do</strong> em consideração que, para estas zonas,não existem regras específicas, considera-se que osestu<strong>do</strong>s, projectos e obras de requalificação das áreascosteiras em causa, deverão ter por enquadramento asdisposições regulamentares <strong>do</strong>s POOC onde tais áreasse inserem.De referir ainda que, em resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> processo deimplementação <strong>do</strong>s POOC e <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s que vieram aser desenvolvi<strong>do</strong>s no senti<strong>do</strong> de aprofundar as questõesrelacionadas com o risco, particularmente nos litoraisde arriba, vieram também a ser identifica<strong>do</strong>s umconjunto de estu<strong>do</strong>s, projectos e obras relaciona<strong>do</strong>s coma minimização <strong>do</strong> risco, que não se encontram previstosde forma clara e inequívoca nos planos, sen<strong>do</strong> quealguns deles correspondem a situações de risco cujaresolução se considera prioritária.Importa assim identificar e sistematizar estas acçõescomplementares, no senti<strong>do</strong> de as incluir no planeamentoassocia<strong>do</strong> às estratégias concelhias emdesenvolvimento, com o objectivo de virem a sertrabalhadas, de forma integrada, com os estu<strong>do</strong>s,projectos e obras previstos em POOC ou, caso não sejapossível, de forma a constituírem acções autónomas.


SECÇÃO IIREQUALIFICAÇÃODE RIBEIRAS COSTEIRAS


2. REQUALIFICAÇÃODE RIBEIRAS COSTEIRASOBJECTIVO:Requalificar todas as ribeiras costeiras afluentes às praias de uso balnear classificadas pelos POOCCOORDENAÇÃO:ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P.ENTIDADES ENVOLVIDAS:Autarquias e Autoridades MarítimasCALENDARIZAÇÃO:A definir anualmente no âmbito das estratégias concelhias (ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. em articulação com Autarquias)FINANCIAMENTO PÚBLICO:QREN, PIDDAC ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. e AutarquiasMETA:Todas as ribeiras requalificadas até 2015ENQUADRAMENTOA requalificação da orla costeira, designadamente daspraias balneares, tem vin<strong>do</strong> a ser implementada umpouco por to<strong>do</strong> o país na sequência da publicação <strong>do</strong>sPOOC.Com a publicação da Lei da Água assiste-se a um novoparadigma associa<strong>do</strong> ao ordenamento e à gestão <strong>do</strong>srecursos hídricos e <strong>do</strong> território envolvente comincidência nesses recursos, numa perspectiva integrada,por bacia hidrográfica. Com efeito, importa terpresente que o esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>s sistemas aquáticos eribeirinhos e a qualidade <strong>do</strong> meio marinho e <strong>do</strong> arealdas praias, nos quais os cursos de água vêem adesaguar, é o reflexo <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> da respectiva baciahidrográfica e das intervenções nela efectuadas.Por outro la<strong>do</strong>, faz to<strong>do</strong> o senti<strong>do</strong> uma abordagemintegrada da requalificação <strong>do</strong>s troços de costa nomeadamentedas áreas de praia balnear em que se procuraconciliar a valorização e a salvaguarda <strong>do</strong>s ecossistemasnaturais associa<strong>do</strong>s ao meio marinho, da praia emersa esubmersa, da duna, da arriba, e <strong>do</strong> curso de águaafluente à costa, com a criação de condições de fruiçãopública através da infra-estruturação <strong>do</strong> meio por formaa dar resposta de forma adequada à procura para usobalnear e recreativo destes espaços.É também inquestionável a necessidade de promovera criação e manutenção de corre<strong>do</strong>res ecológicos aolongo <strong>do</strong>s cursos de água, que assegurem a articulação<strong>do</strong>s sistemas fluviais com um corre<strong>do</strong>r ecológico estruturanteao longo <strong>do</strong>s sistemas litorais.A requalificação <strong>do</strong>s sistemas fluviais afluentes à costa,constituí<strong>do</strong>s por vários sistemas interdependentesassocia<strong>do</strong>s ao leito, à massa de água e ao seu contacto ajusante com as águas <strong>do</strong> mar, às margens das águas, àESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL76|77 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Ribeira da Estacada - Torres Vedras


ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL78|79 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Rio Tornada - Salir <strong>do</strong> Porto – Caldas da Rainha


galeria ripícola e à zona terrestre adjacente deverá serencarada de uma forma integrada com vista a garantir assuas principais funções <strong>do</strong> ponto de vista:a requalificação de ecossistemas ribeirinhos, e a respectivaconectividade com os ecossistemas litorais,nomeadamente os associa<strong>do</strong>s às praias balneares.- Hidráulico – no escoamento hídrico e transporte desedimentos;- Biofísico – na intercepção de nutrientes, estabilização<strong>do</strong> solo das margens e no leito, redução deprocessos erosivos, na atenuação <strong>do</strong>s efeitos dascheias, e como suporte de habitats naturais e espéciesde flora e fauna selvagens;- Paisagísticos – na valorização estética da paisagem;- Social e cultural – enquanto espaço com aptidãopara fornecimento de bens e serviços de uso antrópico,de lazer, recreio e de educação ambiental, dentro <strong>do</strong>slimites impostos pela capacidade de carga <strong>do</strong> meio e<strong>do</strong>s limiares da sustentabilidade, encontran<strong>do</strong>-se-lhesgeralmente associa<strong>do</strong> significativo património construí<strong>do</strong>liga<strong>do</strong> às memórias <strong>do</strong>s locais e respectivos usose actividades.É importante identificar e articular formas de gestãointegrada da água afluente às praias balneares consideran<strong>do</strong>aspectos de qualidade, quantidade e de conservaçãoda natureza de mo<strong>do</strong> a garantir condições de sustentabilidadeao uso balnear.Torna-se assim importante encarar os sistemas fluviaisnas suas múltiplas funcionalidades e promover a suarequalificação e valorização numa perspectiva de corre<strong>do</strong>rque assegura a conectividade de fluxos biológicos, dematéria e de energia introduzin<strong>do</strong>-lhe também a valênciade espaço de fruição pública, promoven<strong>do</strong> a conectividadeentre o interior e o litoral mediante a criação de percursosambientais ao longo das linhas de água como forma deligação e acesso às praias.OBJECTO DA COLABORAÇÃOConsidera-se que estão criadas as condições para a ARH<strong>do</strong> Tejo, I.P., em parceria com as Autarquias, promoverÉ de to<strong>do</strong> o interesse desenvolver projectos-piloto deimplementação de medidas de conservação e reabilitaçãode linhas de água afluentes a praias de uso balnear numaperspectiva integrada de forma a permitir:- condições de escoamento de caudais líqui<strong>do</strong>s esóli<strong>do</strong>s em situações hidrológicas normais e durante aocorrência de cheias;- a renaturalização e valorização ambiental e paisagística<strong>do</strong> curso de água e respectiva galeria ripícola;- a fruição pública de percursos pe<strong>do</strong>nais e cicláveis deligação da linha de água à praia, a criação de zonas deestadia, alia<strong>do</strong>s a uma componente de educação ambientale de valorização de património cultural.A ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. propõe-se desenvolver os projectosde requalificação das linhas de água em meio rural,deven<strong>do</strong> as medidas de reabilitação e de valorização serexecutadas por conta das autarquias em articulação comos proprietários nas frentes particulares, sob orientaçãodeste Instituto.ACTIVIDADES A DESENVOLVERA elaboração <strong>do</strong>s projectos de requalificação e valorização<strong>do</strong> troço final das ribeiras afluentes a praiasbalneares, inclui as seguintes tarefas:1. Caracterização e Diagnóstico:- Levantamento de informação de caracterização dabacia hidrográfica e das respectivas ribeiras, disponívelnomeadamente nas autarquias, na CCDR-LVT, CCDR--Centro e no INAG, I.P.;- Identificação das ribeiras para desenvolvimento <strong>do</strong>sprojectos-piloto de requalificação;- Identificação da extensão <strong>do</strong> troço da ribeira objecto <strong>do</strong>projecto de requalificação a elaborar e a implementar;- Proceder à caracterização de cada um desses troços,com base em informação disponível e em levantamentosde campo no que respeita a:a)Área da bacia hidrográfica, extensão <strong>do</strong> cursoESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL80|81 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


de água selecciona<strong>do</strong> e extensão <strong>do</strong> troço de cursode água a intervir, perfil longitudinal <strong>do</strong> cursode água;b) Identificação e delimitação das grandes manchasde ocupação <strong>do</strong> solo rural e urbano na área da baciahidrográfica;c) Características <strong>do</strong> leito e das margens e respectivograu de naturalização e artificialização; zonasde deposição e erosão; levantamento de perfistransversais em secções representativas <strong>do</strong> troçoselecciona<strong>do</strong> e em secções críticas (de erosão acentuadaou de forte acumulação de sedimentos);d) Conectividade <strong>do</strong> curso de água, proceden<strong>do</strong> àidentificação de obstáculos e estrangulamentos;e) Avaliação da capacidade de vazão <strong>do</strong> curso deágua, e identificação no campo da “trashline”, altura ase pode encontrar no campo pontos de acumulaçãode folhas, troncos e lixo, devi<strong>do</strong> à ocorrência de cheias.f) Presença de vegetação no leito (natural einvasiva);g) Caracterização da extensão, estrutura e esta<strong>do</strong>da galeria ripícola: presença de estratos herbácio,arbustivo e arbóreo;h) Identificação das principais espécies faunísticaspresentes;i) Identificação das fontes de poluição que descarregamdirectamente para o curso de água:ETAR, indústria, fossas, colectores de águas pluviais,etc. Caracterização desses efluentes em termosde caudais e qualidade;j) Identificação das massas de água no troço deintervenção. Proceder à caracterização <strong>do</strong> seu esta<strong>do</strong>com base na informação disponível no SNIRHe/ou disponibilizada pela ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P.;l) Em situações em que se considere que nãoexistem problemas associa<strong>do</strong>s a fontes de poluiçãopontual, deverá então proceder-se à avaliação <strong>do</strong>esta<strong>do</strong> da massa de água, recorren<strong>do</strong> a amostragens<strong>do</strong>s elementos de qualidade que caracterizam oesta<strong>do</strong> ecológico e o esta<strong>do</strong> químico (este último,apenas no caso de haver o risco de serem descarrega<strong>do</strong>spoluentes no meio hídrico);m) Com base na informação anterior e nos da<strong>do</strong>sde monitorização da qualidade das águas balneares,nomeadamente o seu historial, proceder àidentificação <strong>do</strong>s problemas de poluição cujaresolução é pertinente no senti<strong>do</strong> de garantir a qualidadedas águas balneares, asseguran<strong>do</strong> a suautilização;n) Avaliação da qualidade da areia das praias e suarelação com os problemas de qualidade da água <strong>do</strong>curso de água;o) Caracterização <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> solo e das actividadesdesenvolvidas na área adjacente às margens, nosenti<strong>do</strong> de avaliar as condições para integração <strong>do</strong>traça<strong>do</strong> de circuitos pe<strong>do</strong>nais e/ou cicláveis ao longodas ribeiras e de identificar o património construí<strong>do</strong>a valorizar e a integrar nos percursos a efectuar.Identificação <strong>do</strong>s Objectivos de Requalificação eValorização das ribeiras face ao diagnósticoefectua<strong>do</strong> e das acções a concretizar.3. Elaboração <strong>do</strong> Projecto.4. Implementação e Gestão.Incluir a promoção de acções de sensibilização e deenvolvimento das populações desde as fases iniciais<strong>do</strong> processo relativamente às intervenções propostas elevadas a cabo, realçan<strong>do</strong> os aspectos da melhoria dasua qualidade de vida e fomentan<strong>do</strong> o papel da cidadania.5. Monitorização e avaliação <strong>do</strong> cumprimento <strong>do</strong>sobjectivos e <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de conservação da áreaintervencionada.6. Manutenção <strong>do</strong>s espaços e implementação demedidas de mitigação e de correcção.


SECÇÃO IIIREDE DE PERCURSOSPEDONAIS E CICLÁVEIS


3. REDE DE PERCURSOS PEDONAIS E CICLÁVEISOBJECTIVO:Protecção e valorização <strong>do</strong>s sistemas naturais costeiros exploran<strong>do</strong> as dimensões lúdica e cénica associadas àpaisagem e ao litoral. Proporcionar conforto no acesso às praias numa óptica de mobilidade não motorizada.Promover a saúde e o bem-estar.COORDENAÇÃO:AutarquiasENTIDADES ENVOLVIDAS:ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., CCDR-LVT, CCDR-Centro, Entidades Regionais de Turismo, Património, ICNB, Instituto deEstradas, ONG, Agências Locais de Desenvolvimento e Instituições EuropeiasFINANCIAMENTO PÚBLICO:QREN, PIDDAC ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. e AutarquiasMETA:Concretizar redes de percursos pe<strong>do</strong>nais e cicláveis associadas ao litoral e ribeiras costeiras até 2015OS BENEFÍCIOS DE UMA REDEDE PERCURSOS PEDESTRES ECICLÁVEISOs percursos pe<strong>do</strong>nais e cicláveis, que nesta secção sepretendem associar, tanto quanto possível, ao conceito de“corre<strong>do</strong>res verdes”, permitem aos utiliza<strong>do</strong>res aproximarem-seda natureza e consciencializarem-se da suaenvolvência imediata. Contribuem não só para amanutenção e estabilidade <strong>do</strong>s sistemas naturais e rurais<strong>do</strong> litoral, mas também para a sua valorização, numaóptica de usufruto sustentável <strong>do</strong> território. Tais percursosencorajam as actividades ao ar livre e um turismo maisactivo, promoven<strong>do</strong> a saúde e o bem-estar. Valorizam osespaços envolventes e geram atractividade adicional.Desta forma potenciam-se actividades económicas debase local, contribuin<strong>do</strong> também deste mo<strong>do</strong> para amanutenção e preservação de actividades tradicionais epara uma maior aproximação à diversidade cultural <strong>do</strong>sterritórios atravessa<strong>do</strong>s. Além disso contribuem paraa preservação da biodiversidade e permitem separarclasses de espaços, minimizan<strong>do</strong> conflitos entre actividades;deste mo<strong>do</strong> promove-se o ordenamento <strong>do</strong>território basea<strong>do</strong> em verdadeiros referenciais dequalidade ambiental.Se integra<strong>do</strong>s na rede de transportes locais, estespercursos permitem uma verdadeira mobilidade sustentável,contribuin<strong>do</strong> para a minimização da poluiçãoatmosférica e alterações climáticas.ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL84|85 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Rio Tornada - Salir <strong>do</strong> Porto – Caldas da RainhaO CONCEITO CHAVEDE ABORDAGEMO desenvolvimento destas redes de caminhos pedestrese cicláveis um pouco por toda a Europa e a escalas quemuitas vezes ultrapassam o próprio esta<strong>do</strong>, atesta aatractividade e a procura crescente destes espaçoslineares por parte <strong>do</strong>s residentes em áreas urbanas, queos utilizam não só numa óptica de recreio e lazer mastambém como fonte de bem estar físico nas suasdeslocações diárias para o trabalho e para a escola.O termo “Corre<strong>do</strong>r Verde” é usa<strong>do</strong>, de forma geral, paradefinir uma via de comunicação que foi desenvolvidacom fins recreativos e/ou para prover às pequenasdeslocações diárias da própria população local. De entremuitas definições, pode descrever-se Corre<strong>do</strong>res Verdescomo “Espaços livres lineares ao longo de corre<strong>do</strong>resnaturais, tais como frentes de mar, cursos de água,festos, canais, vias cénicas, ou linhas férreas convertidasem usos de recreio, os quais ligam entre si, zonasverdes, parques, reservas naturais, património culturale áreas habitacionais”.Para serem considera<strong>do</strong>s Corre<strong>do</strong>res Verdes estespercursos devem possuir um conjunto de característicasfísicas que permitam um fácil acesso e utilização porparte de um maior número possível de utiliza<strong>do</strong>res:declives suaves (não mais que 3%), separação de estradas,número limita<strong>do</strong> de cruzamentos com vias de tráfego


motoriza<strong>do</strong> e continuidade. Por outro la<strong>do</strong>, é frequente quepartes destes percursos atravessem aglomera<strong>do</strong>s urbanos,ligan<strong>do</strong> áreas de actividade diversa (lojas, serviços…),áreas residenciais, espaços verdes urbanos, etc. fazen<strong>do</strong>também a ligação à rede pública de transportes.Os típicos utiliza<strong>do</strong>res de corre<strong>do</strong>res verdes são:- Pessoas que nas suas deslocações diárias utilizam estesacessos a pé ou de bicicleta, até a uma estação de transportepúblico;- Estudantes que os utilizam nas suas deslocações paraa escola;- Pessoas “vulneráveis” (i<strong>do</strong>sos, pessoas com deficiênciasmotoras, acompanhantes de crianças pequenas);- Pessoas que gostam de andar a pé e que os utilizamcomo locais de descanso e lazer;- Turistas que os utilizam como acessos alternativos paraconhecer os aglomera<strong>do</strong>s ou o campo envolvente;- Crianças e jovens que usam estes acessos como áreasrecreativas, para aprender a andar de bicicleta ou de skate;- Utiliza<strong>do</strong>res que o fazem para manter a forma, ou porrecomendação médica;- DesportistasNumerosos projectos deste tipo surgiram já em muitospaíses, poden<strong>do</strong> referir-se, de entre outros, as ViasVerdes (Espanha), a National Cycle Network (ReinoUni<strong>do</strong>), o Schéma National de Véloroutes et de VoiesESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL86|87 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Rio Tornada - Salir <strong>do</strong> Porto – Caldas da Rainha (esq.)Paredes de Vitoria – Alcobaça (cima)verts (França), constituin<strong>do</strong> verdadeiras redes paratráfego não motoriza<strong>do</strong>. O efectivo crescimento de redesde Corre<strong>do</strong>res Verdes comprova que as regiões promotorasdeste tipo de projectos estão de facto empenhadasem manter a qualidade de vida <strong>do</strong>s seus habitantesresponden<strong>do</strong> ao desafio de implementar uma verdadeirapolítica de desenvolvimento sustentável.ENTIDADES ENVOLVIDASDiversos tipos de entidades e instituições poderão serenvolvidas na implementação de uma rede de percursospedestres e cicláveis. Consoante o nível da aposta quefor feita, poderão ser implica<strong>do</strong>s os seguintes actores:• Autoridades responsáveis pelo <strong>do</strong>mínio hídrico, quer aonível das ribeiras costeiras quer <strong>do</strong> Domínio PúblicoMarítimo, bem como outras entidades responsáveis pelagestão de caminhos públicos e vias ao longo <strong>do</strong>s quaisos percursos poderão vir a ser estabeleci<strong>do</strong>s; os Corre<strong>do</strong>resVerdes instalam-se tradicionalmente em antigasvias, hoje aban<strong>do</strong>nadas, recuperan<strong>do</strong> nomeadamentecaminhos de peregrinos, vias-férreas desactivadas, etc.Se assim for determina<strong>do</strong>, as companhias privadas oupúblicas detentoras de tais infra-estruturas são obviamenteparceiros fundamentais;


Santa Cruz – Torres Vedras• Autarquias locais, interessadas inclusivamente naintegração de tais percursos na sua rede local deacessibilidades;• Autoridades da Administração Central e Regional, comresponsabilidades no ordenamento e no planeamentoambiental <strong>do</strong> território, no património cultural econstruí<strong>do</strong>, no Turismo, no Desporto e nas Finanças;• Agencias de Desenvolvimento e Agências de Turismo.Estas entidades podem e devem ser envolvidas poisreconhecem o potencial turístico destas redes. Alémdisso o Turismo pode contribuir para a conservação epara o desenvolvimento de uma verdadeira redede Corre<strong>do</strong>res Verdes asseguran<strong>do</strong> a sua ampladivulgação;• Associações não governamentais (de utiliza<strong>do</strong>res,para a conservação da natureza, etc.). Estes grupospossuem um conhecimento detalha<strong>do</strong> <strong>do</strong>s locais edevem ser envolvi<strong>do</strong>s no desenvolvimento duma redeESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL88|89 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


a DG Desenvolvimento Regional) apoia este tipo deprojectos, principalmente publicitan<strong>do</strong> o conceito epromoven<strong>do</strong> junto das autoridades locais a realizaçãode projectos transnacionais. Diversos projectos deCorre<strong>do</strong>res Verdes foram já implementa<strong>do</strong>s comfinanciamentos muito significativos no âmbito <strong>do</strong>sprogramas INTERREG e FEDER.O ENQUADRAMENTO REGIONALE LOCAL E O DESAFIONão obstante o nível de desenvolvimento com que esteconceito poderá ser aborda<strong>do</strong>, o que aqui se pretende élançar o desafio às entidades interessadas e potencialmenteevolvidas, para o desenvolvimento de uma redede percursos pedestres e cicláveis, que poderá, numaprimeira fase, integrar projectos de requalificação dasribeiras costeiras e da orla marítima ligan<strong>do</strong>-os aosprojec-tos já existentes ou planea<strong>do</strong>s. Num segun<strong>do</strong>momento, e desde que tais projectos sejam devidamenteplanea<strong>do</strong>s desde o início, poder-se-ia avançar para a suaintegração numa verdadeira rede regional de Corre<strong>do</strong>resVerdes.É importante realçar que os Corre<strong>do</strong>res Verdes seajustam ao conceito de Rede Ecológica Territorial, cujadefinição é um <strong>do</strong>s objectivos consagra<strong>do</strong>s no novoRegime de Ordenamento <strong>do</strong> Território, no que se refereà elaboração <strong>do</strong>s Planos Municipais de Ordenamento <strong>do</strong>Território, deven<strong>do</strong> aquela integrar obrigatoriamente osprincípios <strong>do</strong> continuum naturale, capacidade de cargae resiliência <strong>do</strong>s sistemas naturais, perigosidade,vulnerabilidade e risco biofísico.de percursos deste tipo, potencian<strong>do</strong> as suas valias.Além disso asseguram que as autoridades daadministração satisfazem realmente o interesse daspopulações;• A própria população. Esta será quem retirará obenefício directo da rede de percursos pedestres ecicláveis;• A Comissão Europeia, através de diversas DirecçõesGerais (DG <strong>Ambiente</strong>, a DG Transportes e Energia eEfectivamente, uma rede de Corre<strong>do</strong>res Verdesplaneada segun<strong>do</strong> os princípios aqui referi<strong>do</strong>s, poderádar resposta não só aos requisitos de manutenção deuma estrutura ecológica para o território, a qual sepretende viva e preservan<strong>do</strong> todas as suas funçõesambientais, como também se enquadra em outrasorientações de política nacional, como seja ao nível <strong>do</strong>desenvolvimento <strong>do</strong> turismo, da politica de cidades emobilidade sustentável e de boas práticas de gestãointegrada, nomeadamente das zonas costeiras.


SECÇÃO IVCERTIFICAÇÃODE ZONAS COSTEIRAS


4.1. BANDEIRA AZULOBJECTIVO:Praias balneares com qualidade excelente, nas várias vertentes: segurança, qualidade da água, protecçãoda natureza, planos de praia implementa<strong>do</strong>s, informação e sensibilização <strong>do</strong>s utentesCOORDENAÇÃO:ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P.ENTIDADES ENVOLVIDAS:Associação Bandeira Azul, Autarquias, Turismo, Saúde, Autoridades Marítimas e ICNBCALENDARIZAÇÃO:Definida anualmente pela Associação Bandeira Azul da EuropaFINANCIAMENTO PÚBLICO:QREN, PIDDAC ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., INAG, I.P. e AutarquiasMETA:Todas as praias galar<strong>do</strong>adas com Bandeira Azul terem níveis de qualidade de excelênciaA ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. coordena, ao nível regional, na suaárea de jurisdição, o programa Bandeira Azul,abrangen<strong>do</strong> uma extensão de costa com cerca de 300km, com praias de diversos tipos, desde o concelho daMarinha Grande, até ao concelho de Sesimbra. Éobjectivo deste Instituto promover e desenvolveresforços de cooperação e apoio às Câmaras Municipaispara que cada vez mais praias possam ser galar<strong>do</strong>adascom a Bandeira Azul, mas também para que estegalardão seja efectivamente um galardão de excelênciae de reconhecimento da qualidade das praias da Região.ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL92|93 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


São Pedro <strong>do</strong> Estoril – CascaisO Programa Bandeira Azul foi desenvolvi<strong>do</strong> a níveleuropeu pela Fundação para a Educação Ambiental(FEE), sen<strong>do</strong> em Portugal desenvolvi<strong>do</strong> e coordena<strong>do</strong>pela Associação Bandeira Azul da Europa -Federação<strong>Portuguesa</strong> para a Educação Ambiental (ABAE-FEEPortugal).Sen<strong>do</strong> um galardão que pretende reconhecer a boaqualidade das praias (e marinas), é um galardão que nãose esgota na qualidade da água, sen<strong>do</strong> da<strong>do</strong> por parte<strong>do</strong> Programa um grande enfoque às matérias dainformação ao público e educação e sensibilizaçãoambiental <strong>do</strong>s utentes das praias. Outros aspectosrelaciona<strong>do</strong>s com a excelência das praias prendem-secom a qualidade <strong>do</strong>s serviços de apoio e com a salvaguardada segurança <strong>do</strong>s utentes das praias, seja aonível da assistência aos banhistas, quer outro tipo deriscos.Nesse senti<strong>do</strong>, a ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., considera fundamentalapostar na promoção de aspectos como asegurança <strong>do</strong>s utentes (ao nível da salvaguarda das


faixas de risco em áreas litorais de arribas, e que sãofrequentes na região) e a qualificação das estruturas deapoio à actividade balnear, designadamente promoven<strong>do</strong>o processo de implementação <strong>do</strong>s POOC. Nãoserá indiferente ter uma Bandeira hasteada em praiascom acessos e estacionamentos ordena<strong>do</strong>s, apoios depraia requalifica<strong>do</strong>s e, áreas sensíveis e importantes<strong>do</strong> ponto de vista natural e paisagístico, devidamentepreservadas e apresentadas. Nesse senti<strong>do</strong>, preconiza-seque a requalificação seja sempre pensada em termos deprojectos integra<strong>do</strong>s e não de acções casuísticas.De salientar que a ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. é responsável peloacompanhamento da qualidade da água ao longo daépoca balnear (embora não o sen<strong>do</strong> no que se refere àdefinição <strong>do</strong>s critérios de qualidade e aos que conduzemao arreamento de bandeiras por manifesta má qualidade).Efectivamente há uma monitorização efectuadapelo laboratório da ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., bem como porparte das Autoridades de Saúde. Compete à ARH <strong>do</strong>Tejo, I.P. informar directamente as autarquias e simultaneamenteas Capitanias e a ABAE, sobre situações deincumprimento da norma de qualidade.ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL94|95 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Painel informativo - Tamariz – Cascais


4.2. QUALITY COASTOBJECTIVO:Implementar politica de gestão integrada das zonas costeiras; tornar mais sustentáveis os destinos turísticoscosteiros da região na linha das orientações <strong>do</strong> Plano de Acção para um Turismo Europeu mais sustentávelCOORDENAÇÃO:Ainda não defini<strong>do</strong>ENTIDADES ENVOLVIDAS:EUCC-The Coastal Union, ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. e AutarquiasCALENDARIZAÇÃO:Definida anualmente pela coordenação internacional (EUCC)FINANCIAMENTO PÚBLICO:QREN, PIDDAC ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. e AutarquiasMETA:Implementar o programa QualityCoast, garantin<strong>do</strong> pelo menos a adesão de 50% <strong>do</strong>s municípios costeirosda Região até 2013O programa QualityCoast é um programa europeu decooperação para municípios costeiros que pretendeestabelecer uma rede mundial de comunidades costeirasque partilhem os mesmos valores e práticas de desenvolvimentosustentável, integran<strong>do</strong> harmoniosamente osseus valores naturais, culturais e sociais, enquantomantêm eleva<strong>do</strong>s níveis de qualidade <strong>do</strong> seu turismo.O Programa QualityCoast foi desenvolvi<strong>do</strong> por umaparceria de autoridades locais e regionais, institutosgovernamentais, universidades e ONG, oriun<strong>do</strong>s de 11países Europeus costeiros, no âmbito <strong>do</strong> projecto internacionalCoPraNet, que terminou no final de 2006, e noqual Portugal participou. Depois de desenvolvimentosPiloto em países como Polónia (Stepnica), Irlanda (Cork),Holanda (Zandwoorth), Espanha (Calvia) e Portugal(Aveiro), a Coastal & Marine Union (EUCC) tem oficialmenteaberto, pela primeira vez, o procedimento decandidaturas para os Galardões QualityCoast 2009.É espera<strong>do</strong> que os novos membros QualityCoastconfirmem o seu compromisso relativamente a:a) Boa qualidade das actividades recreativas e de promoçãode um turismo amigo <strong>do</strong> ambiente e <strong>do</strong> Homem;b) Desenvolvimento e implementação de políticas quegarantam a qualidade acima referida e melhorem asituação na área, no caso de fraco desempenho; a avaliaçãodessas políticas deverá ser feita em cada 2 anos;c) Transparência no fornecimento de informação (relativamenteà sua qualidade e às iniciativas de políticasrelevantes) aos visitantes nacionais e internacionais,através da internet e outros tipos de media apropria<strong>do</strong>s,em estreita cooperação com outros parceirosQualityCoast;ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL96|97 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Santa Cruz – Torres Vedras


Neste senti<strong>do</strong>, o Galardão QualityCoast constitui umreconhecimento internacional das comunidades costeirasque não só apresentam e demonstram uma boaperformance geral em termos de sustentabilidade e quefornecem informação transparente aos seus visitantes,mas também que planeiam melhorias nessa performance.É um sistema independente de certificação <strong>do</strong> desempenhoda comunidade costeira e <strong>do</strong> seu produto turístico.Os Municípios que receberem o Galardão poderãodispor de bandeiras de reconhecimento no seu territórioe ser promovi<strong>do</strong>s internacionalmente durante a SemanaMarítima Europeia e em brochuras através das quaisserão destaca<strong>do</strong>s como Destinos QualityCoast.Da<strong>do</strong>s os objectivos e os contributos que este programaterá nas políticas de desenvolvimento sustentável daszonas costeiras, a ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. está fortementeempenhada em promover a adesão <strong>do</strong>s municípios dasua região ao QualityCoast.ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL98|99 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Equipamento com Apoio de Praia Simples - Praia de Carcavelos – Cascais (cima)Lagoa de Albufeira – Sesimbra (baixo esq.) e Santa Cruz – Torres Vedras (baixo dir.)


ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL100|101 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Santa Cruz – Torres Vedras


4.3. PRAIA ACESSÍVEL PARA TODOSOBJECTIVO:Garantir condições de acesso aos cidadãos com mobilidade condicionada, aos areais e sempreque possível também à água, de todas as praias da Região classificadas nos POOCCOORDENAÇÃO:ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P.ENTIDADES ENVOLVIDAS:Instituto Nacional para a Reabilitação, Autarquias, Turismo de Portugal, Instituto <strong>do</strong> Empregoe Formação Profissional, Saúde e Autoridades MarítimasCALENDARIZAÇÃO:Definida anualmente pelo Instituto Nacional de ReabilitaçãoFINANCIAMENTO PÚBLICO:QREN, PIDDAC ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., INAG, I.P., Instituto <strong>do</strong> Emprego e Formação Profissional,Turismo de Portugal e AutarquiasMETA:Todas as praias classificadas nos POOC e estruturas de apoio à actividade balnear, com condiçõesfísicas que assim o permitam, acessíveis e utilizáveis por to<strong>do</strong>s até 2015O Decreto-Lei n.º 163/2006, de 8 de Agosto, obriga aque seja a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> um conjunto de normas técnicasbásicas de eliminação de barreiras arquitectónicas emedifícios públicos, equipamentos colectivos e via públicapara melhoria da acessibilidade das pessoas com mobilidadecondicionada.O Projecto Praia Acessível/Praia para To<strong>do</strong>s nasceu deuma iniciativa da Comissão Nacional de Coordenaçãopara o Ano Europeu das Pessoas com Deficiência(CNCAEPD) e tem como objectivos não só incentivar a102|103ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORALREGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Tamariz – Cascaisaplicação <strong>do</strong> Decreto-Lei nº 163/06, de 8 de Agosto naspraias portuguesas (marítimas e fluviais) mas sobretu<strong>do</strong>criar as necessárias condições para que os cidadãos commobilidade condicionada possam aceder aos areaisdas praias e, sempre que possível, também à água, comrecurso a equipamento específico.São também objectivos <strong>do</strong> Projecto a sensibilização deto<strong>do</strong>s para a problemática das pessoas com mobilidadecondicionada e a divulgação, a nível nacional e internacional,das praias com acessibilidade e a sua promoçãocomo destino de férias.


O projecto Praia Acessível/Praia para To<strong>do</strong>s écoordena<strong>do</strong> a nível nacional pelo Instituto Nacional paraa Reabilitação (INR) organismo que é responsável peloacompanhamento técnico <strong>do</strong> Projecto, e pelo Institutoda Água (INAG) que faz a ligação da coordenaçãonacional com as coordenações regionais, no caso com aARH <strong>do</strong> Tejo I.P, na sua área de jurisdição.Das restantes entidades envolvidas directamente noprojecto, merecem destaque:- O Instituto de Emprego e Formação Profissional(IEFP) que apoia financeiramente o projecto: financiao “kit” de apoio à utilização da cadeira anfíbia (tiralô)e edita o folheto de divulgação das zonas balnearesacessíveis;- O Turismo de Portugal (TP) que apoia o projecto emvárias vertentes, designadamente através <strong>do</strong> Programade Incentivo ao Turismo (PIT) divulgan<strong>do</strong>, a nívelnacional e internacional, as praias acessíveis.CRITÉRIOS DEFINIDOS PARAA ATRIBUIÇÃO DA BANDEIRA"PRAIA ACESSÍVEL"Para merecerem a designação de praias acessíveis, comdireito ao galardão indicativo de acessibilidade total, háque satisfazer um conjunto de seis critérios imperativos,designadamente:• Acesso pe<strong>do</strong>nal• Estacionamento ordena<strong>do</strong>• Acesso à zona de banhos• Passadeira no areal• Sanitários adapta<strong>do</strong>s• Acesso ao posto de socorrosComo factores facultativos consideram-se o acesso abares e restaurantes e a existência de apoios anfíbiospara o banho.Ao nível das zonas balneares costeiras da área dejurisdição da ARH <strong>do</strong> Tejo I.P., muitas das disposiçõesESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL104|105 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Foz <strong>do</strong> Lizandro – Mafra


Santa Cruz – Torres Vedraslegais relativas à acessibilidade das pessoas commobilidade condicionada (Decreto-Lei n.º 163/2006,de 8 de Agosto) estão já asseguradas nas praiasrequalificadas no âmbito da implementação <strong>do</strong> Planosde Praia previstos nos Planos de Ordenamento daOrla Costeira. Todas essas praias possuem não sóestacionamentos ordena<strong>do</strong>s, como rampas de acesso àpraia devidamente dimensionadas, o mesmo se passan<strong>do</strong>com a acessibilidade aos apoios de praia, não sóao nível <strong>do</strong> acesso às respectivas instalações sanitáriasde apoio ao público como aos postos de primeirossocorros, como ainda às instalações de caráctercomercial, nomeadamente actividade de restauração ebebidas.Podem candidatar-se ao Projecto Praia Acessível, todasas zonas balneares costeiras designadas no âmbito <strong>do</strong>106|107ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORALREGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


artigo 51º <strong>do</strong> Decreto-Lei nº 236/98, de 1 de Agosto, enão somente as praias já requalificadas no âmbito daimplementação <strong>do</strong>s POOC. Contu<strong>do</strong>, qualquer praiacom Plano de Praia implementa<strong>do</strong> terá à partidagaranti<strong>do</strong> as condições para ser galar<strong>do</strong>ada como “PraiaAcessível/Praia para To<strong>do</strong>s”.Com vista a promover a melhoria das condiçõesoferecidas pelas praias reconhecidas pelo galardão PraiaAcessível, o INAG, I.P., em articulação com o INR e oapoio das ARH, promove anualmente o concurso daMelhor Praia Acessível.Está previsto que o Projecto Praia Acessível decorrapelo menos até 2009, como consta no “Plano Nacionalde Promoção da Acessibilidade, PNPA” (RCM 9/2007, de17 de Janeiro).


SECÇÃO VQUALIDADE DA ÁGUA BALNEAR


5. QUALIDADE DA ÁGUA BALNEAROBJECTIVO:Implementação de plano de monitorização das águas balneares e de “gestão activa” das águas balnearesCOORDENAÇÃO:ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P.ENTIDADES ENVOLVIDAS:INAG, I.P., Autarquias, Autoridades de Saúde e Autoridades MarítimasCALENDARIZAÇÃO:Implementação das medidas de gestão em função <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s da monitorizaçãoFINANCIAMENTO PÚBLICO:QREN, PIDDAC ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., INAG, I.P. e AutarquiasMETA:Implementação em pleno <strong>do</strong> sistema de monitorização e gestão até 2013Entende-se por águas balneares todas as águas desuperfície, interiores, costeiras ou de transição, ondea autoridade competente (ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P.) prevejaque um grande número de pessoas se irá banhar(número esse basea<strong>do</strong> em tendências passadas ou napresença de quaisquer infra-estruturas ou instalaçõesdisponíveis, ou em outras medidas tomadas parapromover os banhos), que tenha si<strong>do</strong> identifica<strong>do</strong> umuso balnear em instrumento de gestão territorial(Planos de Ordenamento da Orla Costeira, Planos deOrdenamento <strong>do</strong>s Estuários ou outros instrumentos deordenamento <strong>do</strong> território) e onde a prática balnearnão tenha si<strong>do</strong> proibida ou desaconselhada de mo<strong>do</strong>permanente.Compete às ARH Tejo, I.P., mediante parecer vinculativo<strong>do</strong> Delega<strong>do</strong> Regional de Saúde, proceder à classificaçãodas águas como balneares.Compete às ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., mediante parecervinculativo <strong>do</strong> Delega<strong>do</strong> Regional de Saúde, proceder àclassificação das águas como balneares.O estabelecimento de águas balneares obedeceráa curto prazo ao determina<strong>do</strong> na nova Directiva2006/7/CE, <strong>do</strong> Parlamento Europeu e <strong>do</strong> Conselho de15 de Fevereiro de 2006, relativa à gestão da qualidadedas águas balneares, e que irá revogar a Directiva76/160/CEE, de 8 de Dezembro de 1975, transpostaESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL110|111 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Formosa – Torres Vedras


Foz <strong>do</strong> Lizandro – Mafrapara o direito português pelo Decreto-Lei n.º 236/98 de1 de Agosto, a qual ainda se encontra em vigor. EstaDirectiva apresenta um carácter inova<strong>do</strong>r, da<strong>do</strong> queenquanto a actual legislação apenas diz respeito àqualidade das águas balneares, já a nova directiva estárelacionada com a gestão das águas balneares e dá especialimportância à informação e participação pública.Esta Directiva estabelece a criação <strong>do</strong> Perfil de Praia,que pode abranger uma ou mais água balneares contíguas,instrumento de gestão que permite:i) “Gestão activa” das águas balneares, tomadaantecipada de decisões e medidas em caso de colapso<strong>do</strong>s sistemas de saneamento ou em caso de máscondições meteorológicas;ii) Estabelecer prioridades nas acções e medidas demelhoria da qualidade, através <strong>do</strong> conhecimento <strong>do</strong>impacto das plumas de contaminação na qualidadedas águas balneares;iii) Informação ao público das principais fontes decontaminação que ameaçam a qualidade das águasonde tomam banho e das medidas tomadas paraproteger a sua saúde;As competências para elaboração <strong>do</strong>s perfis ficam acargo da ARH Tejo, I.P., e deverão ser estabeleci<strong>do</strong>s atéMarço de 2011.O perfil das águas balneares é constituí<strong>do</strong> por:1. Descrição das características físicas, geográficase hidrológicas das águas balneares e de outras águasde superfície na zona de captação da referida águabalnear que possam ser causa de poluição, que sejamrelevantes para efeitos da Directiva e que constem daLei nº58/2005 de 29 de Dezembro (Lei da Água);2. Identificação e a avaliação das causas da poluiçãoque possam afectar as águas balneares e prejudicar asaúde <strong>do</strong>s banhistas, recorren<strong>do</strong> às fontes de infor-ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL112|113 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


mação disponíveis, incluin<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s da monitorizaçãoda qualidade da água efectuada;3. Avaliação <strong>do</strong> potencial de proliferação de cianobactérias;4. Avaliação <strong>do</strong> potencial de proliferação de macroalgase/ou de fitoplâncton;5. Localização <strong>do</strong> ponto de amostragem.6. Se a avaliação feita nos termos da alínea 2) demonstrarque se prevê um risco de poluição de curtaduração, o perfil deve incluir ainda:- A natureza, frequência e duração esperadas dapoluição de curta duração prevista- Da<strong>do</strong>s sobre quaisquer causas de poluição remanescentes,incluin<strong>do</strong> as medidas de gestão tomadase o calendário para a sua eliminação,- Medidas de gestão tomadas durante os incidentesde poluição de curta duração e a identificação econtactos <strong>do</strong>s organismos responsáveis pela a<strong>do</strong>pçãodessas medidas;A monitorização das águas balneares inicia-se antes <strong>do</strong>início da época balnear e distribui-se regularmente aolongo da época balnear sen<strong>do</strong> o intervalo entre colheitasinferior a um mês.A monitorização é efectua<strong>do</strong> com supervisão da Agência<strong>Portuguesa</strong> <strong>do</strong> <strong>Ambiente</strong> (APA) nomeadamente norespeitante aos procedimentos de colheita, transportee análise, quer sejam realiza<strong>do</strong>s por laboratórios <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong>, quer por laboratórios priva<strong>do</strong>s acredita<strong>do</strong>s peloInstituto Português de Acreditação (IPAC), para os parâmetrose méto<strong>do</strong>s estabeleci<strong>do</strong>s, caben<strong>do</strong> à ARH <strong>do</strong>Tejo, I.P., com a colaboração da Delegação Regional deSaúde (DRS), estabelecer o ponto de amostragem decada água balnear.A frequência de amostragem de cada água balnear éestabelecida de acor<strong>do</strong> com a sua qualidade. Em águasbalneares de qualidade má ou suficiente o número de


amostras é geralmente superior ao estabeleci<strong>do</strong> para aságuas balneares de qualidade excelente ou boa.As análises efectuadas incluem parâmetros microbiológicose físico-químicos, proceden<strong>do</strong>-se também àavaliação <strong>do</strong> risco para a saúde pública devi<strong>do</strong> àpresença de cianobactérias e/ou fitoplâncton marinho.Aquan<strong>do</strong> das colheitas é igualmente realizada umainspecção visual a fim de detectar resíduos de alcatrão,vidro, plástico, borracha e outros.No caso de se pretender que uma zona balnear secandidate à Bandeira Azul, terá que ser cumprida umafrequência mínima de amostragem quinzenal, pelo queas autarquias deverão propor programas complementaresde amostragem em zonas balneares ondeapenas estão previstas frequências mensais nocalendário oficial de colheitas.Actualmente tem-se vin<strong>do</strong> a verificar que o INAG, I.P., oDRS, a ARH territorialmente competente, a AutoridadeMarítima, a GNR/SEPNA, a Administração Portuária e aAutarquia Local, trocam informação permanentementeactualizada sobre qualquer desaconselhamento ouinterdição que ocorra na área sob sua jurisdição. Essatroca de informação tem início antes da época balnear,estenden<strong>do</strong>-se até ao fim desta, e tem como um <strong>do</strong>sobjectivos a resolução <strong>do</strong>s problemas responsáveis pelaviolação da norma de qualidade.Na maior parte <strong>do</strong>s casos, os problemas de qualidadedas águas balneares oceânicas resultam da descarga,nos cursos de água afluentes às zonas balneares, deefluentes não trata<strong>do</strong>s, com tratamento deficienteproveniente de ETAR ou, ainda, provenientes de ETARsem tratamento terciário.Estes programas, a ser custea<strong>do</strong>s pelas autarquias, norespeitante aos procedimentos de colheita, transportee análise, deverão ser realiza<strong>do</strong>s por laboratórios <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong> ou por laboratórios priva<strong>do</strong>s acredita<strong>do</strong>s peloIPAC.Sempre que se verifica uma violação persistente epermanente (uma ou mais épocas balneares) da normade qualidade, o INAG, I.P. estabelece o desaconselhamentopermanente da prática balnear. Sempre quese verifique de um mo<strong>do</strong> persistente um risco eleva<strong>do</strong>para a saúde pública, a ARS estabelece a interdiçãopermanente (uma ou mais épocas balneares) da práticabalnear.A resolução destes problemas passa essencialmentepor assegurar o bom funcionamento <strong>do</strong>s sistemas detratamento, por uma adequada fiscalização <strong>do</strong> cumprimentodas licenças de descarga, assim como pelaidentificação e resolução de situações em que ocorramligações clandestinas a colectores de águas pluviais e/oudescargas ilegais.Por outro la<strong>do</strong>, sempre que se verifica ou se preveja umaviolação pontual e temporária da norma de qualidade aARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. estabelece o desaconselhamentotemporário da prática balnear até que estejam repostasas condições para a prática balnear. Sempre que severifique um risco eleva<strong>do</strong> para a saúde pública a ARSestabelece uma interdição temporária da prática balnearaté que estejam repostas as condições para a práticabalnear.ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL114|115 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Santa Cruz – Torres Vedras


SECÇÃO VIMONITORIZAÇÃOE GESTÃO DO RISCO


6. MONITORIZAÇÃO E GESTÃO DO RISCOOBJECTIVO:Monitorizar a evolução <strong>do</strong>s sistemas costeiros e o risco associa<strong>do</strong> à sua utilizaçãoCOORDENAÇÃO:ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P.ENTIDADES ENVOLVIDAS:INAG, I.P., Autarquias, Protecção Civil e Autoridades MarítimasCALENDARIZAÇÃO:Implementação das medidas em função <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s da monitorização e estu<strong>do</strong>s desenvolvi<strong>do</strong>sFINANCIAMENTO PÚBLICO:QREN, PIDDAC ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., INAG, I.P. e AutarquiasMETA:Implementação em pleno <strong>do</strong> sistema de monitorização e gestão <strong>do</strong> risco até 2015O troço costeiro compreendi<strong>do</strong> entre o limite sul daPraia da Vieira (Marinha Grande) e o Cabo Espichelapresenta variabilidade geológica, geomorfológica epaisagística notável, alternan<strong>do</strong> zonas de arriba comextensas praias de areia, zonas de arriba fóssil comlagoas costeiras, bem como zonas densamente humanizadascom outras em que se mantêm intactas as suascaracterísticas naturais.A intensidade e frequência <strong>do</strong>s processos erosivosintrínsecos à evolução deste litoral, a par com os usose ocupação por actividades humanas, têm origina<strong>do</strong>frequentes situações de risco para pessoas e benslocaliza<strong>do</strong>s em alguns aglomera<strong>do</strong>s populacionais e emdiversos troços costeiros com utilização balnear.As arribas, apesar de em alguns casos apresentaremconfiguração aparentemente imutável à escala de observaçãode alguns anos, sofrem evolução contínua, dedesgaste no sopé pela erosão marinha e de desagregaçãoe alteração das faces expostas por exposição aosagentes de erosão marinha e sub-aérea (vento, chuva,escorrência superficial, acção <strong>do</strong> aerossol de águasalgada). A acção prolongada da erosão de sopé,combinada com a redução progressiva da resistência <strong>do</strong>smateriais que compõem as arribas característicasgeológicas e geotécnicas particulares, propicia ascondições para a ocorrência de movimentos de massade vários tipos (escorregamentos, desmoronamentos,quedas de blocos) e dimensões, que constituem eventosde recuo isola<strong>do</strong>s no tempo e de carácter localiza<strong>do</strong>no espaço, e podem interferir significativamente coma ocupação humana no litoral, pon<strong>do</strong> em causa asegurança de pessoas e bens.Os fenómenos de instabilidade associa<strong>do</strong>s à evoluçãodas arribas justificam a a<strong>do</strong>pção de medidas de mitigação<strong>do</strong> risco, em particular em praias com intenso usobalnear e sintomas/potencial de instabilidade/riscoeleva<strong>do</strong>, minimizan<strong>do</strong>-se assim a probabilidade deocorrência de acidentes e consequentes perdas humanase materiais.ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL118|119 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Aguda – Sintra


TIPOLOGIA DAS MEDIDAS DEMITIGAÇÃO DO RISCOMedida TIPO AColocação ou reposição imediata de sinalização deperigo na base e no topo das arribas com vista a:Ten<strong>do</strong> por base os trabalhos já desenvolvi<strong>do</strong>s emmatérias relacionadas com o risco, bem como a experiênciatécnica acumulada nestas áreas, irão serimplementadas 4 medidas de actuação:• Informar os utentes da existência de risco potencialprobabilidade de ocorrência de movimento de massade vertente (desmoronamento, escorregamento, quedade blocos);• Responsabilizar utentes para os riscos inerentes à sualocalização.Valmitão – Lourinhã


Assenta – Torres Vedras e Nazaré – NazaréMedida TIPO BDelimitação física de zonas de risco eleva<strong>do</strong> na base e notopo das arribas, em particular:• Nos locais em que os fenómenos de instabilidade sãoparticularmente evidentes (fendas de tracção visíveise abertas, blocos em consola, cicatrizes de roturarecentes);• Nos locais com registo de ocorrências recentes e/ouelevada frequência de movimentos de massa devertente.Medida TIPO CInterdição de sectores de praia ou arriba (estacionamentos,acessos, passeios pe<strong>do</strong>nais, estradas),com vista à restrição espacial de permanência localnomeadamente:• Em locais com elevada utilização/procura em que osfenómenos de instabilidade são de tal forma evidentes(fendas de tracção visíveis e abertas, blocos emconsola, cicatrizes de rotura recentes) que podem porem causa a segurança de pessoas e bens;• Nos locais com registo de ocorrências recentes e/ouelevada frequência de movimentos de massa devertente.ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL122|123 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Aguda – Sintra


D’el Rei – Óbi<strong>do</strong>s e Rei Cortiço – Óbi<strong>do</strong>sMedida TIPO DRealização de operações de saneamento de blocosinstáveis e reperfilamento <strong>do</strong>s perfis das arribas,nomeadamente em:• Locais com potencial de instabilidade eleva<strong>do</strong> (blocosem consola, fendas de tracção abertas) com riscoeleva<strong>do</strong> para os utentes da praia;• Locais com condições operacionais e logísticasfavoráveis → dependente da altura da arriba,condições de acesso à crista, capacidade técnica<strong>do</strong> equipamento (altura da lança), existência decondições de segurança para o opera<strong>do</strong>r <strong>do</strong>equipamento, etc.124|125ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORALREGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


Aguda – Sintra


METODOLOGIA EFASEAMENTO DASINTERVENÇÕESA implementação das medidas <strong>do</strong> TIPO A, B, e Cdeverá resultar da articulação entre:• As recomendações expressas em trabalhos jádesenvolvi<strong>do</strong>s ou a desenvolver para o efeito → asmedidas poderão ser localmente maximizadas ouestendidas a outras áreas, face a uma eventualalteração da situação de risco no intervalo de tempodecorri<strong>do</strong> entre a última caracterização da situaçãode referência (finais de 2006) e a actualidade.• As condicionantes definidas nos Planos de Praia <strong>do</strong>sPOOC (elementos complementares <strong>do</strong> Plano – alíneaf, ponto 2 <strong>do</strong> artigo 3.º <strong>do</strong> Regulamento), nomeadamentea cartografia da Faixa de Risco Adjacente aoSopé da Arriba e Limites das Unidades BalnearesrespectivasA medida <strong>do</strong> TIPO D depende das condições geológicase geomorfológicas locais, deven<strong>do</strong> a sua justificação eavaliação da possibilidade de concretização (técnica e126|127ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORALREGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


operacionalidade/logística) ser avaliada por técnicos daespecialidade da área da geologia e/ou geologia deengenharia.Esta ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., encontra-se disponível paraprestar a colaboração técnica que se afigure necessáriapara a concretização das medidas em causa, nomeadamenteno que se refere:risco/instabilidade associadas à evolução das arribasno concelho;• Avaliação <strong>do</strong> potencial para a realização de saneamentode blocos instáveis;• Levantamento e actualização da sinalização de perigoexistente.• Identificação genérica <strong>do</strong>s fenómenos evolutivos eprocessos actuais de instabilização da arriba;• Identificação genérica das principais situações deDada a complexidade logística e operacional associadaa este tipo de medidas de actuação, bem como osdiferentes horizontes temporais a que se referem,propõe-se o seguinte cronograma de trabalho:


• Localização de movimentos de massa de vertente – Concelho de Óbi<strong>do</strong>sMONITORIZAÇÃO/REGISTOSISTEMÁTICO DEMOVIMENTOS DE MASSADE VERTENTEOs fenómenos de instabilidade das arribas litorais,constituem importante fonte de perigosidade ou riscopara a ocupação e actividades humanas localizadasna vizinhança imediata das arribas. Neste contexto, oconhecimento da frequência, tipologia e dimensõescaracterísticas <strong>do</strong>s movimentos de massa de vertente queocorrem nas arribas é de extrema importância na previsãoao nível <strong>do</strong>s condicionamentos ao uso da faixa costeira, osquais devem ser defini<strong>do</strong>s de forma a minimizar aprobabilidade de ocorrência de acidentes e consequentesperdas humanas e materiais, bem como garantir apreservação paisagística <strong>do</strong> litoral.A ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. tem vin<strong>do</strong> a proceder ao registo//inventário sistemático da ocorrência de movimentos demassa de vertente ao longo da sua área de jurisdição –– Mafra, o qual é efectua<strong>do</strong> após a sua detecção no terrenopor estes Serviços ou na sequência de comunicação daAutoridade Marítima, Autarquia, entidades privada ouutentes. No terreno, procede-se à análise e registo dascaracterísticas dimensionais, geométricas e morfológicas<strong>do</strong> movimento, bem como à caracterização da suatipologia e identificação <strong>do</strong>s mecanismos de erosão//instabilidade e factores desencadeantes.ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL128|129 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


De forma a aumentar a eficácia da rede de observação emonitorização no litoral, será fundamental que esteInstituto seja informa<strong>do</strong> sobre a ocorrência de qualquertipo de movimentos de massa (desmoronamentos,escorregamentos, queda de blocos) ocorri<strong>do</strong>s no litoral,independentemente da sua dimensão, no senti<strong>do</strong> de seproceder ao seu registo e avaliação local por parte <strong>do</strong>sServiços. É de importância fundamental a divulgação detal procedimento junto de to<strong>do</strong>s os agentes quefrequentemente se deslocam à orla costeira no âmbito dassuas atribuições, aumentan<strong>do</strong> significativamente acapacidade da rede de monitorização e observação que sepretende implementar.De facto, no caso das arribas, o registo continuo e sistemático<strong>do</strong>s movimentos de massa de vertente e respectivoaumento de conhecimento sobre a frequência, tipologia edimensões características <strong>do</strong>s mesmos, é especialmenteimportante, na medida em que permite definir com maiorrigor eventuais condicionamentos ao uso de zonas de risco,melhor suportar tecnicamente tomadas decisão em relaçãoà ocupação e possíveis cenários de intervenção, e ainda,validar e completar informação relativa à definição dasfaixas de risco definidas nos POOC.Ainda neste senti<strong>do</strong> é de primordial importância estabelecerprograma de monitorização da orla costeira (emdetermina<strong>do</strong>s troços já inicia<strong>do</strong>) ajusta<strong>do</strong> a cada contextogeomorfológico e às necessidades locais de planeamentoe gestão.


São João de Caparica – AlmadaMONITORIZAÇÃO DADINÂMICA COSTEIRAA monitorização da variabilidade morfológica sazonale definição de tendências evolutivas nas praias, além decontribuir para o incremento <strong>do</strong> conhecimento sobreos processos de dinâmica costeira locais/regionais, éainda uma ferramenta extremamente útil ao nível <strong>do</strong>ordenamento e gestão nestes locais, na medida em quepermite avaliar da existência de eventuais situações derisco potencial/vulnerabilidade para pessoas e bens,definir critérios de ocupação por estruturas de apoio àpraia e actividades conexas e fundamentar opçõesrelacionadas com a capacidade balnear.Em algumas praias deste troço, limitadas por arribas oudunas, os fenómenos erosivos são também particularmenteevidentes, traduzin<strong>do</strong>-se em alterações naconfiguração planar das praias, geralmente acompanhadapor diminuição da superfície <strong>do</strong>s areais àmesoescala temporal (década), embora com magnitudese intensidades altamente variáveis de local para local.Sazonalmente, são frequentes os episódios de recuoinstantâneo (erosão) em situação de temporal(esporadicamente associa<strong>do</strong> a inundação/galgamentooceânico), danifican<strong>do</strong> ou destruin<strong>do</strong> estruturas deprotecção/defesa costeira e infra-estruturas de apoio àactividade balnear.Neste senti<strong>do</strong>, e tal como anteriormente referi<strong>do</strong>, é deprimordial importância estabelecer programa demonitorização da orla costeira (em determina<strong>do</strong>s troçosjá inicia<strong>do</strong>) ajusta<strong>do</strong> a cada contexto geomorfológico eàs necessidades locais de planeamento e gestão.130|131ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORALREGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


São João de Caparica e Costa de Caparica – Almada


SECÇÃO VIIINFORMAÇÃO, PARTICIPAÇÃOE ENVOLVIMENTO


7. INFORMAÇÃO, PARTICIPAÇÃO, ENVOLVIMENTOOBJECTIVO:Envolver os vários agentes na implementação das acções programadasCOORDENAÇÃO:ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P.ENTIDADES ENVOLVIDAS:INAG, I.P., Autarquias, Protecção Civil, Autoridades Marítimas e Autoridade de SaúdeCALENDARIZAÇÃO:Em função das diferentes acções programadasFINANCIAMENTO PÚBLICO:QREN, PIDDAC ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P.META:Integração e convergência das acções programadasA ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. criará uma Agenda 21 Litoral(A21L), que constituirá o instrumento para o desenvolvimentode relações entre este Instituto, outrosorganismos com tutela <strong>do</strong> litoral, autarquias, utentes e ocidadão interessa<strong>do</strong>. A A21L é um instrumento de politicae gestão <strong>do</strong> litoral da região na área <strong>do</strong> desenvolvimentosustentável, que pretende implementar um sistema degovernança mais eficaz das zonas costeiras.OBJECTIVOS:A Agenda 21 Litoral para além <strong>do</strong>s processos participativoshabituais, deverá desenvolver um sistemaparticipativo virtual com base com base na internet.Estes sistemas virtuais são seguros, robustos e permiteminformar, envolver e fomentar a participação <strong>do</strong>cidadão e de to<strong>do</strong>s os actores interessa<strong>do</strong>s. Objectivosda A21L da ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P são:• Contribuir para a promoção <strong>do</strong> desenvolvimentosustentável <strong>do</strong> litoral. Deverá Identificar os principaispontos fortes e fracos e as suas tendências de evoluçãoe os principais desafios e oportunidades;• Ajudar a definir estratégias integradas e quadros deacções de intervenção de acor<strong>do</strong> com a estratégia daARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. para o litoral;• Acompanhar a implementação da estratégia da ARH<strong>do</strong> Tejo, I.P propon<strong>do</strong> acções concretas que ajudem aimplementar e ultrapassar possíveis obstáculos;• Incentivar a cooperação entre os diferentes actores134|135ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORALREGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


esponsáveis pela gestão <strong>do</strong> litoral e encontrarprocessos para a resolução de problemas concretose de interesse mútuo;• Promover a participação activa <strong>do</strong>s cidadãos nosprocessos de gestão <strong>do</strong> litoral.ACÇÕES- Desenvolver e implementar uma meto<strong>do</strong>logia para aelaboração de uma A21 Litoral;- Conceber um sistema de participação virtual, quepermita qualquer cidadão interessa<strong>do</strong> integrar osprocessos participativos (plataforma colaborativavirtual - web);- Identificar um conjunto de projectos de boa prática(na região e no estrangeiro), estuda-los e divulga-loscomo exemplos de boas práticas (visitas, workshops,acções de divulgação e folhetos);- Realização de 1 Fórun 21 Litoral por ano integran<strong>do</strong>to<strong>do</strong>s os actores com responsabilidade e interesse nagestão <strong>do</strong> litoral. Objectivo: apresentação e discussão<strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> observatório e inicio preparação//revisão da estratégia de protecção e valorização <strong>do</strong>litoral;- Realização de 13 Fórun 21 Litoral, integran<strong>do</strong> to<strong>do</strong>sos actores <strong>do</strong> município em questão. Objectivo:apresentação e discussão <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> observatórioà escala local e inicio preparação/revisão daestratégia de protecção e valorização <strong>do</strong> litoral;- Apoiar e incentivar a participação e envolvimentopúblico num processo com vista a uma melhorgovernação. A Agenda 21 litoral incentivará e apoiará oenvolvimento <strong>do</strong>s actores nos processos participativosassocia<strong>do</strong>s ao processo de elaboração/revisão <strong>do</strong>sinstrumentos ordenamento e gestão <strong>do</strong> território;- Elaboração de conteú<strong>do</strong>s para a inclusão no websiteda ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P e elaboração de brochuras depromoção/divulgação de acor<strong>do</strong> com uma estratégiade marketing territorial.A ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., irá também empenhar-se na produçãode brochuras, bem como na promoção deiniciativas que visem a divulgação de ideias inova<strong>do</strong>ras,projectos de qualidade, e boas práticas de gestãocosteira sustentável.


SECÇÃO VIIIACOMPANHAMENTO E REVISÃO


8. ACOMPANHAMENTO E REVISÃOOBJECTIVO:Monitorizar as acções programadas e proceder à sua revisão na perspectiva de atingir os objectivos e metaspretendi<strong>do</strong>sCOORDENAÇÃO:ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P.ENTIDADES ENVOLVIDAS:INAG, I.P., Autarquias e Autoridades MarítimasCALENDARIZAÇÃO:AnualFINANCIAMENTO PÚBLICO:Não aplicávelMETA:Garantir a eficácia das acções programadas e sua concretização dentro <strong>do</strong>s prazos previstosA ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. irá criar um Observatório <strong>do</strong> Litoralque terá como objectivo a avaliação e monitorização <strong>do</strong>desenvolvimento sustentável <strong>do</strong> litoral da região.OBJECTIVOS:observatório constituirá a base para a criação de uminterface com outros organismos com tutela <strong>do</strong> litoral,autarquias, utentes e o cidadão interessa<strong>do</strong>.Este observatório constituiria igualmente, a base para acriação de um interface com o utente, não só com ofornecimento de informação, mas também, receben<strong>do</strong>contributos diversos, sugestões e denúncias.O observatório litoral terá por base um Sistema deInformação Geográfica com o intuito de criar uma basede da<strong>do</strong>s que organize toda a informação disponível naARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., e constitua uma ferramenta de apoioà gestão integrada e decisão na área litoral. Esta basede da<strong>do</strong>s deverá ainda organizar, a vasta informaçãodisponível e dispersa sobre o litoral da região. EsteACÇÕES:- Desenvolvimento de um sistema de monitorização eavaliação da implementação da estratégia numaperspectiva da sustentabilidade territorial;138|139ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORALREGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


- Criação de um SIDSLit – Sistema de Indica<strong>do</strong>res deDesenvolvimento Sustentável para o Litoral;- Integração <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s Fóruns 21 Litoral e daplataforma virtual de participação;- Realização de 2 relatórios de sustentabilidade porano;- Elaboração de conteú<strong>do</strong>s para a inclusão no websiteda ARH e elaboração de brochuras de promoção//divulgação de acor<strong>do</strong> com uma estratégia demarketing territoria;zonas costeiras. Embora haja um conjunto deindica<strong>do</strong>res básicos que poderão ser sugeri<strong>do</strong>s, a selecçãofinal pode sempre ser determinada em consulta comos actores chave implica<strong>do</strong>s neste programa de acções.O próprio Programa QualityCoast avança com umconjunto de critérios de qualidade e de sustentabilidadee que poderão funcionar como indica<strong>do</strong>res para aferiros progressos e os passos da<strong>do</strong>s na a<strong>do</strong>pção de medidase acções de requalificação e sustentabilidade <strong>do</strong>sterritórios costeiros da Região.A UE tem trabalha<strong>do</strong> na definição de uma série deindica<strong>do</strong>res de sustentabilidade <strong>do</strong> turismo, e desustentabilidade das zonas costeiras, bem como emindica<strong>do</strong>res de implementação de gestão integrada das


ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL138|139 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


IDENTIFICAÇÃO DE PROJECTOS- Praia de Paredes de Vitoria – Alcobaça – pág.: 26, 27, 87Autoria <strong>do</strong> projecto: Gabinete Projecto da Câmara Municipal de Alcobaça- Praia da Légua – Alcobaça – pág.: 28, 29Autoria <strong>do</strong> projecto: e-studio: extrastudio -arquitectura, urbanismo e design Lda. e Oficina <strong>do</strong>s Jardins -- arquitectura paisagista lda.- Praia <strong>do</strong> Centro / Stª Cruz , Stª Helena e Guincho – Torres Vedras – pág.: 19, 20, 21, 23, 24, 25,88, 97, 99, 100Autoria <strong>do</strong> projecto: Gabinete <strong>do</strong> Projecto da Câmara Municipal de Torres Vedras- Praia da Foz <strong>do</strong> Lizandro – concelho de Mafra – pág.: 65, 66, 67, 68, 105, 112, 113Autoria <strong>do</strong> projecto: CONCEPSYS - Estu<strong>do</strong>s e projectos de Arquitectura, Lda.- Apoio de Praia <strong>Completo</strong> - Praia de Paredes de Vitoria – Alcobaça – pág.: 34, 35Titular: Paula GorettiAutoria <strong>do</strong> projecto: PRX, Gabinete de Arquitectura, Lda.- Apoio de Praia Simples - Praia de Paredes de Vitoria – Alcobaça – pág.: 36, 37Titular: Rui HortaAutoria <strong>do</strong> projecto: Vitor Grelha, Arquitecto, Lda.- Apoio de Praia Simples - Praia da Gamboa – Peniche – pág.: 31, 32, 33Titular: Gamboa – Desportos e Lazer, LdaAutoria <strong>do</strong> projecto: Studioplus – arquitectura e urbanismo, com a colaboração de Diogo Leitão- Equipamento com funções de Apoio de Praia - Praia <strong>do</strong> Centro / Stª Cruz – Torres Vedras – pág.: 52, 53Titular: -Autoria <strong>do</strong> projecto: Gabinete <strong>do</strong> Projecto da Câmara Municipal de Torres Vedras- Apoio de Praia Simples - Praia <strong>do</strong> Baleal Sul – Peniche – pág.: 40, 41Titular: Eduar<strong>do</strong> da Conceição NunesAutoria <strong>do</strong> projecto: Transversal Lda.- Apoio de Praia <strong>Completo</strong> - Praia de Stª Helena – Torres Vedras – pág.: 44, 45, 46, 47Titular: Abílio MartinsAutoria <strong>do</strong> projecto: Gabinete <strong>do</strong> Projecto da Câmara Municipal de Torres Vedras- Apoio de Praia <strong>Completo</strong> - Praia S. Lourenço – Mafra – pág.: 39Titular: Câmara Municipal de MafraAutoria <strong>do</strong> projecto: CONCEPSYS - Estu<strong>do</strong>s e projectos de Arquitectura, Lda.- Equipamento com Apoio de Praia Simples - Praia de Carcavelos – Cascais – pág.: 49, 50, 51Titular: Capripizza D.O.C. – restauração Lda.Autoria <strong>do</strong> projecto: S3 arquitectos.- Equipamento com Apoio de Praia <strong>Completo</strong> - Praia da Azarujinha – Cascais – pág.: 54, 55Titular: Cais <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s, Lda.Autoria <strong>do</strong> projecto: GM-PK Arquitectos Lda.- Requalificação da Ribeira da Estacada – Torres Vedras – pág.: 77Autoria <strong>do</strong> projecto: Gabinete <strong>do</strong> Projecto da Câmara Municipal de Torres Vedras


ESTRATÉGIA PARA PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DO LITORAL142|143 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE


COORDENAÇÃO GERALFrancisco Reis – DRHLCOORDENAÇÃO TÉCNICAElsa Guerra - DRHLEQUIPA TÉCNICACelso Aleixo Pinto – DRHLCristina Soares - GEAGabriela Moniz – GOTHelena Alves – GEAMargarida Nunes – DRHLPedro Alvares de Carvalho - DRHLCOLABORAÇÃOAna Margarida Brandão - CCDRLVTJosé Carlos Ferreira – Universidade NovaMaria João Pinto – SEOTCFOTOGRAFIAArquivo DRHLFernan<strong>do</strong> Guerra | FG + SG – Fotografia de ArquitecturaDESIGN E PRODUÇÃOArte Final, Design e Publicidade, Lda.DEPÓSITO LEGAL296892/09ISBN978-989-96162-1-9

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