11.07.2015 Views

MINISTÉRIO DA DEFESA Assessoria de Planejamento Institucional ...

MINISTÉRIO DA DEFESA Assessoria de Planejamento Institucional ...

MINISTÉRIO DA DEFESA Assessoria de Planejamento Institucional ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

dívida externa brasileira no governo Campos Sales. Seus antece<strong>de</strong>ntes são as medidas <strong>de</strong> Hermesquando comandava o Distrito Militar do Rio <strong>de</strong> Janeiro, incluíndo a realização <strong>de</strong> manobrasmilitares com a presença do Presi<strong>de</strong>nte e abertas à assistência da socieda<strong>de</strong>. A partir <strong>de</strong>steperíodo, observamos lí<strong>de</strong>res civis e militares abordando conceitos encontrados na nossa atualdocumentação <strong>de</strong> Defesa, coerentes com o pensamento militar romano, como o Gen Vasques,que pretendia um Exército compatível com o regime <strong>de</strong>mocrático e convencer a população <strong>de</strong>que o cidadão tinha o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> prestar serviço militar à pátria, provendo rápida mobilizaçãoquando necessário (McCANN, 2009). Em seguida à crise do Acre (1903), o Gen Argollo,Ministro da Guerra dizia queOs brasileiros ainda não compreendiam o perigo a que estava exposto seu território. Não podiamconfiar unicamente nos princípios da jurisprudência internacional e na eficácia das notasdiplomáticas, pois enquanto os diplomatas carecessem <strong>de</strong> força militar para fazer a logica <strong>de</strong> seusargumentos –ultima ratio -, seus êxitos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>riam da disposição das gran<strong>de</strong>s potências parareconhecer os direitos brasileiros. (McCANN, 2009, p. 130).”Em 1904 o Gen Men<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Morais citava a “generalização do encargo militar” comofortalecedor do povo, disseminando virtu<strong>de</strong>s cívicas e embasando seu discurso no Generalalemão Colmar Von <strong>de</strong>r Goltz, reestruturador do exército turco, cujos textos teriam popularizadoa idéia da nação em armas entre os militares brasileiros (McCANN, 2009), principalmente osJovens Turcos, consi<strong>de</strong>rando que o exército ligava os cidadãos ao Estado.Como Ministro da Guerra, Hermes esten<strong>de</strong>u suas reformas (1908), as quais tratavam <strong>de</strong>pessoal, material e articulação <strong>de</strong> tropas, necessitando <strong>de</strong> leis para implementá-las, mas sendo areforma em si um processo <strong>de</strong> transformação. Focada no SMO difundindo no país umamentalida<strong>de</strong> militar, este teria papel diferente do europeu, muito mais educando e dandoresponsabilida<strong>de</strong> ao soldado do que preparando-o para a guerra ou como reserva mobilizável,“função social” do SMO agregada pelos brasileiros ao conceito clássico <strong>de</strong> soldado-cidadão.As reformas sofreram lentidão por resistências internas e externas, sendo <strong>de</strong>senvolvidaampla campanha para convencer a opinião pública da sua importância e do SMO. Diversosintelectuais a apoiavam, mantiveram-se as manobras militares com assistência e Olavo Bilac<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ou a “campanha cívica” no meio acadêmico em prol do SMO, poisO quartel apura as qualida<strong>de</strong>s do indivíduo, [...] o sentido da hierarquia, da disciplina e dopatriotismo. [...] seria a expressão mais acabada da <strong>de</strong>mocracia porque nivela as classes nomesmo <strong>de</strong>ver e tarefa <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa nacional, fun<strong>de</strong> o civil com o militar na medida em que ambosinfluenciam-se [...] (COELHO, 1976, p. 76).O apoio parlamentar foi exercido por Carlos Peixoto <strong>de</strong> Melo Filho, presi<strong>de</strong>nte da câmara<strong>de</strong> <strong>de</strong>putados, alegando que um exército não po<strong>de</strong> obe<strong>de</strong>cer absolutamente só ao critérioorçamentário. (McCANN, 2009, p. 231). Encontram-se neste período referências a questõesatuais como custo-Estado, a relação risco x dano, indústria e <strong>de</strong>fesa e recursos militares como16

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!