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Número 114 Jul/Ago/Set 2012 - CRMV-MG

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A criação comercial de outros suídeos (javalis) e tayassuídeos(catetos e queixadas) supre nichos de mercado de carnesexóticas e, por isso, tende a manter-se em criatórios de pequenoporte e com atividade inconstante, o que dificulta o trabalho devigilância epidemiológica. Prezotti et al. (2009b) estudaram essasituação em Minas Gerais de 2004 a 2008. Dos criatórios cadastradosem 2004, apenas 30,0% continuavam em atividade em2008. Neste ano, havia 10 criatórios de javalis em 9 municípios,com 732 animais, com média de 15,9 matrizes e de 4,6 animais,por matriz, por criatório. A reposição era feita do próprio plantelem 60% dos casos ou havia aquisição em outros estados. O fatode 80,0% comercializarem animais vivos apenas no próprio município,nos quais não há abatedouros com Serviço de InspeçãoEstadual ou Federal, faz pensar que a maioria dos abates ocorracom inspeção municipal, sem inspeção ou que, eventualmente,haja comércio com atravessadores de forma não controlada peloIMA. Quanto à biosseguridade em 2008, dois criatórios foramclassificados como Bem Protegidos, com 28,3% das matrizes,o que diferiu muito dos anos anteriores (menos de 5,0%). Deforma geral, nos cinco anos do estudo, cerca de 57% das matrizesestavam em criatórios com vulnerabilidade moderada e21,5% em criatórios altamente vulneráveis, representando umrisco especialmente nas regiões SSO, MBH, ZM e Oeste.Todas as granjas comerciais que compõem o Cadastro deSuídeos do IMA estão georreferenciadas desde 2009. Destaforma, o IMA pode implementar o software GeoDSA, desenvolvidopela Universidade Federal de Santa Maria (RS), no qualos técnicos de cada escritório seccional lançam diretamente,via WEB, os dados dos cadastros, além das Guias de TrânsitoAnimal (GTA), que também podem ser lançadas pelos MédicosVeterinários habilitados pelo IMA. Cada GTA define uma únicaprocedência, destino, espécie e finalidade e atende a um únicoveículo.Por ser um importante fator de risco epidemiológico, otrânsito de suínos no estado foi estudado por Oliveira (2011),com base nas análises das 56.823 GTAs emitidas em 2009. Amovimentação de 5.354.735 suínos naquele ano ocorreu com afinalidade de abate (58,7% dos animais), de engorda (38,4%) ede reprodução (2,6%). Em média, foram transportados 10.241 a18.441 suínos, por mês, exceto em dezembro (52.791), provavelmenteem função do aumento da demanda de consumo. Houvetrânsito de 100.697 suínos para 19 estados (RS, RJ, SP, ES eoutros), mas a base de dados não permite saber a entrada deanimais de outros estados em Minas Gerais.O trânsito estadual para o abate colocou em contato 192municípios de procedência (destacando-se Uberlândia, Pará deMinas, Araguari, Ituiutaba e Patos de Minas) com 216 municípiosde destino. Por isso, o fluxo de animais no estado é consideradoheterogêneo, concentrado nos polos regionais. Na Fig.6, observa-seque 51 municípios enviaram animais para abate em nove,principalmente Uberlândia e Patrocínio, que tem cinco grandesfrigoríficos, e Betim e Patos de Minas, com quatro frigoríficos.Além disso, a maioria dos municípios de procedência (70,5%)enviou animais para serem abatidos em um único destino (Uberlândia).Para a autora, a análise de redes de fluxo é importante ferramentaepidemiológica, desde que os dados sejam consistentes,em tempo real e integrados a um Sistema de InformaçãoGeográfica.Figura 6 | Rede de fluxo de suínos para abate nos 25% dos municípios com maior trânsito em Minas Gerais em 2009 (Oliveira, 2011).Revista VeZ em Minas - <strong>Jul</strong>./<strong>Ago</strong>./<strong>Set</strong>. <strong>2012</strong> - Ano XXII - <strong>114</strong> | 51

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