Banco de dados de indivÃduos HIV positivos para fins de ... - SBIS

More documents

Recommendations

Info

1998 visando subsidiar estudos multiprofissionais,que podem se reverter em melhoria da qualidadeda assistência prestada.Para esta finalidade foi formulado o projeto:Elaboração e Manutenção de bancos de dados dosindivíduos HIV + , que contou com o financiamentoparcial do Ministério da Saúde, através daCoordenação de DST/AIDS (Projeto n.º914/BRA/59. UNESCO. FENSPTEC Processo99047).O principal objetivo foi manter uma base dedados dos indivíduos HIV + completa, atualizada econsistente no que se refere a informaçõespessoais e dos atendimentos médicos e quepermitisse a realização de pesquisas clínicas eepidemiológicas de forma mais rápida e eficiente.MetodologiaA primeira versão do formulário padronizadode transcrição dos dados do prontuário [1] tomoupor base o modelo gentilmente cedido pelo DoutorRichard D. Moore, da Universidade Jonhs Hopkins-Baltimore/EUA, utilizado para coleta semestral dosdados.Esse instrumento foi adaptado por umaequipe constituída por especialistas em infectologia,epidemiologia e estatística. Essa primeira versãopassou por uma série de revisões, testes e mais de30 atualizações. Recentemente, uma nova revisãodo formulário foi realizada para melhor organizar osdados coletados, incluir novas informações, eexcluir as consideradas irrelevantes. O formulárioatual contém dados de identificação ecaracterização do paciente sua condição sóciademográfica, além dos dados sobre a avaliação dorisco da infecção [2], hábitos e comportamentos,informações clínicas, descrição e datas de doençasoportunistas, códigos das doenças (CID-10),resultados e datas de exames laboratoriais,marcadores sorológicos, esquemas de tratamentocom anti-retrovirais, dados de internações, statusvital, e em caso de óbito, data e causas (Quadro 1).Para o correto preenchimento do formuláriofoi elaborado um manual com a definição dosconceitos utilizados e orientações dosprocedimentos. No manual é explicado o corretopreenchimento de cada campo e, quandonecessário, é apresentado um exemplo.Durante todo o processo a equipe derevisores foi treinada e supervisionada. Vinte porcento dos prontuários iniciais tiveram revisão duplaa fim de detectar omissões e erros nopreenchimento.Buscas são realizadas periodicamente nossistemas SINAN (Sistema de Informação deAgravos de Notificação) e SIM (Sistema deInformação de Mortalidade) para os indivíduos comperda de seguimento.Os casos de AIDS são definidos por uminfectologista após o preenchimento completo doformulário, avaliando CD4 ou linfócitos [3], doençasoportunistas ou a pontuação. Ele estabelece as datasdo diagnóstico de AIDS por dois critérios de definiçãode caso, o estabelecido pelo Ministério da Saúde em2004 e pelo CDC (Centers for Disease Control andPrevention) em 1993. Casos considerados maiscomplexos são definidos por consenso entre osespecialistas do grupo. Um programa para aautomação destas definições está em fase deelaboração. Este sistema irá permitir também aclassificação da evolução da síndrome usando ocritério do CDC em diferentes fases. A classificaçãoautomática será validada pela comparação com arealizada pelo especialista.Antes da conclusão do levantamentoretrospectivo, o total de prontuários então existentesfoi dividido em quatro amostras de igual tamanho.Este procedimento (ainda mantido) visava possibilitara realização de análises intermediárias, facilitar acoleta de dados e a organização dos formulários. Osprontuários foram ordenados por data de registro naInstituição e selecionados por amostragem sistemáticapara manter a distribuição cronológica. Um programafoi elaborado em Epi Info para a seleção destasamostras, com base na listagem dos indivíduos HIV +proveniente do arquivo nosológico que resgata peloCID (B24) os pacientes cadastrados no IPEC.Os formulários foram inicialmente digitados emum programa próprio elaborado em Epi Info [4],software de domínio público, que tem facilidades paraentrada de dados, armazenamento, crítica e análisede dados epidemiológicos, especialmente dirigida àárea de saúde. A versão utilizada para armazenar abase de dados ainda utilizava o sistema operacionalDOS, portanto, sem as facilidades “point and click” doWindows. No final da década de 90 o CDC lançou oEpi Info para Windows, mas que não guardacompatibilidade integral com a versão para DOS. Parautilizar o novo sistema seria necessário rever odesenho da base de dados e desenvolver programaspara migrar os arquivos de um sistema para o outro.A base de dados estava distribuída por váriassub-bases que podiam ser unidas a partir do númerodo registro do paciente, mas que gerava algunstranstornos operacionais e era cada vez mais difícil deadministrar dado ao grande número de variáveis e afalta de previsibilidade inicial da quantidade deexames ou internações necessárias.Em 2001, após a conclusão do estudo inicialcom a revisão de cerca de 1.500 prontuários, o bancofoi atualizado com a inclusão dos dados de cerca de300 pacientes atendidos no decorrer do ano. Nestaocasião o formulário sofreu uma significativa2
eadaptação, e foi oportuna a reformulação doprograma de entrada de dados. Estes formuláriosforam então digitados no programa desenvolvidoem IMPS [5], também de domínio público. É umsoftware que proporciona facilidades para entradade dados, edição e tabulação de dados e éorientado para o processamento de pesquisas ecensos em geral.Quando o sistema de administração da basede dados começou a mostrar sinais deobsolescência, as alternativas mais viáveis pararedesenhar o sistema eram a nova versão do EpiInfo para Windows e o CSPro [6], ambos softwaresgratuitos voltados para o processamento dequestionários ou formulários complexos, o últimocom estrutura hierárquica.O CSPro foi desenvolvido para substituir oIMPS e funciona em ambiente Windows. Em linhasgerais, o CSPro é mais adequado para a entradade dados, pois possui ferramentas que garantemmais qualidade a esta operação, e inferior ao EpiInfo no que diz respeito a análise dos dados. Estafragilidade, no entanto, é compensada pelaexistência de interfaces com os softwares deanálises estatísticas mais difundidos: R, SAS,SPSS e STATA, por exportar arquivos nos formatosusuais csv, txt e dat.A capacidade do CSPro de proporcionar umaentrada de dados de melhor qualidade foifundamental para sua escolha como software degerenciamento da base de dados. Este sistema tema vantagem de permitir a inclusão de tantos itensquantos forem necessários, como por exemplo,todos os resultados de exames e esquemasterapêuticos dos pacientes.Para facilitar a realização das atividadesgerenciais do banco desenvolveu-se, em Accessum aplicativo próprio para este fim. Umafuncionalidade implementada permite a impressãodo formulário preenchido com os dados dopaciente, para ser anexado ao prontuário e, assim,facilitar os atendimentos subseqüentes. Esteformulário resume as principais informaçõesclínicas e laboratoriais do paciente. Outra opçãopermite a visualização na tela ou impressão doscasos que atendem a um determinado critériovisando a atualização dos dados ou a seleção decasos para análise.Para que a base de dados se mantenhacompleta e atualizada, uma vez concluída a revisãoretrospectiva dos prontuários, foi elaborado uminstrumento mais simples para a complementaçãodos dados dos pacientes em acompanhamento.O processo de elaboração e atualização dobanco pode ser descrito pelas seguintes etapas:A. Processo manual de elaboração dolevantamento retrospectivo:1. Elaborar formulário de transcrição dosprontuários;2. Testar instrumento de coleta de dados;3. Identificar os indivíduos HIV + atendidos naInstituição;4. Alocar o novo indivíduo HIV + na amostraselecionada;5. Atribuir número seqüencial na amostracorrespondente para o formulário preenchido;6. Revisar prontuários preenchendo o formulário;7. Verificar o adequado preenchimento doformulário;8. Ir para E2;9. Digitar o formulário no sistema de entrada dedados;10. Arquivar os formulários, ordenados por amostrae número.B. Processo informatizado de elaboração dolevantamento retrospectivo:1. Elaborar programa de entrada e crítica dedados;2. Testar entrada de dados;3. Identificar inconsistências nos dados;4. Localizar formulários com inconsistência;5. Corrigir inconsistências pela revisão doprontuário/formulário;6. Ir para A7.C. Processo de inclusão de novos registros:1. Identificar os novos indivíduos HIV + atendidosna Instituição;2. Ir para A4.D. Processo de atualização dos dados:1. Elaborar formulário próprio para a atualizaçãodos dados dos prontuários dos pacientes quereceberam atendimento médico no períodoanterior;2. Processar os dados para a identificação destesindivíduos;3. Ir para A6.E. Processo de classificação e definição de casode AIDS:1. Identificar formulários de indivíduos que nãoatendiam as condições de definição de caso deAIDS em pelo menos um dos critérios;2. Classificar o estágio de evolução da síndromeno momento da entrada na Instituição definiçãodo caso utilizando o critério do CDC3. Verificar se o indivíduo HIV + se tornou caso deAIDS de acordo com os critérios do MS e/ouCDC;4. Classificar o estágio de evolução da síndromeno momento da definição do caso utilizando ocritério do CDC;5. Ir para A9.3
Page 1: Banco de dados de indivíduos HIV p
Page 5 and 6: [3] USPHS/IDSA Guidelines for the p

Banco de dados de indivÃ­duos HIV positivos para fins de ... - SBIS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

Delete template?

Save as template?

Banco de dados de indivÃduos HIV positivos para fins de ... - SBIS