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Revista Pneus e Cia nº06 - Sindipneus

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EXPEDIENTE<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>. – Nº 6 – Setembro/Outubro 2008Órgão Informativo da AMIRPEDITORIALDiretoria AMIRPPresidentePaulo César Pereira BitarãesVice-presidenteRogério de MatosDiretor de ComunicaçãoMarcelo Hildeu de Souza LaraDiretor FinanceiroFernando Antônio MagalhãesDiretor TécnicoMiguel Pires MatosConselheiro FiscalJúlio Vicente da Cruz NetoExecutivoEduardo de Oliveira MartinsAdministrativoDanieli Laureano de Souza<strong>Revista</strong> <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.Diretora ResponsávelLuciana Laborne – Reg.: MTb. 12657/MGEditoresLuciana Laborne e Mariana Conradoredacao@amirp.com.brColaboradoresFlávio Biagioni, Flávio Martins,Kátia Matos e Pércio SchneiderRevisão FinalGrazielle FerreiraArte e EditoraçãoIn Foco Brasil (31) 3226-8463www.infocobrasil.comImpressãoGráfica e Editora Del Rey (31) 3369-9400www.grdelrey.com.brTiragem3.000 exemplaresOs informes publicitários aqui veiculados sãode responsabilidade exclusiva dos anunciantes,inclusive, com relação à veracidade.Os textos editoriais não têm vinculação com osmateriais publicitários.As opiniões expressas nos artigos assinadossão de responsabilidade dos autores.É proibida a reprodução total ou parcial de textose de ilustrações integrantes da edição impressaou virtual, sem a prévia autorização dos editores.AMIRPAv. João César de Oliveira, 452 • Sala 15 • EldoradoCEP 32310-000 • Contagem • MG • Tel: (31) 3356-3342amirp@amirp.com.br • www.amirp.com.brFALTA ORGULHODE SER...É impressionante! Mas é desde pequeno que o brasileiro começaa se desvalorizar. Quando crianças faltam reconhecimentosdos pais para os filhos se orgulharem de algum feito próprio,como um aplauso ou um elogio em voz alta em suas primeirasconquistas. Faltam referências contrárias à conhecida “Lei doGérson”, em que as pessoas gostam sempre de levar vantagem.Falta acreditar no valor de si próprio e na importância de ouvir atodos, mesmo que esse ato inclua escutar uma pessoa comum.Não se limite a considerar apenas quem já possui algumaautoridade ou credibilidade reconhecida. Falta entender queleis e regras existem para serem cumpridas e que, se algumasdessas não funcionam, a sua opinião pode modificá-las.Diante de tantos “faltam”, há uma necessidade de recuperara auto-estima do brasileiro, que não pode se ressaltar apenaspor ter a alegria do samba e o melhor (se é que ainda se podedizer) futebol. O brasileiro não precisa se esconder em umsentimento de inferioridade, por incorporar o padrão de paíssubdesenvolvido. É preciso ter força, aprender a distinguiro “pensar em si” para o fortalecimento do conjunto, do“pensar em si” como um simples ato egoísta.Para um segmento que busca o respeito e a divulgaçãode imagem coerente com sua prática – como o setor dereforma de pneus –, são necessárias atitudes coniventes como propósito. Cada empresário deve cumprir seu papel, sejaele econômico, ambiental e/ou dentro de normas e leis. Umgrupo fortalecido não pode admitir que alguns não busquemcertificações, não adotem práticas ambientalmente corretasou que trabalhem abaixo do custo do segmento para levarvantagem. Essas ações são inviáveis para um crescimentocontínuo a médio e longo prazo do setor em geral.Empresário da reforma, orgulhe-se do seu trabalho, do seupapel para a sociedade e para o mundo; faça desse setor umareferência de orgulho nacional.Paulo César BitarãesPresidente da AMIRP3 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


11CENÁRIOReforma de pneus: perspectivas tecnológicasAMIRP em açãoPautas da associação712EstratégiaRede de Relacionamentos10SERVIÇOSPrimeiros socorros: como agir numa emergênciaConexãoCidadania empresarial2215Valores & valoresHomenagem a Machado de Assis24CAPAMeio ambiente estressadoFazendo a diferençaEducação.com2620ReformadoresGuia dos reformadores de Minas Gerais284 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.PNEUS E FROTASIndústria de reforma e benefícios ambientaisViver bemAh! A ética...30


MOMENTO DO LEITOREste espaço é seu. Está reservado para suas sugestões e opiniões.Fale com a gente: redacao@amirp.com.brPublicação Bimestral da AMIRPAssociação Mineira dos Reformadores de <strong>Pneus</strong> Nº 5 – Julho/Agosto 2008Um brinde à Lei SecaDesde que, claro, não dirija depoisEcoatividade – Entrevista comRonaldo Vasconce los – Pág. 12Conexão – Gestão sustentável:sobrevivência empresarial – Pág. 20<strong>Pneus</strong> e frotas – Invista emequipamentos e instalações – Pág. 22Ao receber a revista “<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.” nº 5,não poderia deixar de parabenizá-los pelareportagem de capa, “Um brinde à LeiSeca”. O assunto, que está longe de deixarde ser polêmica, foi exposto de formacorreta apresentando os vários ladosdessa questão. Há muito de sensacionalismo.Há muito de tristeza de quemperdeu um ente querido por causa demotoristas embriagados. Há muito deidéias contraditórias. Há muito de autoritarismobarato. Há muito de má-informação. Mas será que<strong>Revista</strong>_<strong>Pneus</strong>_<strong>Cia</strong>_05.in d 1 27/10/2 08 15:50:14todo mundo tem consciência de que essa mudançaé boa e que não significa o fim da diversão e sim uminício de um novo comportamento? Não sei, creio queserá uma fase de adaptação, como foi com a obrigatoriedadedo cinto de segurança e as campanhas paraincentivo ao uso de camisinha. Mexe com as escolhaspessoais, a intimidade de cada um e deixa os limites ehábitos cotidianos à mostra, à prova. E, talvez por issomesmo, nos tragam algum progresso social.Céles Abreu LimaIpatinga – MG8 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.6 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.EM DEFESA DA MANUTENÇÃO EDESENVOLVIMENTO DO SETORRepresentates das entidades do setor de reforma de pneus na primeira reunião AMIRP e ABRPrimeira reuniãoNo dia 15 de julho, a diretoria da AMIRP e a da ABR as maneiras de reformas (recauchutagem, remoldageme recapagem). Foi elaborado e encami-promoveram um encontro na sede da AssociaçãoBrasileira do Segmento de Reforma de <strong>Pneus</strong>, em nhado um ofício ao Inmetro que repudia o atoSão Paulo, com entidades representativas do setor e também solicita o envolvimento das entidadesde reforma de pneus de todo o país. Dando continuidadeaos objetivos de divulgar e discutir estraté-informativos do setor.na criação e conferência de quaisquer materiaisgias para garantir e manter a sobrevivência do setor,a reunião teve como principais pontos de debate: Segunda reunião• Audiência pública sobre importação de carcaças, Dando continuidade aos debates relacionados àoco rida no Supremo Tribunal Federal, em Brasília. prática de estratégias que asseguram a sobrevivênciado setor, a diretoria da AMIRP e da ABR realiza-• O caso da possível manobra nos preços dos pneusda China, denunciado pela Associação Nacional da ram um segundo encontro, em São Paulo, no dia 5Indústria de Pneumáticos (Anip), e em processo de de agosto. A proposta da reunião foi buscar alternativaspara o associativismo de todo o segmentoinvestigação pelo Ministério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior (MDIC).de reforma de pneus, visando obter recursos que• A análise da possibilidade de se elaborar um projeto viabilizem a manutenção das associações. Entre osque permita a criação e a implementação de um presentes estavam os representantes das associaçõesestaduais e da nacional, da Câmara dos Fabri-Selo Verde para o segmento de reforma de pneus.• Cartilha Inmetro: O Inmetro criou uma cartilha cantes, de associações de marcas e dos sindicatosreferente ao segmento com e ros técnico sobre do segmento.<strong>Revista</strong>_<strong>Pneus</strong>_<strong>Cia</strong>_05.in d 8 27/10/2008 15:54:08Foto: arquivo AmirpEstou iniciando minha trajetória no setor dereformas, por meio da empresa Tipler, de SãoLeopoldo, RS. Em primeiro lugar gostaria deparabenizá-los pela publicação e pelas matériasda mesma. No entanto, surgiu umadúvida na leitura da página 8, “Em Defesada Manutenção e Desenvolvimento doSetor”. Nessa matéria aparece a frase:“...garantir e manter a sobrevivência dosetor...”. Como venho de outro ramo deatividade, gostaria de entender o motivoda preocupação, tendo em vistaque o crescimento da frota brasileirae o desenvolvimento econômico do paísparecem apontar para um cenário positivo.Vlademir SouzaSão Leopoldo – RS<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: Agradecemos sua mensagem, Vlademir.É satisfatório contar com a colaboração de leitorescomo você. Em decorrência da pertinência do seucomentário, a redação irá esclarecer detalhadamentesua dúvida.É devido ao recorde de vendas de carros novos registradono ano passado e à permanência de um ritmoacelerado no primeiro semestre de 2008, que compreendemosa coerência do questionamento. Mas nãopodemos restringir nossa “visão de alcance”, relacionandoesse crescimento econômico com benefícios diretospara o segmento de reforma de pneus. Exemplificando:segundo dados do Grupo Interprofissional deProdutos e Serviços Automóvel (GIPA), a frota brasileiratem idade média de 9,1 anos, o que ilustra a existênciade muitos veículos antigos ainda em circulação. Muitosdesses estão em estado precário de conservação, nãoapresentam uma manutenção preventiva eficaz e colocama segurança do ocupante e a proteção ao meioambiente em um patamar inferior.O segmento de reforma de pneus é responsável poruma das principais etapas de manutenção da frota. Entretanto,ainda nos dias atuais, o setor é “taxado” demaneira negativa, por não desenvolver campanhas deprevenção ou projetos como o TWI – posição do indicadorde desgaste. Essas iniciativas, colocadas em prática,iriam auxiliar na regulamentação do setor e no conhecimentonecessário que o consumidor deve ter ao adquirirum produto. No caso do TWI, deve-se divulgar e fixar aidéia de que nenhum pneu de veículo automotor podecircular em território nacional com desgaste superior a1.6mm. E validade também é um critério a ser observadono pneu. São essas informações básicas que contribuempara a garantia da segurança.A proposta da reforma de pneus está atrelada à práticade sustentabilidade ambiental e segurança. Masdevido à desqualificação de alguns, à falta de projetose campanhas, o setor é, no todo, penalizado. E nesseponto, entra a preocupação da AMIRP, que está embusca constante por parcerias que ajudem a fiscalizare capacitar o empresário da reforma, cobrando políticasfiscais e regulamentação de todos. A associaçãoalmeja o reconhecimento da prática do setor por todaa sociedade. Por meio da união dos empreendedoresqualificados, será possível fortalecer o segmento aoinvés de presenciar seu “afunilamento”, informar edespertar a consciência da sociedade e, assim, divulgara imagem correta da reforma de pneus.Fiquem atentos: o pneu possui data de validade!• A vida útil do pneu é de cerca de cinco anos.• Após esse período, ocorre ressecamento da borracha,perda de flexibilidade, microrrachaduras emaior probabilidade ao estouro.• A data de fabricação está na lateral do pneu como código “DOT”.• DOT 4708 significa que o pneu foi fabricado nasemana 47 do ano de 2008.


AMIRP EM AÇÃOCAPACITANDO O EMPRESÁRIO DO SETOR DE REFORMAFoto: arquivo AmirpPalestra do consultor Ader Fernando Alves de PáudaNo dia 23 de setembro, a AMIRP apresentou umprojeto piloto de capacitação direcionado paraos empreendedores do mercado de reforma depneus. Junto ao consultor Ader Fernando Alvesde Pádua, a associação estruturou um projeto quepossibilita ao empresário desenvolver habilidadesque o auxiliem na apuração, no controle e na análisedos custos de produção da sua empresa. Paraessa primeira reunião, foram convidados os empresáriosda reforma da região metropolitana deBelo Horizonte e aqueles mais próximos à sede daassociação, em Contagem.


EM NOME DA UNIÃO: ATITUDE!por Luciana LaborneFoto: arquivo AmirpEmpresários da reforma de pneus reunidos na AMIRP8 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.No dia 21 de outubro, a AMIRP reuniu empresáriosda reforma de pneus para conversarem a respeitodo futuro do setor. Preocupados com o cenário atual,em que presenciam empresas de muitos anos deprática “fecharem as portas”, a discussão de assuntosreferentes ao mercado, como o aumento do preçoda matéria-prima, foi inevitável. “Não sou contrao aumento de preços. Mas acredito que o momentopara esses ajustes poderia ter sido avaliado e considerado.Inclusive porque já estamos no final do anoe essa é a fase mais complicada para o empresário”,afirma o presidente da AMIRP e empresário da Recape<strong>Pneus</strong> Ltda., Paulo Bitarães.Em um acordo comum com os mais de 30 presentes,ficou decidida a elaboração de um manifesto. Odocumento será encaminhado à ABR para que sejaconvocada uma reunião com os fabricantes de matéria-prima.No encontro, além da diretoria da associaçãomineira, a AMIRP contará com a presença dedois representantes de cada bandeira. O presidenteda ABR, Henrique Teixeira Pena, que irá encaminharo manifesto aos fabricantes, mantém um posicionamentoneutro: “O manifesto deve ser ouvido ediscutido para que a decisão mais adequada, paraambas as partes, seja feita de maneira coerente como momento pelo qual todos estão passando”. Henriqueainda ressalta a importância dessas reuniões:“Esses encontros devem ocorrer com mais freqüênciae terem grande participação dos empresários.Assim, ocorre uma melhor aproximação entre eles”,diz o presidente da associação nacional e proprietárioda Vulcanização Sorocabana <strong>Pneus</strong> Ltda.Sem perder o foco nas outras ações da AMIRP, queirão auxiliar o desenvolvimento do setor também amédio e a longo prazo, os associados sugeriram darcontinuidade às reuniões. “O encontro dos reformadoresde Minas Gerais deve ser constante paraque se consigam perceber as necessidades dos empresáriose da associação. É importante que ocorraessa interação para fortalecer o segmento e parasabermos o que é preciso fazer, não só no mercadocompetitivo, mas, em geral, para o nosso empreendimentoter rentabilidade e resultado”, expressaArilton da Silva Machado, da Recapagem Santa Helena.O empreendedor Renato Costa, da <strong>Pneus</strong>ola<strong>Pneus</strong> e Peças S/A., complementa: “A reunião foimuito válida, as pessoas estão sensibilizadas paraentenderem o mercado e, por isso, a compreensãoda importância de estarem juntas. É preciso atitudese manifesto, para ontem”.


PNEU EM PAUTA NA ASSEMBLÉIAReunião com o deputado Sávio Souza CruzFoto: arquivo AmirpNo dia 2 de setembro, representantes da AMIRP sereuniram com o deputado estadual e presidente daComissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais, SávioSouza Cruz, na Assembléia Legislativa do Estadode Minas Gerais. Nesse contato inicial, a associaçãobuscou saber qual o procedimento mais adequadopara colocar o assunto “pneu” em discussão pública.Por meio da mostra de documentos, a AMIRP fezuma exposição do cenário de reforma de pneus e daslegislações que envolvem o segmento. A apresentaçãodos indicadores foi uma maneira de argumentarsobre a importância econômica e ambiental de se debatero tema “pneu”.Após a explanação, o deputado sugeriu uma audiênciapública, que será agendada pela Comissão de Meio Ambiente.A AMIRP poderá indicar nove integrantes paraparticiparem da discussão. Mas, para isso, a associaçãoterá que, primeiramente, elaborar um ofício ao deputado.Assim, Sávio Cruz irá entrar com o requerimentona Assembléia e, após a aprovação da Comissão, serámarcada a audiência, intencionada para depois daseleições 2008.Interessado, o deputado disse: “O papel da AMIRPé mostrar a importância sustentável do assunto e, aofinal da audiência pública, quem sabe, poderemos propor,para o próximo ano, um ciclo de debates e semináriosem âmbito nacional, sediados pela AssembléiaLegislativa de Minas Gerais”.Nota: até o fechamento desta edição, a audiência públicaficou agendada para o dia 19/11/2008.In Foco BrasilPediu, chegou.Produtos, ferramentas e acessóriospara reformadoras, lojas de pneuse borracharias.Tel (31) 3291-6979www.gebor.com.brR. Cassia, 26 - Loja 01 - Prado - Belo Horizonte - MG - gebor@gebor.com.br


ESTRATÉGIAREDE DE RELACIONAMENTOS10 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.No Brasil, prezamos muito as relações pessoais.Tudo gira em torno delas. Até mesmo nas relaçõesde empresas sempre nos lembramos dealguns conhecidos que produzem esse ou aquele produtoou que prestam um determinado serviço.É aí que entra a “Rede de Relacionamentos”, ou seja,os relacionamentos feitos por meio de contatos, quepodem ocorrer de formas variadas, entre elas:• Treinamentos, congressos, work-shops e eventos;• grupos de amigos;• escolas;• viagens;• clubes;• eventos sociais, religiosos, políticos e culturais;• hobbyes;• internet (sites de relacionamento, Orkut etc.).São muitas as oportunidades de contato que fazemcom que pessoas venham se conhecer e lembrar umasdas outras quando surgem necessidades. Essas ocasiõespodem acontecer espontaneamente ou tambémser provocadas. Não é preciso esperar a sorte. Vocêpode fazer esses encontros ocorrerem buscando, porexemplo, grupos de interesse comum e promovendointerações positivas com seus membros.No entanto, alguns importantes cuidados devem sertomados nos contatos:• Mesmo nos eventos mais descontraídos, as pessoasdevem manter postura profissional e adulta, evitandoexcessos.• Não confundir encontros sociais com encontros profissionais,embora estes possam e devam ser aproveitadosde forma discreta.• É preciso se apresentar como pessoa, mas tambémcomo profissional e empresa, sem ser inoportuno.Já para a fixação do contato, algumas recomendaçõessão essenciais:• Não se esqueça de recursos que fazem com que vocêseja lembrado, tais como os cartões de visita, comnome e forma mais fácil de contato.• Crie relacionamentos e faça favores. Procure fazerações em favor de alguém, sem demonstrar “segundasintenções”.• Não se esqueça de retribuir favores recebidos(isso reforça muito o elo da rede com quem lhefez favores).• Crie formas profissionais de ser lembrado e valorizado,como escrever artigos, participar de cursos, fazerpalestras e seminários, entre outros.• Não se esqueça das pessoas com que manteve contatos.De tempos em tempos, ache uma boa e agradáveldesculpa para falar com elas. Mas não deixeseus contatos parecerem assédio profissional, moralou sexual (algumas pessoas podem ter uma interpretaçãoerrônea).• Busque oportunidades de novos contatos com pessoaspreviamente selecionadas dentro do seu interesse.Convide ou marque presença em happy-hour,evento, curso etc., sempre quando oportuno.• Crie formas de as pessoas saberem o máximo sobreo seu trabalho e sobre como ele anda melhorando, evocê se destacando.• Discretamente crie dispositivos de informações sobrepessoas de seu interesse profissional. Onde elas trabalham,como estão se desenvolvendo, formas decontato, grupos de interesse comum etc.Se não aparecer uma primeira oportunidade de falarsobre seu trabalho ou produto, crie, fale e ofereçasem ser invasivo e sem “queimar o filme”. Seja proativo!Busque oportunidades e verá que os resultadosacontecem para quem tem o que oferecer e temtambém a quem oferecer.Seja eficaz e tenha resultados profissionais, porquenão basta criar uma rede de relacionamentos semter resultados. Faça-a funcionar. As estatísticas mostramque a maioria dos empregos e das oportunidadesprofissionais acontece para quem tem umaexcelente e funcional rede de relacionamentos e afaz efetivamente funcionar.Flávio Martins – administrador de empresa e consultorE-mail: flaviomartins@flaviomartins.com.brSite: www.flaviomartins.com.br


CENÁRIOREFORMA DE PNEUS:PERSPECTIVAS TECNOLÓGICASAo longo de todo o processo de reforma, atecnologia é insubstituível para garantir ainovação e a qualidade do produto final.Da borracha natural ao desenvolvimento da borrachasintética, podemos identificar o avançotecnológico da indústria e sua contribuição paraa produção de uma matéria-prima que atendeaos diversos setores da economia, e em especialao processo de reforma de pneus. Além da contribuiçãoprodutiva, é válido destacar também suacontribuição à preservação do meio ambiente.A tecnologia promove uma reavaliação na gestão operacionalda reforma de pneus e permite que as empresasreduzam custos, redefinam seus processos produtivos,garantam uma gestão eficaz e eficiente baseadaem dados. Assim, pode-se comparar na prática as duasrealidades: antes e depois da tecnologia. Os fatores críticosde sucesso são claros e a qualidade na prestaçãode serviços passa a ser baseada em agilidade, qualidadee segurança.Tecnologia Gerencial – SoftwareAliada à pesquisa e ao desenvolvimento, a tecnologiacontribui para criar e aprimorar novos produtosque ofereçam melhor rendimento quilométricoe gerem a melhor relação de custo-benefício aoprocesso de reforma. A tecnologia também impõeao gestor um novo cenário. Aponta tendências queprecisam ser observadas para que se esteja semprealinhado aos fatores internos e externos do seunegócio, buscando sempre o que há de novo nomercado para ser competitivo.Então, podemos dizer que os fatores-chave para osucesso são: a eficácia para atingir os objetivos, aeficiência com o uso mais racional de recursos e aqualidade como atributo do produto ou serviço, paratorná-lo um diferencial.Para atingir os objetivos, precisamos de ferramentascomplementares que são grandes aliadas no processo:Tecnologia Eletrônica – HardwareCada vez mais eficaz, barata e customizada, ajuda a extrairo máximo em cada processo. Inclui sensores que seestendem por todos os pontos da reformadora e levaminformações ao ponto central de processamento. Sãocentrais de inteligência artificial que tomam decisõescom base em dados estatísticos retroalimentados e comcapacidade de programação e controle.Oferece as informações necessárias ao gerenciamentodo negócio. Inclui a utilização da tecnologia humanapara decisões de análise crítica fundamentadas em informaçõese estatísticas motivadas pelas centrais deprocessamento. Garante a eficiência máxima dos fatoresde produção, tempo de manutenção etc.Tecnologia Humana – PeoplewareAtualização, treinamento e aperfeiçoamento constante.O ser humano continua como principal elementodecisório nos processos críticos. Ele é o principalelo de relacionamento com o cliente.Tecnologia dos ProdutosJá é possível obter melhores resultados com menosmaterial empregado. Os pneus ficam 100% inteligentescom a utilização de toda estrutura metálicacomo sensor estrutural; de bandas com capacidadede melhor rendimento, menor peso e profundidadede sulco (o que permite a adaptação a diferentes perfisde pneu/solo); e de produtos intermediários maiseficientes, econômicos e ambientalmente corretos.Flávio Biagioni – gerente de processo técnico daMoreflexE-mail: flavio.biagioni@moreflex.com11 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


SERVIÇOSPRIMEIROSSOCORROS:COMO AGIR EMUMA EMERGÊNCIApor Luciana LaborneSeja no trabalho, em casa, no deslocamento deum lugar para o outro, não importa o local, estamossempre vulneráveis a algum tipo de incidente,ou mesmo, a um acidente. Claro que a maioriadesses poderia ser evitada, porém, quando eles ocorrem,alguns conhecimentos simples podem minimizara dor, evitar complicações futuras e até salvar vidas.Com a proposta de difundir a importância do trabalhodo socorrista, conversamos com o 1º sargento do 3ºBatalhão do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais,Wellington Alexandre. Acompanhamos também osargento Da Silva em uma apresentação de prevençãode acidentes para os colaboradores dos Correios.No primeiro momento da nossa entrevista, o sargentoWellington argumentou sobre a necessidadede ter nas escolas do Brasil uma disciplina básica deprimeiros socorros, assim como já existe no exterior.Essa iniciativa contribuiria para um maior número depessoas saber como agir em uma emergência e, assim,terem condições de prestar alguma assistênciafundamental em casos de acidentes. “Os primeirossocorros precisam ser compreendidos e divulgados,Promova treinamento de primeiros socorros em sua empresa.Quem organiza recomenda! Quem participa aprova!12 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.A nossa intenção não é promover apenas saúde,bem-estar e qualidade de vida aos colaboradoresdentro da empresa, mas tambémdentro de casa. Porque tudo que eles vivemfora do ambiente de trabalho – se têm umavida com hábitos saudáveis, conhecimentopara ajudar as pessoas – vai repercutir positivamenteno clima organizacional, na produtividadee no resultado final. Afinal, se o funcionárioestiver bem, a empresa é a primeiraque ganha.Roberta Faria Pimenta – Engenheira de Segurançado Trabalho dos Correios.Deveria haver uma rotina maior desses cursosnas organizações, já que são muito importantespara nós, funcionários. Nas ações aqui da empresa,por exemplo, temos algumas práticas de risco,já que dentro dos Correios passa de tudo. Umacarga pode explodir e, assim, ferir uma pessoa oudanificar também o ambiente. Há também o usode estilete para manipular carga. Chegam muitaspessoas na enfermaria com sangramento fechadocom “Durex”. E, por esse e outros casos, háa necessidade de treinamento e de despertar aconsciência ao primeiro socorro.Sônia Aparecida Melo – Auxiliar de enfermagemdos Correios.


porque, se aplicados adequadamente a uma pessoa emperigo de morte, a chance de prolongar os sinais vitaisdo acidentado e evitar o agravamento até que ele recebaassistência definitiva é alta”, garante o sargento, que informaque as duas primeiras horas após um acidente sãoessenciais para se ter a recuperação ou a sobrevivênciadas pessoas feridas.Já na segunda etapa da matéria, é o sargento Da Silvaque ilustra a prática e os conceitos, apresentando algumasdicas domésticas que se atrelam ao cotidiano dospresentes na palestra: “Dêem uma atenção especial aoadquirir um botijão de gás da cozinha, principal vilãodos acidentes domésticos; não coloquem tapetes, comexceção dos emborrachados, nos banheiros e retiremas famosas e perigosas mesinhas de centro das salas”.E, ao introduzir primeiros socorros, o sargento faz umaressalva para o grupo de colaboradores dos Correios:“Precisamos de pessoas que tenham atitudes, masatenção: não incorporem o papel de herói, esse ficarestrito à ficção”.O sargento orienta que, ao chegar ao local da emergência,é comum se deparar com cenas de sofrimentoe desespero. E diz que a melhor maneira para seproceder nessas situações, que muitas vezes exigemprovidências imediatas, é antes de qualquer coisa mantera calma. Transmita confiança e tranqüilidade aosacidentados, informando que o auxílio já está a caminho.Evite o pânico, e tenha em mente que a prestaçãode primeiros socorros não exclui o trabalho de um especialista.“Certifique-se de que há condições seguraspara a prestação do socorro”, instrui Da Silva.Omissão de socorroJá para os casos em que a pessoa omite ajuda e nãoprovidencia o atendimento dos primeiros socorros demaneira eficaz, existe uma legislação. O artigo 135do Código Penal Brasileiro é incontestável: deixar deprestar socorro à vítima de acidentes ou pessoas emperigo eminente, podendo fazê-lo, é crime.Utilidades EmergenciaisAmbulância – Tel.: 192Bombeiros – Tel.: 193Polícia Militar – Tel.: 190Confira na página a seguir como prestar um atendimentode emergência.


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CAPAMEIO AMBIENTE ESTRESSADOÉ PRECISO UMA CONSCIÊNCIA HUMANAPARA AJUDAR O PLANETA DOENTESecas, tempestades violentas, furacões cada vezmais intensos e destrutivos. Em outros países, atétsunamis. Aqui, um calor incomum, chuvas degranizo e mudança de tempo repentina. Desconfiguraçãodas paisagens, desfalque em todo ecossistema.Pessoas perdem casas, trabalhos, saúde,família. A vida está ameaçada.por Mariana ConradoEngana-se quem pensa que o colapso no planetaé coisa de cinema ou que só acontecerá daqui amilhões de anos. Todo o estresse ambiental, queantes realmente era cena de filme apocalíptico,agora ilustra a realidade como um sinal de alerta.E cientistas afirmam: o mundo tem menos de umadécada para se salvar.15 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


Um dos desafios ambientais mais urgentes doséculo XXI é o aquecimento global. Esse fenômenoé responsável pelas alterações relevantesno clima do planeta e pelo aumento do níveldos oceanos. Grande parte do aquecimento é geradapela queima de combustíveis fósseis. Essa ação elevaa concentração dos gases causadores do efeito estufana atmosfera, formando uma espécie de cobertorcada dia mais espesso que torna a Terra constantementemais quente. Os cientistas apontam que aprincipal culpa do aquecimento global está na poluiçãoprovocada pela atividade econômica do homem.Somente nos últimos 100 anos, tempo que engloba oinício da Era Industrial, a temperatura média da superfíciedo planeta subiu cerca de 0,8 graus Celsius (ºC).Nesse ritmo, a estimativa é que o aumento continuecom uma velocidade cada vez mais acelerada, a umataxa maior do que 0,2ºC por década – dados concluídosnos relatórios do Painel Intergovernamental sobreMudanças Climáticas (IPCC), órgão da Organizaçãodas Nações Unidas (ONU) e que funciona como umconsenso científico, e é a referência mais citada nasdiscussões sobre mudanças climáticas.Os números parecem pequenos, mas já houve umaalteração no clima. A situação é tal que a ONUaprovou, durante a Rio 92, a Convenção Quadro deMudanças Climáticas, que resultou no Protocolo deKyoto. Esse tratado ambiental entrou em vigor em2005 e estabelece metas para reduzir as emissõespoluentes geradas nos países industrializados e emdesenvolvimento. Mesmo que nada de muito catastróficotenha sido observado, as projeções preocupamos cientistas.A vida ameaçadaO que está em jogo não é o “planeta”, no sentidoastronômico da palavra. Segundo o mestre em física,consultor em mudanças climáticas e energia, SérgioCortizo, independente das ações dos homens nos próximosanos, tudo indica que a Terra continuará a existire a orbitar o Sol. “O que pode ocorrer nas próximasdécadas é uma crise no que chamamos de ‘civilização’ou, na pior das hipóteses, a extinção da humanidadee de muitas outras espécies animais e vegetais”, dizCortizo. O consultor tem essa visão a partir de umaleitura técnica cuidadosa de pesquisas recentes e do 4ºrelatório do IPCC, divulgado em 2007.A principal razão de termos pouco tempo para nos salvaré devido à “inércia” do sistema climático: o planetanão responde imediatamente às ações perturbadorasdos homens, a reação leva décadas ou mesmo séculos.O meteorologista do Grupo de Previsão Climática, JoséFernando Pesquero, informa que, mesmo se parássemoshoje, por algum milagre, com toda a poluição doplaneta, ela ainda resistiria na atmosfera por mais 300anos. “A elevação dos índices de gases de efeito estufaé contínua e permanente”, afirma Pasquero. Por issoa urgência de minimizar a poluição o mais rápido possível.“Se nada de significativo for feito nos próximosdez anos, as concentrações atmosféricas e as emissõescausadas pelo homem atingirão níveis tão altos queserá praticamente impossível reverter o quadro a tempode evitar as piores conseqüências do aquecimentoglobal”, adverte Sérgio Cortizo.Os impactos do aquecimento são numerosos e expõemtodas as formas de vida do mundo a váriosriscos, inclusive alguns imponderáveis, para os quaisnão há a previsão científica disponível, nem mesmoem termos de probabilidade de ocorrência, de acordocom Cortizo. Entre os riscos prováveis estão oseventos climáticos extremos, como furacões, tempestadestropicais, inundações, ondas de calor, seca,deslizamentos de terra, que podem aumentar emfreqüência e intensidade. Há também a possibilidadede que o nível do mar suba consideravelmente: “ematé 12 metros, se os mantos de gelo da Groelândiae da Antártida Ocidental derreterem, ou desmoronaremno mar”, explica Cortizo. Sem contar as conseqüênciasna biosfera, que também seriam graves:destruição de ecossistemas e extinção em massa demilhares de espécies animais e vegetais. Milhões de16 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.Já existem muitas evidências das perturbações causadaspela alteração do clima no planeta. É comoo estado febril em nosso corpo: um aumento de 2graus Celsius provoca várias mudanças no funcionamentodo organismo humano, a transpiraçãoe os batimentos cardíacos aumentam. A médicaMarina Abritta explica que a cada grau de elevaçãoda temperatura corporal aumenta cerca de15 batimentos por minuto. Se a temperatura docorpo subir 5 graus, o caso é grave, a pessoa sofreconvulsões que podem ocasionar até a morte.A Terra sofre a elevação de graus de forma semelhante.“Tudo depende da intensidade e davelocidade do aquecimento. Acredita-se que, apartir de um aumento acima de 2 graus, mudançascatastróficas podem ser esperadas”, dizCortizo. Dependendo do grau elevado, efeitospotencialmente catastróficos poderiam acontecer.E as conseqüências seriam a falta de alimentos,escassez de água, prejuízos econômicos,sem contar os riscos de extinção em massa e oprevisível colapso dos ecossistemas.


Jacques Descloidres, MODIS Rapid Response Team, NASA / GSFC 27/3/2004 13:55 UTCFuracão Catarina: um sinal de alertaO Brasil já apresentou as primeiras mudanças climáticas: a seca na Amazônia,em 2005, e o furacão Catarina, formado no sul do oceano Atlântico, queatingiu o litoral gaúcho e catarinense causando danos intensos, em 2004.De acordo com o Núcleo de Pesquisa e Aplicação de Geotecnologias emDesastres Naturais e Eventos Extremos (Geodesastres-Sul), implantadopelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), esse fenômenoatmosférico atípico afetou dezenas de milhares de pessoas e causou umprejuízo de mais de 200 milhões de reais só em Santa Catarina.pessoas ficariam sujeitas à fome, à sede e a doenças.Não se sabe se os humanos se adaptariam a essesimpactos. Os seres vivos têm uma capacidade naturalde adequação a mudanças no seu meio ambiente,mas essa é limitada. E os cientistas acreditamque o tempo de se adaptar é agora.Parte da culpa“O aumento observado na concentração atmosféricados gases de efeito estufa é perfeitamenteconsistente com a poluição geradapelos homens”, ressalta Cortizo. Dados doIPCC indicam que a produção de energia élíder nas emissões, com 25,9%. Em seguida,vem a indústria, com quase 20%, o desmatamentoe o transporte, com cerca de 13%.A maior parte da poluição emitida pela humanidadeprovém da queima de combustíveisfósseis, como petróleo, carvão minerale gás natural. O setor de transporte respondepor parte da culpa pelas emissões,pois depende 99% dessa fonte de energia primária.Desde a fabricação do veículo automotor, em quepassa por várias etapas, há um índice considerávelde poluição. Inclusive, na produção dos pneus.Origem das emissões de gases de efeito estufaFlorestas edesmatamento13.5%Agricultura13.5%Indústria19.4%Resíduos2.8%Produçãode energia25.9%Transportes13.1%Edifícios residenciaise comerciais7.9%Quadro reproduzido do 4º Relatório de avaliação do IPCC17 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


18 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.Produção e consumo conscienteDiante de um cenário preocupante e com a culpa assumida,o que se espera, no mínimo, é que a humanidadeadote padrões mais sustentáveis de produção e consumo.Tarefa difícil, porque poluir praticamente faz partede todas as atividades sociais e move a economia mundial.“Não há dúvida que o consumismo desenfreadoda nossa época agrava o problema do aquecimentoglobal. Tudo o que pudermos fazer para diminuir essegasto exagerado ajuda”, aconselha Sérgio Cortizo.Um comportamento correto respeitando os limitesambientais seria o ideal, seguido de uma conscientização,mudança de hábitos e também de informação.A título de exemplo, voltamos ao pneu. É fato que,assim como todas as demais produções, a confecçãodo produto gera emissões de gás carbônico na atmosfera.Mas o que muitos não sabem é que há a opçãode utilizar pneus que tenham sido produzidos deforma menos poluente. Um recente estudo feito naInglaterra analisou o rastro de carbono na produçãode pneus novos e no trabalho de reforma de pneus.O que se concluiu é que o processo e distribuição deum pneu reformado representa uma economia significativanas emissões de carbono. (Mais informaçõesno artigo <strong>Pneus</strong> & Frotas, na pág. 22).Segundo Sérgio Cortizo, outra grande contribuiçãopara a melhoria da qualidade do ar seria a diminuiçãodo teor de enxofre no diesel utilizado no Brasil, e issorepresenta um custo que o setor de transportes poderiaabsorver sem problemas. Dar preferência paracombustíveis renováveis (etanol e biodiesel) e manteros motores regulados são outras dicas simples paraemitir menos gases poluentes sugeridas por Cortizo.A postura social e o estilo de vida consciente podemcolaborar de maneira significativa na redução da poluiçãolançada na atmosfera, e na esperança de aliviarum problema global para gerações futuras.Menos combustível – mais qualidade do arAlgumas dicas foram aprovadas pelo especialistana área de reparo de motor, MárcioMurta, para diminuir o consumo de combustíveise, conseqüentemente, a emissão degases poluentes. Estas iniciativas individuaissão boas para o bolso e minimizam a poluiçãoliberada pelo seu carro:• Cuide da manutenção básica do seu veículoconforme recomendação do fabricante efaça revisão preventiva.• Troque as velas, os filtros de óleo, de ar e decombustível na periodicidade que o manualindica.• Mantenha os pneus na calibragem correta.“Não se gastam nem três minutos para calibrá-lose isso pode gerar uma economia deaté 10% de combustível”, diz Murta.• Fique atento às pressões dos pneus e evite oexcesso de carga.• Conserve os pneus alinhados e balanceados.• Perceba a hora de trocar os pneus: verifiquesempre o indicador de desgaste (TWI – TreadWear Indicators).• Adote uma condução calma. Acelerações bruscasaumentam o consumo de combustível.• Modere a velocidade nos primeiros quilômetros,pois o motor frio consome maiscombustível.• Tenha atenção ao escapamento e leve o veículoà oficina sempre que perceber fumaça visível.• Nunca remova o catalisador.• Quando estacionar caminhões, desligue o motor.Se parar os automóveis por mais de doisminutos, é aconselhável desligá-los também.• Não quebre o lacre da bomba injetora.• Procure limitar o uso do automóvel ao estritamentenecessário.No dia 22 de setembro, é comemorado o DiaMundial Sem Carro. Neste ano (2008), 32 cidadesbrasileiras participaram da campanha.O objetivo é reduzir a poluição, conscientizaras pessoas sobre os danos que o excesso deautomóveis causa ao meio ambiente e lembrálasdas alternativas do transporte coletivo.


PNEUS E FROTASINDÚSTRIA DE REFORMA EBENEFÍCIOS AMBIENTAISDESDE O PROCESSO DE PRODUÇÃO, REFORMARPNEUS CAUSA MENOS IMPACTOS AO MEIO AMBIENTE20 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.Arelação pneu, reforma e meio ambiente é o assuntodesta seção. Nas pesquisas que sempre façopara elaborar um artigo, me lembrei da entrevistacom o vice-prefeito de Belo Horizonte, publicada na ediçãopassada da revista “<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.”, em que o mesmodisse que não é “ecochato”, “ecoxiita” ou “biodesagrável”.Aliás, muito bom esse último “rótulo”.Um conceito muito difundido diz que “reformar éreciclar”. Dependendo de como entendemos o queseja reciclagem, essa frase pode não estar 100%correta. Em termos industriais, um material reciclávelé aquele que pode ser reutilizado para fabricarnovamente o produto o qual, quando colocado àvenda no mercado, é considerado novo. Isso é feitocom os vidros, os metais, alguns plásticos e o papel.Não se recicla o copo ou a garrafa, mas sim o vidro.Também não se recicla a latinha de bebida, mas oalumínio. Nem o jornal, mas o papel. Na mesma linha,não se recicla o pneu, mas a borracha.No dicionário Michaelis a palavra “reciclagem” estádefinida como “reaproveitamento (de algum material)”,expandindo um pouco mais o conceito dereciclagem. Nesse sentido, o produto pneu continuasendo reutilizável, e a borracha do qual é feito passaa ser reciclável ao ser empregada em outras aplicações,como asfalto ecológico, tatames e sacos paraa prática de esportes, tapetes automotivos e outrasaplicações menos nobres que a original, nos pneus.E isso é possível porque uma determinada quantidadede pó de borracha é incorporada a uma massade borracha ainda não vulcanizada. A transformaçãopela qual a borracha passa ao ser vulcanizada,em que são alteradas a sua forma e também a suaestrutura molecular, é irreversível. Da mesma forma,é como misturar areia, cimento e pedra para fazerconcreto. Nunca mais conseguiremos separar oscomponentes ou modificar a forma do produto obtido.Podemos demolir uma construção, mas jamaisalterar o formato. Isso é o que se faz na borracha: éapenas “quebrada” em vários pedaços menores.Contudo, isso não diminui ou invalida a importânciada reforma de pneus com relação à preservação domeio ambiente. Ao contrário, isso contribui para esvaziaralguns argumentos contrários a outras açõesrelacionadas a esse tema.Estima-se que um pneu leve cerca de 500 anos paraser decomposto pela natureza. Como pneus existemhá pouco mais de 100 anos, não há como ter certezasobre o tempo de decomposição. Mesmo que seja verdadeiro,é tempo demais e, portanto, temos que agir arespeito disso. Então vamos aos fatos e às práticas.Para fabricar um pneu novo, são necessários 87 litrosde petróleo, na forma de derivados obtidos a


partir do refino do óleo bruto. Em toda a cadeia produtiva,da extração do petróleo até a obtenção doproduto acabado, existe o consumo de combustível ea emissão de poluentes e dióxido de carbono (CO²),além da geração de resíduos. Na reforma, são apenas20 litros. Deixando de lado a questão da economia dematéria-prima e energia, reformar é menos agressivoao ambiente, pelo fato de gerar menos carbono e resíduos,além de ser possível reaproveitar as carcaças.Um estudo feito pelo Centro de Remanufatura eReuso, divulgado pelo Tire Retread & Repair InformationBureau (TRIB), mostrou que a reforma depneus produz 30% menos CO² que a fabricação depneus novos, sendo, portanto, mais “verdes”. Nafabricação de um pneu comercial leve aro 17,5, sãoemitidos 86,9 kg de CO² contra 60,5 kg na reforma.A energia necessária para fabricar o mesmo pneunovo produz 31 kg de CO², enquanto na reforma aenergia empregada gera 22 kg de CO².Já o transporte envolvido nessas ações contribui com10 kg de dióxido de carbono para pneus novos contra8 kg para pneus reformados. Nesse caso, a diferençase deve à necessidade de trazer matérias-primas delocais mais distantes para a fabricação dos novos.Imagine se toda a necessidade de pneus no transportefosse atendida unicamente com pneus novos.Seria consumida uma maior quantidade de energiae de matéria-prima, sem contar que gerariam maispoluentes e carbono do que a reforma das carcaçasexistentes e em boas condições.Há alguns anos, as cimenteiras compravam pneus paraqueimar e tinham assim grandes vantagens, pois opoder calorífico do pneu é maior que o da lenha, docarvão ou do óleo. Como o processo de produção docimento já é por si só poluente, as cimenteiras, equipadascom filtros adequados, impedem que os poluentessejam liberados na atmosfera. Isso as tornou uma dasmelhores opções para a destruição de um pneu inservível.Quando descobriram isso, passaram a cobrar paraqueimar os pneus. Além de economizar na compra decarvão e de ter um resultado melhor na geração decalor, passaram a ganhar alguns trocados com essa atividade,como uma prestação de serviços.A pesquisa Quantifying the effectiveness of climatechange mitigation through forest plantations andcarbon sequestration with an integrated land-usemodel, publicada em abril/2008 pela NetherlandsEnvironmental Assessment Agency (agência deavaliação ambiental da Holanda), estudou o cenáriodo seqüestro de carbono até 2100, e dá conta queplantar árvores não resolve integralmente a questão,dado o aumento das emissões durante esse período.Estimativas até 2020 são ainda mais limitadas pelocurto espaço de tempo disponível.Novos ou reformados, um dia todos os pneus serãocarcaças inservíveis, e teremos que dar um destinoa elas, o que nos obriga a adotar medidas e soluçõesimediatamente.Para que essas ações dêem resultados efetivos, épreciso agir em várias frentes e imediatamente, comobjetividade, e deixando de lado questões menorese discursos “biodesagradáveis”.Pércio Schneider – especialista em pneus da Pró-SulE-mail: pneus@click21.com.br


CONEXÃOCIDADANIA EMPRESARIALAÇÕES DE RESPONSABILIDADE SOCIAL NOS NEGÓCIOSGERAM RECONHECIMENTO PARA A EMPRESA E CONTRIBUEMPARA O DESENVOLVIMENTO DO PAÍS22 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.Asociedade brasileira vive um contínuo processode desenvolvimento. E o mercado nacionala acompanha. Todo esse contexto de evoluçãoexige que as empresas desempenhem um novopapel. O preço e a qualidade dos produtos e serviçosprestados já não são mais os pontos que diferenciamum concorrente do outro. Atualmente, o diferencialestá focado na postura socialmente responsável deconduzir os negócios.Ainda que não tenha sido encontrado um estudoque indique se o cliente considera ou não o trabalhosocial de uma empresa “cidadã” na hora de comprarum produto, o consultor Fernando Guedes garanteque a população tem sim voltado suas atenções paraas atividades empresariais que estão além da esferaeconômica. “À medida que as companhias se envolvemem projetos sociais, conquistam o respeito e aconfiança dos públicos dos quais dependem. A responsabilidadesocial empresarial tem se tornado umdiferencial importante”, diz Guedes. E as empresasestão percebendo a valorização do mercado.O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)publicou, em 2006, a sua mais recente pesquisaAção Social das Empresas, que avalia a iniciativados empreendimentos privados em benefício da sociedade.De acordo com o levantamento, cerca de600 mil empresas do Brasil se empenham em algumaatividade social, o que atinge um índice de 69%das companhias (apontando um crescimento de dezpontos percentuais, em relação à pesquisa realizadaem 2002).Engana-se quem acha que ser um empresário socialmenteresponsável se limita às ações desenvolvidasjunto às comunidades. O termo é amplo e implicatambém uma perspectiva de gestão focada na qualidadedo relacionamento da empresa com seus diferentespúblicos.Mas o que é responsabilidade social empresarial?por Mariana ConradoO Instituto Ethos de Empresas e ResponsabilidadeSocial, organização que estimula a boa conduta socialdas companhias, conceitua a expressão como aforma de gestão que se define pelo relacionamentoético e transparente da empresa com todos os públicosde interesse – que vão desde clientes, fornecedores,funcionários, parceiros e colaboradores; acomunidade na qual atua; até o governo, o meioambiente e a sociedade em geral.A responsabilidade social empresarial também está ligadaao empenho de elaborar metas compatíveis como desenvolvimento sustentável da sociedade, preservandorecursos ambientais e culturais para geraçõesfuturas. Respeita-se a diversidade e, além disso, buscasepromover a redução das desigualdades sociais.Uma empresa se define socialmente responsável poradotar esse modelo proposto de administração e derelacionamento. “É uma empresa que não se preocupaapenas com o seu lucro imediato, mas comtodo o desenvolvimento cultural, social e materialdas comunidades envolvidas neste contexto”, ressaltao consultor Fernando Guedes.ExemplosAtitudes simples demonstram o interesse e os valoresdas empresas, sejam essas pequenas, médiasou grandes. O consultor exemplifica organizaçõesque se esforçam em cumprir práticas de responsabilidadesocial, como a metalúrgica, fornecedora decomponentes e sistemas internos para a indústriaautomobilística, Lear; a Magneti Marelli Iluminação,do segmento de iluminação automotiva, e a Comau,que atua nos sistemas de automação e manutençãoindustrial. Essas empresas desenvolvem projetos sociais,como formação profissional de jovens carentes,inclusão de pessoas com deficiência, não apenascontratando, mas executando um amplo projeto.Têm propostas que incluem a adaptação de postosde trabalho, realização de palestras de sensibilizaçãosobre como lidar com as diferenças e valorizá-las,entre outras ações.De acordo com o Instituo Ethos, o negócio fundamentadoem princípios socialmente responsáveis


não só cumpre as obrigações empresariais, comovai além. E os retornos expõem os benefícios. Aresponsabilidade social traz reconhecimento, umaboa imagem para o negócio e, assim, melhorescondições de competir no mercado; motivação dosfuncionários, o que aumenta a produtividade; alémde tornar a empresa uma contribuinte relevantepara o futuro do país.Algumas ações que podem contribuir para a qualidade dos relacionamentoscom os públicos, tornando sua empresa socialmente responsável.Adote valores e trabalhe com transparência• Mantenha a coerência entre o discurso e a prática.• Lembre-se dos princípios básicos: honestidade,justiça, compromisso, respeito ao próximo, integridade,lealdade, solidariedade.Valorize empregados e colaboradores• Comprometa-se com as leis trabalhistas.• Contrate e promova pessoas com experiênciase perspectivas diferentes, sem descriminação.• Invista na formação dos funcionários.• Incentive e recompense novos talentos.• Define metas e dê flexibilidade para alcançá-las.• Promova uma gestão participativa.• Evite demissões desnecessárias.• Ajude e preserve a vida pessoal dos funcionários.• Seja solidário e flexível.• Preocupe-se com a saúde, bem-estar e segurançado funcionário.Faça sempre mais pelo meio ambiente• Defina e respeite princípios ambientalistas.• Estabeleça uma política ecológica de compras.• Motive os funcionários a preservar a natureza.• Recicle na medida do possível.• Evite o desperdício de energia e água.• Faça a coleta seletiva do lixo.• Faça campanhas, parcerias e participe de iniciativasde educação ambiental.Envolva parceiros e fornecedores• Mantenha um diálogo com seus fornecedores.• Seja transparente em suas ações e cumpra oscontratos estabelecidos.• Formalize um comprometimento.• Incentive um ambiente de colaboração.Proteja clientes e consumidores• Promova o uso do produto com segurança eresponsabilidade.• Proíba práticas comerciais e publicitárias antiéticas.• Ouça as manifestações dos clientes e consumidores.• Ofereça serviços que satisfaçam todos os tiposde público.• Conquiste a confiança do público externo.Promova sua comunidade• Identifique os problemas da comunidade.• Faça parcerias e contrate serviços oferecidospor organizações comunitárias ou fornecedoreslocais.• Conscientize e mobilize seus funcionários quantoao suporte à comunidade.• Faça doações de seus produtos ou serviços.Comprometa-se com o bem comum• Cumpra com suas obrigações de recolhimentode impostos e tributos.• Alinhe os interesses da empresa com os dasociedade.• Combata à corrupção.• Marque presença em fóruns locais.• Integre-se aos movimentos sociais.Fonte: Instituto Ethos – www.ethos.org.br


VALORES & VALORES“Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa;o essencial é que saiba amar”“Tudo é aliado do homem que sabe querer”“Não levante a espada sobre a cabeça de quem te pediu perdão”“Creia em si, mas não duvide sempre dos outros”“Há coisas que melhor se dizem calando”24 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.“Defeitos não fazem mal, quando há vontade e poder de os corrigir”“O dinheiro não traz felicidade – para quem não sabe o que fazer com ele”


FAZENDO A DIFERENÇAEDUCAÇÃO.COMINOVAÇÃO, DETERMINAÇÃO, ESTÍMULOÀ CRIATIVIDADE E AOS SONHOSpor Luciana Labornepara quem educa”, afirma Noara Maria de Resende,que é educadora há 30 anos e acredita que ofazer escola é fazer acontecer algo diferente todosos dias. E o comprometimento com o ser humanoe sua complexidade é uma responsabilidade civil,humanitária e igualitária.26| <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.Omês de outubro se destaca no Brasil nãoapenas por homenagear a padroeira do país,Nossa Senhora Aparecida, ou pelo comercialdia das crianças. É no décimo mês do ano que se comemorao dia do profissional que tem como função fazerde seus sonhos o meio mais simples para a superaçãodo próximo. Em um entender particular, esse profissional,que chamamos de mestre ou de professor, éum dos principais responsáveis em estimular a “criatividadecom asas” em crianças, jovens e adultos; sendomais específico: em você. Puxe da memória a canção“Aquarela”, de Toquinho e Vinicius de Moraes, e perceba:“Se um pinguinho de tinta cai num pedacinhoazul de papel, num instante imagino uma linda gaivotaa voar no céu...”. A música é um claro exemplo dodeixar a imaginação acontecer e não fala diretamentedo professor, certo? Mas você desassociaria a idéia deimaginação das salas de aula?Entre tantas músicas, mensagens ou poemas criadospara exaltar ou para lembrar aquele que dá otom à vida escolar, nada mais próximo que o relatode experiências profissionais para nos sentirmosmais inseridos nesse universo de prosas e rimas, edescobrirmos, por exemplo, que o empenho coma educação é um aprendizado diário. “O desejo deinvestir no ser humano para que esse se torne cadavez melhor e mais feliz deve ser um princípio básicoNo decorrer de 20 anos, Noara – uma apaixonadapor novas tecnologias como ferramenta de ensino –trabalhou na Escola Municipal Hilda Rabello Matta,de Belo Horizonte (MG), em diferentes funções.Atuou como professora de educação física, coordenadorapedagógica, de disciplina e, em 1998,quando a escola recebeu computadores do ProgramaNacional de Tecnologia Educacional (ProInfo),foi eleita coordenadora de informática. Desdeentão desenvolveu, junto a parceiros ea apoiadores educacionais,vários projetos na área de tecnologia da educação.“O mundo atual é uma enorme rede, com ciclos variadosde propostas de aprendizagem que diminuemas distâncias entre os povos. Não seria justo queas crianças de escolas públicas ficassem à margemdessa rede”, reflete Noara. A partir dessa idéia, elase dedicou a explorar e consolidar práticas para quea tecnologia se tornasse parceira do conhecimento,da aprendizagem não só de alunos, mas também deprofessores e de qualquer pessoa que se interessepela mudança na comunicação global. No períodode 2003 a 2006, Noara assumiu a diretoria da escolae, hoje, é responsável pela direção da Escola MunicipalDr. José Xavier Nogueira.Ao descrever suas práticas iniciais com a relação tecnologiae educação, ela lembra que a aproximação dascrianças com a máquina ocorreu de maneira gradativa,


Foto: arquivo pessoalNoara Resende ensinando as crianças a conhecer omundo em um cliquede aprendizagem significativa, de troca com o professore os colegas, exercendo um papel de parceiroda aprendizagem.“Não há mais lugar para a educação passiva, semque o aluno construa o seu próprio conhecimento.Há muito que o professor deixou de ser o dono doconhecimento”, declara Noara, que também enfatizaa importância de ocorrer o equilíbrio entre ambasas maneiras de lecionar e a harmonia dessa integração.Para ela, o computador é ator coadjuvante nesseprocesso e possui como finalidade proporcionara interatividade do aluno com o mundo factual efazer do aprender algo cada vez mais desejado portodos, crianças e adultos. “Não vamos abandonar asboas práticas tradicionais e enveredar totalmente nonovo. Não podemos usar uma sala de informáticasem mudança de atitude, assim como também nãopodemos trabalhar na sala de aula tradicional semuma proposta. A tecnologia vai completar múltipliossaberes para a escola deixar de ocupar espaço entremuros e abrir-se para o mundo”, complementa.mas de uma forma lúdica e agradável. “Quando penseino projeto de uma escola digital, pensei no espaçoque as crianças mais gostam: o recreio”, conta Noara,que começou timidamente, com apenas dois computadorescolocados no pátio. Atualmente, os alunos sesentem motivados a aprender, se divertem e se familiarizamcom o Zezé, a Zizi, o Betinho, e com outroscomputadores que receberam, carinhosamente, esseschamados a partir dos nomes de seus doadores.E nas mãos: mouse e gizO exemplo de feitos, como o de Noara, demonstracomo cada vez mais é viável e necessária umarelação dinâmica e colaborativa entre professores ealunos. O professor sai de cena com o personagemque atua como um transmissor do conhecimentopara tornar-se o mediador. E o aluno também sai deum estado receptor, para fazer parte de momentosPara Noara, a educação é a mola mestra da sociedade,é aquilo que transforma e faz pessoas melhores. E oeducador que acredita nisso tem motivação constantepara inovar a sua prática e empreender novos desafios:“Dediquei toda a minha vida profissional no sonho deuma educação cheia de ousadia, determinação e demarcas positivas na história de meus alunos. Acreditoem vocação, mas o docente que deixa saudade éaquele que, no momento presente, tiver vontade políticade realização como educador”, diz.E assim, nesse percurso, Noara e muitos outrosmestres seguem fazendo a diferença. Ensinamlições e compartilham experiências. Que essescontinuem a caminhar, firmemente, porque é aeducação a base para o todo. Não podemos parar,porque mais uma vez, com a permissão de Toquinhoe de Vinicius, “ali logo em frente a esperarpela gente o futuro está”.Calibração e manutenção de instrumentos de Medição• TREINAMENTO • MEDIÇÃO DE DISPOSITIVOS E PEÇAS • SOFTWARE DE GESTÃO METROLÓGICAUNIDADE CONTAGEMCalibraçãoNBR ISO/IEC17025CalibraçãoNBR ISO/IEC17025CalibraçãoNBR ISO/IEC17025CalibraçãoNBR ISO/IEC17025CalibraçãoNBR ISO/IEC17025SOLUÇÕES METROLÓGICAS INTEGRADASCAL 0183PRESSÃOCAL 0183ELETRICIDADECAL 0183DIMENSIONALCAL 0183FORÇA, TORQUEE DUREZACAL 0183TEMPERATURAUNIDADE CONTAGEMTEL./Fax: (31) 3398-2551UNIDADE GOIASTEL.: (62) 3249-4456medicao@medicaonet.com.br • www.medicaonet.com.br


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VIVER BEMAH! A ÉTICA...30| <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.Mesmo antes de ser nomeada, a ética serviupara tirar a humanidade da barbárie. Comorepresentação mental, impedia que nas comunidadestribais um avançasse sobre a comida, ospertences, a mulher do outro. Tirasse-lhe as crias. Epudesse, assim, afiançar a vida em sociedade. Rudimentar,mas sociedade.Conceituada pelos filósofos gregos, a ética (ethos –lugar) foi apresentada como “o meu lugar no mundo”,“o meu modo de ser no mundo”. Junto comos outros, porque mundo pressupõe ninguém estarsozinho. Entendeu-se que o comportamento éticodeterminaria aquilo que é bom tanto para o indivíduoquanto para o coletivo: preciso me beneficiar e,pelo menos – no mínimo – não prejudicar o outro. Terconsciência da importância do respeito mútuo.Não se tornou regra. No trajeto da humanidade, sejaem movimentos de expressão mundial ou de cunhoparticular, a postura ética muitas vezes esteve ausente.Nem mesmo os mandamentos bíblicos – baseinequívoca para o bom convívio social –, levaram oser humano a poupar nem o próximo, nem o distante:não matar, não roubar, não desejar a mulherdo outro (nem o homem) e por aí afora. Ocultar-sena sombra de uma moral discutível, dos costumes,da tradição e do relativismo, foi a forma encontradapara burlar a ética: a mim é permitido. Não sou ético,mas pareço ser.Para preservar a civilização, a lei se sobrepôs a essepreceito. Mas as punições decorrentes não fizeramrecuar os desvios da vida em coletividade. Seres humanos,não todos, continuaram levando a termo seusprojetos de desacato. Invadindo o corpo. Violentandoo território psicológico dos semelhantes. Canibalizandoo irmão.Em que ponto se quebrou quase radicalmente o eloda corrente ética indispensável ao bem-viver? Queinstrumento propiciou a dissocialização das pessoastornando-as essencialmente indivíduos? De que formao limite entre o eu e o outro se rompeu no tecidosocial? Difícil perguntar? Fácil responder. Somos umrebanho de propriedade do capitalismo. E esse põea mídia a nos conduzir com seu cajado tecnológico.Ela nos bombardeia: “você é tudo!”, “seja feliz!”(a qualquer custo), “o prazer em primeiro lugar!”,“pense em você!”Sentados no sofá vendo TV ou usando o computador,e, alienados de senso crítico, assimilamos doutrinasterríveis. O outro, então, não importa mais. Tomo-lheo lugar. Posso até reduzir o próximo a próximo dezero. Ora, não é isso que estão me ensinando?Há civilização que se sustente? Estamos evoluindoou “involuindo”? Os dois. Crescemos de maneira gigantescano aspecto tecnológico. Regredimos a nãopoder mais nas relações humanas. Por onde anda ahumildade, o respeito, a gentileza, a solidariedade?O amor, que caminho tomou?Pode ser que voltemos às origens. Que nos tornemos novamentebárbaros. Se assim acontecer, seremos reciprocamentemais nocivos. Hoje possuímos ferramentas poderosas.Como é que uma guerra individual poderia vir aser mais cruel? Porque podemos combater com aparatosmuito agressivos, em situações caóticas, a anos-luz dasbarreiras éticas e tomados por um estresse descontrolador.Temos a linguagem, a internet, o carro, a política, ummercado produtivo hostil, a biotecnologia, a depredaçãoambiental, as armas de fogo e as armas químicas. Podemosofender. Subornar. Chantagear. Modificar a vida. Alteraro planeta. Matar. Morrer. A qualquer hora.Humanismo. Precisamos dar preferência a ele. Ética.Temos que reconquistá-la. Dar um basta na moralindividual que nos desvia das veredas coletivas. Nabarbárie, a humanidade iniciou a socialização plantandosementes para mudar seu modo errante de viver– sempre correndo atrás de comida. E nós? O quepodemos plantar para nos ressocializarmos?Somos responsáveis por essa resposta, porque somosa causa da pergunta.Kátia Matos – psicólogaE-mail: katiagmatos@gmail.com


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