1.2.2 Hesperozygis EplingO gênero Hesperozygis Epling (Lamiaceae) contém cerca de seis espécies,sendo cinco encontra<strong>da</strong>s na região Sul e Sudeste do Brasil e uma restrita ao México,Hesperozygis marifolia Epling (CANTINO e SANDERS, 1986; FRACARO eECHEVERRIGARAY, 2006). Dentre dessas espécies, destaca-se Hesperozygismyrtoides (A. St.-Hil.) Epling que é um pequeno arbusto bastante aromático (Fig. 7),denominado de “poejo” na região de Aiuruoca/ MG, por ter aroma peculiar de“menta”. Suas folhas são emprega<strong>da</strong>s na forma de chá para o tratamento deproblemas respiratórios e na elaboração de uma bebi<strong>da</strong> artesanal que, segundo atradição local, é prepara<strong>da</strong> com as partes aréas dessa planta em aguardente decana. A mistura é enterra<strong>da</strong> no solo, ficando em infusão por um ano e só é retira<strong>da</strong>para o consumo (LEITÃO et al., 2009).Figura 7 - H. myrtoides: planta em seu habitat nativoFonte: Coleção <strong>da</strong> Profª. Drª. Suzana G. LeitãoEstudo prévio realizado pelo grupo com H. myrtoides coletado em Aiuruoca/MG, revelou como constituinte majoritário do óleo essencial a isomentona (Fig. 8a)e, em menor quanti<strong>da</strong>de, a (+)–pulegona (LEITÃO et al., 2009). Esse óleo essencialtambém foi testado para avaliação <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de <strong>antimicrobiana</strong> frente a cepasclínicas de Candi<strong>da</strong>s (C. albicans, C. famata, C. guillermondii, C. parapsilosis e C.tropicalis), além de três cepas de referência (C. albicans ATCC 90028, C.parapsilosis ATCC 22019, C. tropicalis ATCC 750). Os resulta<strong>dos</strong> mostraramexcelente ativi<strong>da</strong>de, com halo de inibição para to<strong>da</strong>s as cepas, variando de 9,8 a29,9 mm (LEITÃO et al., 2009).
Estu<strong>dos</strong> <strong>da</strong> composição volátil de espécies do gênero Hesperozygis Epling têmrevelado frações ricas em monoterpenos. Por exemplo, a composição <strong>química</strong> doóleo essencial <strong>da</strong>s espécies H. ringens e H. rhododon, coleta<strong>da</strong>s na ci<strong>da</strong>de deCaçapava do Sul/ RS, é rica em (+)-pulegona e mentona, respectivamente (Figs. 8be 8c) (POSER et al., 1996). Estudo realizado com o óleo essencial <strong>da</strong> espécie H.marifolia revelou a presença de isomentona e pulegona como constituintesmajoritários (Figs. 8a e 8c) e, em menor quanti<strong>da</strong>de, a mentona (Fig. 8b). Teste <strong>da</strong>ativi<strong>da</strong>de <strong>antimicrobiana</strong> frente a cepas de Aspergillus flavus com esse óleoessencial mostrou ativi<strong>da</strong>des fungistática e fungici<strong>da</strong>, na concentração de 1,0 mg/ml. Substâncias puras também foram testa<strong>da</strong>s. A isomentona e a mentona nãoapresentaram ativi<strong>da</strong>de significante, enquanto a pulegona inibiu o crescimentomicelar (CHÁVEZ et al., 2011; DURU et. al., 2004; ARRUDA et al., 2006).(b)(a)Figuras 8– Fórmula estrutural <strong>da</strong> isomentona (a), mentona (b) e pulegona (c)(c)1.2.3 Mentha L.O gênero Mentha L. (Lamiaceae) contém cerca de 20 espécies, sendo originário<strong>da</strong> região Mediterrêanea e parte <strong>da</strong> Ásia e está distribuído por quase todo o Mundo,especialmente, em regiões tempera<strong>da</strong>s. As espécies desse gênero apresentamgrande complexi<strong>da</strong>de botânica sendo, por isso, de difícil identificação. Estacomplexi<strong>da</strong>de é devi<strong>da</strong> à plastici<strong>da</strong>de morfológica, facili<strong>da</strong>de para hibri<strong>da</strong>ção,propagação vegetativa, cultivo desde a antigui<strong>da</strong>de e controvérsias denomenclaturas (MARTINS e MARTINS, 2003). <strong>Análise</strong>s <strong>da</strong>s substâncias presentesnos <strong>óleos</strong> essenciais <strong>da</strong>s espécies de Mentha permitem inferir sobre a existência deum importante polimorfismo químico, refletido nas muitas varie<strong>da</strong>des e quimiotiposde espécies desse gênero, tendo sido descritos para M. spicata, M. longifolia, M.suaveolens, M. diemenica e M. pulegium (LORENZO et al., 2002). Os <strong>óleos</strong>
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6 Referências bibliográficasADAMS
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DUARTE, M.C.T.; FIGUEIRA, G.M.; SAR
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MARTINS, R.E, CASALI, W.D.V., BARBO
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