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Número 114 Jul/Ago/Set 2012 - CRMV-MG

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ARTIGO TÉCNICO 1queda na produção de leite (CAMPOS et al., 2005).O diagnóstico laboratorial e testes químicos são baseadosna determinação de corpos cetônicos no sangue, urina e leite,sendo que o padrão mais confiável para diagnóstico laboratorialé a dosagem de HBA no soro, durante os episódios de Cetosesubclínica (VOYVODA et al., 2010).Outros métodos baseiam-se em testes comercializados soba forma de fitas e tabletes. Consistem em análises subjetivasreferentes à alteração da cor causada pela reação química entreo nitroprussato e os corpos cetônicos presentes nas amostrasde urina e/ou leite. Na urina a medição é feita a partir de fitasque detectam o acetoacetato e acetona. Na prática, mostra-seser difícil a coleta de urina dos animais, porque apenas 1/3 dasvacas a serem amostradas geralmente urinam (GRUMER, 2011).No leite o teste é feito a partir de tabletes que reagemcom HBA, apresentando alteração de coloração quando as concentraçõesestão acima de 100 µmol/L (CAMPOS et al., 2005;IWERSEN, 2009). Quando comparados aos testes de urina, ostestes no leite são menos sensíveis, alterando a porcentagemde vacas com Cetose em um rebanho (OETZEL, 2007).Mais recente, o método o utilizado é o eletrônico portátil ebiossensível, através de um aparelho de uso humano (MonitorOPTIUM Xceed), para aferir HBA e glicose no sangue, usadopara acompanhamento e tratamento de diabetes. Ocorre umareação eletroquímica entre o HBA e o reagente da tira do aparelho,gerando uma corrente elétrica. O tamanho da corrente éproporcional às concentrações de HBA em μmol/L (IWERSEN,2009; VOYVODA et al., 2010).O aparelho faz leitura tanto de glicose como de HBA, sendocada um com sua fita específica. Cada caixa de fitas vem comseu respectivo calibrador do aparelho de acordo como o lote.Deve ser respeitado o lote e sua respectiva fita para que nãohaja leitura errada do aparelho. Para análise, inicialmente é feitoum pique na ponta da cauda do animal, encostando a pontada fita na gotícula de sangue (Figura 1). O aparelho reconhecendoo sangue apresenta um cronometro de 10 segundos, que é otempo levado para ele expressar o resultado da concentraçãode acetona no sangue.Figura 1 | Cauda do animal após pique e acoplamento da fita na gotícula de sangueOs valores de referência são: 0 a 1,4 µmol/L, animais normais (Figura 2); 1,4 a 5,0 µmol/L, animais com Cetose subclinica e acima de 5,0 µmol/L animais comCetose clínica.5| CONSIDERAÇÕES FINAISÀ medida que a cadeia leiteira seleciona animais para maiorprodução aumenta o risco de desenvolver doenças do metabolismo.Com isso, torna-se de suma importância trabalhar commonitoramento do rebanho para minimizar a ocorrência de taisdoenças, principalmente as formas de apresentação subclínica.O diagnostico precoce da Cetose subclínica possibilita aotécnico o tratamento imediato, restabelecendo o status de saúdedo animal e do rebanho, evitando desta forma perdas da produçãode leite e a ocorrência de doenças concomitantes.A utilização do método eletrônico portátil e biossensívelpara o diagnóstico de Cetose, através de aparelho de uso humano,é uma ferramenta prática e de baixo custo que pode serFigura 2 | Resultado da concentração de acetona (µmol/L)utilizada pelos veterinários no campo para o monitoramento deCetose e intervenção precoce nos sistemas de produção atuaise melhorando sua eficiência de atuação.12 |Revista VeZ em Minas - <strong>Jul</strong>./<strong>Ago</strong>./<strong>Set</strong>. <strong>2012</strong> - Ano XXII - <strong>114</strong>

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