A participacao de policiais militares na seguranca privada

supplement the activities of the public police and, in some instances, share thesame training programs and officers. In more extreme example of this model,several U.S. municipalies have in the past contracted with a private securityfirm for all police services”.(p.3)Para a nossa pesquisa, este é o modelo que nos interessa, pois é a relação maispróxima daquela em que os policiais estudados vão estar. Uma vez que, mesmo sendoagente da segurança pública, ao atuar na segurança privada, este indivíduo sustenta umdiscurso de descontinuidade da sua função de polícia, além de não haver nenhum tipo decontrole da corporação sobre esta atividade, por não ser prevista nos regulamentos internos.No Brasil, a relação definida a partir deste modelo, em um primeiro olhar, não fazmuito sentido, uma vez que, ao considerarmos o conteúdo da lei, não existe polícia privada(nem policiais fazendo segurança privada) no espaço público, embora a prática noscomunique exatamente o contrário. Em Nova Iorque, por exemplo, o policial pode executarlegalmente a atividade de segurança privada, o que torna possível falar em polícia privadano espaço público. É importante ressaltar que existem, conjuntamente, mecanismos decontrole de recursos e da atividade. O “controle”, no Brasil, ocorre através do(s) cliente(s)em uma relação direta com o policial, não havendo controle nem da sua instituição e nemsobre sua formação.Ao utilizarmos um modelo construído a partir da observação da sociedadeamericana, devemos chamar a atenção para o significado das categorias nos EUA e noBrasil. Enquanto nos EUA o espaço público pertence a todos e suas regras são a resultanteda negociação coletiva, no Brasil o espaço público, não pertence a ninguém, ou antes,25