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C:\Job\ABL\ABL-047 - Linguagem e Estilo de Machado-Eca-Simoes ...

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90 Aurélio Buarque <strong>de</strong> Holanda Ferreiraseria, em autor <strong>de</strong> linguagem tão mo<strong>de</strong>rna, o antiquado <strong>de</strong>sse uso; nunca,porém, a incorreção <strong>de</strong>le, que incorreto não é. É corretíssimo, e, comser antiquado, não lhe faltam abonações <strong>de</strong> autores mo<strong>de</strong>rnos. Principiemospelos antigos: “Dos olhos por quem perdi a liberda<strong>de</strong>...” (Diogo Bernar<strong>de</strong>s,Rimas Várias, Flores do Lima, Lisboa, 1770, p. 3); “Olhos por quemmais claro nasce o dia,/Por quem são os meus olhos tão ditosos/Que <strong>de</strong>chorar por vós lhes coube em sorte!” (Antônio Ferreira, Poemas Lusitanos,Coleção <strong>de</strong> Clássicos Sá da Costa, Lisboa, 1939, I, p. 17); “& foi Bragaua das cida<strong>de</strong>s do Reino em quem a peste menos crueza executou” (FreiLuís <strong>de</strong> Sousa, Vida <strong>de</strong> D. Frei Bartolomeu dos Mártires, cit., I, 1857); “Gran<strong>de</strong>cousa é liberda<strong>de</strong>/Ter pouco, mas sem contenda,/Que arrenego dafazenda,/Por quem se ven<strong>de</strong> a vonta<strong>de</strong>” (Rodrigues Lobo, Éclogas, Coimbra,1928, p. 63.). Agora os mo<strong>de</strong>rnos: “Não era a embriaguez quem lhetornava tardo e vacilante o andar” (Herculano, O Monge <strong>de</strong> Cister,2. a ed.,1859, II, 361); “Ora <strong>de</strong>veis <strong>de</strong> saber que o senhor <strong>de</strong> Biscaia tinha umalão a quem muito queria” (Id., Lendas e Narrativas, cit., II, 12).ESTILO“ – Enfim, exclamei, uma prosa como não po<strong>de</strong> haver!“– Não, gritou Fradique, uma prosa como ainda não há!(A Correspondência <strong>de</strong> Fradique Men<strong>de</strong>s, p. 125).Com a mais dura das injustiças, escreve Fialho <strong>de</strong> Almeida 37 a respeitodo estilo <strong>de</strong> Eça <strong>de</strong> Queirós: “Comparando trabalhos <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong>,com os primeiros ensaios da Gazeta <strong>de</strong> Portugal, e edição primitivado Padre Amaro, sente-se que o escritor, neste campo, <strong>de</strong>clinou, ou melhortalvez, não progrediu, e que a abundância e finura dos motivos pitorescos,realçados nestes primeiros escritos, não foram supridas, à37 Figuras <strong>de</strong> Destaque, cit., p. 140.

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