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Racionalização de Energia em Fornos de Revestimentos Cerâmicos

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nos gases <strong>de</strong> combustão, que permita consi<strong>de</strong>rar as reações<strong>de</strong> oxidação da matéria orgânica presente na peça.Durante todo o estudo realizado, consi<strong>de</strong>rou-se comocondição primordial a manutenção da qualida<strong>de</strong> do produtoacabado.Os objetivos do estudo são:• Obter a curva <strong>de</strong> pressões estáticas <strong>de</strong> um forno eestabelecer os pontos críticos da mesma;• Estudar a influência da curva <strong>de</strong> pressões sobre aestabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> funcionamento e sobre o consumoenergético do forno;• Analisar a incidência do volume <strong>de</strong> ar <strong>de</strong> combustãosobre os principais parâmetros do forno, fundamentalmentesobre o consumo energético.O estudo foi realizado <strong>em</strong> uma planta piloto utilizadana fabricação <strong>de</strong> pisos gresificados por monoqueima. Duranteo <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho, manteve-se constantea curva <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peraturas (com uma t<strong>em</strong>peratura máxima <strong>de</strong>1140 °C), a produção, o formato e o tipo <strong>de</strong> esmalte.O trabalho foi realizado <strong>em</strong> um forno <strong>de</strong> monoqueima 17 ,utilizando gás natural como combustível, cujas principaiscaracterísticas po<strong>de</strong>m ser encontradas na bibliografia 18 .Durante a realização dos ensaios, <strong>de</strong>terminou-se <strong>de</strong>forma puntual as seguintes variáveis:• Curva <strong>de</strong> pressão estática no canal superior e inferiorao plano <strong>de</strong> rolos;• Porcentagens <strong>de</strong> oxigênio <strong>em</strong> distintas zonas do forno;• Pressões estáticas <strong>de</strong> entrada do combustível e do arprimário aos queimadores;• Consumo <strong>de</strong> combustível.As <strong>de</strong>terminações das pressões estáticas foram realizadascom um micromanômetro analógico e a análise dosgases com um analisador <strong>de</strong> combustão digital.Com o objetivo <strong>de</strong> conhecer a evolução dos gasesdurante as operações realizadas, <strong>em</strong>pregaram-se el<strong>em</strong>entos<strong>de</strong> medida que permit<strong>em</strong> <strong>de</strong>terminar continuamente osseguintes parâmetros:• Pressão dinâmica média do ar <strong>de</strong> combustão (∆P) A;• Pressão dinâmica máxima (∆P) H e t<strong>em</strong>peratura (T H)das <strong>em</strong>issões gasosas pela chaminé <strong>de</strong> aspiração <strong>de</strong>fumos;• Pressão dinâmica máxima (∆P) E e t<strong>em</strong>peratura (T E)das <strong>em</strong>issões gasosas na chaminé <strong>de</strong> resfriamento.O esqu<strong>em</strong>a geral do dispositivo <strong>em</strong>pregado está indicadona bibliografia 19 .Para a medida da pressão dinâmica do ar <strong>de</strong> combustãoutilizou-se um Tubo <strong>de</strong> Pitot, convenient<strong>em</strong>ente modificado,que permite <strong>de</strong>terminar simultaneamente a pressão<strong>de</strong> impacto <strong>em</strong> vários pontos do diâmetro da condução,obtendo-se <strong>de</strong>ste modo a pressão dinâmica média. A partir<strong>de</strong>ste valor po<strong>de</strong>-se calcular a velocida<strong>de</strong> média e o volume<strong>de</strong> gases na condução, utilizando-se as equações pertinentes20 .Para calcular o volume <strong>de</strong> gases na chaminé <strong>de</strong> aspiração<strong>de</strong> fumos e na chaminé <strong>de</strong> resfriamento, <strong>de</strong>terminousecontinuamente o valor da pressão dinâmica máxima<strong>de</strong>sta corrente, assim como sua t<strong>em</strong>peratura no ponto damedida. Neste caso, foram utilizados Tubos <strong>de</strong> Pitot convencionaise termopares tipo K, os quais situados no ponto<strong>de</strong> máxima pressão dinâmica, permit<strong>em</strong> calcular a pressãodinâmica média a partir da expressão:∆P med = 0,83 . (∆P) máx (1)válida para um módulo <strong>de</strong> Reynolds superior a 10 5 20 ,condição cumprida no ponto da medida.Mediante a realização <strong>de</strong> medidas contínuas <strong>de</strong>stesparâmetros é possível calcular o valor médio das seguintesvariáveis:• Volume <strong>de</strong> ar <strong>de</strong> combustão;• Volume dos gases na chaminé <strong>de</strong> aspiração <strong>de</strong> fumos;• Volume dos gases na chaminé <strong>de</strong> resfriamento.Para conhecer a resposta do forno às diferentes operaçõesrealizadas, uma vez fixadas as condições <strong>de</strong> funcionamento,estas foram mantidas durante 15 dias. Nesteperíodo realizou-se um acompanhamento do consumoenergético do forno para obter dados representativos <strong>em</strong>cada uma das condições, além <strong>de</strong> avaliar a estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>funcionamento do mesmo.Inicialmente caracterizou-se o forno nas condiçõeshabituais <strong>de</strong> funcionamento, <strong>de</strong>terminando-se as pressõesestáticas nas zonas <strong>de</strong> pré-aquecimento, queima e resfriamentorápido, além da porcentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> oxigênio nestaúltima (Tabela 1). Os valores correspon<strong>de</strong>ntes às pressõesestáticas iniciais, no seio do forno encontram-se representadosna Figura 6.Analisando-se a curva <strong>de</strong> pressões estáticas obtida,observa-se que a pressão do forno aumenta da zona <strong>de</strong>pré-aquecimento até a zona <strong>de</strong> queima, on<strong>de</strong> alcança umvalor máximo (A), para diminuir posteriormente na zona<strong>de</strong> resfriamento. A curva não apresenta mudanças bruscasFigura 6. Curva inicial <strong>de</strong> pressões.28 Cerâmica Industrial, 5 (1) Janeiro/Fevereiro, 2000

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