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29sistema público de saúde brasileiro, a análise do processo de trabalhodesenvolvido por estudantes e profissionais de saúde bucal, durante suaspráticas de formação e atenção, consiste em uma importante ferramenta paraqualificação da assistência prestada e do aprendizado no trabalho(CAVALCANTI; WANZELER, 2009; SANTIAGO; BARBOSA; RABELLO, 2010).Assim, destaca-se que a transformação das práticas no cuidado emsaúde bucal ultrapassa as mudanças do modelo tradicional de formar recursoshumanos. Ou seja, o profissional de saúde, além de direcionar o trabalho parapráticas integrais, resolutivas, que atendam as necessidades da população,incorpora a análise crítica do cenário de atuação e orienta as mudanças docuidado em saúde bucal.
302.3. Como promover Saúde Bucal na Atenção Básica do SUS?A saúde é produto de um amplo espectro de fatores relacionadoscom a qualidade de vida das coletividades, o que inclui padrões adequados dehabitação, nutrição, saneamento, apoio social, cuidados de saúde e boascondições de trabalho e educação. Dessa forma, a promoção da saúde, e asmedidas necessárias para atingi-la, devem considerar os diferentes aspectosda vida das populações (BUSS, 2000).Sob essa perspectiva, que traduz a saúde como um estado dinâmicoe socialmente produzido, entende-se que, para promovê-la, é preciso efetivarpolíticas públicas que atuem sobre os determinantes do processo saúdedoença(BUSS, 2000). Para tanto, é necessário realizar o planejamento, aimplantação e a avaliação de programas que busquem a promoção da saúde,considerando a relevância social e as necessidades da população.Tradicionalmente, o modelo de atenção odontológica preponderanteno setor público brasileiro caracterizou-se pela falta de programação das açõese reduzido impacto social. O individualismo da prática odontológica vigente foiverificado pela assistência curativo-restauradora, oferecida por um únicoprofissional, e direcionada para indivíduos doentes (NARVAI, 1994). O modelotradicional também incorporou outras características, como o reduzido acesso,a falta de humanização, a ausência de integralidade e o tecnicismo das ações.Assim, a organização do serviço não se faz na lógica do usuário, mas sim naperspectiva do mercado, mediante transposição desta prática para a rede dosserviços públicos (ZANETTI et al., 1996). Caracteriza-se, portanto, como umaconcepção de exercício profissional orientada pelo mercado e para o mercado,e não pelas reais necessidades de saúde da população.Viacava et al. (2004), propuseram que a avaliação do sistema desaúde brasileiro seja focada no desempenho dos serviços e nos determinantesdas condições de saúde. Assim, as necessidades da população devem orientaro financiamento e os recursos humanos e materiais necessários, de modo aproporcionar adequado funcionamento do sistema e melhoria das condições desaúde dos usuários.A necessidade da proposição de programas de intervençãoadequados do ponto de vista cultural e também ao contexto das comunidades
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