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A participacao de policiais militares na seguranca privada

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Isto <strong>de</strong>spertou no Ministério da Justiça um discurso <strong>de</strong> normatização do setor <strong>de</strong> segurança<strong>privada</strong> 5 que encontrou oposição <strong>de</strong> setores do governo articulados a <strong>militares</strong> reformados epolíticos donos <strong>de</strong> empresa. (HERINGER, 1992).Com o governo Leonel Brizola, em 1991, a participação <strong>de</strong> agentes <strong>na</strong> segurança<strong>privada</strong> volta a ser tema <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate público, com a discussão e a aprovação da intitulada Leido Bico – aprovada em 1994 6 . Esta lei, que vigorou ape<strong>na</strong>s por um ano - foi revogada pelosucessor Marcello Alencar -, possibilitava <strong>policiais</strong> civis e <strong>militares</strong>, bombeiros e agentespenitenciários a terem uma segunda ocupação profissio<strong>na</strong>l, especificamente <strong>na</strong> segurança<strong>privada</strong>, acen<strong>de</strong>ndo um <strong>de</strong>bate acerca do limite entre o que é interesse público e privado,das escalas <strong>de</strong> trabalho e das questões salariais, trabalhistas e psicológicas 7 . Embora a Leido Bico estivesse se referindo a várias categorias profissio<strong>na</strong>is e segmentos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cadacorporação, quase sempre o <strong>de</strong>bate público foi enviesado para as condições e questõescolocadas pelos praças da polícia militar.“Representantes da Associação <strong>de</strong> cabos e Soldados da Polícia Militar eda Coligação <strong>de</strong> Policiais Civis se reúnem hoje com <strong>de</strong>putados da bancada doPT <strong>na</strong> Assembléia Legislativa para tentar impedir que as mensagens dogover<strong>na</strong>dor Leonel Brizola, permitindo que <strong>policiais</strong> civis e <strong>militares</strong> prestemserviço em empresa <strong>de</strong> segurança <strong>privada</strong>, sejam aprovadas <strong>na</strong> Casa.”5 Ape<strong>na</strong>s em 1991, através da Portaria n°91, ficou <strong>de</strong>finida segurança <strong>privada</strong> não só como aquela exercidaem instituições fi<strong>na</strong>nceiras, mas também “em outros estabelecimentos públicos e particulares” (BRASIL,1992).6 A Lei do Bico foi aprovada durante o governo Nilo Batista. Nilo Batista, então vice-gover<strong>na</strong>dor do Rio <strong>de</strong>Janeiro, passa a exercer a função quando o gover<strong>na</strong>dor Leonel Brizola se <strong>de</strong>sencompatibiliza do cargo paraconcorrer à presidência.7 Segundo Fer<strong>na</strong>ndo Ban<strong>de</strong>ira, policial civil e presi<strong>de</strong>nte da Fe<strong>de</strong>ração dos Vigilantes do Rio <strong>de</strong> Janeiro, a leirestringia o bico à segurança <strong>privada</strong> e não obrigava as empresas particulares a assumirem os encargos, comoassi<strong>na</strong>r carteira e <strong>de</strong>positar o FGTS, por exemplo.10

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