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A participacao de policiais militares na seguranca privada

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A segunda explicação é por acumularem um saber prático necessário à função.“À primeira vista não há problema em que um policial <strong>de</strong> rua, quetrabalha com base numa escala, tenha outra ativida<strong>de</strong> e que esta ativida<strong>de</strong> sedê também <strong>na</strong> área da segurança. Segurança é o assunto que ele conhece, temafinida<strong>de</strong> e para o qual foi trei<strong>na</strong>do...”.“Outra questão complicada: os <strong>policiais</strong> são trei<strong>na</strong>dos durante mesespelo Estado - <strong>de</strong>fesa pessoal, tiro, legislação, investigação, etc - com o dinheiropúblico, e todo este trei<strong>na</strong>mento é aproveitado pelas empresas particulares queutilizam esta mão-<strong>de</strong>-obra, sem que tenham que pagar <strong>na</strong>da por isso. Se, porum lado, isto significa uma qualida<strong>de</strong> superior no serviço <strong>de</strong> vigilância <strong>privada</strong>,por outro lado representa uma apropriação <strong>privada</strong> <strong>de</strong> um "bem" público.”(KAHN, 1999) 11O vigilante – ou seja, o profissio<strong>na</strong>l da segurança <strong>privada</strong> – é um agente da norma(FOUCAULT, 2000), diferente da polícia que visa diminuir a incidência <strong>de</strong> crimes e aplicara lei ou fazê-la ser respeitada. A expectativa da função do vigilante é a <strong>de</strong> garantir anormalida<strong>de</strong> no seu espaço <strong>de</strong> atuação, o evento que ocorrer fora dos limites territoriaisestipulados por acordo (verbal ou escrito) não é da responsabilida<strong>de</strong> do vigilante, porémesta mesma fronteira não existe <strong>na</strong> segurança pública. Em outras palavras, as atribuiçõessão diferentes e, teoricamente, o saber da polícia não se aplica ao serviço <strong>de</strong> vigilância<strong>privada</strong>.11 Não entraremos aqui no <strong>de</strong>bate sobre o aproveitamento pela iniciativa <strong>privada</strong> <strong>de</strong> uma mão-<strong>de</strong>-obracapacitada com recursos públicos.20

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