A participacao de policiais militares na seguranca privada

investido de autoridade interpretativa para aplicar particularizadamente as regras, no espaçopúblico.O policial no Brasil tem a obrigação de aplicar a lei, caso não faça isto ele é culpadopor não atuar; nos Estados Unidos, por outro lado, há a autoridade de atuar, o policial temdiscretion ele tem liberdade conferida pelo Estado de avaliar a situação e decidir comoatuar, sendo responsabilizado por isto (KANT de LIMA, 2003). Ou seja, quando, no Brasil,o policial, mesmo na folga, atua com uma pretensa “discricionariedade”, o que nós temos éuma interpretação e aplicação de regras de forma particularizada, entre indivíduospercebidos social, econômico e juridicamente como desiguais.Outro ponto é que o mercado assimila a estrutura da segurança pública. Não ocorrea transferência da hierarquia militar para forma de organização dos grupos privados,prevalecendo, assim, a lógica de organização do mercado. Teoricamente, a segurança e opolicial ficam subordinados a interesses específicos, que reorganizam o grupo conforme osseus critérios, passando ao largo qualquer forma de controle ou autoridade estatal. Destaforma, o mercado contamina a atividade pública.Isto também é evidenciado na recusa de fazer policiamento ostensivo fardado – sepor um lado isto deixaria o policial mais vulnerável durante a atividade privada por ele nãodispor dos recursos humanos, logísticos e bélicos da polícia, por outro lado, seria umaforma de controle, através da identificação de onde a segurança é feita, como, quando epara quem.37