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MINISTÉRIO DA DEFESA Assessoria de Planejamento Institucional ...

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as <strong>de</strong>ficiências <strong>de</strong> visão <strong>de</strong> Clausewitz, a mais importante foi que ele jamais compreen<strong>de</strong>u que overda<strong>de</strong>iro objetivo da guerra é a paz e não a vitória” (FULLER, 2002).Na época da eclosão da 1ª GM vários países retomaram o SMO, mas o gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong>baixas somado à influência <strong>de</strong> Clausewitz levaram ao seu abandono. No entre-guerras,pensadores militares europeus como <strong>de</strong> Gaulle, Li<strong>de</strong>ll Hardt, Von <strong>de</strong>r Goltz e Von Seecktindicaram mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> reformulação militar baseados no SMO, na dissuasão, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pronta resposta e elasticida<strong>de</strong>. A 2ª GM retomou o princípio do soldado-cidadão, mas a recepçãodo assunto variou <strong>de</strong> acordo com a particularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada país no pós-guerra.A aparente estabilida<strong>de</strong> do fim da guerra fria colaborou para a suposição da maioreficiência <strong>de</strong> pequenos exércitos profissionais e do fetiche tecnológico, as instabilida<strong>de</strong>sinternacionais tornaram-se difusas, mas países que abandonaram o SMO ressentem-se da perda<strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> perante longos conflitos que julgavam <strong>de</strong> rápida solução e do afastamento entre asocieda<strong>de</strong> e seus militares. Outros amparam a redução <strong>de</strong> gastos militares e o fim do SMO face àcrise econômica vigente, na concepção do pequeno exército profissional voluntário e no possívelrespaldo <strong>de</strong> organismos supranacionais, em <strong>de</strong>trimento do conceito <strong>de</strong> dissuasão.No Brasil, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o período colonial existia a percepção <strong>de</strong> obrigatorieda<strong>de</strong> naparticipação na Defesa, não havendo uma legislação a<strong>de</strong>quada para sua execução, bem comoocorria o escalonamento <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s do exército (tropas <strong>de</strong> 1ª, 2ª e 3ª linha). Na falta <strong>de</strong>voluntários, eram “recrutados” os presos em atos <strong>de</strong> vadiagem. Entretanto, ressalta-se a aplicaçãopelos portugueses da estratégia da presença e monitoramento/controle na distribuição das suasfortificações. Com a In<strong>de</strong>pendência a <strong>de</strong>fesa ficou a cargo <strong>de</strong> militares portuguesesremanescentes, mercenários contratados e tropas nativas mal organizadas (FONSECA, 1974). AConstituição <strong>de</strong> 1824 manteve a obrigatorieda<strong>de</strong>, mas o Decreto <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Maio 1831 praticamenteextinguiu o exército, sendo criada a Guarda Nacional. Desavenças políticas levaram anegligências na Defesa, com sérias restrições orçamentárias e incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expansão <strong>de</strong>efetivos ocasionando gastos e prejuízos imensos quando da Guerra do Paraguai (COELHO,1976).Na República, a experiência negativa em Canudos gerou o Relatório <strong>de</strong> 1897 do Ministroda Guerra, com propostas <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização/adaptação. O Projeto Mallet previa a reunião <strong>de</strong>tropas para centralizar e otimizar o treinamento, um plano <strong>de</strong> reorganização e um exércitoqualificado baseado no SMO, não muito extenso e passível <strong>de</strong> rápida expansão. Como<strong>de</strong>ficiência, julgava possível organizar com facilida<strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s adicionais em caso <strong>de</strong> guerra(McCANN, 2009), o que talvez explique a permanência equivocada <strong>de</strong>ste conceito na doutrinamilitar brasileira. Seu prosseguimento foi a reforma Hermes da Fonseca, interrompida pela15

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