Figura 3 – VCAN visto <strong>de</strong> uma imagem <strong>de</strong> satélite e esquema do perfil vertical <strong>de</strong> um VCAN.O período <strong>de</strong> maior permanência,ocorre no mês <strong>de</strong> janeiro, com média <strong>de</strong> 15dias, e <strong>de</strong> menor permanência nos meses <strong>de</strong>novembro e abril, com aproximadamente 7 dias<strong>de</strong> duração.Um VCAN po<strong>de</strong> ser totalmente seco ouacompanhado <strong>de</strong> muita nebulosida<strong>de</strong>, isto vai<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r da sua profundida<strong>de</strong>. Assim, osvórtices que ficam confinados na altatroposfera, acima <strong>de</strong> 500hPa, possuem poucanebulosida<strong>de</strong>, enquanto os que atingem níveismais baixos possuem nebulosida<strong>de</strong> muitaintensa.A nebulosida<strong>de</strong> associada ao VCANenfatiza o seu <strong>de</strong>slocamento, quando o sistemaencontra-se estacionário – Figura 4(a),apresenta uma distribuição circular e uniforme<strong>de</strong> nebulosida<strong>de</strong>, entretanto, ao se <strong>de</strong>slocarpara oeste – Figura 4(b), sua configuraçãomuda, apresentando intensa ativida<strong>de</strong>convectiva em sua porção oeste e fracanebulosida<strong>de</strong> no setor leste e nor<strong>de</strong>ste.Para saber mais:ANJOS, B. L. et al., 1994. Conexões entre acirculação do hemisfério norte e os vórticesciclônicos da alta troposfera na regiãonor<strong>de</strong>ste do Brasil. In: Anais do VIII CongressoBrasileiro <strong>de</strong> Meteorologia e II Congresso daFe<strong>de</strong>ração Latino-Americana e Ibérica <strong>de</strong>Socieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Meteorologia, v.2. Belo Horizonte-MG, p. 583-585.KOUSKY, V. E. & GAN, M. A., 1981. Uppertropospheric cyclonic vortices in the TropicalSouth Atlantic. Tellus, fevereiro <strong>de</strong> 1981, v.33(6), p. 538-551.PAIXÃO, E. B. & GANDU, A. W., 2000.Caracterização do Vórtice Ciclônico <strong>de</strong> ArSuperior no Nor<strong>de</strong>ste Brasileiro. In: Anais doXI Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Meteorologia, Rio <strong>de</strong>janeiro - RJ, p. 860-865.SILVA, V. P. R. & LIMA, W. F. A., 2001.Estudo dos Vórtices Ciclônicos <strong>de</strong> Ar superiorsobre o nor<strong>de</strong>ste do Brasil. In: Anais do XIICongresso Brasileiro <strong>de</strong> Agrometeorologia,Fortaleza - CE, p. 313-314.http://www.funceme.br/DEMET/progno/prog2005/prog2005_1.pdfFigura 4 - Forma característica das nuvens ao redor do núcleo do vórtice; (a) vórtice estacionário e(b) vórtice movendo-se para oeste.30
Nossas EscolasO Primeiro Curso Superior em Meteorologia no Norte-Nor<strong>de</strong>ste do BrasilOprimeiro Curso Superior <strong>de</strong> Meteorologia no Norte-Nor<strong>de</strong>ste do Brasil foi criado nocampus II da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, hoje campus I da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>Campina Gran<strong>de</strong> (UFCG). Atualmente, é um dos gran<strong>de</strong>s centros <strong>de</strong> ensino e pesquisada ciência meteorológica brasileira.Inicialmente, o Departamento <strong>de</strong> CiênciasAtmosféricas (DCA) fêz parte da estrutura daUFPB, cujo campus <strong>de</strong> Campina Gran<strong>de</strong> tornouseUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Campina Gran<strong>de</strong>(UFCG) em abril <strong>de</strong> 2002. Atualmente, o DCAfaz parte da estrutura administrativa do Centro<strong>de</strong> Tecnologia e Recursos Naturais (CTRN),localizado no campus da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> CampinaGran<strong>de</strong>, Paraíba (Figuras 1 e 2).A UFPB, acatando idéia do prof. LynaldoCavalcanti <strong>de</strong> Albuquerque, criou o segundocurso <strong>de</strong> Graduação em Meteorologia e osegundo curso <strong>de</strong> Mestrado em Meteorologia <strong>de</strong>nosso País, já tendo graduado 123 bacharéis e110 mestres, até o presente. Esse esforço temsido reconhecido em nível nacional einternacional e, hoje, os meteorologistasformados nesta Universida<strong>de</strong> trabalham empraticamente todas as instituições operacionais,<strong>de</strong> ensino e/ou pesquisa que possuemativida<strong>de</strong>s em Meteorologia no Brasil, ocupandoposições <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque.Figura 1 – Localização <strong>de</strong> Campina Gran<strong>de</strong>.31