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Racionalização de Energia em Fornos de Revestimentos Cerâmicos

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Tabela 1. Valores da pressão estática e da porcentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> oxigênio nas experiências realizadas.Parâmetro Zona L (m) Curvas <strong>de</strong> PressõesPressão estáticaInicial I II III(mm c.a.)44 0.20 0.10 - 0.20Resfriamento 43 0.25 0.15 0.45 0.20Queima 42 < 0.40 0.20 > 0.25 0.1541 0.35 > 0.15 0.25 < 0.1540 0.35 0.15 > 0.20 0.1039 > 0.30 < 0.15 0.20 0.10Conteúdo <strong>de</strong> oxigênio dos gases (%) Resfriamento 43 18.8 20.5 20.9 20.9um maior consumo <strong>de</strong> energia na queima e <strong>em</strong> produçõesmais baixas.As massas <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser formuladas com argilas que contenhamo mínimo possível <strong>de</strong> matéria orgânica e, alémdisso, com uma relação <strong>de</strong> plásticos-não-plásticos que permitauma rápida oxidação, durante o pré-aquecimento damatéria orgânica.A incorporação <strong>de</strong> não-plásticos (quartzo, chamota,feldspato, etc.), e a adição <strong>de</strong> pequenas proporções <strong>de</strong>carbonato <strong>de</strong> cálcio e talco aumentam a permeabilida<strong>de</strong> dapeça no pré-aquecimento, e consequent<strong>em</strong>ente, reduz<strong>em</strong> ot<strong>em</strong>po necessário para a oxidação da matéria orgânica,responsável pela formação do “coração negro”.Uma compactação excessiva da peça e a moag<strong>em</strong> intensada composição também favorec<strong>em</strong> o surgimento do“coração negro” .ii) Aumento da produçãoO aumento da produção <strong>em</strong> um forno <strong>de</strong> monoqueimapo<strong>de</strong> ser obtido através <strong>de</strong> diversas formas:• Redução do ciclo <strong>de</strong> queima (quando a flexibilida<strong>de</strong>do forno permite);• Mudança do formato por outro similar que otimize asuperfície útil do forno;• Mudança da forma <strong>de</strong> introduzir as peças no forno(quando trata-se <strong>de</strong> peças retangulares).Todas estas medidas significam uma redução do consumoenergético, já que para este tipo <strong>de</strong> aumento <strong>de</strong>produção existe uma série <strong>de</strong> termos do balanço energéticoque são praticamente constantes, como são, <strong>de</strong>ntre outros,a perda por pare<strong>de</strong>s, etc.iii) Redução da espessura das peçasEsta medida, ainda que esteja incluída no it<strong>em</strong> correspon<strong>de</strong>nteaos fornos, significa uma economia energética<strong>em</strong> todo processo. No caso da queima, a economia energéticaé feita da mesma forma que nos casos anteriores(redução da massa <strong>de</strong> material a queimar por m 2 <strong>de</strong> produto).É preciso levar <strong>em</strong> conta que a redução <strong>de</strong> espessurapo<strong>de</strong> afetar a planarida<strong>de</strong> da peça e, <strong>em</strong> alguns casos, seránecessário um reajuste da curva <strong>de</strong> queima.As conseqüências <strong>de</strong>sta medida, inclu<strong>em</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aeconomia <strong>de</strong> matérias primas e aditivos até a diminuição<strong>de</strong> gastos <strong>em</strong> uma série <strong>de</strong> termos menos quantificáveis,mas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> incidência na comercialização, como transporte,<strong>em</strong>balag<strong>em</strong>, paletização, etc.iv) Melhora do rendimento energético <strong>de</strong> um fornoatuando sobre as variáveis do processoNeste it<strong>em</strong>, analisa-se as curvas <strong>de</strong> pressões completas<strong>de</strong> um forno, estabelecendo os pontos críticos que permit<strong>em</strong>configurar uma curva ótima <strong>de</strong> pressões.Leva-se <strong>em</strong> conta a seleção e a utilização do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong>medida a<strong>de</strong>quado para <strong>de</strong>terminar quantitativamente o volumedo ar <strong>de</strong> combustão. Estudou-se a incidência que esteparâmetro exerce sobre as principais variáveis do forno,especialmente sobre o consumo energético.Finalmente realizou-se um balanço energético do fornoestudado, obtendo-se uma equação simples que permiteprever o consumo do mesmo e sua variação, assim comoas perdas por pare<strong>de</strong>s e fugas. O estudo foi realizado <strong>em</strong>um forno <strong>de</strong>dicado a queima <strong>de</strong> pisos gresificados pormonoqueima.As condições <strong>de</strong> operação dos fornos, majoritariamenteutilizados na fabricação <strong>de</strong> pisos e azulejos cerâmicos, vêm<strong>de</strong>finidas sobretudo pela curva <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peraturas, pela curva<strong>de</strong> pressões estáticas e pela curva <strong>de</strong> pressões parciais <strong>de</strong>oxigênio no seio do forno.Habitualmente o controle industrial das variáveis <strong>de</strong>queima é reduzido à curva <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peraturas e ao valor dapressão estática na zona <strong>de</strong> máxima t<strong>em</strong>peratura.Na atualida<strong>de</strong> existe uma tendência a controlar apressão interna do forno na zona <strong>de</strong> queima com um sist<strong>em</strong>acapaz <strong>de</strong> mante-la nos valores estabelecidos, atuando sobrea válvula do ventilador principal 16 . No entanto, nestessist<strong>em</strong>as não se leva <strong>em</strong> conta a curva completa <strong>de</strong> pressõesno interior do forno, que é <strong>de</strong>terminante para a circulação<strong>de</strong> gases no mesmo.Outra variável que t<strong>em</strong> uma incidência significativasobre as condições <strong>de</strong> operação do forno é o volume <strong>de</strong> arprimário. Geralmente opera-se com excesso <strong>de</strong> ar <strong>de</strong> entrada,para obter uma porcentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> oxigênio a<strong>de</strong>quadaCerâmica Industrial, 5 (1) Janeiro/Fevereiro, 2000 27

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