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Revista Pneus & Cia. nº 35 - Sindipneus

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PNEUS&CIA.Publicação bimestral do <strong>Sindipneus</strong> Ano 5 nº <strong>35</strong> setembro/ outubro 2013AS ESTRATÉGIAS DABRIDGESTONEJaponesa investe na qualidade dos produtos para enfrentarconcorrência dos importadosSINDIPNEUS EFETIVAMAIS UMA PARCERIADE SUCESSOINDÚSTRIA NACIONAL RESPIRAE REGISTRA CRESCIMENTOApós três anos de recuo do setor, fabricantes nacionais se viram obrigadosa adotar estratégias eficientes para não perderem espaço no mercado nacionalSINDIPNEUSSindicato das Empresas de Revenda e Prestação de Serviços de Reforma de<strong>Pneus</strong> e Similares do Estado de Minas GeraisRua Aimorés, 462 sl. 108 I Funcionários I CEP 31141-070 I Belo Horizonte I MG


EDITORIALFORÇA EREPRESENTATIVIDADEVivenciamos nos últimos meses um cenário atípico. Os brasileiros se uniram e foram às ruasreivindicar melhorias e progresso. Uma multidão, com cartazes e gritos de guerra, clamavapor saúde, educação e transporte público de qualidade, além de outras tantas solicitações.Durante a Copa das Confederações, o Brasil foi destaque dos jornais do mundo inteiro. Nemtanto pelo evento esportivo em si, mas pela relevância dos movimentos populares que tomaramos quatro cantos do país. E não, definitivamente, toda essa luta não foi em vão. Tudo issofoi essencial para mostrar que não somos ineptos, tolos, ao contrário, provamos que estamosatentos a tudo que acontece. As manifestações representaram claramente o desabafo do cidadãobrasileiro, farto da corrupção e das promessas não cumpridas. De lá pra cá, muita coisa foifeita, entre elas a redução nas tarifas do transporte público das grandes cidades, comprovandoque a voz do povo ganhou força e sentido.O que se viu deve servir como exemplo também para o nosso setor. É fundamental que a gentese una para buscar benefícios, batalhar por nossos direitos. Precisamos lutar para que tenhamosretorno de cada centavo pago ao Governo por meio de taxas e impostos abusivos. Em vezde cruzarmos os braços, mostrando conivência e alienação, precisamos trabalhar, juntos, pelocrescimento dos setores de reforma e revenda. No último mês, demos um importante passo,com a oficialização da parceria com o Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), divulgadanesta edição, que proporcionou uma economia da ordem de R$ 11 mil aos reformadores queprecisavam adquirir ou renovar o registro do Inmetro, uma exigência da Portaria 444/2010.Batalhamos muito por esse benefício porque sabemos que os gastos dos empresários brasileirossão extremamente altos, prejudicando a competitividade das empresas que estão regularesno mercado, “dentro da lei”. Queremos conquistar novos subsídios, beneficiar maisempresários, contribuir para que as empresas se desenvolvam, mesmo diante de um cenárioeconômico instável, como o que vivemos no momento. Porque este é o objetivo do Sindicato,contribuir para o crescimento e fortalecimento das empresas de reforma e revenda de pneus,tornando-as mais competitivas em um mercado de concorrência até desleal.Aproveito e reitero aqui o meu convite para participarem das nossas reuniões mensais, realizadassempre na primeira segunda-feira de cada mês, na sede do Sindicato, em Belo Horizonte.Durante os encontros , apresentamos os avanços de cada projeto e propomos novas ações. Pormeio de um bate-papo com empresários do setor, entendemos as necessidades do segmento eos pontos mais críticos para, só então, buscarmos conjuntamente as melhores soluções. Como máximo de transparência e associativismo possíveis, o <strong>Sindipneus</strong> entende a importância deouvir os principais interessados para seguir na defesa dos interesses comuns do setor.Participe. Junte-se a nós. O <strong>Sindipneus</strong> está de portas abertas para você.Paulo BitarãesPresidentesetembro/outubro 2013PNEUS&CIA3


LEITORÓtima matéria divulgada na editoria “<strong>Pneus</strong> e Frotas”.O paralelo com a Ferrari e o atleta fez com que o textoficasse muito interessante, alertando-nos sobre oexcesso e a fadiga de um pneu. Parabéns pelo conteúdoda <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.!Juliano Lamunier Moreira CardosoAparecida de Goiânia (GO)Em nossa empresa, a Expresso Nepomuceno, a revista<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>. está sempre junto aos documentos deconsulta diária, isso porque traz ótimas reportagens,explicações sobre normas atuais, condições deutilização etc. Parabéns a todos os responsáveis poresta ótima revista. A contribuição do veículo para osetor é imensa.Wander NascimentoLavras (MG)EXPEDIENTEINFORMATIVO DO SINDIPNEUS - Sindicato das Empresas de Revenda e Prestação de Serviços de Reformade <strong>Pneus</strong> e Similares do Estado de Minas GeraisDiretoria <strong>Sindipneus</strong> - Presidente - Paulo César Pereira Bitarães - Secretário-Geral - Gláucio T.Salgado - Diretor da Câmara de Reforma de <strong>Pneus</strong> - Arilton S. Machado - Diretor da Câmara deRevenda de <strong>Pneus</strong> - Antônio Augusto S. Costa - Diretora de Tesouraria - Ana Cristina SchuchterGatti - Conselho FiscalDelegado junto a Federaçãodo Comércio Estado de Minas Gerais Delegado junto a Federaçãodo Comércio Estado de Minas GeraisAmirp - Rogério de Matos - Fernando<strong>Sindipneus</strong> - RonaldoAnalista de Projetos/Financeiro - Nilcélia FonsecaREVISTA PNEUS & CIA. - ANO 5 - Nº <strong>35</strong> - setembro/outubro 2013EdiçãoRevisão final - Regina Palla – Reg.:IlustraçõesArte e Editoração - ImpressãoTiragem - 5.000 exemplaresAs opiniões expressas nos artigos assinados e os informes publicitários são de responsabilidade dosautores. É proibida a reprodução de textos e de ilustrações integrantes da edição impressa ou virtualsem a prévia autorização da editora.SINDIPNEUS - Rua Aimorés, 462 – Sala 108 – Funcionários - CEP 30140-070 – Belo Horizonte/MG -4 PNEUS&CIA setembro/outubro 2013


ESTRATÉGIACOMO EVITAR AINFORMALIDADENAREMUNERAÇÃOJerônimo MendesAdministrador, escritor e palestranteSite: www.jeronimomendes.com.brUma das grandes dificuldades de todo empreendedor ou empresárioem qualquer negócio é administrar a carência do ser humano, sejaqual for o nível hierárquico e a posição que o empregado ocupa naempresa.Quero lembrar que a complexidade humana é difícil de ser entendidae atendida, razão pela qual os empregados em geral nunca estãosatisfeitos com o que ganham, pois, em geral, nem salários nembenefícios são suficientes para as suas necessidades.A realidade é que as pessoas esperam tudo do patrão ou das empresascomo se houvesse obrigação do empregador em atender todos osdesejos e reivindicações sem a respectiva contrapartida dos resultados.A questão é bem simples: quem foi que disse que o patrão e as empresasdevem satisfazer todas as necessidades do empregado considerandoque cada um tem necessidades muito específicas e diferentes?Não quero parecer duro, mas o fato é que nenhuma empresa ouempreendedor tem a mínima obrigação de atender às reivindicaçõesque não sejam reguladas pela política de recursos humanos e comunsa todos os empregados.Por outro lado, quanto mais exceções houver, não reguladas por umapolítica clara de remuneração e benefícios, mais difícil de administraressa questão que, na maioria das empresas, cria mais dificuldades doque contentamento.Dessa forma, com a experiência de ter participado da reorganizaçãoe da elaboração das políticas de dezenas de empresas ao longo daminha carreira, quero compartilhar aqui alguns insights para ajudálosa administrar essa questão que, na maioria das empresas, não estánada clara e, portanto, gera insatisfação de ambos os lados.8 PNEUS&CIA setembro/outubro 2013


PNEUS E FROTASCALIBRAGEME TEMPERATURAPércio SchneiderEspecialista em pneus da Pró-SulE-mail: pneus@greco.com.brNeste ano o inverno foi excepcionalmente rigoroso, como há muito tempo não se via. No dia 30 de julho, a previsão no noticiário daTV falava que em Santa Rosa (RS) a temperatura iria variar de 1º a 30º Celsius no mesmo dia! Claro que era uma previsão, mas, mesmocom erro, não ficaria muito longe disso. Em outros momentos, tínhamos temperaturas próximas de zero no sul do país e acima de <strong>35</strong>ºCem localidades das regiões norte e centro-oeste, no mesmo dia. Essa diferença entre a menor e a maior temperatura registrada, seja nomesmo local ou comparando as temperaturas de locais diferentes, é o que os meteorologistas chamam de amplitude térmica.setembro/outubro 2013PNEUS&CIA11


PNEUS E FROTASTodos os fabricantes de pneus recomendam que acalibragem seja feita com os pneus frios, mas não definemqual seria essa temperatura. Muito raramente encontramosa informação de que a calibragem deve ser feita àtemperatura ambiente. Muito bem, mas, considerandouma situação como a que ocorreu neste inverno, calibraros pneus de um veículo com 0ºC e outro com 37ºC, sendoambas as temperaturas ambientes no local e horário ondecada veículo estiver, com certeza trará diferenças razoáveisentre ambos.Os mesmos fabricantes informam que um pneu que estejaquente por efeito da rodagem, das condições de uso – peso,velocidade etc. – e principalmente do uso dos freios demoracerca de quatro horas para resfriar e voltar à temperaturaambiente seja ela qual for.Tudo muito fácil e bonito no papel, na teoria, mas... e naprática, em situações reais do dia a dia? O que e como fazer?Muito do que se encontra como orientação, especialmentevinda dos fabricantes, deve acontecer em condiçõesideais. Porém, nem sempre possíveis ou disponíveis e, emsituações reais, sempre digo que se não der para fazer oideal, façamos pelo menos o que é possível.Uma das situações mais comuns é constatar diferenças depressão entre dois ou mais pneus durante uma viagem.O que fazer num caso desses? Entrar em contato com abase e dizer que vai ficar parado por quatro horas paradepois calibrar e seguir viagem? Alguém em sã consciênciaimagina a possibilidade disso ocorrer, se muitas vezesnem a calibragem antes de sair da base o setor operacionalpermite que seja feita sob a alegação de que não pode perdertempo? O que acontece na realidade é seguir viagem dojeito que está e com o pneu de maior pressão suportandosobrepeso enquanto o que está mais vazio vai sofrendoarrasto. E depois, lá adiante, quando o pneu estoura, achade colocar a culpa na reforma.Vamos, então, à solução possível: calibre os pneus mesmoquentes, para eliminar a diferença existente entre eles. E,assim que parar e os pneus esfriarem, calibre novamente,agora à temperatura ambiente e com a pressão correta paraas condições de uso naquele momento.Quanto à temperatura ambiente, e estando com os pneusfrios, calibre com a pressão recomendada, independentede qual seja a temperatura do dia e local. Por maior queseja a diferença, sempre será menor que a registrada entreambiente e a temperatura de trabalho. A norma ABNT EB-1721 – Limitação da transferência de calor do tambor dofreio para o pneu – determina:CONDIÇÕES ESPECÍFICASRequisitos- Em condições normais de utilização contínua, atemperatura do talão do pneu não deve ser superior a 80°C.- Para situações particulares, onde é necessário o usoprolongado de freios durante período de até uma hora, atemperatura do talão do pneu não deve exceder 100°C.- Para situações excepcionais, tais como freadas deemergência ou prolongadas, a temperatura do talão dopneu não deve exceder 130°C, durante período de tempomáximo de dez minutos.FIGURA 112 PNEUS&CIA setembro/outubro 2013


PNEUS E FROTASPor mais quente que seja o local, nunca a temperaturaambiente chegará perto dos 80ºC considerados normaispela exigência.Na literatura oficial dos fabricantes encontramos outrarecomendação: se for necessário deslocar-se até onde possaser feita a calibragem, o veículo não deve rodar mais que 1,6quilômetros. Essa distância vem da tradução de manuaisdas matrizes, especificamente dos Estados Unidos, ondeas unidades são diferentes. Lá, o limite é uma milha ouexatamente 1,61 km.É certo que alguns hodômetros têm marcação parcial, decentenas de metros, e é possível medir se o deslocamentoestá dentro do limite de 1,6 km. Mas será que existe umlocal para calibragem nessa distância? Pode ter certezaque nem sempre isso é possível. Prefiro, na prática, outraorientação: se não houver um local nessa distância, vá até omais próximo e, de preferência, em baixa velocidade, paraque o aquecimento seja o menor possível.Outra questão muito importante é qual a pressão aser utilizada. Não vou aqui discorrer sobre tabelas decalibragem ou como saber o peso incidente sobre o pneupara então encontrar nas tabelas a pressão ideal. O foco éoutro.Uma situação muito comum é o motorista perguntar aoborracheiro ou ao frentista do posto qual pressão deveutilizar. E, não raro, há quem “leia” uma informaçãogravada na lateral dos pneus e diga que aquela é a pressãocorreta. (Conforme Figura 1)A gravação nos pneus, lamentavelmente, está escrita eminglês, mesmo que sejam pneus fabricados no Brasil, e aícomeça o engano. O que está escrito lá é qual a pressãomáxima que o pneu suporta sob determinada carga (peso)também informada muitas vezes em unidade que nos éestranha. E aquela é a pressão máxima, não necessariamentea correta.Para empresas de transporte, seja de carga ou de passageiros,o correto é que seja determinada a pressão seguindocritérios técnicos e gravada de alguma forma no veículo,para que não fique a critério de borracheiros, frentistas ouquem quer que seja, nem mesmo do motorista. Nas fotos,vemos dois exemplos e, vale destacar, um deles em veículoequipado com calibrador automático que, em teoria,dispensaria tal controle e recomendação. (ConformeFiguras 2 e 3)E, no caso de veículos leves, nada melhor que consultar afonte mais óbvia que existe: o manual do veículo.FIGURA 2FIGURA 3setembro/outubro 2013PNEUS&CIA13


MATÉRIA DA CAPAINDÚSTRIA NACIONAL“RESPIRA” DEPOIS DEREGISTRAR CRESCIMENTONO PRIMEIRO SEMESTREDO ANOApós três anos de recuo do setor, fabricantes nacionais se viram obrigados aadotar estratégias eficientes para não perderem espaço no mercado brasileiroPor Ana Flávia TornelliA indústria nacional de pneus parece estar recuperando o fôlego depois de três anos consecutivos de queda. Mesmo como aumento da importação de pneumáticos de 25,7%, registrado no primeiro semestre de 2013, foi possível identificar umanimador crescimento de 6,7% na fabricação de pneus no país, na comparação com o mesmo período de 2012. Os dadossão da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), que atribui o resultado positivo, entre outros fatores, àdesvalorização do real. “Também colaboraram para o leve crescimento neste ano medidas tomadas pelo governo, como oantidumping, controle da reciclagem, maior fiscalização por parte das autoridades alfandegárias, fazendárias, e de controlerodoviário”, afirma o presidente da Anip, Alberto Mayer.Foto: Depositphotos Inc14 PNEUS&CIA setembro/outubro 2013


MATÉRIA DA CAPAa contribuir para o crescimento da importação. “Somosduramente afetados por diversos custos, como altíssimacarga tributária, por exemplo. Além disso, a inflação,somada à entrada de importados, não nos permite repassarcustos”, afirmou ao jornal DCI o presidente da Michelinna América do Sul, Jean-Philippe Ollier. O executivo disseainda que a companhia tem lutado ao lado da Anip paraemplacar alguns pleitos junto ao governo federal. “Napauta, incluímos a aceleração da análise de processosantidumping e a desoneração da carga tributária queincide sobre a cadeia de reciclagem”, explicou Ollier. Naentrevista, o CEO destacou também a necessidade de umtrabalho conjunto com o Instituto Nacional de Metrologia,Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para assegurar qualidadeaos selos brasileiros. “Temos de garantir que os produtoscomercializados no País tenham um padrão mínimo dequalidade. Atualmente, não há controle e fiscalizaçãoideais”, ressaltou.Na visão de GianfrancoSgro, diretor-geral da Pirellina América Latina, um dosmaiores desafios do setor éestabelecer regras justas frenteà concorrência com os pneusimportados. Enquanto isso,cada empresa deve fazer asua parte para não perder espaço no mercado, inovando econquistando novos clientes. “Uma das estratégias adotadaspela Pirelli foi a disponibilização de produtos de qualidadeelevada, com maior rendimento quilométrico e segurançaem relação aos concorrentes importados. Por exemplo, alinha de produtos verdes da Pirelli contribui para a reduçãodo consumo de combustível em até 6%, de forma que, aofim da sua vida útil, o pneu terá praticamente pago o seucusto”, adianta.O diretor de Vendas da Goodyear, Antonio Roncolati,também defende a ideia de que o segredo do crescimentodo setor no Brasil está na inovação. “Nós, da Goodyear,sempre nos preocupamos em ofertar produtos comqualidade e um pacote de soluções que ofereça aoconsumidor o menor custo por quilômetro. Investimosem inovação, desenvolvimento de novas tecnologias esustentabilidade, pensando constantemente no benefíciodireto dos clientes”, explica Roncolati, que aposta na ofertade produtos exclusivos para conquista de novos e potenciaisconsumidores. “Desenvolvemos produtos específicos paracada tipo de serviço presente no mercado brasileiro. Paraisso, são realizados diversos estudos de clima, da situaçãodas estradas, condições geográficas, tipo de veículo, entreoutros”, completa.Em entrevista concedida à revista IstoÉ, em março desteano, o presidente da japonesa Bridgestone, Ariel Depascuali,“Uma estratégia adotada pela Pirelli foia disponibilização de produtos de qualidadeelevada, com maior rendimentoquilométrico e segurança em relaçãoaos concorrentes importados”disse que a estratégia prioritária adotada pela empresa paraavançar ainda mais na conquista de mercado foi mudar apostura da organização com relação a seus clientes. Depoisde realizar pesquisas de opinião em diversos estados doBrasil, foi possível traçar o perfil do consumidor brasileiro.“Somente 25% dos clientes adquirem pneus mais baratos,então vamos atrás dos outros 75% que buscam qualidade”,revela.MEDIDAS DO GOVERNOComo forma de fortalecer a indústria nacional, coibindo aimportação de pneus, o Governo Federal, por intermédioda Câmara de Comércio Exterior (Camex), chegou aelevar o imposto de importação de cem produtos noúltimo ano, estabelecendo uma alíquota máxima de até25% para os itens adquiridos do exterior. Entre esses itensestão pneus e câmaras de ar importados de bicicletas,motocicletas, automóveis depasseio, caminhões e ônibus.A medida, entretanto, elevoucustos e criou sério riscode desindustrialização nosetor, na visão de Mayer.“Houve aumentos parapouquíssimas medidas depneus, inexpressivas. E aelevação na importação de borracha sintética fez comque os custos aumentassem. Enquanto deveriam serdrasticamente reduzidas, vai-se na contramão. Há risco dedesindustrialização também no setor de pneus ou de nãose fazer mais investimentos”, explica.No dia 1º de agosto deste ano, o ministro da Fazenda, GuidoMantega, recuou e anunciou que o governo não renovarámais a elevação da tarifa de importação para os produtosque tiveram a alíquota aumentada em setembro do anopassado, entre eles, o pneu. O ministro decidiu, junto aoministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio,Fernando Pimentel, que reeditar a elevação das taxas nocenário atual não é necessário. “No ano passado, a indústriabrasileira estava sofrendo forte assédio de importações eo câmbio não era favorável. Agora, temos condições dereduzir as tarifas para o patamar anterior”, disse Mantega.Dessa forma, as tarifas de importação de pelo menos cemprodutos vão cair a partir de outubro.Milton Favaro, que se diz contrário à decisão do governode onerar a alíquota para importação de pneus, já que,segundo ele, a medida resulta em significativos prejuízospara os consumidores finais, aprovou a medida de reduçãoda tarifa de importação. “O pneu é um produto que estápresente em todos os setores, um produto de primeiranecessidade. Se o governo elevar ainda mais o custo daimportação, o cidadão brasileiro irá mais uma vez pagar a16 PNEUS&CIA setembro/outubro 2013


MATÉRIA DA CAPAsetembro/outubro 2013PNEUS&CIA17


MATÉRIA SERVIÇOSDA CAPAconta e poderá onerar ainda mais a inflação no Brasil.” Deacordo com a Abidip, o reajuste da alíquota ocasiona umaumento de 8% no valor final dos pneus de passeio e 7% novalor final dos pneus de carga.Com relação à entrada clandestina de pneus importados,Milton observa que essa sempre foi a principal bandeirada Abidip, que colabora com os órgãos do governo parainibir e reduzir as fraudes e contrabandos nas importaçõesde pneus para o Brasil. De acordo com a entidade, a cadaquatro contêineres de pneus que entram ilegalmente noBrasil, apenas um paga os tributos para disfarçar a operaçãofraudulenta. Outro indício de concorrência desleal dosprodutos chineses tem a ver com o subfaturamento depreços, visando reduzir os custos de importação. “Este éoutro ponto que precisa ser combatido para garantirmosempregos e a lisura do processo”, esclarece Milton Favaro,que defende a criação de um acordo capaz de tornar ospreços mais transparentes e justos. “Com o acordo paraabrir informações de preços trimestrais ou semestraiscom envolvimento do Inmetro, receita e as fabricantes, ospreços seriam informados com possibilidade de pequenavariação e a transparência garantiria a segurança de nãoexistir subfaturamento sem interferir nas negociações decada empresa, mas isso deve ser feito com todos, inclusivecom as empresas nacionais que importam muito também.”Em junho deste ano, a Secretaria de Comércio Exterior(Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria eComércio Exterior decidiu abrir, a pedido da Anip, umainvestigação para averiguar a existência de dumping nasexportações para o Brasil de pneus de carga da Coreia doSul, Tailândia, África do Sul, Rússia, Taipé Chinês e Japão.A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU)e está em tramitação.OTIMISMO DA INDÚSTRIA NACIONALPara os próximos anos, as expectativas dos empresáriospara a indústria nacional são otimistas e animadoras.“Estamos confiantes na possibilidade de desenvolver como Governo Federal um programa que possibilite sensívelaumento da competitividade da produção de pneus no país.Somando este cenário com a estimativa bastante otimistados produtores de autoveículos, há reais condições de umaexpansão significativa na produção”, afirma Mayer. Como mesmo pensamento otimista, Roncolati defende queos resultados e as tendências deste primeiro semestre sãosuficientes para traçar projeções positivas. “Acreditamosque esse crescimento continuará ano após ano. Os númerosatuais refletem uma retomada das atividades na indústriade automóveis e veículos de carga, o que gera resultadosdiretos no setor de pneus”, esclarece.Gianfranco Sgro, também confiante no desenvolvimentodo setor, atribui as perspectivas de crescimento aosimportantes eventos a serem sediados no país nos próximosanos. “Os principais ingredientes que nos indicam os anospujantes que teremos pela frente são os eventos mundiaissediados no Brasil, os investimentos em infraestrutura, ocrescimento do setor agropecuário (mesmo com a baixadas commodities) e o crescimento do País por volta de 3%ao ano”, finaliza.“Acreditamos que esse crescimentopersistirá. Os números atuais refletemuma retomada das atividades naindústria de automóveis e veículos decarga, o que gera resultados diretos nosetor de pneus”18 PNEUS&CIA setembro/outubro 2013


MATÉRIA SERVIÇOS DA CAPAA POLÊMICA HISTÓRIA DAPROIBIÇÃO DOS PNEUSUSADOS NO BRASIL- Em 1991, o governo brasileiro proibiu a importaçãode pneus usados e reformados, mas seguidas liminaresjudiciais permitiam que as carcaças fossem importadaspara serem recauchutadas por empresas brasileiras.- Ficou decidido que o Brasil também poderia importarpneus dos países do Mercosul. Por esta razão, a UniãoEuropeia questionou a prática brasileira na OrganizaçãoMundial do Comércio (OMC), que favorecia alguns países.- Ao julgar a queixa da União Europeia (UE) contraas barreiras impostas no Brasil à importação de pneusrecauchutados, a OMC reconheceu o direito brasileirode restringir a entrada desse produto, mas considerouincompatível com as regras mundiais de comércio asexceções feitas para importação de pneus dos sócios doMercosul.- Pouco tempo depois, a OMC também condenou asimportações de pneus usados da Europa obtidas porliminares judiciais. Assim, a OMC determinou que oBrasil suspendesse definitivamente, inclusive de países doMercosul, a importação de pneus reformados.- Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria eComércio Exterior brasileiro (MDIC), entre 1990 e 2004,mais de 34 milhões de unidades de pneus reformados eusados entraram no país via medidas liminares concedidaspelo Poder Judiciário.-Em 2004 apenas, 7,5 milhões desses pneus foramimportados para a indústria de reforma.- Em 25 de setembro de 2000, o Ministério doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior brasileirointroduziu a Portaria da Secretaria de Comércio Exterior(Secex) nº 8, que proíbe a emissão de licença automáticapara a entrada de pneus remoldados.- Em 14 de setembro de 2001, o Poder Executivo brasileiroemitiu o Decreto Presidencial nº 3.919, que prevê multade R$ 400 por unidade nos casos em que se verifica aimportação de pneumáticos usados e reformados;- Em 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmoua constitucionalidade das leis brasileiras que proíbem aimportação de pneus usados. Dessa forma, reafirmou-se aproibição, de forma geral e sem exceções, de importaçõesde pneus usados para o Brasil, inclusive do Mercosul.Fontes: Associação Brasileira do Segmento de Reformade <strong>Pneus</strong> (ABR) e Portal do jornal O Estado de S.Paulo(estadao.com.br)Foto: Depositphotos Incsetembro/outubro 2013PNEUS&CIA19


VIVER BEMQUATRO PILARESPARA O SUCESSOTom CoelhoEducador, conferencista e escritorE-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.brSite: www.tomcoelho.comO Brasil derrotou a Espanha, de forma incontestável, na finalda Copa das Confederações. Contudo, o resultado inversotambém poderia ter ocorrido. Quais lições podemos extrairdesse episódio em analogia com o mundo corporativo?Seja no esporte ou em outros cenários, há quatro pilaresfundamentais que norteiam a busca pelo almejado sucesso.O primeiro pilar é o aspecto físico. Atletas precisam estar bempreparados fisicamente, o que demanda repouso adequado,alimentação funcional e condicionamento físico.O segundo pilar é técnico, envolvendo desde a compreensãodas regras do jogo até os constantes treinamentos paradesenvolvimento de habilidades.O terceiro pilar é tático e está relacionado à estratégia. Trataseda maneira como um atleta planeja sua série pessoal, emum esporte individual, ou como um treinador organiza suaequipe, em um esporte coletivo, possibilitando, por exemplo,que um grupo com talentos individuais medianos suplanteuma equipe formada por grandes craques.20 PNEUS&CIA setembro/outubro 2013


VIVER BEMTodavia, é o quarto e último pilar que faz toda a diferença:o aspecto psicológico. Foi ele que fez Diego Hypólito,bicampeão mundial de ginástica no solo, cair durante suaapresentação em duas Olimpíadas consecutivas. Foi ele queimpulsionou a seleção canarinho ao som de mais de 70 milpessoas, obscurecendo o entrosamento e o favoritismo dosespanhóis.Em recente jogo pela Recopa Sul-Americana, o técnico doSão Paulo Futebol Clube, Ney Franco, diante da derrota paraa equipe do Corinthians, comentou: “Nosso posicionamentotático foi similar ao do adversário. Porém, cometemos muitoserros técnicos, em especial de passes e saídas de bola. Eu,enquanto treinador, não posso entrar em campo para darum passe.” Ao dizer isso, ele transferiu a responsabilidadepela derrota do âmbito tático (atribuição do treinador) parao técnico (prerrogativa dos jogadores). Com isso, gerou umambiente insustentável que levará certamente à sua demissão,pois psicologicamente não há mais clima emocional para aconvivência harmoniosa entre comissão técnica e atletas.No mundo empresarial, vale o mesmo princípio. A dimensãofísica é representada pelo ambiente corporativo, desde suainfraestrutura até a importante integração de um novofuncionário aos demais colaboradores quando de suaadmissão. O fator técnico está simbolizado pela descriçãodo cargo e da função. O tático, pelo sistema de gestãoadotado pela empresa. E o psicológico, pelas atitudes,tanto de líderes quanto de liderados. Líderes que, tal qualFelipão, sabem desenvolver empatia e estabelecer conexãoemocional com sua equipe, exercendo autoridade, porémsem recorrer ao autoritarismo. Liderados que se envolvem,que se comprometem, que se entregam integralmente, deforma espontânea, autêntica e apaixonada.Um último exemplo, dentro do contexto da segurança notrabalho, área na qual milito. O aspecto físico é dado pelouso de equipamentos de proteção individual e coletiva (osEPIs e EPCs). O técnico, pelas normas e procedimentosestabelecidos pela área de medicina, saúde e segurança notrabalho, algumas vezes em sintonia com o RH da empresa.O tático, pela gestão de saúde e segurança ocupacional.Mas, novamente, é o aspecto psicológico que faz toda adiferença. Por isso, a busca pelo índice de zero acidenteem uma organização passa pela sensibilização de todosos funcionários de modo que uma vez paramentados,treinados e orientados, assumam uma atitude protagonistacapaz de contribuir para a segurança individual e coletiva noambiente de trabalho.setembro/outubro 2013PNEUS&CIA21


CONEXÃOFoto: Depositphotos IncA ESTRATÉGIA E AS PERSPECTIVAS DABRIDGESTONEJaponesa investe na qualidade dos produtos para enfrentar concorrência dosimportadosPor Ana Flávia TornelliUm em cada cinco pneus vendidos no mundo saiu das fábricasda japonesa Bridgestone, em 2012, segundo levantamentodivulgado pela revista IstoÉ Dinheiro. Líder mundial, acompanhia detém uma fatia de 19% do mercado e umfaturamento de US$ 38 bilhões. Para alcançar mais espaço nomercado nacional, enfrentando, inclusive, a concorrência dosimportados, a Bridgestone, que possui participação de 13%no comércio brasileiro, mantém como principal estratégiaa inovação no desenvolvimento de produtos de qualidade,diversificados e com tecnologia de ponta.Em entrevista concedida à revista <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>., MarcosAoki, gerente-geral de Vendas e Marketing da Bridgestone,responsável pela linha de pneus de carga, e AlexandreLopes, diretor de Marketing e Vendas da Bridgestone daparte de pneus para Passeio e Camionete, expuseram suasopiniões sobre os rumos do setor, principais desafios aserem enfrentados e possíveis soluções para que a empresaconquiste cada vez mais espaço no mercado nacional. Diantede um cenário cada vez mais competitivo, ambos concordamcom a necessidade de a empresa investir constantemente noaprimoramento da linha de produtos e canais de vendas comos consumidores finais. Confira a entrevista.22 PNEUS&CIA setembro/outubro 2013


CONEXÃO<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>. - Como vocês avaliam o mercado atual depneus novos?Marcos Aoki - Os mercados de pneus novos e de reformade carga estão aquecidos por conta dos incentivos à vendade caminhões novos, o que “puxa” também o segmentode implementos rodoviários. Outro fator importante é oagronegócio, pois também incentiva o segmento de pneus,uma vez que toda a safra necessita ser escoada dos campospara os portos e isso é feito na sua grande maioria pela viarodoviária. Os fabricantes nacionais aumentaram suasproduções, comparadas com o mesmo período do anopassado, porém os pneus importados ainda continuam aprejudicar o mercado nacional, pois ainda representam 27,6%dos pneus vendidos no mercado de reposição no Brasil.Alexandre Lopes - A evolução da indústria de pneus noBrasil está diretamente ligada à indústria automobilística. E ademanda de pneus de passeio é uma consequência dos fatoresde produção mundial de veículos e do mercado de reposiçãode pneus, apresentando-se como dois importantes segmentoseconômicos que evoluem de forma complementar.O mercado nacional de pneumáticos é estimado em mais de54,7 milhões de unidades (base 2012/Anip) e os principaiscanais de venda dos produtos são os de Reposição (45%),Equipamento Original (30%) e Exportação (25%). Adistribuição da produção, em geral, é consumida internamentepela forte demanda e grande quantidade de veículos noparque automotor (frota circulante em torno de 37 milhões deveículos, entre carros, comerciais leves, caminhões e ônibus –Anfavea 2013) . Essa segmentação é observada em todos ostipos de produto: automóveis, caminhões, ônibus.Outra característica do mercado é que a demanda guardaestreita relação com a evolução da economia. Assim, coma manutenção do quadro macroeconômico, origina-sea manutenção pela demanda do produto. Atualmente, omercado de passeio e caminhonete apresenta uma demandaexpressiva, se compararmos com o mesmo período do ano de2012, girando em torno de 16%.<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>. - Quais são suas expectativas para o setor nosegundo semestre de 2013?Marcos Aoki - Tenho uma previsão bastante positiva para2013, que iniciou a todo vapor em termos de produção evenda de caminhões, além das excelentes perspectivas da safrabrasileira, principalmente de grãos. Como hoje há uma altaporcentagem do escoamento da safra por meio rodoviário,temos ótimas oportunidades de desenvolver nossos negócios,pneus novos, recapagem e prestação de serviços. As grandesobras de infraestrutura também acenam para um semestrepositivo.Alexandre Lopes - Alguns sinais econômicos podem indicarum arrefecimento na demanda de pneus de passeio parao próximo semestre, entre eles se destacam: a alta inflaçãoe elevação das taxas de juros que, cada vez mais, pesam nosetor das famílias brasileiras, o que sustenta a previsão dosbancos de rever para baixo o crescimento real do ProdutoInterno Bruto (PIB) de 2013 de 3,3% para 2,6%. Outro fatorde impacto é a taxa do dólar que reflete diretamente no preçoda matéria-prima e, por consequência, no preço do produtofinal.<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>. - E para os próximos anos, as perspectivas sãopositivas?Marcos Aoki - O mercado de carga está bastante otimista,tendo em vista as excelentes perspectivas da safra brasileirade grãos, que espera surpreender e bater mais recordes,principalmente na soja.Alexandre Lopes - A venda de pneus de passeio no mercadobrasileiro vem apresentando um crescimento anualcomposto (CAGR) de 4,7% ao ano (de 2002 a 2012) e nãotemos nenhuma sinalização direta de um cenário diferenteno ano de 2014. No entanto, o mercado é afetado por algunsfatores econômicos externos e internos que podem modificaressa porcentagem de crescimento. Se verificarmos o históricoda produção da indústria pneumática, o mercado apresentouum cenário negativo nos anos de 2001, 2005 e 2009, reflexode política e condições econômicas internas e externas.Se considerarmos as sazonalidades de consumo mensais,poderemos ter um arrefecimento no mês de junho em umaporcentagem significativa no ano de 2014 devido às atividadesda Copa do Mundo no Brasil.“Nosso maior desafio é oferecer aosclientes produtos e serviços quereduzam o custo do quilômetro rodado,ou seja, que diminuam os seus custosoperacionais”<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>. - Quais são os maiores desafios para osempresários do segmento de pneus atualmente?Marcos Aoki - Acredito que o maior desafio é oferecer aosnossos clientes, os caminhoneiros, produtos e serviços quediminuam o custo do quilômetro rodado, ou seja, que reduzaos seus custos operacionais. Nosso desafio também é preparara Rede de Distribuição para suportar a necessidade de nossosclientes.setembro/outubro 2013PNEUS&CIA23


CONEXÃOFoto: Arquivo BridgestoneAlexandre Lopes é diretor de Marketing e Vendas da Bridgestone da partede pneus para Passeio e CamioneteTrânsito (Contran), que obriga a presença de airbags e freiosABS nos carros vendidos no Brasil. Essa regulamentaçãono segmento de pneus classificará os produtos em relaçãoà sua eficiência com base em três fatores: menor consumode combustível, poder de frenagem no molhado e tambéma quantidade de ruído provocado pelo uso do produto.Isso possibilitará classificar produtos com alta tecnologiae desempenho contra produtos com menor performance,sendo uma ferramenta essencial para orientar o consumidorfinal sobre as marcas e produtos que deve escolher para usoem seu veículo.<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>. - A Copa do Mundo de 2014 e o bom momentovivido pela indústria de veículos automotores poderãobeneficiar o segmento de pneus?Marcos Aoki - Todo grande evento gera benefícios paratodos os segmentos. A Copa do Mundo está trazendovários investimentos em estádios e também melhorias nasinfraestruturas das cidades, o que movimenta o país. Comrelação ao bom momento da indústria atual, isso é benéfico, poisos novos veículos geram a reposição dos pneus em futuro próximo.“Em um mercado altamentecompetitivo precisamos trabalhar osnossos diferenciais e fidelizar osclientes, aumentando assim oconhecimento da marca”Alexandre Lopes - Certamente o aumento do número deveículos vendidos nos últimos dois anos foi e será muitoimportante para o mercado pneumático, pois essa vendaimpulsiona a comercialização de nossos produtos em duasfases: no fornecimento para as montadoras no momentoda construção do veículo e após 2,8 anos no mercado dereposição, quando o consumidor necessita trocar o produtousado por um novo produto.A demanda de veículos vendidos nos anos de 2011 e 2012 terásua maior reposição nos anos de 2014 e 2015.Em relação ao evento da Copa do Mundo, todos osinvestimentos em infraestrutura já estão sendo realizadose, a meu ver, não refletirão de forma a aumentar a venda deprodutos no ano da competição.setembro/outubro 2013PNEUS&CIA25


SERVIÇOSNORMASREGULAMENTADORASDO MTEPor Ana Flávia TornelliEntenda para que servem e os riscos de não se adequar a elasPromover a segurança dos empregados, proporcionandoum ambiente organizacional seguro e adequado é um dosobjetivos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),que, por meio das Normas Regulamentadoras (NRs), buscafornecer orientações sobre procedimentos obrigatóriosrelacionados à segurança e medicina dos empregados.Embora sejam importantes para evitar acidentes de trabalho,muitas dessas normas são desconhecidas pelos empresários,que por falta de informação acabam sendo autuados sem nemmesmo saberem onde estão errando. Atualmente existem36 Normas Regulamentadoras publicadas, mas duas delasmerecem atenção no setor de pneumáticos, as NRs - 12 e 13.NR-12Responsável por estabelecer requisitos mínimos para aprevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases deprojeto e utilização de máquinas e equipamentos de todosos tipos, a NR - 12 tem sido fiscalizada com mais rigor nosúltimos meses entre empresas dos mais variados segmentos,segundo os próprios auditores fiscais do MTE. Para adequaçãoà norma, as corporações precisam estar em dia com osrequisitos impostos, como instalação correta dos dispositivoselétricos e os de parada de emergência, além de manutenção,inspeção, ajustes e reparos regulares nos equipamentos. “Sãopriorizadas as empresas com maior número de máquinas,respeitando o grau de risco que elas oferecem. Se a máquinaapresentar risco grave, ela é interditada e a empresa, multada.Só depois de regularizada a situação do maquinário é que osequipamentos são liberados”, afirma Carlos Oliveira, auditorfiscal do trabalho e coordenador do projeto de prevenção deacidentes e doenças ocupacionais.São requisitos desta NR a adequação dos sistemas desegurança; adequação das instalações elétricas; adequaçãodos meios de acesso permanentes, como rampas, elevadores,escadas e degraus; adoção de componentes pressurizadosnecessários, com a proteção de mangueiras e tubulações,entre outras exigências.NR-13A NR - 13, por sua vez, trata da necessidade da contratação deum profissional capacitado para exercer a função de operadorde caldeira, sendo obrigatório o treinamento desse operadorpor um Profissional Habilitado (PH), “considerando-sePH aquele que tem competência legal para o exercício daprofissão de engenheiro nas atividades referentes a projetode construção, acompanhamento de operação e manutenção,inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e vasos depressão”, como descrito na própria NR. Além disso, a norma éresponsável pela regulamentação das caldeiras a vapor, sendoconsiderados como “caldeiras” todos os equipamentos quesimultaneamente geram e acumulam vapor de água ou outrofluido.Imprescindíveis no processo de recapagem de pneus, ascaldeiras estão presentes em todas as reformadoras, emboranem sempre estejam adequadas para o uso. Para resistir àautuação, é preciso que o empresário apresente documentosque comprovem a inspeção do equipamento. Por meio dessedocumento, é possível saber quando e por quem foi feita aúltima vistoria. Na opinião do engenheiro mecânico e diretorda Valflac Engenharia, Valdinei Fernandes, o ideal é que asreformadoras mantenham pelo menos dois profissionaishabilitados a manusearem a caldeira, e que eles recebam26 PNEUS&CIA setembro/outubro 2013


BEM-ESTAR SERVIÇOStreinamento e reciclagem constantes. “A empresa que está namão de um único caldeireiro corre sério risco de ser multada,caso a fiscalização aconteça quando o profissional estiverausente, seja por motivos de saúde ou por estar em férias, porexemplo.”Além das caldeiras, outros equipamentos utilizados noprocesso de recapagem, como as autoclaves e os vasos depressão, precisam estar com os documentos necessáriosem dia. “No ato da fiscalização são checados todos osdocumentos. São eles: prontuário, relatório de inspeção,projeto de localização e instalação, laudo de aferição domanômetro e da válvula de segurança e livro de registro deocorrência de segurança com autorização de funcionamento”,afirma o engenheiro.Com relação às máquinas importadas de outros países,Valdinei alerta que é preciso cuidado para adequá-las àsexigências nacionais. “Nossas Normas Regulamentadorasseguem padrões internacionais, mas obviamente sãodivergentes em diferentes lugares do mundo. Uma máquinaimportada precisa ser vistoriada e adaptada aos nossosrequisitos brasileiros, o que raramente é feito, causando dor decabeça e transtorno aos empresários”, completa o engenheiro.RISCOSValdinei explica que, apesar de não acontecer com tantafrequência, as caldeiras precisam de manutenção e vistoriasregulares, pois o risco de uma explosão é iminente. “Acidentesenvolvendo esse tipo de equipamento são sempre muito gravese podem comprometer várias vidas, por isso é preciso que ainspeção esteja sempre em dia.” Em setembro do ano passado,conforme divulgado no site Meio Norte, uma caldeira explodiuem uma renovadora do município de Timon, Maranhão,deixando quatro pessoas feridas. A empresa foi destruída“São priorizadas as empresas commaior número de máquinas, respeitandoo grau de risco que elas oferecem. Sea máquina apresentar risco grave, ela éinterditada e a empresa, multada”integralmente. Destroços do equipamento foram lançadosa uma distância de 200 metros. De acordo com o relato dooperador da caldeira, ele percebeu o mau funcionamento aoidentificar um vazamento no equipamento. “Quando vi queestava vazando, chamei um colega, que na mesma hora meorientou a correr. Em poucos segundos a caldeira estourou.Foi tudo muito rápido e escapamos por muito pouco”, relatouao site.Segundo dados do MTE, no primeiro semestre deste anomais de 125 mil empresas foram fiscalizadas no país. Dessas,cerca de 34 mil foram autuadas, o equivalente a 27%. SãoPaulo foi o Estado com maior número de fiscalizações, com20.753 empresas vistoriadas. Em segundo lugar ficou MinasGerais, com 15.463 fiscalizações realizadas. As multas paraas empresas que não estão de acordo com as normas variamde R$ 575,00 a R$ 5.750,00, dependendo, especialmente, donúmero de funcionários. Além disso, ao apresentar qualquerirregularidade, o equipamento pode ser interditado, até que seregularize a situação.Para ter acesso ao conteúdo completo das NormasRegulamentadoras do MTE, basta acessar o site da instituição,seguindo os seguintes passos: http://portal.mte.gov.br >legislação > normas regulamentadoras.TABELA DE FISCALIZAÇÃO DO MINISTÉRIO DO TRABALHOAno Total de AFT* Empresas fiscalizadasTrabalhadoresalcançadosEmpresas autuadas2003 2.837 285.241 22.257.503 58.5892004 2.927 302.905 24.453.179 56.0862005 2.9<strong>35</strong> 375.097 27.650.699 59.7562006 2.872 <strong>35</strong>7.319 30.681.772 61.8092007 3.172 <strong>35</strong>7.788 32.178.333 60.6772008 3.112 299.013 30.958.946 55.6442009 2.949 282.377 34.007.719 57.6782010 3.061 255.503 30.883.740 57.2582011 3.042 269.253 34.2<strong>35</strong>.552 68.5662012 2.875 269.025 <strong>35</strong>.506.836 67.9602013** 2.766 126.653 17.203.879 33.838TOTAL 3.180.174 320.018.158 637.861* Auditores Fiscais do Trabalho.** Todos os dados de 2013 atualizados até o mês de junho.setembro/outubro 2013PNEUS&CIA27


CENÁRIOFoto: Depositphotos IncESTRUTURANDONorman Ganz SanchezGRANDES MUDANÇASSócio-consultor da empresa AndragusTreinamento e ConscientizaçãoE-mail: andragus.treinamento@gmail.comEscrevo nesta conceituada revista por conta da visão que mefoi propiciada quando da realização de auditorias de qualidade(NBR-ISO-9001:2008) em mais de 50 reformadores de pneusespalhados por todo o país e de diversas “bandeiras” nestesúltimos quatro anos. Tenho mais de 20 anos de experiênciaem trabalhos de consultoria em canais de distribuição atuandono Brasil, México, Colômbia, Bolívia, Chile e Argentina,principalmente nos segmentos automobilístico, bancário, detelefonia celular e agronegócios.Considero que os canais de distribuição dos segmentosautomobilístico e bancário sejam os mais fortificados eestruturados do Brasil. Não significa que está tudo às milmaravilhas, mas que várias mudanças ocorreram nosúltimos 15 anos que os fizeram mais sólidos. Esta solidezse deu principalmente pelo acirramento da concorrênciainternacional. Mudanças importantes que aconteceram nessesdois canais de distribuição certamente ocorrerão com o canalde distribuição de reforma de pneus. É tudo uma questão detempo.Tempos atrás, os concessionários de automóveis acreditavamque era possível ganhar dinheiro vendendo apenas veículosnovos. Durante a década de 90, com a abertura do mercadobrasileiro aos veículos importados, a percepção de valor porparte dos clientes mudou e as margens dos veículos novosdespencaram em pouco tempo. A grande lição aprendida, paramuitos, a duras penas, foi a necessidade de diversificar o mixde vendas. Nasceu assim o interesse por veículos seminovos,oficina, venda de peças, financiamentos e principalmente o28 PNEUS&CIA setembro/outubro 2013


CENÁRIOmostram-se bem administrados. Esse panorama é entendívelvisto que os proprietários vêm do ramo de pneus e sabemmuito bem como controlar o processo produtivo.Mesmo com o processo controlado, o que chama a atençãosão os motivos que impedem esses reformadores de terem umcrescimento significativo em seus volumes de vendas.Quando faço essa pergunta aos diretores das empresasauditadas é comum escutar a seguinte linha de argumentação:Existem muitos reformadores pequenos que estão praticandopreços inadequados;O cliente não paga preços altos, pois não vê valor no serviçode reforma;Como os pneus novos orientais são muito mais baratos, ocliente prefere comprar pneu novo em vez de reformar;O nível de danos irreversíveis à carcaça vem aumentandopor causa da péssima qualidade das estradas brasileiras.foco na gestão do concessionário. Por parte da montadoracoube a abertura de novas concessionárias.Essa breve associação é importante para que falemos, então,do mercado de reforma de pneus. Nas auditorias que tivea oportunidade de realizar – comentadas anteriormente–, percebi que esse canal de distribuição é formado em suagrande maioria por empresas familiares, pequenas e oriundasdo ramo de borracharia. Nada mais natural, já que sãoadministradas por pessoas que “nasceram” no segmento eque, por isso, são muito entendidas do negócio pneu, além deterem acumuladas várias histórias para contar. Isso faz comque a grande maioria delas avalie o seu processo produtivoquase da mesma forma: Coleta de carcaças: percentagem de carcaças coletadas eaprovadas na inspeção inicial; Produção: quantidade de pneus reformados, índice deretrabalho interno;Expedição: quantidade de pneus reformados e aprovados,quantidade de garantias pagas aos clientes.Outro ponto relevante é que os resultados dessas mediçõesindicam certa estabilidade ao longo do tempo, sempre comvariações pontuais em determinados meses do ano, porémTodas essas linhas de argumentações devem ter seu cunhode verdade. Entretanto, em nenhuma dessas linhas consigoenxergar ações que os reformadores possam executar com afinalidade de mudar a situação.Como mudar tudo isso então? O que podemos fazer parasobreviver em um mercado em transformação? Até quandoposso esperar? Será que essas mudanças são reais ou apenas“fogo de palha”?Sem alarde (que não é o motivo deste artigo), precisamosentender que tais mudanças já estão em curso e que sãoirreversíveis, ou seja, para sobreviver temos que “entrar nobarco” e ajudar a remar. Não vamos perder tempo e focodesacreditando no que está na frente dos nossos olhos.Outro ponto importante é estruturar a nossa equipe de vendas.Com a estabilização do processo produtivo, só cresceremoscom as vendas se a nossa equipe for mais ativa e buscarmais pneus na nossa área de atuação. Esse trabalho já é maisárduo, pois, assim como mudamos o foco dos vendedores decarros, de “tiradores de pedidos” para consultores de vendas,precisamos alterar a terminologia e ação dos “coletadores” etransformá-los em consultores de vendas.Consultor de vendas envolve ter na nossa equipe pessoas que,além do conhecimento técnico do pneu, tenham a habilidadede conhecer o cliente, entender do seu ramo de atividade,identificar os concorrentes, conhecer a percepção de valor docliente e, ainda, ter argumentações técnicas que comprovamque os serviços executados pelos nossos reformadores sãomelhores dos que os realizados pela concorrência, sem abrirmão do nosso preço final e margem de lucro.Essa mudança de cultura é fundamental para dar base a umprocesso de transformação consistente e eficiente. Enquantoacreditarmos que os clientes só compram preço e entrarmosna onda dos descontos, certamente estaremos fadados aodesaparecimento.setembro/outubro 2013PNEUS&CIA29


GUIA DOS ASSOCIADOSLEGENDA REFORMADORA REVENDEDORAALFENASRECALFENASJARDIM BOA ESPERANÇA - TEL.: (<strong>35</strong>) 3292-6400ANDRADASRECAUCHUTAGEM ANDRADENSECONTENDAS - TEL.: (<strong>35</strong>) 3731-1414ARAXÁPNEUARA – PNEUS ARAXÁ LTDA.VILA SILVÉRIA - TEL.: (34) 3661-8571ARAGUARIFÁBIO PNEUS LTDA.DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (34) 2109-8000ARCOSRENOVADORA DE PNEUS NOVA ALIANÇARODOVIA BR <strong>35</strong>4 - KM 476 - TEL.: (37) 3<strong>35</strong>1-1717RECAPAGEM SANTA LUZIA LTDAVILA CALCITA - TEL.: (37) 3<strong>35</strong>1-1025BARBACENAASR RECAUCHUTADORA E COM. PNEUSCAIÇARAS - TEL.: (32) 3333-0227BQ PNEUS RECAUCHUTADORA E COMÉRCIO LTDA.PASSARINHO - TEL.: (32) 3332-2988BARBACENA CENTRO AUTOMOTIVOPONTILHÃO - TEL.: (32) 3333-5000BELO HORIZONTECURINGA DOS PNEUSPAMPULHA - TEL.: (31) 3491-5700DUCAR PNEUSVENDA NOVA - TEL.: (31) 3646 5<strong>35</strong>4GAMA PNEUS & CIA.CARLOS PRATES - TEL.: (31) 3201-5405GARRA PNEUSPEDRO II - TEL.: (31) 3412-1505ALÍPIO DE MELO - TEL.: (31) 3474-4500BARRO PRETO - TEL.: (31) 3295-1208JAC PNEUS LTDA.JARDIM MONTANHÊS - TEL.: (31) 3464-5553LUC PNEUS LTDADOM BOSCO - TEL.: (31) 3417-6366MÁXIMA REFORMADORA DE PNEUS LTDA.DIST. IND. SIMÃO DA CUNHA - TEL.: (31) 3423-4910MINAS PNEUS LTDA.CAIÇARA - TEL.: (31) 2103-4488GUTIERREZ - TEL.: (31) 3292-2929PNEUBRASA LTDA.GRAÇA - TEL.: (31) 3423-4578PNEUPAM LTDA.PAMPULHA - TEL.: (31) 3491-5000PNEUS NACIONAL LTDA.BARRO PRETO - TEL.: (31) 3274-4155FLORESTA - TEL.: 3273-5590FUNCIONÁRIOS - TEL.: 3281-2029PAMPULHA - TEL.: (31) 3427-4907PNEUSOLAALÍPIO DE MELO - TEL.: (31) 3311-7736 / 3311-7742AV. AMAZONAS - TEL.: (31) 3311-7772 / 3311-7774AV. PEDRO II - TEL.: (31) 3311-7732 / 3311-7733BR 262 - TEL.: (31) 3311-7766 / 3311-7767CIDADE NOVA - TEL.: (31) 3311-7713 / 3311-7714FLORESTA - TEL.: (31) 3311-7730 / 3311-7731JARDINÓPOLIS - TEL.: (31) 3361-2522LOURDES - TEL.: (31) 3311-7770 / (31) 3311-7771LUXEMBURGO - TEL.: (31) 3311-7744 / (31) 3311-7745MINAS SHOPPING - TEL.: (31) 3311-7760 / 3311-7761NOVA SUÍÇA - TEL.: (31) 3311-7740 / 3311-7741RAJA GABAGLIA - TEL.: (31) 3311-7750 / 3311-7751SÃO LUCAS - TEL.: (31) 3311-7783 / 3311-7784SAVASSI - TEL.: (31) 3311-7720 / 3311-7721VIA SHOPPING - TEL.: (31) 3311-7780 / 3311-7781RECAPE PNEUS LTDA.NOVA GRANADA - TEL.: (31) 3332-7778PEDRO II - TEL.: (31) 3471-5697RODAR PNEUS LTDA.CALAFATE - TEL.: (31) 3334-4065TOC PNEUSBARREIRO DE BAIXO – TEL.: (31) 3384-2030CALAFATE – TEL.: (31) 3371-1848ESTORIL – TEL.: (31) 3373-8344GAMELEIRA – TEL.: (31) 3386-4878/3384-1053LOURDES – TEL.: (31) 3214-2413SÃO LUCAS – TEL.: (31) 3225-7575BETIMAD PNEUSJARDIM PIEMONT - TEL.: (31) 2125-9100RECAPAGEM SOUZA E MACHADO LTDA.BRASILÉIA - TEL.: (31) <strong>35</strong>11-9295CURINGA DOS PNEUSJARDIM PIEMONT - TEL.: (31) <strong>35</strong>91-9899GARRA PNEUSFILADÉLFIA - TEL.: (31) <strong>35</strong>31-2773REDE RECAP RENOVADORA E COMÉRCIO DE PNEUSLTDA.JARDIM PIEMONT - TEL.: (31) <strong>35</strong>97-13<strong>35</strong>TREVISO/RECAMICBETIM INDUSTRIAL - TEL.: (31) 2126-9200TOC PNEUSCENTRO - TEL.: (31) <strong>35</strong>31-2547CAETANÓPOLISCOMERCIAL MACHADO E SOUZA LTDA.ZONA RURAL - TEL.: (31) 3714.6752CAMPO BELORECABEL LTDA.ZONA RURAL - TEL.: (<strong>35</strong>) 3882.2770CAPELINHAPNEUS CAP LTDA.PLANALTO - TEL.: (33) <strong>35</strong>16-1512CARATINGAJR PNEUSAV. PRESIDENTE TANCREDO NEVES - TEL.: (33) 3321 3888PNEUCARAV. PRESIDENTE TANCREDO NEVES - TEL.: (33) 3329-5555CONSELHEIRO LAFAIETECURINGA DOS PNEUSSANTA MATILDE - TEL.: (31) 3762-171530 PNEUS&CIA setembro/outubro 2013


GUIA DOS ASSOCIADOSRG PNEUSMELO VIANA - TEL.: (31) 3841-1176CONTAGEMARAÚJO PNEUS LTDA.JARDIM INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3363-1840CARDIESEL– GRUPO VDLGUANABARA - TEL.: (31) 3232-4000ELDORADO PNEUSELDORADO - TEL.: (31) 3395-3484GAMA PNEUS & CIA.CEASA MG KENNEDY - TEL.: (31) 3329-3700GUANABARA - TEL.: (31) 3329-8000LUMA PNEUS LTDA.JARDIM MARROCOS - TEL.: (31) 3<strong>35</strong>2-2400MAXCON PNEUSÁGUA BRANCA - TEL.: (31) 3912-5566REGIGANT RECUPERADORA DE PNEUS GIGANTES LTDA.RIACHO DAS PEDRAS - TEL.: (31) 2191-9999SOMAR RECICLAGEM DE PNEUS LTDA.RIACHO DAS PEDRAS - TEL.: (31) 3396-1758TOC PNEUSCINCÃO - TEL.: (31) 3391-9001TOLEDO PNEUS LTDACINCÃO - TEL.: (31) 3<strong>35</strong>1-5124CORONEL FABRICIANOAUTORECAPE LTDA.DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3842-3900RECAPAGEM RIO DOCE LTDA.CALADINHO - TEL.: (31) 3841-9050DIVINÓPOLISPNEUMAC LTDA.ORION - TEL.: (37) 3229-1111PNEUSOLACENTRO - TEL.: (37) 3212-0777REFORMADORA BELO VALEIPÊ - TEL.: (33) 3278-1508VALADARES DIESEL LTDA. – GRUPO VDLJARDIM IPÊ - TEL.: (33) 2101-1500GUAXUPÉRENOVADORA DE PNEUS DOIS IRMÃOSVILA SANTO ANTÔNIO - TEL.: (<strong>35</strong>) <strong>35</strong>51-2205IGARAPÉRECAPAGEM CAMPOSBAIRRO JK - TEL.: (31) <strong>35</strong>34-1552IPATINGARG PNEUSIGUAÇU - TEL.: (31) 3824-2244ITABIRARG PNEUSCENTRO - TEL.: (31) 3831-5055ITABIRITOMINAS PNEUS LTDA.CEASA - TEL.: (31) 3394-2559NG PNEUS LTDA.GUANABARA - TEL.: (31) 3394-2176PNEUCON PNEUS CONTAGEM LTDA.COLONIAL - TEL.: (31) 3<strong>35</strong>3-9924PNEUS AMAZONAS LTDA.VILA BARRAGINHA - TEL.: (31) 3361-7320PNEUSOLACEASA - TEL.: (31) 3311-7788 / 3311-7789ELDORADO - TEL.: (31) 3311-7778 / 3311-7779JARDIM INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3311-7722 / 3311-7723RECAPAGEM SANTA HELENABERNARDO MONTEIRO - TEL.: (31) 3394-8869RECAPE PNEUS LTDA.VILA PARIS - TEL.: (31) 3<strong>35</strong>3-1765RECAMAX MÁXIMA LTDA.RANCHO ALEGRE - TEL.: (37) 3216-2000RENOVADORA SEGURANÇA LTDA.BALNEÁRIO RANCHO ALEGRE - TEL.: (37) 3222-6565FORMIGAAD PNEUSMANGABEIRAS - TEL.: (37) 3322-1441LEÃO PNEUSPLANALTO - TEL.: (37) 3322 6<strong>35</strong>0RENOVADORA SEGURANÇA LTDA.VILA SOUZA E SILVA - TEL.: (37) 3322-1239UNICAPMARINGÁ - TEL.: (37) 3321-1822GOVERNADOR VALADARESRECAPAGEM VALADARES LTDA.VILA ISA - TEL.: (33) 3278-2160JGX RECAPAGEM DE PNEUS LTDA.BAIRRO LOURDES - TEL.: (31) <strong>35</strong>61-7272ITAMARANDIBABODÃO PNEUS E REFORMAS LTDA.SÃO GERALDO – TEL.: (38) <strong>35</strong>21-1185ITAÚNAPNEU PNEUMAX LTDA.VILA SANTA MÔNICA - TEL.: (37) 3073-1911JOÃO MOLEVADEMJ PNEUS LTDALOANDA - TEL.: (31) 3852-8787RG PNEUSCARNEIRINHOS - TEL.: (31) 3851-2033RG PNEUSBELMONTE - TEL.: (31) 3852-6121TOC PNEUS MATRIZCARNEIRINHOS - TEL.: (31) 3851-4222setembro/outubro 2013PNEUS&CIA31


GUIA DOS ASSOCIADOSJUIZ DE FORACURINGA DOS PNEUSPOÇO RICO - TEL.: (32) 3215-4547/3215-0029PNEUSOLAAV.BRASIL - TEL.: (32) 3216-3419 / 3231-6677AV. JUSCELINO KUBTSCHECK - TEL.: (32) 3225-5741INDEPENDÊNCIA SHOPPING - TEL.: (32) 3236-2777 /3236-2094RECABOM PNEUSMARIANO PROCÓPIO - TEL.: (32) 3212-2410RG PNEUSFRANCISCO BERNADINO - TEL.: (32) 3221-3372RT JUIZ DE FORA REFORMA DE PNEUS LTDA.DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (32) 2102-5004TREVISO/RECAMICDISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (32)3691-1313LAVRASLAVRAS RECAPAEROPORTO - TEL.: (<strong>35</strong>) 3821-6308LEOPOLDINARECALEO RECAPADORA LEOPOLDINENSERUA JOSÉ PERES - TEL.: (32) 3441 4007LUZRECAPAGEM ALEX LTDA.NSA. SRA. APARECIDA - TEL.: (37) 3421-3042MARIANACOMERCIAL SÃO PAULO DE PNEUS LTDA.VILA DO CARMO - TEL.: (31) <strong>35</strong>57-2108MATIAS BARBOSAPNEUSOLA RECAPAGEM LTDA.CENTRO EMPRESARIAL - TEL.: (32) 3273-8622RECAPAGEM BQ LTDA.EMPRESARIAL PARK SUL - TEL.: (32) 8415-7292MONTES CLAROSPNEUSOLACENTRO - TEL.: (38) 3221-6070ESPLANADA - TEL.: (38) 3215-7874 / 3215-7874RECAPAGEM SANTA HELENACENTRO - TEL.: (38) 3213-9803CENTRO ATAC. REGINA PERES - TEL.: (38) 3213-2220JD. PALMEIRAS - TEL.: (38) 3213-1940RUA SETE - TEL.: (38) 3213-2220TREVISO/RECAMICANEL RODOVIÁRIO - TEL.: (38)3222-8800MURIAÉPAES PNEUSRUA PROJETADA - TEL.: (32) 3722 5509RECABOM PNEUSUNIVERSITÁRIO - TEL.: (32) 3722-4042RG PNEUSBARRA - TEL.: (32) 3722-3788NANUQUECACIQUE PNEUS LTDA.CENTRO - TEL.: (33) 3621-4924NOVA LIMAALINHAMENTO E BALANCEAMENTO OFICIALCENTRO - TEL.: (31) <strong>35</strong>41-3364GAMA PNEUS & CIA.JARDIM CANADÁ – TEL.: (31) <strong>35</strong>42-1822RENOVADORA DE PNEUS OK S/A.JARDIM CANADÁ - TEL.: (31) <strong>35</strong>81-3294OURO PRETOCOMERCIAL SÃO PAULO DE PNEUS LTDALAGOA - TEL.: (31) <strong>35</strong>51-2200PARÁ DE MINASAUTO RECAPAGEM AVENIDA LTDA.CENTRO - TEL.: (37) 3231-5270PATOS DE MINASAUTOPATOS PNEUS E RECAPAGEM LTDA.IPANEMA - TEL.: (34) 3818-1500RECALTO PNEUS LTDA.PLANALTO - TEL.: (34) 3823-7979RECAPAGEM SANTA HELENACRISTO REDENTOR - TEL.: (34) 3814-5599JD. PAULISTANO - TEL.: (34) 3823-1020PATROCÍNIOAUTOMOTIVA PNEUS LTDA.MORADA DO SOL - TEL.: (34) 3831-3366PITANGUISUFER PNEUS E RECAPAGEM LTDA.CHAPADÃO - TEL.: (37) 3271-4444POÇOS DE CALDASPOÇOS CAP LTDA.CAMPO DO SÉRGIO - TEL.: (<strong>35</strong>) 3713-1237POUSO ALEGREAD PNEUSJARDIM CAMPOS ELÍSEOS - TEL.: (<strong>35</strong>) 3713-9293TREVISO/RECAMICDISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (<strong>35</strong>) 3422-7020SANTA LUZIADURON RENOVADORA E COM. DE PNEUSDIST. IND. SIMÃO DA CUNHA - TEL.: (31) 3637-8688GAMA PNEUS & CIA.CENTRO – TEL.: (31) 3641-4700/2929SÃO DOMINGOS DO PRATARECAPAGEM PNEUS PRATA LTDA.BOA VISTA - TEL.: (31) 3856-1724SÃO JOAQUIM DE BICASRT BICAS REFORMA DE PNEUS LTDA.TEREZA CRISTINA - TEL.: (32) <strong>35</strong>34-6065SÃO LOURENÇOBRISA PNEUS LTDA.CENTRO - TEL.: (<strong>35</strong>) 3332-8333SETE LAGOASAUTO SETE VEÍCULOS E PEÇAS LTDA. – GRUPO VDLPIEDADE - TEL.: (31) 2107-500032 PNEUS&CIA setembro/outubro 2013


GUIA DOS ASSOCIADOSCURINGA DOS PNEUSCANAAN - TEL.: (31) 3773-1717RECAPAGEM CASTELO LTDA.UNIVERSITÁRIO - TEL.: (31) 3773-9099RECAPAGEM SANTA HELENACANAAN - TEL.: (31) 3773-0639CENTRO - TEL.: (31) 3771-2491ELDORADO - TEL.: (31) 2106-6011HENRIQUE NERY - TEL.: (31) 2106-6000RECAPAGEM TRÊS PODERES LTDAELDORADO – TEL.: (31) 3773-5300TEÓFILO OTONITEÓFILO OTONI DIESEL – GRUPO VDLVILA RAMOS - TEL.: (33) <strong>35</strong>29-2500JR PNEUSAV. ALFREDO SÁ - TEL.: (33) <strong>35</strong>22 5580TIMÓTEOJR PNEUSNÚCLEO INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3848-8062RG PNEUSOLARIA II - TEL.: (31) 3831-5055TORQUE DIESEL LTDA.CACHOEIRA DO VALE - TEL.: (31) 3848-2000UBÁPNEUSOLALAURINHO DE CASTRO - TEL.: (32) <strong>35</strong>31-3869FRANSSARO PNEUSSAN RAFAEL II - TEL.: (32) <strong>35</strong>32-9894JACAR PNEUS LTDA.RODOVIA UBÁ/JUIZ DE FORA - TEL.: (32) <strong>35</strong>39-2800UBERABART UBERABA REFORMA DE PNEUS LTDA.JRD. MARACANA - TEL.: (34) 3316-1000RECAPAGEM SANTA HELENAJARDIM INDUBERAVA - TEL.: (34) 3336-6615SÃO BENEDITO - TEL.: (34) 3336-8822UBERLÂNDIACONQUIXTA RECAPAGEM DE PNEUS LTDA.MINAS GERAIS - TEL.: (34) 3232-0505DPASCHOALDISTRITO INDUSTRAL - TEL.: (34) 3213-1020RECAPAGEM SANTA HELENACUSTÓDIO PEREIRA – TEL.: (34) 3230-2300VARGINHAAD PNEUSPARQUE URUPÊS - TEL.: (<strong>35</strong>) 3222-1886TYRESUL RENOVADORA DE PNEUS LTDA.SANTA LUIZA - TEL.: (<strong>35</strong>) 3690-5511VIÇOSAMR PNEUSNOVO SILVESTRE - TEL.: (31) 3891 0937VISCONDE DO RIO BRANCORECAUCHUTADORA RIO BRANQUENSE DE PNEUSBARRA DOS COUTOS - TEL.: (32) <strong>35</strong>51-5017PRODUTOS PARA RECAUCHUTAGEMBELO HORIZONTEGEBOR COMERCIAL LTDA. – ACESSÓRIOSPRADO - TEL.: (31) 3291-6979VMC COMÉRCIO SERVIÇOS LTDA.CARLOS PRATES - TEL.: (31) 3464-8600VADIESEL - VALE DO AÇO LTDA. – GRUPO VDLNÚCLEO INDUSTRIAL - TEL.: (31) 2109-1000UBERLÂNDIA CAMINHÕES E ÔNIBUS – GRUPO VDLMARTA HELENA - TEL.: (34) 2102-8500

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