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Racionalização de Energia em Fornos de Revestimentos Cerâmicos

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ambos. Este fato se reflete na variação da porcentag<strong>em</strong> <strong>de</strong>oxigênio nos gases <strong>de</strong> resfriamento, que aumentou <strong>em</strong> 1,7%(Tabela 1) ao passar do perfil <strong>de</strong> pressões inicial ao da curvaI.Neste estudo não avaliou-se a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar-se<strong>em</strong> <strong>de</strong>pressão na zona <strong>de</strong> queima, <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> dosprobl<strong>em</strong>as que po<strong>de</strong>m surgir: entrada <strong>de</strong> ar parasitário,maior pendência a gradientes <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura, etc. Na bibliografiaconsultada <strong>de</strong>saconselha-se trabalhar <strong>em</strong> condições<strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão na zona <strong>de</strong> queima para esses tipos <strong>de</strong>produto 9,21 .b) Modificação da posição longitudinal do ponto<strong>de</strong> pressão máximaDe acordo com a hipótese levantada neste trabalho,realizaram-se ensaios para situar o ponto <strong>de</strong> pressãomáxima na zona <strong>de</strong> resfriamento, <strong>de</strong> modo a evitar a circulação<strong>de</strong> gases no sentido queima-resfriamento e inverterseseu sentido.À partir da curva I no ensaio II, fechou-se a entrada doventilador <strong>de</strong> aspiração <strong>de</strong> ar na zona <strong>de</strong> resfriamento, como qual obteve-se a curva II (Figura 8). Nestas condições,são produzidas alterações na curva <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peraturas, vistoque a última zona <strong>de</strong> queima não é capaz <strong>de</strong> manter at<strong>em</strong>peratura estável, dado o elevado fluxo <strong>de</strong> gases, relativamentefrios, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a zona <strong>de</strong> resfriamento da queimacomo conseqüência da elevada diferença <strong>de</strong> pressões entreambas zonas (∆P ~ 0,2 mm c.a.).Para retornar a uma situação <strong>de</strong> funcionamento estável,modificou-se a entrada do ventilador <strong>de</strong> aspiração <strong>de</strong> gases<strong>de</strong> resfriamento e atuou-se sobre o ventilador <strong>de</strong> aspiraçãoprincipal (Ensaio III), obtendo-se a curva III.O forno alterado nestas condições cumpre o requisito<strong>de</strong> uma elevada estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> funcionamento, com umacirculação <strong>de</strong> gases <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o resfriamento até a zona <strong>de</strong>queima, contribuída pela <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> uma porcentag<strong>em</strong><strong>de</strong> oxigênio na zona <strong>de</strong> resfriamento <strong>de</strong> 20,9%(Tabela 1). O consumo térmico do forno foi diminuído <strong>em</strong>5% <strong>em</strong> relação à situação inicial, modificando-se unicamentea curva <strong>de</strong> pressões estáticas no forno.c) Modificação do volume <strong>de</strong> ar <strong>de</strong> combustãoA entrada <strong>de</strong> ar da zona <strong>de</strong> resfriamento até a <strong>de</strong> queima,ao aumentar a porcentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> oxigênio nas zonas <strong>de</strong>pré-aquecimento e queima, po<strong>de</strong> causar a redução do volume<strong>de</strong> ar <strong>de</strong> combustão s<strong>em</strong> que ocorra a diminuição daporcentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> oxigênio no seio do forno.Para estudar a influência do volume <strong>de</strong> ar <strong>de</strong> combustãosobre o funcionamento do forno, foram realizados trêsensaios a três volumes <strong>de</strong> ar <strong>de</strong> combustão diferentes,tomando-se como referência a pressão estática do ar <strong>de</strong>combustão <strong>em</strong> queimadores. Este valor mantém-se constantee igual para todos os queimadores <strong>em</strong> cada um dosensaios efetuados. Os ensaios foram realizados reduzindoseo volume <strong>de</strong> ar <strong>de</strong> combustão e mantendo-se constanteo perfil <strong>de</strong> pressões na câmara do forno, visto que é consi<strong>de</strong>radoa<strong>de</strong>quado pelas razões apontadas anteriormente.Nos ensaios IV, V e VI da tabela 2, a pressão estáticado ar <strong>de</strong> combustão <strong>em</strong> queimadores foi <strong>de</strong> 588, 490 e 392Pa (60, 50 e 40 mm c.a., respectivamente). Em cada umadas condições <strong>de</strong> funcionamento do forno realizou-se umaaquisição das variáveis medidas continuamente, conformese verifica nas figuras 7, 8 e 9.Nestas figuras encontram-se representados os valores:da t<strong>em</strong>peratura dos gases na chaminé <strong>de</strong> aspiração <strong>de</strong> fumos(TH), na chaminé <strong>de</strong> resfriamento (T E), a pressão dinâmicamédia do ar <strong>de</strong> combustão ((∆P) A), a pressão dinâmicamáxima dos gases na chaminé <strong>de</strong> aspiração <strong>de</strong> fumos((∆P) H) e a pressão dinâmica máxima dos gases na chaminé<strong>de</strong> resfriamento ((∆P) E), medidas <strong>em</strong> distintas condições <strong>de</strong>operação do forno.Na tabela 2 encontram-se resumidos os dados maissignificativos do forno operando <strong>em</strong> distintas condições <strong>de</strong>ensaio.Dos valores das distintas variáveis medidas, <strong>em</strong> cadauma das operações realizadas, e refletidas na tabela 2,verifica-se que o volume <strong>de</strong> ar <strong>de</strong> combustão é reduzido <strong>em</strong>aproximadamente 25% <strong>em</strong> relação ao ensaio IV, o querepresenta uma redução <strong>de</strong> 40% do excesso <strong>de</strong> ar.Figura 7. Valor absoluto da pressão máxima.Figura 8. Posição longitudinal do ponto <strong>de</strong> pressão máxima.30 Cerâmica Industrial, 5 (1) Janeiro/Fevereiro, 2000

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