Revista Pneus e Cia nº31 - Sindipneus
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Publicação Bimestral do <strong>Sindipneus</strong><br />
Ano 5 – Nº 31 – Janeiro/Fevereiro 2013<br />
PORTARIA 444:<br />
UMA GRANDE CONQUISTA PARA O SETOR<br />
DE REFORMA, MAS QUE POUCOS<br />
PODEM COMEMORAR<br />
<strong>Sindipneus</strong> em Ação - Contribuição<br />
Sindical Patronal - Pág. 7<br />
Estratégia - Você está preparado para<br />
ser patrão? - Pág. 10<br />
Serviços - Cheque ou cartão? - Pág. 16
EXPEDIENTE<br />
<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>. – Ano 5 – Nº 31<br />
Informativo do <strong>Sindipneus</strong><br />
Sindicato das Empresas de Revenda e Prestação de Serviços<br />
de Reforma de <strong>Pneus</strong> e Similares do Estado de Minas Gerais<br />
Diretoria <strong>Sindipneus</strong><br />
Presidente<br />
Paulo César Pereira Bitarães<br />
Secretário-geral<br />
Gláucio T. Salgado<br />
Diretor da Câmara de Reforma de <strong>Pneus</strong><br />
Arilton S. Machado<br />
Diretor da Câmara de Revenda de <strong>Pneus</strong><br />
Antônio Augusto S. Costa<br />
Diretora de Tesouraria<br />
Ana Cristina Schuchter Gatti<br />
Conselho Fiscal<br />
Dênis Oliveira, Júlio César, Wilson Navarro<br />
Delegado junto a Federação do<br />
Comércio Estado de Minas Gerais<br />
Henrique Koroth<br />
Delegado junto a Federação do<br />
Comércio Estado de Minas Gerais<br />
Aureliano Zanon<br />
Amirp<br />
Rogério de Matos, Fernando Antônio Magalhães,<br />
Miguel Pires Matos e Júlio Vicente da Cruz Neto<br />
<strong>Sindipneus</strong><br />
Ronaldo Lídio Navarro, Antônio Domingos Morales<br />
e Júlio Coelho Lima Filho<br />
Analista de Projetos/Financeiro<br />
Nilcélia Fonseca<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />
Editora<br />
Ana Flávia T. Tornelli – Reg.: 17738MG<br />
Revisão Final<br />
Regina Palla – Reg.: 04006MG<br />
Arte e Editoração<br />
In Foco Brasil (31) 3226-8463<br />
Ilustrações<br />
Dum<br />
Impressão<br />
Pampulha Editora - (31) 3465-5300<br />
Tiragem<br />
5.000 exemplares<br />
As opiniões expressas nos artigos assinados e os informes<br />
publicitários são de responsabilidade dos autores. É proibida<br />
a reprodução de textos e de ilustrações integrantes da edição<br />
impressa ou virtual sem a prévia autorização da editora.<br />
<strong>Sindipneus</strong><br />
Rua Aimorés, 462 • Sala 108 • Funcionários<br />
CEP 30140-070 • Belo Horizonte • MG<br />
Tel: (31) 3213-2909<br />
sindipneus@sindipneus.com.br • www.sindipneus.com.br<br />
EDITORIAL<br />
COM UNIÃO, FORÇA E<br />
TRABALHO DURO,<br />
A GENTE CHEGA LÁ!<br />
Em um piscar de olhos o ano de 2012 se foi, e com ele a certeza de<br />
que fizemos um bom trabalho, batalhando pela regulamentação<br />
do nosso setor e pelo crescimento das empresas associadas. O<br />
mais gratificante é perceber que todo o nosso esforço não foi<br />
em vão. De fato, o segmento está crescendo, qualificando-se<br />
e ganhando forças. Temos motivos de sobra para comemorar.<br />
Um deles é a vigência da Portaria 444, do Inmetro, que, apesar<br />
de ter conquistado menos adeptos do que esperávamos, será<br />
crucial para manter no setor de reforma apenas aqueles que<br />
realmente têm potencial para seguir em frente, com dedicação,<br />
qualidade e trabalho árduo.<br />
De uma forma geral, olho para trás e vejo 2012 como um<br />
ano positivo, de excelentes resultados. Conquistamos novos<br />
associados e parceiros capazes de beneficiar o setor, mas<br />
não foi um trabalho simples. Enquanto algumas pessoas<br />
insistem em desvalorizar o setor, o <strong>Sindipneus</strong> se esforça para<br />
conquistar melhorias para o segmento. Para isso, conta com<br />
o apoio cada vez maior de empresários engajados em prol do<br />
desenvolvimento do ramo de reforma e revenda. E por acreditar<br />
verdadeiramente na importância e potência da atividade que<br />
defendemos é que criamos forças para continuar.<br />
As expectativas para 2013 são as melhores possíveis.<br />
Economistas preveem um crescimento de 4% na economia<br />
do país, impulsionado pelo consumo e pelos investimentos em<br />
infraestrutura, decorrentes, especialmente, dos importantes<br />
eventos esportivos que o Brasil sediará nos próximos anos,<br />
como Copa do Mundo e Olimpíadas. Diante de tantas projeções<br />
otimistas, resta-nos esperar por um ano próspero e trabalhar<br />
para que nosso setor seja beneficiado com desenvolvimento,<br />
reconhecimento e produtividade.<br />
Queremos poder continuar contando com você, associado,<br />
para que 2013 seja um ano ainda melhor. Costumo dizer<br />
que precisamos nos unir para que possamos conquistar bons<br />
resultados, porque penso que um trabalho de sucesso só é<br />
possível se feito em conjunto. Muito foi feito, mas sabemos<br />
que ainda há muito a se fazer. A você, amigo, associado,<br />
sindicalizado ou simplesmente leitor, desejo um 2013 produtivo,<br />
de conquistas e muitas realizações. Vamos juntos!<br />
Paulo Bitarães<br />
Presidente do <strong>Sindipneus</strong><br />
3 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.
10<br />
ESTRATÉGIA<br />
Você está preparado para ser patrão?<br />
12<br />
<strong>Sindipneus</strong> em Ação<br />
Contribuição sindical patronal 2013:<br />
fique atento ao prazo!<br />
7<br />
Conexão<br />
Satisfação com o ano que se foi e esperança<br />
de um 2013 ainda melhor<br />
18<br />
CAPA<br />
Portaria 444<br />
Cenário<br />
Inovação: aprendendo como se faz<br />
21<br />
16<br />
Ecoatividade<br />
Os pneus, a logística reversa<br />
e o desenvolvimento local<br />
23<br />
SERVIÇOS<br />
Cheque ou cartão?<br />
Viver Bem<br />
Facespam, Chatwitter e a<br />
relevância na Internet<br />
24<br />
26<br />
Fazendo a diferença<br />
Determinação e vontade de ajudar<br />
28<br />
4 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />
PNEUS E FROTAS<br />
<strong>Pneus</strong> de perfil baixo<br />
Guia dos associados<br />
Revendedores e reformadores<br />
29
VERIFIQUE O TWI<br />
E TROQUE OS PNEUS NO MOMENTO CERTO<br />
TWI: um índice que salva vidas.<br />
Um dos itens de um veículo que merece atenção para garantir a segurança no trânsito é o pneu.<br />
Entre os vários cuidados que é preciso ter com esse componente, um requer atenção especial – o<br />
desgaste da banda de rodagem, que é indicado pelo TWI (Tread Wear Indicators).<br />
A profundidade do desenho dos sulcos da banda de rodagem dos pneus não pode ser inferior a<br />
1,6 milímetros (mm), conforme estabelecido pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).<br />
Por isso, quanto menor for a profundidade restante dos sulcos, maiores serão os riscos de<br />
acidentes devido à redução da aderência dos pneus, sobretudo em piso molhado.<br />
Para saber mais sobre o TWI acesse o site do <strong>Sindipneus</strong> - www.sindipneus.com.br/manual<br />
Fotos: Henrique Pimentel<br />
Sindicato das Empresas de Revenda e Prestação de Serviços<br />
de Reforma de <strong>Pneus</strong> e Similares do Estado de Minas Gerais<br />
Rua Aimorés, 462 Sala 108 - Funcionários<br />
Belo Horizonte - MG - CEP 30140-070<br />
Tel.(31) 3213-2909
MOMENTO DO LEITOR<br />
Este espaço é seu. Está reservado para suas sugestões e opiniões.<br />
Fale com a gente: comunicacao@sindipneus.com.br<br />
A matéria de capa abordou um assunto que orgulha<br />
o setor. Dar vida nova a pneus inservíveis é<br />
não descartar de forma inadequada um pneu no<br />
meio ambiente, que demora, em média, 600 anos<br />
para se decompor. Com muita criatividade e preocupação<br />
com o futuro do nosso planeta, as pessoas<br />
sempre acabam encontrando novas formas<br />
de reutilizar esses pneus velhos, que não teriam<br />
mais utilidade. As futuras gerações agradecem!<br />
Fernanda Mello<br />
Betim (MG)<br />
Sinto-me lisonjeada cada vez que recebo a revista <strong>Pneus</strong> &<strong>Cia</strong>., afinal, podemos<br />
notar que ela nos coloca a par dos assuntos mais importantes do setor,<br />
esclarecendo dúvidas e colocando em debate assuntos pertinentes. Acredito<br />
no propósito do Sindicato onde a união faz realmente a diferença. Com esse<br />
trabalho do Sindicato passei a ter uma mente mais aberta às mudanças, negociações<br />
e, principalmente, à união.<br />
Ana Paula Martins Soares<br />
Belo Horizonte (MG)<br />
Gostaria de parabenizar a equipe da <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />
por abordar, na editoria Cenário, os acontecimentos<br />
mais marcantes do setor em 2012. São muitas<br />
as conquistas no nosso segmento e, certamente, em<br />
2013 não será diferente. Desejo sucesso aos colegas<br />
nos negócios este ano.<br />
6 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />
Fabio Castro<br />
Porto Alegre (RS)
SINDIPNEUS EM AÇÃO<br />
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL 2013:<br />
FIQUE ATENTO AO PRAZO!<br />
Janeiro é mês de efetuar a Contribuição Sindical<br />
Patronal do ano-base de 2013. Por isso, o<br />
Departamento Jurídico do <strong>Sindipneus</strong> preparou<br />
uma reportagem especial sobre o tema. Tire suas<br />
dúvidas e faça o pagamento o quanto antes para<br />
garantir que sua empresa comece o ano em dia<br />
com a legislação.<br />
A<br />
Contribuição Sindical é prevista constitucionalmente<br />
no art. 149 da Constituição Federal/88.<br />
“Art. 149 - Compete exclusivamente à União<br />
instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio<br />
econômico e de interesse das categorias profissionais<br />
ou econômicas, como instrumento de sua<br />
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto<br />
nos arts. 146, III e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto<br />
no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições<br />
a que alude o dispositivo.”<br />
“Parágrafo único – Os Estados, o Distrito Federal e os<br />
Municípios poderão instituir contribuição, cobrada de<br />
seus servidores, para o custeio, em benefício destes,<br />
de sistemas de previdência e assistência social.”<br />
A CONTRIBUIÇÃO<br />
É importante ressaltar que o único sindicato que<br />
representa as empresas de revenda e/ou prestação<br />
de serviços de reforma de pneus e similares autorizado<br />
a receber essa contribuição em todo o Estado<br />
de Minas Gerais é o <strong>Sindipneus</strong>. Portanto, fique<br />
atento! Em caso de dúvidas, entre em contato com<br />
o <strong>Sindipneus</strong>.<br />
Prazo de recolhimento<br />
A Contribuição Sindical Patronal deve ser recolhida<br />
no mês de janeiro de cada ano (de uma só vez),<br />
aos respectivos sindicatos de classe, que no caso das<br />
empresas de revenda e/ou prestação de serviços de<br />
reforma de pneus e similares em todo o Estado de<br />
Minas Gerais é o <strong>Sindipneus</strong>.<br />
Valor<br />
O valor da Contribuição Sindical para os empregadores<br />
(empresas) será em importância proporcional<br />
ao capital social, da firma ou empresa, registrado nas<br />
respectivas Juntas Comerciais ou órgãos equivalentes,<br />
mediante a aplicação de alíquotas, conforme a<br />
seguinte tabela:<br />
LINHA CLASSE DE CAPITAL SOCIAL (em R$) ALÍQUOTA % PARCELA A ADICIONAR (R$)<br />
01 de 0,01 a 20.580,00 Contr. mínima 164,64<br />
02 de 20.580,01 a 41.160,00 0,8% -<br />
03 de 41.160,01 a 411.600,00 0,2% 246,96<br />
04 de 411.600,01 a 41.160.000,00 0,1% 658,56<br />
05 de 41.160.000,01 a 219.520.000,00 0,02% 33.586,56<br />
06 de 219.520.000,01 em diante Contr. máxima 77.490,56<br />
Sucursais, filiais ou agências<br />
O art. 581, “caput” da CLT, dispõe que as empresas<br />
atribuirão parte do respectivo capital às suas<br />
sucursais, filiais ou agências, desde que localizadas<br />
fora da base territorial da entidade sindical<br />
representativa da atividade econômica do estabelecimento<br />
principal, na proporção das correspondentes<br />
operações econômicas, fazendo a devida<br />
comunicação às Delegacias Regionais do Trabalho,<br />
conforme a localidade da sede da empresa, sucursais,<br />
filiais ou agências.<br />
Base territorial idêntica<br />
No caso de filiais, sucursais ou agências que pertencem<br />
ao mesmo sindicato e estão localizadas na mesma<br />
base territorial da matriz, não será aplicado o princípio<br />
da atribuição de capital.<br />
Filiais paralisadas<br />
Na hipótese de não ter sido feito juridicamente o<br />
encerramento das atividades da filial situada em outra<br />
base territorial, mas tão-somente paralisação das<br />
operações econômicas, é recomendável que se recolha<br />
a contribuição sindical mínima.<br />
Empresas com várias atividades econômicas<br />
Quando a empresa realizar diversas atividades<br />
econômicas, a contribuição sindical deverá ser recolhida<br />
ao sindicato representativo da categoria<br />
econômica preponderante.<br />
Penalidades<br />
Em caso de constatação da inadimplência em relação<br />
à Contribuição Sindical, a fiscalização do Ministério<br />
do Trabalho pode aplicar multa.<br />
7 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.
SINDIPNEUS PRESTIGIA POSSE DA NOVA<br />
DIRETORIA DO SINDIBORES<br />
O<br />
presidente do <strong>Sindipneus</strong>, Paulo Bitarães,<br />
compareceu à cerimônia de posse dos novos<br />
membros da diretoria do Sindicato da Indústria<br />
da Borracha e da Recauchutagem de <strong>Pneus</strong> do Espírito<br />
Santo (Sindibores). O novo presidente é Silésio<br />
Resende de Barros. A solenidade aconteceu no último<br />
dia 19 de novembro, em Vitória (ES), e contou com a<br />
presença de diretores da Federação das Indústrias do<br />
Espírito Santo (Findes) e empresários do setor.<br />
Fotos: Sindibores<br />
Durante o discurso de posse, Barros falou sobre a<br />
principal prioridade do seu mandato, o fortalecimento<br />
do segmento. “Vamos buscar uma regulamentação<br />
do setor juntamente com outros Estados, por<br />
meio de lei federal que colabore com a indústria de<br />
recauchutagem de pneus”, adiantou. O meio ambiente<br />
também está entre as metas do presidente,<br />
que pretende reforçar o Selo Verde, projeto que promove<br />
a adequação e melhoria na gestão ambiental<br />
das empresas associadas ao Sindicato, propiciando a<br />
redução dos impactos ambientais.<br />
O presidente, Silésio Barros, e a vice-presidente, Valkinéria Cristina<br />
Meirelles, entre representantes do setor e demais membros da<br />
diretoria do Sindibores<br />
Na ocasião, o presidente da Findes, Marcos Guerra,<br />
parabenizou o antecessor de Barros, Rogério Pereira<br />
dos Santos, pelo trabalho executado e aproveitou<br />
para dar as boas-vindas ao novo presidente.<br />
O presidente do <strong>Sindipneus</strong>, Paulo Bitarães, ao lado do presidente<br />
empossado, Silésio Barros<br />
SINDIPNEUS MARCA PRESENÇA NA<br />
MECMINAS 2012<br />
Entre os dias 6 e 9 de novembro, o <strong>Sindipneus</strong><br />
participou da 10ª edição da Feira da Indústria<br />
Mecânica (Mecminas), realizada no Expominas,<br />
em Belo Horizonte, MG. Centenas de expositores<br />
apresentaram equipamentos, produtos, serviços,<br />
inovações e tecnologias nacionais e internacionais<br />
para este importante setor da indústria.<br />
Fotos: Minasplan<br />
Promovida pela Minasplan, uma das maiores empresas<br />
promotoras de feiras de negócios de Minas Gerais,<br />
a Mecminas conta com o apoio de importantes<br />
associações, órgãos de governo e câmaras de comércio<br />
de vários países.<br />
8 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />
Este ano, integrada à Mecminas, foi realizada a primeira<br />
edição da Mecplast, Feira do Plástico, Borracha,<br />
Ferramentas e Moldes, que reuniu cerca de 90 empresas<br />
do setor.<br />
Durante os quatro dias de evento, mais de 17 mil<br />
pessoas passaram pelo Expominas, entre estudantes<br />
e profissionais do setor.
PAINEL SOBRE PNEUS REFORMADOS EM<br />
MOTOCICLETAS CONTA COM A PARTICIPAÇÃO<br />
DO SINDIPNEUS<br />
Fotos: Ana Flávia Tornelli<br />
No dia 26 de novembro, o <strong>Sindipneus</strong> participou<br />
de um painel setorial, promovido pelo<br />
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização<br />
e Qualidade Industrial (Inmetro), com o objetivo<br />
de discutir a utilização de pneus reformados em<br />
motocicletas. O encontro foi realizado na sede do<br />
Instituto, em Duque de Caxias (RJ), e contou com a<br />
participação de convidados e representantes do setor,<br />
como Associação Brasileira do Segmento de Reforma<br />
de <strong>Pneus</strong> (ABR), Associação Nacional da Indústria de<br />
Pneumáticos (Anip), Associação Brasileira dos Fabricantes<br />
de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas,<br />
Bicicletas e Similares (Abraciclo), Vipaltec e Departamento<br />
Nacional de Trânsito (Denatran), que, por<br />
meio de apresentações em slides, defenderam ou<br />
acusaram o uso do pneu remold em motos.<br />
A utilização do pneu reformado em motocicletas<br />
foi proibida em 2004, mas em 2008 a vigência foi<br />
suspensa e o uso do pneu voltou a ser liberado. Em<br />
2011, por decisão do Conselho Nacional de Trânsito<br />
(Contran), a proibição do remold novamente passou<br />
a vigorar. “Esse painel setorial foi fundamental para<br />
que os dois lados conseguissem expor os seus pontos<br />
de vista. O debate foi positivo para o setor de reforma,<br />
que com certeza vencerá mais uma vez essa batalha<br />
em prol do pneu remold”, afirmou o presidente<br />
do <strong>Sindipneus</strong>, Paulo Bitarães.<br />
Para o presidente da Associação Brasileira de Motociclistas<br />
(Abram), Lucas Pimentel, que marcou presença<br />
no encontro, não há dados concretos que comprovem<br />
a ineficiência ou insegurança dos pneus reformados.<br />
“Eu quis participar desse painel para entender<br />
porque alguns órgãos recriminam o uso do pneu<br />
remold. Mas não me convenci. Nenhum teste foi<br />
apresentado para comprovar que esse tipo de pneu<br />
é, de fato, responsável por parte dos acidentes com<br />
motociclistas”, disse.<br />
Também presente na plateia do auditório, o presidente<br />
do Sindicato dos Trabalhadores Motociclistas e<br />
Ciclistas de Minas Gerais, Rogério dos Santos Lara,<br />
observou que os que mais podem opinar sobre o assunto<br />
são os próprios motociclistas, que utilizam a<br />
moto como instrumento de trabalho. “Como presidente<br />
do sindicato posso afirmar que nós, motociclistas,<br />
confiamos de olhos fechados no pneu reformado.<br />
Várias são as causas dos inúmeros acidentes de motos<br />
no país, e atribuir esse índice ao pneu reformado não<br />
faz o menor sentido”, enfatizou.<br />
Uma rodada de perguntas respondidas por representantes<br />
do setor marcou o fim do encontro<br />
9 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.
ESTRATÉGIA<br />
VOCÊ ESTÁ PREPARADO<br />
PARA SER PATRÃO?<br />
Em junho de 2004, a <strong>Revista</strong> “Pequenas Empresas<br />
Grandes Negócios” (Globo) publicou uma lista<br />
de dicas para candidatos a empreendedores cujo<br />
título era “Dez pontos a serem respeitados para quem<br />
quer vencer como patrão”, reproduzida por inteiro no<br />
meu livro “Manual do Empreendedor“ (Atlas).<br />
Bons hábitos: desenvolva boas práticas de gestão<br />
desde o primeiro dia. Trace previamente o perfil do<br />
tipo de líder que você deseja ser. Construa boas regras<br />
de convivência com a equipe. Seja um mentor e não<br />
um intimidador. Separe o que é da empresa e o que é<br />
particular. Caso contrário, você nunca verá o resultado.<br />
10 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />
Decorridos oito anos, tomei a liberdade de reproduzi-las<br />
novamente nesse artigo, pois ainda considero um modelo<br />
a ser seguido por todos<br />
os que desejam ser donos do<br />
seu próprio negócio.<br />
As dicas são simples, porém<br />
valiosíssimas para<br />
quem deseja prosperar<br />
como empreendedor e<br />
devem ser adaptadas à<br />
realidade atual. Leia com<br />
carinho e vá além, elabore<br />
um Plano de Negócios para reduzir as chances<br />
de fracassar logo na primeira tentativa, embora os<br />
revezes façam parte da vida de todo empreendedor<br />
bem-sucedido. Vejamos:<br />
Muita pesquisa: antes de mergulhar de cabeça em<br />
um empreendimento por conta própria e risco, faça<br />
um levantamento minucioso do negócio, do mercado,<br />
da concorrência, do quanto você terá de investir<br />
e do capital de giro necessário para se sustentar no<br />
primeiro ano.<br />
Visão global: uma das principais dificuldades de<br />
quem passa de empregado a patrão é conseguir<br />
olhar o negócio como um todo, e não apenas dominar<br />
a sua área como nos tempos de executivo.<br />
Pensamento sistêmico e pensamento holístico são<br />
fundamentais no mundo do empreendedorismo.<br />
Benefícios: não tente atrair bons profissionais para<br />
a sua equipe oferecendo os mesmos benefícios das<br />
grandes empresas. Apresente o básico e capitalize<br />
para outras vantagens típicas de pequenos negócios,<br />
como, por exemplo, acesso livre ao dono, tomadas de<br />
decisões mais rápidas e mais chances de crescimento.<br />
“Elabore um Plano de Negócios<br />
para reduzir as chances<br />
de fracassar logo na primeira<br />
tentativa, embora os revezes<br />
façam parte da vida de todo<br />
empreendedor bem-sucedido”<br />
Horário de trabalho: ser o dono não significa trabalhar<br />
o quanto você quer e no horário que você bem<br />
entende. Conduzir uma<br />
empresa exige disciplina.<br />
Por isso, estabeleça horários<br />
para entrar e para sair<br />
e seja o primeiro a respeitalós.<br />
Invadir fins de semana<br />
deve ser visto como exceção,<br />
e não como regra.<br />
Decisões rápidas: não tenha<br />
medo de tomar decisões<br />
nem cultive o hábito de deixá-las para depois, com medo<br />
do resultado. Ao se tornar empreendedor, você tomou a<br />
decisão de dirigir sua própria empresa e de não depender<br />
dos outros para dar cada passo. O erro faz parte do processo,<br />
entretanto, quanto mais você pensar a respeito,<br />
menores as chances de fracasso.<br />
Mão na massa: se você acredita que como empreendedor<br />
trabalhará menos do que nos tempos de<br />
empregado, desista. A rotina de patrão nos primeiros<br />
anos é dura e repleta de desafios. No início, você<br />
acumulará diversos cargos ao mesmo tempo até ganhar<br />
fôlego financeiro para contratar profissionais<br />
do mercado.<br />
Equipe: não contrate uma equipe maior do que o<br />
orçamento é capaz de suportar, pensando em dispensá-la,<br />
caso não possa pagá-la. Os primeiros funcionários<br />
serão a base sobre a qual você construirá o<br />
seu negócio. Por muito você terá de trabalhar muito<br />
para, no futuro, se tudo der certo, ter direito a alguns<br />
dias de férias.<br />
Retiradas: fuja da tentação de dar às suas retiradas<br />
o mesmo peso de seu salário como empregado. Até
o negócio se consolidar, você, se tiver juízo,<br />
viverá como um monge franciscano. Nada de<br />
luxos ou ostentação. Tudo o que ganhar deverá<br />
ser reinvestido na empresa.<br />
Capacitação: a atualização deve ser diária,<br />
principalmente se você investir em um negócio<br />
não muito familiar à sua rotina. Promova<br />
meios para capacitar a equipe e a você mesmo.<br />
Saber dirigir uma empresa com sucesso é uma<br />
arte dominada por poucos. Afinal, um negócio<br />
inicial não terá a mesma estrutura da empresa<br />
de grande porte onde você estava acostumado<br />
a atuar.<br />
Como eu sempre digo, quem quer ser patrão<br />
não deve pensar como empregado, afinal, cada<br />
lado requer competências muito diferentes.<br />
Ser empreendedor exige uma mudança radical<br />
de hábitos que, para a maioria das pessoas,<br />
não podem ser modificados em pouco tempo.<br />
Hoje, mais do que nunca, o Brasil é uma terra<br />
de oportunidades. Lamento quando as pessoas<br />
vêm argumentar comigo que o país não tem<br />
jeito e que por essa razão estão indo embora<br />
para outros países em busca de uma vida melhor.<br />
Somos imediatistas demais.<br />
Na prática, falta a muitos pretensos empreendedores<br />
a paciência do japonês que sabe a<br />
hora de plantar, regar, podar e colher, tudo a<br />
seu tempo. Enquanto milhares deixam o Brasil,<br />
outros milhares procuram o nosso país pelos<br />
mesmos motivos. O que muda são as atitudes<br />
e a percepção com relação ao ambiente.<br />
Empreender é algo que transcende a lógica<br />
do mercado. Quem não conhece algum empreendedor<br />
que, contrariando todos os prognósticos,<br />
se deu bem na vida por ter reunido<br />
qualidades não ensinadas nas escolas?<br />
Disciplina, foco, paciência e muita persistência<br />
são características imprescindíveis para quem<br />
quer vencer como patrão e isso somente o<br />
tempo é capaz de ensinar. Portanto, antes de<br />
se arriscar, seja sincero consigo mesmo: você<br />
está preparado para ser patrão?<br />
Pense nisso, empreenda e seja feliz!<br />
Jerônimo Mendes<br />
Administrador, escritor e palestrante<br />
Site: www.jeronimomendes.com.br<br />
11 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.
CAPA<br />
PORTARIA 444:<br />
UMA GRANDE CONQUISTA PARA O SETOR<br />
DE REFORMA, MAS QUE POUCOS<br />
PODEM COMEMORAR<br />
Apesar de representar qualificação e<br />
padronização para o segmento, na<br />
opinião dos empresários, Portaria<br />
444/2010 conquistou menos adeptos<br />
do que o previsto pelo Inmetro<br />
12| <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />
por Ana Flávia Tornelli
Reformadoras de pneus de todo o país tiveram<br />
até o dia 23 de novembro de 2012 (24<br />
meses após publicação no Diário Oficial da<br />
União) para se adequar à Portaria 444/2010 do<br />
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização<br />
e Qualidade Industrial (Inmetro), que tem como<br />
objetivo estabelecer os Requisitos de Avaliação da<br />
Conformidade (RAC) para o serviço de reforma de<br />
pneus destinados a automóveis, camionetas, caminhonetes<br />
e seus rebocados (pneus de passeio) e<br />
veículos comerciais leves e seus rebocados (pneus<br />
de carga). Ainda não se sabe ao certo o número<br />
de empresas que conseguiram se adequar em<br />
tempo hábil, já que muitas delas ainda estão em<br />
processo de adequação. Mas estima-se que apenas<br />
30% das reformadoras no Brasil estejam aptas<br />
a exercer suas atividades legalmente. “Se por<br />
um lado a Portaria representa um ganho para o<br />
setor, por outro lado significa a falta de preocupação<br />
de muitas empresas com a padronização e<br />
regulamentação do segmento”, afirma o consultor<br />
da empresa Bascos igroup, Luiz Fernando Cuareli.<br />
Para o gerente de Fiscalização de Produtos do Instituto<br />
de Metrologia e Qualidade do Estado do<br />
Paraná (Ipem/PR), Roberto Tamari, o número está<br />
muito abaixo do esperado. “Sabíamos que seria<br />
difícil conquistar a adesão<br />
de 100% das empresas,<br />
mas esperávamos que,<br />
aproximadamente, 80%<br />
das empresas paranaenses<br />
providenciassem o<br />
registro de Declaração de<br />
Conformidade do Fornecedor<br />
do Inmetro”, afirma<br />
Tamari, que atribui o elevado<br />
índice de não aderência ao fato de o processo<br />
exigir um alto investimento por parte das Unidades<br />
Reformadoras de <strong>Pneus</strong> (URP). “Para se adequar,<br />
é preciso investir em mão de obra, renovação de<br />
maquinário e, especialmente, no próprio processo<br />
de registro”, completa.<br />
Além do investimento, o processo exige disciplina,<br />
tempo e muito treinamento. “É fundamental<br />
a conscientização, envolvimento e empenho de<br />
toda a equipe. Nossos colaboradores demonstraram<br />
comprometimento, o que é fundamental por<br />
ser um processo de avaliação contínua, que deverá<br />
manter no mercado realmente quem tem qualificação,”<br />
afirma o proprietário da Recapagem Santa<br />
Luzia, Roberto Carlos Cardoso.<br />
Em Minas Gerais, segundo levantamento feito pelo<br />
Ipem do Estado, 65 reformadoras já estão registradas<br />
e outras 60 estão em processo de concessão do<br />
registro.“É um número realmente preocupante, se<br />
levarmos em conta que só<br />
em Minas Gerais mais de<br />
cem empresas ainda não<br />
procuraram se adequar às<br />
portarias vigentes, estando<br />
passíveis de penalidades”,<br />
alerta a gerente de<br />
Registro de Empresas do<br />
Ipem/MG, Taciana Souza.<br />
De acordo com o Inmetro, a Portaria 444 visa a<br />
padronização do serviço de reforma, mas sem exigir<br />
modificações nos procedimentos já existentes,<br />
como explica o responsável pelo programa de reforma<br />
de pneus no Instituto, Ítalo Oliveto: “Já funciona<br />
assim em outros países e no Brasil seguimos<br />
os critérios de segurança exigidos para os pneus.<br />
Na prática, as empresas devem apresentar os procedimentos<br />
e possuir uma estrutura adequada para<br />
realizar a reforma. Não criamos nada novo, nenhuma<br />
exigência que já não existisse, apenas estamos<br />
buscando a padronização e a organização do setor”,<br />
explica Oliveto.<br />
Benefícios<br />
“A URP que deixar de atender<br />
aos requisitos do RAC estará<br />
sujeita às penalidades de<br />
advertência, suspensão e até<br />
cancelamento do Registro”<br />
Para empresários que conseguiram se adequar,<br />
a vigência da Portaria é<br />
motivo de comemoração.<br />
“Esse registro é muito importante<br />
para o setor de<br />
reforma de pneus e será<br />
uma oportunidade para<br />
regulamentar o segmento.<br />
A Portaria representa<br />
um ganho ainda maior de<br />
credibilidade no mercado<br />
junto ao cliente. Tenho certeza de que o cliente ficará<br />
mais seguro sabendo que se trata de um pneu<br />
com selo do Inmetro”, revela Cardoso.<br />
Além dos benefícios para o setor, a medida contribuirá<br />
ainda para padronização operacional e desenvolvimento<br />
sustentável, como explica Cuareli:<br />
“A partir de agora, o processo de reforma será o<br />
mesmo para todas as empresas. Qualquer pessoa<br />
terá de executar o serviço de reforma exatamente<br />
da mesma maneira, o que resultará em mais organização.<br />
Além disso, não podemos nos esquecer<br />
dos benefícios ao meio ambiente. O pneu reformado<br />
significa menos um descarte inadequado na<br />
natureza”.<br />
Risco<br />
Muitas empresas ainda estão em processo de<br />
adequação, que consiste, basicamente, em cinco<br />
etapas: solicitação do início do processo, análise<br />
13 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.
da documentação, verificação de acompanhamento<br />
inicial na infraestrutura da reformadora para<br />
concessão do registro, verificações de acompanhamento<br />
de manutenção do registro e renovação<br />
desse registro. Mas, em contrapartida, outras<br />
sequer deram início ao processo, estando, dessa<br />
forma, passíveis de autuação. Sem o registro, as<br />
reformadoras de pneus não poderão exercer suas<br />
atividades e estarão sujeitas a advertências e multas<br />
previstas na Lei, que variam de R$ 400 a R$<br />
1,5 milhão. Segundo o Inmetro, “a Unidade Reformadora<br />
de <strong>Pneus</strong> Registrada que deixar de atender<br />
aos requisitos do RAC estará sujeita às penalidades<br />
de advertência, suspensão e até cancelamento do<br />
seu Registro, além de multa, na forma prevista do<br />
Termo de Compromisso, assinado pelo representante<br />
legal da Unidade Reformadora”.<br />
O Inmetro, por intermédio dos órgãos delegados –<br />
os Ipems –, é o responsável<br />
pela fiscalização das<br />
reformadoras de todo o<br />
país. Para o proprietário da<br />
Recapagem Três Poderes,<br />
Breno Machado, o registro<br />
será um diferencial, se<br />
houver, de fato, fiscalização.<br />
“Investimos na aquisição<br />
desse registro porque<br />
sabemos que ele é importante<br />
para manter no mercado<br />
as reformadoras de qualidade. Mas esperamos<br />
que essa fiscalização exista e seja eficaz, para que as<br />
reformadoras sem registro não possam, de forma alguma,<br />
exercer suas atividades”, salienta.<br />
“As empresas precisam se<br />
adequar para, em consonância<br />
com os critérios estabelecidos<br />
pelo Inmetro, oferecerem um<br />
produto de qualidade, que não<br />
coloque em risco a vida do<br />
consumidor final.”<br />
A segurança nas estradas é outro ponto que merece<br />
atenção. “Todas as empresas precisam se adequar<br />
para, em consonância com os critérios estabelecidos<br />
pelo Inmetro, oferecerem um produto de<br />
qualidade, autenticado, que não coloque em risco<br />
a vida do consumidor final. O consumidor precisa<br />
ter certeza de que está comprando um pneu confiável”,<br />
observa Tamari.<br />
As empresas que já solicitaram o registro junto<br />
ao Inmetro, mas que ainda não foram atendidas,<br />
precisam suspender as atividades, caso contrário,<br />
poderão ser advertidas pelos fiscais do Ipem. “Se a<br />
empresa entrou com pedido, mas ainda não possui<br />
o registro, precisa paralisar as atividades até que o<br />
mesmo seja concedido para não ser advertida. Mas<br />
se, no ato da fiscalização, for comprovado que a<br />
empresa sequer deu entrada no pedido, será aplicada<br />
a multa”, adverte o gerente de Divisão de<br />
Fiscalização do Inmetro,<br />
Ademir Ribeiro.<br />
Próximos passos<br />
Após a concessão do registro,<br />
a cada oito meses<br />
a URP deve solicitar a<br />
realização de Acompanhamento<br />
de Manutenção<br />
por meio do sistema<br />
Orquestra. “As reformadoras<br />
passam por avaliação periódica de oito em<br />
oito meses, sendo a própria empresa responsável<br />
por solicitar essa avaliação no sistema”, esclarece<br />
Oliveto.<br />
14| <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />
Segundo o presidente do <strong>Sindipneus</strong>, Paulo Bitarães,<br />
é fundamental que a Polícia Rodoviária trabalhe<br />
em parceria com os órgãos delegados do<br />
Inmetro na fiscalização dos pneus. “A fiscalização<br />
também precisa existir nas estradas de forma eficaz.<br />
Dessa forma, o consumidor terá um motivo a<br />
mais para não comprar o pneu sem registro.”<br />
Para receber o selo, as empresas precisam comprovar<br />
que os pneus foram aprovados nos testes<br />
de resistência. Para isso, os produtos não podem<br />
apresentar rachaduras, descolamentos ou falhas<br />
no material. A marca de conformidade do Inmetro<br />
é um importante indicativo para o consumidor de<br />
que a empresa reformadora segue normas técnicas<br />
mínimas de segurança. “O consumidor contribuirá<br />
com a Portaria 444 não reformando seus pneus<br />
em empresas que não possuam a certificação do<br />
Inmetro. Assim, ele não estará incentivando a informalidade”,<br />
afirma Bitarães.<br />
A validade do registro da Unidade Reformadora é<br />
de 24 meses, a partir da data de expedição do número<br />
de registro pelo Inmetro. “Caso a reformadora<br />
não solicite a renovação do seu registro em<br />
até 24 meses, ele será suspenso, fazendo com que<br />
a URP fique temporariamente proibida de reformar<br />
pneus. Com o tempo, o registro é cancelado<br />
definitivamente, e a empresa, caso queira retomar<br />
suas atividades, precisa recomeçar o processo de<br />
aquisição do registro do zero”, completa.<br />
O aconselhável, ainda segundo Oliveto, é que as<br />
empresas façam as solicitações no sistema cerca de<br />
60 dias antes do vencimento do prazo. “O empresário<br />
precisa de certa antecedência para solicitar<br />
a manutenção e a renovação do registro porque<br />
o processo não é rápido e são poucos fiscais para<br />
muitas reformadoras. Por isso, o melhor é não deixar<br />
para a última hora”, recomenda.
Fique atento!<br />
Cada pneu reformado deve apresentar as informações<br />
estampadas em alto relevo ou em etiqueta<br />
vulcanizada na lateral. É preciso especificar os dados<br />
da dimensão do pneu, capacidade de carga,<br />
limite de velocidade, a marca do reformador e a<br />
data da reforma. Também deve constar no produto<br />
a expressão recauchutado, recapado ou remoldado.<br />
Além disso, o selo e o número de registro no<br />
Inmetro devem constar de forma legível.<br />
Para Oliveto, só será possível falar com mais precisão<br />
o número de reformadoras que obtiveram o registro<br />
após a reformulação do banco de dados do Inmetro.<br />
“O fato de não conhecermos o número total de<br />
reformadoras no país dificulta essa contagem, mas<br />
acreditamos ter dados mais concretos dentro de alguns<br />
meses”, completa Oliveto, que aproveita para<br />
dar um conselho: “A fiscalização existirá e é muito<br />
importante que as unidades reformadoras estejam de<br />
acordo com os critérios estabelecidos pelo Inmetro<br />
nesta Portaria. Queremos mais que a uniformização<br />
dos serviços realizados pelas reformadoras. Vislumbramos<br />
um processo de qualidade que garanta, antes<br />
de mais nada, a segurança plena do consumidor<br />
final”.<br />
Outros cuidados necessários:<br />
• O pneu só deve rodar até o limite do indicador de<br />
segurança, presente tanto em pneus novos como<br />
em reformados;<br />
• Quando o pneu chegar ao fim da sua vida útil,<br />
ele deve ser deixado em local apropriado;<br />
• Jamais deixe o produto jogado a céu aberto –<br />
pode se tornar criadouro do mosquito da dengue<br />
– e nunca o queime, pois é altamente poluente;<br />
• Para descartar os pneus,procure postos cadastrados<br />
na Prefeitura ou verifique os postos de coleta<br />
no site http://www.reciclanip.com.br/, mantido<br />
pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos<br />
(Anip).<br />
Fonte: Jornal da Tarde<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
15 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.
SERVIÇOS<br />
16| <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />
Poucas são as empresas dos mais variados setores<br />
que ainda se arriscam aceitando cheques.<br />
Isso porque o índice de cheques devolvidos por<br />
insuficiência de fundos é alarmante e preocupa os<br />
empresários. Segundo dados da Centralização de Serviços<br />
dos Bancos (Serasa), os cheques devolvidos até<br />
outubro de 2012 chegaram a 2,03% do total de cheques<br />
compensados, índice maior do que os 1,92% registrados<br />
em 2011. Apesar de o segundo semestre de<br />
2012 ter apresentado queda no número de cheques<br />
devolvidos em relação ao mesmo período de 2011, o<br />
primeiro semestre foi decisivo para o crescimento do<br />
índice anual acumulado.<br />
Economistas da Serasa creditam o aumento dos cheques<br />
sem fundos no primeiro semestre de 2012 ao<br />
fato de o consumidor ter se endividado mais nesse<br />
período do ano, ampliando seu comprometimento de<br />
renda e perdendo o controle também das compras<br />
parceladas com cheques pré-datados. Segundo os especialistas,<br />
a evolução dos cheques sem fundos segue<br />
o comportamento da inadimplência total, que considera<br />
outras formas de parcelamento e financiamento.<br />
O volume de cheques sem fundos subiu de 1,92%<br />
do total emitido no País em outubro para 2,19% em<br />
CHEQUE OU<br />
CARTÃO?<br />
A fim de evitar a inadimplência provocada pelo alto índice de<br />
cheques sem fundos, empresas priorizam os cartões de débito<br />
e crédito como forma de pagamento<br />
por Ana Flávia Tornelli<br />
novembro, ainda segundo a Serasa Experian. Os economistas<br />
da empresa atribuem o aumento às compras<br />
para o Dia da Criança parceladas com pré-datados.<br />
Para os economistas,o descontrole do consumidor faz<br />
com que novembro registre uma quantidade maior<br />
de cheques sem fundos em relação a outubro.<br />
Segundo determinação do Superior Tribunal de Justiça<br />
(STJ), as empresas não têm obrigação de aceitar<br />
cheques, mas, caso optem por não receber, precisam<br />
informar a não aceitação dessa forma de pagamento<br />
por meio de avisos claros, objetivos e afixados em<br />
locais visíveis. O que não é admitido é impor critérios<br />
infundados de discriminação para recusa, ou seja, a<br />
empresa não pode aceitar cheque de um cliente e<br />
recusar o cheque de outro nas mesmas condições,<br />
como explica o advogado do <strong>Sindipneus</strong>, Samuel<br />
Maciel: “O fato gera constrangimento ao consumidor,<br />
que, por sua vez, pode processar a empresa por<br />
danos morais”, explica.<br />
A empresária Ana Cristina Gatti deixou de aceitar<br />
cheques há quatro anos, ao perceber o alto índice de<br />
inadimplência causado por essa forma de pagamento.<br />
“Passei a trabalhar apenas com os cartões de débito<br />
e crédito e os pagamentos em dinheiro. Foi a me-
lhor alternativa para evitar os ‘calotes’. E, ao mesmo<br />
tempo, não perdi vendas, pois cada vez mais pessoas<br />
possuem cartões”, afirma.<br />
Pesquisa divulgada pela Federação do Comércio do<br />
Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas) aponta<br />
que o número de estabelecimentos no Estado que<br />
aceitam cheques atingiu<br />
o menor nível dos últimos<br />
anos, caindo de 45%<br />
em 2010 para 14% em<br />
2012. Além da conveniência<br />
do cartão, o risco de<br />
inadimplência é o principal<br />
responsável por esse resultado.<br />
Ainda segundo a<br />
Federação, há nítida preferência<br />
dos consumidores<br />
por meios eletrônicos como<br />
forma de parcelamento. Atualmente, os meios eletrônicos<br />
são responsáveis por 79% das transações.<br />
“O cheque está nitidamente<br />
perdendo espaço. E tanto para<br />
os empresários quanto para<br />
os consumidores, o cartão<br />
está se mostrando a opção<br />
mais cômoda e segura”<br />
valores. “O cheque está nitidamente perdendo espaço.<br />
E tanto para os empresários quanto para os<br />
consumidores, o cartão está se mostrando a opção<br />
mais cômoda e segura.” Caso decidam aceitar o<br />
cheque, as empresas precisam levar em conta algumas<br />
dicas essenciais para evitar a inadimplência.<br />
“Uma alternativa adotada pelo comércio foi fazer<br />
parcerias com instituições<br />
financeiras. Dessa forma, é<br />
possível dividir com o banco<br />
a responsabilidade de<br />
possíveis ‘calotes’. Outra<br />
saída é não aceitar cheques<br />
de consumidores com<br />
nome sujo, adotando o cadastro<br />
do ‘bom pagador’.<br />
Mas vale lembrar que caso<br />
a empresa adote esse critério,<br />
é preciso tornar claro<br />
ao cliente, por meio de avisos objetivos e transparentes”,<br />
finaliza o economista.<br />
Para o economista da Fecomércio Gabriel de Andrade<br />
Ivo, é importante que o empresário analise qual<br />
a forma de pagamento mais segura para o seu negócio.<br />
Mas, apesar das taxas de administração cobradas,<br />
o economista considera o cartão a melhor<br />
opção para diminuir a inadimplência, já que as taxas<br />
são compensadas pela garantia de recebimento dos<br />
No período de janeiro a outubro de 2012, Roraima<br />
foi o Estado com o maior percentual de cheques<br />
devolvidos (12,03%). São Paulo, por sua vez,<br />
registrou o menor percentual (1,49%). Confira o<br />
ranking completo com o percentual de cheques<br />
devolvidos nos nove primeiros meses do último<br />
ano, por Estado e Região.<br />
ESTADOS / REGIÕES<br />
Jan-<br />
Set/2012<br />
01 Roraima 12,03%<br />
02 Acre 10,48%<br />
03 Amapá 10,22%<br />
04 Sergipe 8,43%<br />
05 Piauí 7,35%<br />
06 Maranhão 6,86%<br />
07 Paraíba 6,57%<br />
08 Rondônia 6,05%<br />
09 Tocantins 5,58%<br />
10 Alagoas 5,48%<br />
11 Rio Grande do Norte 5,42%<br />
12 Mato Grosso 4,71%<br />
13 Pará 4,50%<br />
14 Ceará 3,36%<br />
15 Bahia 3,27%<br />
16 Distrito Federal 3,26%<br />
17 Goiás 2,68%<br />
18 Pernanbuco 2,21%<br />
19 Rio Grande do Sul 2,11%<br />
20 Espírito Santo 2,06%<br />
BRASIL 2,03%<br />
21 Minas Gerais 1,88%<br />
22 Paraná 1,88%<br />
23 Santa Catarina 1,85%<br />
24 Mato Grosso do Sul 1,75%<br />
25 Amazonas 1,61%<br />
26 Rio de Janeiro 1,59%<br />
27 São Paulo 1,49%<br />
1 Região Norte 4,41%<br />
2 Região Nordeste 3,70%<br />
3 Região Centro-Oeste 2,83%<br />
4 Região Sul 1,95%<br />
5 Região Sudeste 1,61%<br />
Fonte: Serasa Experian<br />
17 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.
CONEXÃO<br />
SATISFAÇÃO COM O ANO QUE SE FOI E<br />
ESPERANÇA DE UM 2013 AINDA MELHOR<br />
O diretor-presidente da Tipler, Sérgio de Faria Bica, reconhece os avanços<br />
do setor em 2012 e se mostra otimista com relação aos próximos anos, mas<br />
sem descartar os possíveis desafios a serem enfrentados pelo segmento<br />
Certo de que 2012 foi um ano produtivo para o<br />
setor de pneumáticos, o diretor-presidente da<br />
Tipler, Sérgio de Faria Bica Júnior, aposta em<br />
um 2013 ainda melhor. Para ele, fatores como o Registro<br />
do Serviço de Reforma de <strong>Pneus</strong> e a crescente<br />
produção de veículos de transporte no Brasil serão os<br />
principais responsáveis pelo fortalecimento e crescimento<br />
do setor nos próximos anos. Mas alguns desafios<br />
ainda terão de ser enfrentados por profissionais<br />
do segmento. Bica destaca a informalidade do setor e<br />
a entrada de pneumáticos de baixa qualidade.<br />
Confira a entrevista na íntegra:<br />
Foto: Arquivo Tipler<br />
<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: Qual é a sua trajetória no segmento<br />
de pneumáticos?<br />
18 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />
Sérgio Bica: Neste segmento sou relativamente<br />
novo, estou completando quatro anos de atuação.<br />
Minha formação original é em Engenharia Mecânica,<br />
com MBA em Marketing, e acumulo experiência<br />
em diversos segmentos de indústria e varejo. A vinda<br />
para o segmento de pneumáticos,<br />
mais especificamente<br />
para o nicho de fabricação<br />
de produtos para<br />
reforma de pneus, deve-se<br />
ao grande desafio que é<br />
crescer sustentavelmente<br />
em um ambiente extremamente<br />
competitivo, ainda<br />
muito pulverizado, com excelentes<br />
oportunidades de<br />
consolidação e ampliação<br />
de atuação.<br />
<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: Como você<br />
avalia o cenário atual da<br />
reforma de pneus?<br />
Sérgio Bica: Estamos em um dos momentos mais interessantes<br />
dos últimos anos: se, de um lado, temos<br />
um gigantesco esforço de qualificação da cadeia por<br />
meio da criação de regulamentos específicos para o<br />
setor, de outro temos a contínua entrada de pneumáticos<br />
de baixa qualidade no mercado, reduzindo<br />
as disponibilidades de boas carcaças para reforma e<br />
aumentando o passivo ambiental assim decorrente. O<br />
mercado propriamente dito já é maduro o suficiente<br />
“Nosso setor é maduro o<br />
suficiente para garantir uma<br />
relativa estabilidade de<br />
consumo e uma razoável<br />
segurança de negócios, o<br />
que propicia uma elevação<br />
nas possibilidades de<br />
crescimento de empresas<br />
com posicionamento<br />
correto e coerente.”<br />
O diretor-presidente da Tipler, Sérgio de Faria Bica Júnior<br />
para garantir uma relativa estabilidade de consumo e<br />
uma razoável segurança de negócios, o que propicia<br />
uma elevação nas possibilidades<br />
de crescimento de<br />
empresas com posicionamento<br />
correto e coerente.<br />
Especificamente no caso da<br />
marca Tipler, vivemos uma<br />
fase muito interessante.<br />
Iniciamos uma nova visão<br />
de nossa rede de concessionários,<br />
pelo programa<br />
Freedom. Esse programa<br />
tem o apoio total da empresa,<br />
mesmo que venha a<br />
atuar em nichos específicos<br />
com produtos diversos dos<br />
ofertados por nós. Essa iniciativa<br />
vem ao encontro das necessidades que o recapador<br />
tem de ser competitivo em todos os nichos<br />
e setores de atuação. É impossível uma única marca<br />
atender todo o mercado: o recapador sabe disso<br />
e hoje, com a Tipler, pode definir os rumos de seu<br />
negócio da melhor maneira que quiser, não estando<br />
atrelado a nenhum compromisso formal além do de<br />
não criar competição desleal dentro da marca.<br />
Esta estratégia da Tipler será um marco no mercado<br />
de reforma de pneus, pois muda de forma muito
forte o modelo tradicional atualmente existente, com<br />
redes fechadas e travadas a acordos e definições preestabelecidos<br />
convivendo com recapadores completamente<br />
desprotegidos e sem suporte de fabricante.<br />
No programa Freedom, o recapador pertence a uma<br />
rede, está suportado por ela, mas livre para fazer suas<br />
escolhas e dirigir seu negócio da melhor maneira que<br />
lhe convier.<br />
<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: Você acredita que 2012 foi um ano<br />
positivo para o setor?<br />
Sérgio Bica: Para o segmento<br />
como um todo<br />
sim, pois notamos um<br />
crescimento no mercado<br />
e uma qualificação do<br />
recapador, gerando um<br />
melhor desenvolvimento<br />
do setor. Em termos<br />
quantitativos, o mercado<br />
cresceu em percentuais<br />
baixos nos dois primeiros<br />
trimestres, quase repetindo<br />
os dois últimos de<br />
2011, mas observamos<br />
um aumento no terceiro<br />
trimestre. O último trimestre do ano mostrou bons<br />
sinais de sustentação deste crescimento, projetando<br />
um ano de 2013 com boas expectativas.<br />
“Existe sim um custo para se<br />
adequar à Portaria 444, e<br />
somente os mais capazes,<br />
organizados e competentes<br />
progredirão, mas é isso que<br />
faz com que cresçamos: a<br />
necessidade de sempre sermos<br />
melhores, mais ágeis e<br />
mais competentes.”<br />
Resta apenas a possível entrada de maior volume de<br />
pneus de baixa qualidade e de índice de recapabilidade<br />
baixo (pneus com carcaças que não permitem<br />
recapagem, gerando lixo ambiental direto ao final da<br />
primeira vida do pneu), criando uma barreira econômica<br />
de aumento do volume de recapados no ano.<br />
<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: De acordo com a Portaria do Instituto<br />
Nacional de Metrologia, Normalização e<br />
Qualidade Industrial (Inmetro) nº 444/2010, as<br />
empresas de reforma deveriam obter, até 19 de<br />
novembro de 2012, o Registro do Serviço de Reforma<br />
de <strong>Pneus</strong>. Esse procedimento<br />
poderá contribuir<br />
para a valorização do setor<br />
de reforma?<br />
Sérgio Bica: Com certeza!<br />
Todo e qualquer processo de<br />
normatização qualifica o setor.<br />
Vimos isso em praticamente<br />
todos os setores da economia<br />
e agora no de recapagem.<br />
Obviamente que existe<br />
um custo e somente os mais<br />
capazes, organizados e competentes<br />
progredirão, mas é<br />
exatamente isso que faz com que cresçamos: a necessidade<br />
de sempre sermos melhores, mais ágeis, mais<br />
competentes.<br />
<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: E quais são as perspectivas para o<br />
segmento em 2013?<br />
Sérgio Bica: Com a consolidação da RAC 444, a redução<br />
do número de recapadores no mercado e a efetiva<br />
qualificação dos que permanecem – e somando-se<br />
à disponibilidade de carcaças oriundas dos veículos de<br />
carga e transporte de passageiros vendidos em 2010<br />
e 2011 (usualmente um pneu leva de 12 a 18 meses<br />
para estar apto a uma recapagem) –, estimamos um<br />
crescimento mais expressivo do mercado em 2013.<br />
<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: E para os próximos anos, já é possível<br />
fazer projeções?<br />
Sérgio Bica: Acreditamos que o mercado vai continuar<br />
crescendo impulsionado pela produção cada vez maior<br />
de veículos de transporte no Brasil e também pelo aumento<br />
do consumo interno, que gera a necessidade de<br />
maior volume de transporte, levando à maior utilização<br />
da frota existente e a um inevitável contínuo aumento<br />
dela. Isso tudo leva a um maior consumo de pneus e a<br />
um maior número de recapagens por ano.
20 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />
Por outro lado, vemos também um foco muito forte<br />
na maximização da sustentabilidade do negócio de<br />
pneumáticos como um todo. O processo de reforma<br />
de pneus é um elemento fundamental no conceito<br />
de sustentabilidade ambiental do pneumático: sem<br />
ele, o passivo ambiental gerado pela carcaça após a<br />
primeira vida é insustentável. Com a reforma, esse<br />
passivo se reduz a percentuais muito baixos e o tratamento<br />
do resíduo, em plantas cimenteiras ou em<br />
plantas de recuperação de borracha, é uma realidade<br />
nos dias de hoje. Com isso, imaginamos que o mercado<br />
de reforma sofrerá um acréscimo importante nos<br />
próximos anos.<br />
<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: Já está comprovado que a reforma<br />
de pneus é uma atividade sustentável, mas muitos<br />
ainda resistem em reconhecer isso. Por que isso<br />
acontece? O que falta para essa atividade ser mais<br />
valorizada?<br />
Sérgio Bica: O público em geral ainda enxerga a reforma<br />
como um processo sujo, de baixo teor tecnológico<br />
e associado à imagem<br />
de uma borracharia<br />
dos anos 30, onde a cor<br />
preta e a sujeira eram<br />
presentes. Tal como nas<br />
oficinas mecânicas que<br />
“Atualmente, a atividade de<br />
reforma de pneus se<br />
assemelha a uma indústria<br />
metalúrgica de grande<br />
porte em termos de<br />
tecnologia e processos.”<br />
anteriormente também<br />
tinham essa pecha e hoje<br />
são ambientes por vezes<br />
até com piso branco e<br />
pessoas vestidas com<br />
guarda-pós também brancos, o processo de mudança<br />
carece de uma ação mais forte por parte dos fabricantes<br />
de produtos para recapagem e das associações de<br />
classe afins.<br />
Atualmente, a atividade de reforma de pneus se assemelha<br />
a uma indústria metalúrgica de porte em<br />
termos de tecnologia e processos: as autoclaves empregadas<br />
são do mesmo fabricante que faz as que a<br />
Embraer emprega para estruturas de material composto<br />
em suas aeronaves, os tornos de raspagem,<br />
muitos deles automáticos, equivalem a equipamentos<br />
CNC de fabricantes de peças para automóveis, os<br />
sistemas de inspeção, muitos por imageamento laser<br />
e outros por correntes parasitas, nada ficam a dever<br />
para similares empregados em inspeções de reatores<br />
nucleares ou em plantas petroquímicas de porte. Esta<br />
realidade tem de ser difundida em toda a sociedade e<br />
cabe a nós, fabricantes, uma boa parcela deste ônus,<br />
pois gera bônus no futuro imediato!<br />
<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: Quais são os maiores desafios<br />
para os empresários do segmento de pneus atualmente?<br />
Sérgio Bica: Diria que a forte informalidade do setor<br />
e a entrada de pneumáticos de baixa qualidade e baixo<br />
índice de recapabilidade são os principais desafios<br />
a serem vencidos nestes próximos anos.<br />
Se analisarmos especificamente a saúde financeira<br />
das empresas do setor, devido às baixas margens<br />
existentes e ao elevado endividamento, a maior parte<br />
tem altos custos financeiros e uma incapacidade de<br />
implementar estratégias de crescimento sem um risco<br />
altíssimo no negócio. Isso por si só é um desafio hercúleo<br />
para qualquer administrador.<br />
A Tipler, por sua vez, detém um perfil diferenciado,<br />
com elevada capacidade de investimento e endividamento<br />
praticamente nulo, o que nos posiciona<br />
muito bem para os próximos anos. Nosso maior desafio<br />
é empregar essa capacidade produtiva e financeira<br />
de forma consistente e coerente, aproveitando<br />
de maneira inteligente as oportunidades de mercado<br />
que virão.<br />
<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: Que outros<br />
fatores poderiam contribuir<br />
para que o segmento<br />
pudesse se desenvolver e<br />
avançar ainda mais?<br />
Sérgio Bica: Como sempre,<br />
um ambiente estável, com<br />
taxas de juros compatíveis e<br />
um planejamento de investimento<br />
em infraestrutura rodoviária,<br />
garantiria um elevado crescimento no setor.<br />
Como simples comparação, um mesmo pneu, tanto<br />
novo quanto reformado, roda quase o dobro em estradas<br />
americanas ou europeias e as carcaças, quando<br />
inspecionadas pré-reforma, apresentam índices de<br />
reparos e danos muitas vezes inferiores aos vistos no<br />
Brasil. A matéria-prima essencial para uma reforma é<br />
uma carcaça em bom estado: se as rodovias do Brasil<br />
melhorarem, os pneus rodarão mais e as carcaças sofrerão<br />
menos danos, permitindo uma maior e melhor<br />
utilização em reformas ao longo da vida útil delas.<br />
<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: Qual é a importância do sindicato<br />
patronal para a expansão do setor?<br />
Sérgio Bica: A função de um sindicato patronal é<br />
fundamental na estruturação e expansão de qualquer<br />
setor por conjuminar conceitos, forças e visões<br />
em um único vetor, com representatividade de grupo,<br />
e não individual, perante organismos de controle,<br />
regulação e mesmo nos meios políticos, onde,<br />
muitas vezes, decisões erradas são tomadas não por<br />
incompetência, mas sim por não ter acesso à informação<br />
correta sobre um tema.
CENÁRIO<br />
INOVAÇÃO:<br />
APRENDENDO COMO SE FAZ<br />
Uma questão que gera reflexões quando se fala<br />
em inovação é saber como efetivamente se<br />
faz inovação de forma estruturada. Esperar<br />
somente por momentos de inspiração ou lampejos de<br />
genialidade não dá. Nenhum grande negócio se mantém<br />
baseado somente em inspiração. Ela é necessária,<br />
sim, mas também foco, muito suor e determinação.<br />
A inovação geralmente começa em pequenas descobertas<br />
– ações tímidas no início que vão ganhando<br />
corpo e, à frente, gerarão frutos. Dependendo do solo<br />
em que está, da semente que é plantada, de como se<br />
cuida e da paciência em esperar a maturação, quão<br />
suculento poderá ser tal fruto para o consumo.<br />
O setor de reforma e revenda de pneus, como a metáfora<br />
do plantio, tem todos os recursos necessários<br />
para o pleno desenvolvimento de suas atividades. Falta-lhe,<br />
provavelmente, a cultura da inovação – este<br />
processo que mostra quem é quem, colocando pessoas<br />
e organizações em seus devidos lugares.<br />
Aqui, no entanto, o que importa é uma mensagem<br />
otimista para os reformadores e revendedores que<br />
desejam inovar, que querem, precisam e pensam,<br />
nem que seja um pouco, no futuro que almejam para<br />
o seu negócio. É preciso mudar e isso pode ser feito<br />
por meio de aprendizados que possibilitam iniciar<br />
esse trajeto.<br />
Os principais passos são conquistados refletindo sobre<br />
quatro perguntas:<br />
• O que é inovação para mim, para a empresa e para<br />
o mundo?<br />
• Como instigo que a inovação ocorra no ambiente<br />
em que estou?<br />
• Como gerencio o processo de inovação?<br />
• Como avalio, demonstro, reconheço e aprendo<br />
com os resultados do processo de inovação?<br />
A melhor forma de refletir sobre essas perguntas é<br />
ter algo que se tenha vontade, necessidade e capacidade<br />
de resolver. E aí, reformador e revendedor,<br />
quer inovar?<br />
Calma! Você não precisa ser um super-herói para fazer<br />
inovação. Quem disse que você necessita fazer<br />
isso sozinho? Aliás, dificilmente uma inovação nasce<br />
de uma única mente pensante. Na prática, ela é filha<br />
de muitos e requer atenção especial, até porque,<br />
quando se gera um “filho”, há uma grande tendência<br />
de criá-lo protegido de todos e de tudo. Essa atitude<br />
pode ser problema, pois ele será lançado ao<br />
mundo e deverá ser forte, muito forte para suportar<br />
a pressão das adversidades que o aguardam. Muitas<br />
inovações morrem precisamente aí, seja porque<br />
a ideia não era tão boa ou porque não era o melhor<br />
momento para lançá-la.<br />
O ideal para quem está iniciando é experimentar<br />
um piloto de forma estruturada, com abertura<br />
para receber contribuições de outras pessoas sobre<br />
como compartilhar experiências para superar obstáculos<br />
e avançar.<br />
Portanto, ao se buscar a inovação, deve-se refletir no<br />
mínimo sobre dois ingredientes: o comportamento<br />
inovador e o conhecimento técnico sobre o processo<br />
de inovação. E pensar muito bem sobre isso já é um<br />
bom começo.<br />
Bianca Richartz<br />
Psicóloga, especializada em Orientação Profissional e<br />
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ECOATIVIDADE<br />
OS PNEUS, A LOGÍSTICA REVERSA<br />
E O DESENVOLVIMENTO LOCAL<br />
A<br />
logística reversa é um instrumento de desenvolvimento<br />
econômico e social caracterizado<br />
por um conjunto de ações, procedimentos e<br />
meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição<br />
dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento,<br />
em seu ciclo, em outros ciclos produtivos<br />
ou outra destinação final ambientalmente adequada,<br />
conforme Lei n o 12.305, de 2 de agosto de<br />
2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos)<br />
Segundo a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos,<br />
as empresas associadas produziram 50 milhões<br />
de unidades em 2008. Em 2011, foram 66,9<br />
milhões de unidades produzidas. Somente<br />
esses dados já são suficientes<br />
para compreender a importância da<br />
logística reversa para o setor. Se considerarmos<br />
ainda, entre outros, a durabilidade,<br />
constituição química e volume<br />
dos pneus, ela se torna essencial.<br />
Em uma breve análise da definição<br />
citada, verifica-se que a busca pela<br />
inserção de resíduos “em seu ciclo,<br />
em outros ciclos produtivosou outra<br />
destinação final ambientalmente adequada”<br />
pode ser uma ferramenta de<br />
promoção de desenvolvimento local: possibilidades<br />
de implantação de indústrias, necessidade de novos<br />
serviços de coleta e transporte e a minimização de<br />
impactos ambientais provenientes da disposição inadequada<br />
dos pneus são algumas das consequências<br />
do dinamismo econômico e melhoria da qualidade de<br />
vida da população citadas por Sérgio C. Buarque (em<br />
“Construindo o Desenvolvimento Local Sustentável”,<br />
de 2008) em relação a esse processo.<br />
Nesse contexto, a possibilidade do instrumento de desenvolvimento<br />
econômico e social da logística reversa<br />
se evidencia. Entretanto, nesse instante, uma variável<br />
passa a ser percebida: a responsabilidade socioambiental<br />
compartilhada, princípio que imputa ao poder público<br />
e à coletividade a responsabilidade de proteger o<br />
meio ambiente para as presentes e futuras gerações,<br />
de acordo com a Política Estadual de Resíduos Sólidos<br />
de Minas Gerais. Verifica-se, assim, que são necessários<br />
estímulos e, até mesmo, o devido suporte para a<br />
sua concretização. O Estado, por exemplo, pode atuar<br />
incentivando compras sustentáveis e agir como regulador<br />
de preços de produtos. A população pode assumir<br />
um papel compromissado com a qualidade<br />
ambiental intervindo diretamente na<br />
dimensão mercadológica. Obviamente,<br />
“as coisas não são tão simples assim”,<br />
mas não temos a pretensão de esgotar a<br />
análise e, sim, de incentivar as reflexões!<br />
Dessa forma, considerando que os pneus<br />
usados devem ser preferencialmente reutilizados,<br />
reformados e reciclados antes<br />
de sua destinação final adequada – segundo<br />
Resolução 416/09 do Conselho<br />
Nacional do Meio Ambiente (Conama) –,<br />
a necessidade de esforços do setor público<br />
e da coletividade se torna evidente para a conquista<br />
do direito ao meio ambiente ecologicamente<br />
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial<br />
à sadia qualidade de vida (Art. 225 CF/1988).<br />
Márcio Augusto Monteiro<br />
Geógrafo e analista ambiental, especialista em Educação<br />
Ambiental e mestrando em Gestão Social, Educação<br />
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24 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />
Estou inscrito em diversos grupos no Facebook<br />
e no Linkedin. Note que disse “estou inscrito”<br />
e não “participo”, porque no segundo caso seriam<br />
necessários envolvimento e interação, o que sinceramente<br />
não tenho oferecido – você compreenderá<br />
o porquê no decorrer deste texto.<br />
Recentemente recebi uma mensagem do fundador<br />
de um desses grupos. Ele informava que havíamos<br />
chegado a 1500 participantes, mas reconhecia que<br />
isso era apenas um insólito número, porque uma ação<br />
recente para divulgação de obra literária de um dos<br />
membros - sim, o grupo é formado por escritores, autores<br />
e editores - teve a adesão de apenas três pessoas.<br />
Para quem gosta de matemática, 0,2%. Como<br />
parâmetro, há 20 anos uma singela mala direta despachada<br />
pelo correio era considerada bem-sucedida<br />
quando alcançava retorno da ordem de 3%.<br />
Vamos aos fatos. Inicialmente, o e-mail está na UTI.<br />
Ferramenta de comunicação sem precedentes, que<br />
aposentou o fax, permitindo com maior objetividade<br />
compartilhar texto, som e imagem, está sucumbindo<br />
por seu mau uso, em especial pelo envio indiscriminado<br />
de mensagens não autorizadas. Hoje, um e-mail<br />
tem que passar por vários filtros para chegar ao destino.<br />
Primeiro, os sistemas antispam. Depois, o lixo<br />
eletrônico. Finalmente, se vencer essas duas etapas,<br />
caindo na caixa de entrada do destinatário, restará<br />
saber se a mensagem será aberta - e lida.<br />
Nesse interlúdio surgiram as redes sociais para contemplar<br />
a latente demanda por visibilidade dos tempos<br />
modernos. É como se cada pessoa assumisse o protagonismo<br />
de seu reality show particular tornando público<br />
a cada instante o que faz, por onde anda e o que<br />
pensa. Nesse contexto, falta discernimento na hora de<br />
postar uma mensagem qualquer e o resultado é que<br />
também esses canais estão sendo “prostituídos”.<br />
É assim que o Facebook está se tornando o novo celeiro<br />
de spams – um autêntico Facespam. O volume
de notificações cresce exponencialmente. Experimente<br />
reunir todas as mensagens recebidas no decorrer<br />
de um dia e depois selecione aquelas que lhe pareçam<br />
interessantes ou mostrem-se dignas de leitura.<br />
Com o Twitter não é diferente. Mecanismo fantástico<br />
para comunicação objetiva e instantânea - exemplo<br />
de sua efetividade foi a interação entre parentes<br />
distantes após o terremoto que afligiu o Japão em<br />
março de 2011 - tem sido utilizado para difusão de<br />
mensagens descartáveis ou absolutamente insignificantes.<br />
Um exemplo recorrente, adotado por muitos,<br />
é o envio de citações de personalidades - frases<br />
motivacionais que cabem como uma luva no restrito<br />
espaço de 140 caracteres. É por isso que o denomino<br />
chatwitter: porque seguir alguém que usa desse tipo<br />
de expediente é uma tremenda chatice!<br />
O nome do jogo, no que tange à comunicação atual,<br />
é relevância. Assim, procure abordar temas que<br />
possam impactar positivamente as pessoas de seu<br />
círculo de relacionamentos que desfrutem de interesses<br />
comuns. Tenha em mente que menos é mais.<br />
Além disso, procure gerenciar o tempo destinado ao<br />
acesso às mídias sociais. Determine quantos minutos<br />
você irá dedicar a essa atividade, acessando as<br />
redes apenas duas vezes por dia, no início do expediente<br />
ou no intervalo de seu almoço e ao término<br />
da jornada de trabalho. No decorrer do dia, feche as<br />
janelas, evitando a tentação de dar uma “espiadinha”<br />
no que estão escrevendo.<br />
Receber atualizações pelo celular é outro expediente<br />
que deve ser analisado com critério, justamente<br />
porque a maioria das mensagens não tem qualquer<br />
importância, funcionando como autênticos desperdiçadores<br />
de tempo. Estamos nos tornando escravos<br />
cibernéticos, dependentes de smartphones e voltados<br />
a relacionamentos superficiais formados por<br />
centenas a milhares de “amigos” virtuais. Entretanto,<br />
paradoxalmente estamos cada vez mais isolados<br />
e menos sociáveis...<br />
Tenha a tecnologia como sua aliada. As redes sociais<br />
devem estar a seu serviço - e não você a serviço delas.<br />
Tom Coelho<br />
Educador, conferencista e escritor<br />
E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br
PNEUS E FROTAS<br />
PNEUS DE<br />
PERFIL BAIXO<br />
Numa busca por sites de reclamações na Internet,<br />
pesquisando pelo assunto “pneus”,<br />
vemos que uma série de registros refere-se à<br />
insatisfação dos consumidores com o que alegam ser<br />
problemas ou defeitos dos pneus. Deixando de lado<br />
reclamações sobre atendimento, práticas enganosas<br />
e serviços desnecessários, os problemas mais comuns<br />
relatados pelos consumidores são sobre desgaste<br />
acelerado (leia-se baixa quilometragem), o aparecimento<br />
de bolhas e até cortes nos pneus.<br />
Muitas dessas reclamações são postadas por proprietários<br />
de veículos importados. Esse detalhe começa a<br />
nos apontar possíveis causas dos problemas.<br />
E é justamente aqui que o problema começa. Os<br />
pneus são parte integrante do sistema de suspensão<br />
ao trabalhar em conjunto com a parte mecânica.<br />
Contudo, não raro, são mantidos os mesmos pneus<br />
originais, de perfil baixo – e até extremamente<br />
baixo –, totalmente<br />
inadequados para as condições<br />
em que serão utilizados.<br />
Quando lemos reportagens sobre carros fabricados<br />
em outros países e trazidos para cá, é recorrente o<br />
uso do termo tropicalização, que seria a adaptação<br />
do veículo às condições existentes no Brasil. A primeira<br />
coisa que nos vem à mente é a questão do<br />
combustível: independente de o motor ser flex ou<br />
não, é necessário todo um tratamento das superfícies<br />
que entrarão em contato direto com o combustível<br />
para resistirem à corrosão causada pela presença<br />
de álcool (anidro) na nossa gasolina. Se<br />
for flex, então, há um teor de água, pois<br />
o álcool é hidratado.<br />
26 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />
Mas a tropicalização vai mais<br />
além. São feitos ajustes na<br />
suspensão, elevando sua altura<br />
para poder rodar em<br />
vias que tenham lombadas<br />
e valetas, muitas delas de<br />
dimensões exageradas e<br />
em franco desrespeito à<br />
legislação de trânsito. A<br />
suspensão também recebe<br />
alterações para<br />
torná-la mais robusta e<br />
resistente aos esforços a<br />
que será submetida para<br />
suportar tantos buracos<br />
e imperfeições nas vias.
Até dez anos atrás, a medida mais comum nos modelos<br />
de fabricação nacional era 175/70R13. Hoje, as<br />
rodas passaram de aro 13” para 14 ou 15 polegadas<br />
de diâmetro. Os pneus baixaram de série 70 para 60,<br />
55... E quanto mais baixo for o perfil, mais suscetíveis<br />
os pneus serão ao aparecimento de bolhas e ocorrência<br />
de cortes.<br />
Em pneus radiais, a região flexível é a sua lateral, já<br />
que na região da banda de rodagem a presença de<br />
uma lona metálica impede a movimentação, enquanto<br />
nas laterais as lonas são têxteis, feitas de náilon ou<br />
poliéster.<br />
A estrutura interna de um pneu pode ser comparada<br />
a uma cebola. Constituída de várias camadas de lona<br />
e borracha, ao sofrer impactos com buracos, lombadas,<br />
meio-fio ou qualquer outro obstáculo, a lateral é<br />
flexionada, deformando-se para absorver tais imperfeições.<br />
Isso vai se repetindo até chegar num determinado<br />
momento – ou devido a um impacto bem mais<br />
forte e violento – em que a carcaça simplesmente não<br />
resiste e acaba ocorrendo um descolamento, uma separação<br />
entre duas ou mais camadas internas. É neste<br />
momento que aparece a bolha, quando a lateral sofre<br />
uma flexão exagerada, além de sua capacidade de<br />
amortecimento.<br />
Como não vemos isso acontecendo, só descobrimos<br />
quando a bolha já existe, e dá-lhe reclamação. Quer<br />
ter uma noção exata do fenômeno? Faça um teste:<br />
pegue um pedaço de arame, não muito grosso, com<br />
cerca de 50 centímetros de comprimento. Segure pelas<br />
extremidades e junte as duas pontas.<br />
Conseguiu? Sentiu qual o esforço necessário? Agora<br />
corte pela metade, repita a operação, e irá perceber<br />
que aumentou a dificuldade e a força necessária para<br />
unir as extremidades é maior. Corte novamente ao<br />
meio e repita, até chegar ao ponto em que será impossível<br />
juntar as pontas. E o que mudou? O arame é<br />
o mesmo, só mudou o comprimento, ou seja, o espaço<br />
para flexionar. É assim com os pneus, quanto mais<br />
baixo o perfil, menos área para deformar.<br />
Isso quer dizer que não podemos ter carros com rodas<br />
de grande diâmetro e pneus de perfil baixo? Não,<br />
nada disso. Isso significa apenas que o brasileiro, de<br />
modo geral, não sabe que precisa mudar a maneira<br />
de dirigir. Se o pneu é de perfil baixo, devemos ter<br />
muito mais cuidado e cautela ao transpor obstáculos.<br />
Em outras palavras: dirigir com mais atenção, não<br />
exagerar na velocidade, manter a calibragem correta<br />
e, quando aparecer o problema, saber arcar com as<br />
consequências.<br />
Concordo com essas reclamações somente em um<br />
caso: quando, ao trocar as rodas originais por outras,<br />
em geral esportivas, a loja e/ou o vendedor não alerta<br />
o cliente sobre os possíveis problemas que poderão<br />
vir a acontecer com o uso de pneus mais baixos.<br />
Pércio Schneider<br />
Especialista em pneus da Pró-Sul<br />
E-mail: pneus@greco.com.br<br />
27 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.
FAZENDO A DIFERENÇA<br />
DETERMINAÇÃO E VONTADE<br />
DE AJUDAR<br />
Depois de uma experiência que mudou sua vida, o empresário Mauricio<br />
Rangel descobriu que podia fazer muito mais pelas crianças em<br />
situação de risco social<br />
por Ana Flávia Tornelli<br />
28 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />
Um jovem empresário, proprietário de um tradicional<br />
restaurante de Contagem, na Região Metropolitana<br />
de Belo Horizonte, que se solidarizou com a situação<br />
de uma criança de rua, que há mais de 20 anos<br />
atingiu uma de suas clientes com uma pedra, depois<br />
de ter o pedido de um prato de comida negado. Assim<br />
teve início a trajetória de Mauricio Rangel, que,<br />
diante da situação, pegou a menina pelos braços e a<br />
levou para o outro lado da avenida. Ao retornar ao<br />
restaurante, ouviu de uma senhora: “Moço, não é<br />
assim que se faz”. Aquela frase, aparentemente sem<br />
importância, fez com que Rangel refletisse sobre a<br />
situação de milhares de crianças que, já naquela época,<br />
viviam em situação de vulnerabilidade social. O<br />
empresário percebeu então que devia fazer algo para<br />
ajudar aqueles meninos de rua. E fez!<br />
Em parceria com a Primeira Igreja Batista de Belo Horizonte,<br />
Rangel passou a distribuir sopa para crianças<br />
das comunidades mais carentes da região, sempre<br />
nas noites de sexta-feira. Em pouco tempo, o ritual<br />
ficou famoso, e as pessoas se aglomeravam no local<br />
à espera do “sopão”. “Senti necessidade de ter um<br />
espaço maior, onde as pessoas tivessem mais conforto”,<br />
lembra o empresário, que, com a ajuda do amigo<br />
e também empresário Sergio Assunpção, alugou uma<br />
casa para atender com mais espaço e comodidade as<br />
crianças da região. Lá as crianças faziam suas refeições,<br />
tomavam banho e dormiam.<br />
Com o passar dos anos, a Igreja Batista assumiu todas<br />
as despesas da casa, possibilitando que mais crianças<br />
pudessem ser atendidas. Assim surgiu a Casa de<br />
Apoio de Contagem, uma sociedade civil sem fins<br />
lucrativos e de caráter filantrópico que hoje já conta<br />
com seis unidades. Os terrenos foram doados pela<br />
Prefeitura do município. Já as construções foram realizadas<br />
em parcerias com missionários, um grupo de<br />
norte-americanos e empresários.<br />
Atualmente, a Casa de Apoio atende, apenas na Unidade<br />
Eldorado, dez crianças em Acolhimento Institucional<br />
(crianças encaminhadas ao abrigo por meio do<br />
Em uma das unidades da Casa de Apoio, crianças<br />
praticam esporte e se divertem<br />
Conselho Tutelar) com idades entre cinco e 12 anos<br />
e 50 crianças, de seis a 12 anos, na jornada ampliada.<br />
“Essas crianças da jornada ampliada passam meio<br />
período do dia nas nossas unidades participando das<br />
diversas oficinas que a Casa de Apoio oferece, como<br />
taekwondo, balé, jazz, futebol de salão, futebol de<br />
campo, basquete, percussão, música instrumental,<br />
canto, artes e inclusão digital”, afirma a coordenadora<br />
de projetos, Nelsi Santos.<br />
Na região de Nova Contagem, a Instituição conta<br />
com mais quatro unidades, onde são atendidas cerca<br />
de 580 crianças até cinco anos de idade na Educação<br />
infantil, em parceria com o Colégio Batista, e outras<br />
duas mil crianças na faixa etária de seis a 17 anos.<br />
Quem tiver interesse em fazer doações para a<br />
Casa de Apoio tem a opção de realizar depósito<br />
em conta ou ligar para uma das unidades.<br />
“Buscamos a doação na casa da pessoa ou no<br />
local combinado, conforme a disponibilidade<br />
da nossa agenda”, explica Nelsi Santos.<br />
Para outras informações, visite o site da Instituição:<br />
casadeapoio.org.br
GUIA DOS ASSOCIADOS<br />
LEGENDA REFORMADORA REVENDEDORA<br />
ALFENAS<br />
RECALFENAS<br />
JARDIM BOA ESPERANÇA - TEL.: (35) 3292-6400<br />
ANDRADAS<br />
RECAUCHUTAGEM ANDRADENSE<br />
CONTENDAS - TEL.: (35) 3731-1414<br />
ARAXÁ<br />
PNEUARA – PNEUS ARAXÁ LTDA.<br />
VILA SILVÉRIA - TEL.: (34) 3661-8571<br />
ARAGUARI<br />
FÁBIO PNEUS LTDA.<br />
DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (34) 2109-8000<br />
ARCOS<br />
RENOVADORA DE PNEUS NOVA ALIANÇA<br />
RODOVIA BR 354 - KM 476 - TEL.: (37) 3351-1717<br />
RECAPAGEM SANTA LUZIA LTDA<br />
VILA CALCITA - TEL.: (37) 3351-1025<br />
BARBACENA<br />
ASR RECAUCHUTADORA E COM. PNEUS<br />
CAIÇARAS - TEL.: (32) 3333-0227<br />
BQ PNEUS RECAUCHUTADORA E COMÉRCIO LTDA.<br />
PASSARINHO - TEL.: (32) 3332-2988<br />
PNEUBRASA LTDA.<br />
GRAÇA - TEL.: (31) 3423-4578<br />
PNEUPAM LTDA.<br />
PAMPULHA - TEL.: (31) 3491-5000<br />
PNEUS NACIONAL LTDA.<br />
BARRO PRETO - TEL.: (31) 3274-4155<br />
FLORESTA - TEL.: 3273-5590<br />
FUNCIONÁRIOS - TEL.: 3281-2029<br />
PAMPULHA - TEL.: (31) 3427-4907<br />
PNEUSOLA<br />
ALÍPIO DE MELO - TEL.: (31) 3311-7736 / 3311-7742<br />
AV. AMAZONAS - TEL.: (31) 3311-7772 / 3311-7774<br />
AV. PEDRO II - TEL.: (31) 3311-7732 / 3311-7733<br />
BR 262 - TEL.: (31) 3311-7766 / 3311-7767<br />
CIDADE NOVA - TEL.: (31) 3311-7713 / 3311-7714<br />
FLORESTA - TEL.: (31) 3311-7730 / 3311-7731<br />
JARDINÓPOLIS - TEL.: (31) 3361-2522<br />
LOURDES - TEL.: (31) 3311-7770 / (31) 3311-7771<br />
LUXEMBURGO - TEL.: (31) 3311-7744 / (31) 3311-7745<br />
MINAS SHOPPING - TEL.: (31) 3311-7760 / 3311-7761<br />
NOVA SUÍÇA - TEL.: (31) 3311-7740 / 3311-7741<br />
RAJA GABAGLIA - TEL.: (31) 3311-7750 / 3311-7751<br />
SÃO LUCAS - TEL.: (31) 3311-7783 / 3311-7784<br />
SAVASSI - TEL.: (31) 3311-7720 / 3311-7721<br />
VIA SHOPPING - TEL.: (31) 3311-7780 / 3311-7781<br />
BARBACENA CENTRO AUTOMOTIVO<br />
PONTILHÃO - TEL.: (32) 3333-5000<br />
BELO HORIZONTE<br />
CURINGA DOS PNEUS<br />
PAMPULHA - TEL.: (31) 3491-5700<br />
DUCAR PNEUS<br />
VENDA NOVA - TEL.: (31) 3646 5354<br />
GAMA PNEUS & CIA.<br />
CARLOS PRATES - TEL.: (31) 3201-5405<br />
SUPER TRUCK<br />
CARLOS PRATES - TEL.: (31) 3412-2026<br />
GLÓRIA - TEL.: (31) 3474-4500<br />
BARRO PRETO - TEL.: (31) 3293-8411<br />
JAC PNEUS LTDA.<br />
JARDIM MONTANHÊS - TEL.: (31) 3464-5553<br />
LUC PNEUS LTDA<br />
DOM BOSCO - TEL.: (31) 3417-6366<br />
MÁXIMA REFORMADORA DE PNEUS LTDA.<br />
DIST. IND. SIMÃO DA CUNHA - TEL.: (31) 3423-4910<br />
MINAS PNEUS LTDA.<br />
CAIÇARA - TEL.: (31) 2103-4488<br />
GUTIERREZ - TEL.: (31) 3292-2929<br />
RECAPE PNEUS LTDA.<br />
NOVA GRANADA - TEL.: (31) 3332-7778<br />
PEDRO II - TEL.: (31) 3471-5697<br />
ANEL RODOVIÁRIO - TEL.: (31) 3388-2744<br />
RODAR PNEUS LTDA.<br />
CALAFATE - TEL.: (31) 3334-4065<br />
TOC PNEUS<br />
BARREIRO DE BAIXO – TEL.: (31) 3384-2030<br />
CALAFATE – TEL.: (31) 3371-1848<br />
ESTORIL – TEL.: (31) 3373-8344<br />
GAMELEIRA – TEL.: (31) 3386-4878/3384-1053<br />
LOURDES – TEL.: (31) 3214-2413<br />
SÃO LUCAS – TEL.: (31) 3225-7575<br />
BETIM<br />
AD PNEUS<br />
JARDIM PIEMONT - TEL.: (31) 2125-9100<br />
RECAPAGEM SOUZA E MACHADO LTDA.<br />
BRASILÉIA - TEL.: (31) 3511-9295<br />
CURINGA DOS PNEUS<br />
JARDIM PIEMONT - TEL.: (31) 3591-9899<br />
SUPER TRUCK<br />
FILADÉLFIA - TEL.: (31) 3293-8411<br />
REDE RECAP RENOVADORA E COMÉRCIO DE PNEUS LTDA.<br />
JARDIM PIEMONT - TEL.: (31) 3597-1335<br />
29 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.
TREVISO/RECAMIC<br />
BETIM INDUSTRIAL - TEL.: (31) 2126-9200<br />
PNEUSOLA<br />
CEASA - TEL.: (31) 3311-7788 / 3311-7789<br />
ELDORADO - TEL.: (31) 3311-7778 / 3311-7779<br />
JARDIM INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3311-7722 / 3311-7723<br />
TOC PNEUS<br />
CENTRO - TEL.: (31) 3531-2547<br />
CAETANÓPOLIS<br />
COMERCIAL MACHADO E SOUZA LTDA.<br />
ZONA RURAL - TEL.: (31) 3714.6752<br />
CAMPO BELO<br />
RECABEL LTDA.<br />
ZONA RURAL - TEL.: (35) 3882.2770<br />
CAPELINHA<br />
PNEUS CAP LTDA.<br />
PLANALTO - TEL.: (33) 3516-1512<br />
CARATINGA<br />
JR PNEUS<br />
AV. PRESIDENTE TANCREDO NEVES - TEL.: (33) 3321 3888<br />
PNEUCAR<br />
LACARIAS - TEL.: (33) 3329-5555<br />
CONSELHEIRO LAFAIETE<br />
CURINGA DOS PNEUS<br />
SANTA MATILDE - TEL.: (31) 3762-1715<br />
RG PNEUS<br />
MELO VIANA - TEL.: (31) 3841-1176<br />
CONTAGEM<br />
ARAÚJO PNEUS LTDA.<br />
JARDIM INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3363-1840<br />
RECAPAGEM SANTA HELENA<br />
BERNARDO MONTEIRO - TEL.: (31) 3394-8869<br />
RECAPE PNEUS LTDA.<br />
VILA PARIS - TEL.: (31) 3353-1765<br />
REGIGANT RECUPERADORA DE PNEUS GIGANTES LTDA.<br />
RIACHO DAS PEDRAS - TEL.: (31) 2191-9999<br />
RIA COMÉRCIO DE PNEUS LTDA.<br />
ÁGUA BRANCA - TEL.: (31) 3212-5566<br />
SOMAR RECICLAGEM DE PNEUS LTDA.<br />
RIACHO DAS PEDRAS - TEL.: (31) 3396-1758<br />
TOC PNEUS<br />
CINCÃO - TEL.: (31) 3391-9001<br />
TOLEDO PNEUS LTDA<br />
CINCÃO - TEL.: (31) 3351-5124<br />
CORONEL FABRICIANO<br />
AUTORECAPE LTDA.<br />
DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3842-3900<br />
RECAPAGEM RIO DOCE LTDA.<br />
CALADINHO - TEL.: (31) 3841-9050<br />
CARDIESEL– GRUPO VDL<br />
GUANABARA - TEL.: (31) 3232-4000<br />
ELDORADO PNEUS<br />
ELDORADO - TEL.: (31) 3395-3484<br />
DIAMANTINA<br />
PNEUSHOPPING LTDA.<br />
CAZUZA - TEL.: (38) 3531-2407<br />
DIVINÓPOLIS<br />
PNEUMAC LTDA.<br />
ORION - TEL.: (37) 3229-1111<br />
GAMA PNEUS & CIA.<br />
CEASA MG KENNEDY - TEL.: (31) 3329-3700<br />
GUANABARA - TEL.: (31) 3329-8000<br />
LUMA PNEUS LTDA.<br />
JARDIM MARROCOS - TEL.: (31) 3352-2400<br />
PNEUSOLA<br />
CENTRO - TEL.: (37) 3212-0777<br />
RECAMAX MÁXIMA LTDA.<br />
RANCHO ALEGRE - TEL.: (37) 3216-2000<br />
30 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />
MINAS PNEUS LTDA.<br />
CEASA - TEL.: (31) 3394-2559<br />
NG PNEUS LTDA.<br />
GUANABARA - TEL.: (31) 3394-2176<br />
PNEUCON PNEUS CONTAGEM LTDA.<br />
COLONIAL - TEL.: (31) 3353-9924<br />
PNEUS AMAZONAS LTDA.<br />
VILA BARRAGINHA - TEL.: (31) 3361-7320<br />
RENOVADORA SEGURANÇA LTDA.<br />
BALNEÁRIO RANCHO ALEGRE - TEL.: (37) 3222-6565<br />
FORMIGA<br />
AD PNEUS<br />
MANGABEIRAS - TEL.: (37) 3322-1441
LEÃO PNEUS<br />
PLANALTO - TEL.: (37) 3322 6350<br />
TOC PNEUS MATRIZ<br />
CARNEIRINHOS - TEL.: (31) 3851-4222<br />
RENOVADORA SEGURANÇA LTDA.<br />
VILA SOUZA E SILVA - TEL.: (37) 3322-1239<br />
JUIZ DE FORA<br />
UNICAP<br />
MARINGÁ - TEL.: (37) 3321-1822<br />
CURINGA DOS PNEUS<br />
POÇO RICO - TEL.: (32) 3215-4547/3215-0029<br />
GOVERNADOR VALADARES<br />
RECAPAGEM VALADARES LTDA.<br />
VILA ISA - TEL.: (33) 3278-2160<br />
REFORMADORA BELO VALE<br />
IPÊ - TEL.: (33) 3278-1508<br />
PNEUSOLA<br />
AV.BRASIL - TEL.: (32) 3216-3419 / 3231-6677<br />
AV. JUSCELINO KUBTSCHECK - TEL.: (32) 3225-5741<br />
INDEPENDÊNCIA SHOPPING - TEL.: (32) 3236-2777 / 3236-2094<br />
RECABOM PNEUS<br />
MARIANO PROCÓPIO - TEL.: (32) 3212-2410<br />
VALADARES DIESEL LTDA. – GRUPO VDL<br />
JARDIM IPÊ - TEL.: (33) 2101-1500<br />
RG PNEUS<br />
FRANCISCO BERNADINO - TEL.: (32) 3221-3372<br />
GUAXUPÉ<br />
RENOVADORA DE PNEUS DOIS IRMÃOS<br />
VILA SANTO ANTÔNIO - TEL.: (35) 3551-2205<br />
RT JUIZ DE FORA REFORMA DE PNEUS LTDA.<br />
DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (32) 2102-5004<br />
IGARAPÉ<br />
RECAPAGEM CAMPOS<br />
BAIRRO JK - TEL.: (31) 3534-1552<br />
IPATINGA<br />
RG PNEUS<br />
IGUAÇU - TEL.: (31) 3824-2244<br />
ITABIRA<br />
RG PNEUS<br />
CENTRO - TEL.: (31) 3831-5055<br />
ITABIRITO<br />
RECAPAGEM ITABIRITO LTDA.<br />
AGOSTINHO RODRIGUES - TEL.: (31) 3561-7272<br />
ITAMARANDIBA<br />
BODÃO PNEUS E REFORMAS LTDA.<br />
SÃO GERALDO – TEL.: (38) 3521-1185<br />
ITAÚNA<br />
PNEU PNEUMAX LTDA.<br />
VILA SANTA MÔNICA - TEL.: (37) 3073-1911<br />
JOÃO MOLEVADE<br />
MJ PNEUS LTDA<br />
LOANDA - TEL.: (31) 3852-8787<br />
RG PNEUS<br />
CARNEIRINHOS - TEL.: (31) 3851-2033<br />
RG PNEUS<br />
BELMONTE - TEL.: (31) 3852-6121<br />
TREVISO/RECAMIC<br />
DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (32)3691-1313<br />
LAVRAS<br />
LAVRAS RECAP<br />
AEROPORTO - TEL.: (35) 3821-6308<br />
LEOPOLDINA<br />
RECALEO RECAPADORA LEOPOLDINENSE<br />
RUA JOSÉ PERES - TEL.: (32) 3441 4007<br />
LUZ<br />
RECAPAGEM ALEX LTDA.<br />
NSA. SRA. APARECIDA - TEL.: (37) 3421-3042<br />
MARIANA<br />
COMERCIAL SÃO PAULO DE PNEUS LTDA.<br />
VILA DO CARMO - TEL.: (31) 3557-2108<br />
MATIAS BARBOSA<br />
PNEUSOLA RECAPAGEM LTDA.<br />
CENTRO EMPRESARIAL - TEL.: (32) 3273-8622<br />
RECAPAGEM BQ LTDA.<br />
EMPRESARIAL PARK SUL - TEL.: (32) 8415-7292<br />
31 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.
MONTES CLAROS<br />
PNEUSOLA<br />
CENTRO - TEL.: (38) 3221-6070<br />
ESPLANADA - TEL.: (38) 3215-7874 / 3215-7874<br />
RECAPAGEM SANTA HELENA<br />
CENTRO - TEL.: (38) 3213-9803<br />
CENTRO ATAC. REGINA PERES - TEL.: (38) 3213-2220<br />
JD. PALMEIRAS - TEL.: (38) 3213-1940<br />
RUA SETE - TEL.: (38) 3213-2220<br />
TREVISO/RECAMIC<br />
ANEL RODOVIÁRIO - TEL.: (38)3222-8800<br />
MURIAÉ<br />
PAES PNEUS<br />
RUA PROJETADA - TEL.: (32) 3722 5509<br />
RECABOM PNEUS<br />
UNIVERSITÁRIO - TEL.: (32) 3722-4042<br />
RG PNEUS<br />
BARRA - TEL.: (32) 3722-3788<br />
NANUQUE<br />
CACIQUE PNEUS LTDA.<br />
CENTRO - TEL.: (33) 3621-4924<br />
NOVA LIMA<br />
ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO OFICIAL<br />
CENTRO - TEL.: (31) 3541-3364<br />
RECAPAGEM SANTA HELENA<br />
CRISTO REDENTOR - TEL.: (34) 3814-5599<br />
JD. PAULISTANO - TEL.: (34) 3823-1020<br />
PATROCÍNIO<br />
AUTOMOTIVA PNEUS LTDA.<br />
MORADA DO SOL - TEL.: (34) 3831-3366<br />
PITANGUI<br />
SUFER PNEUS E RECAPAGEM LTDA.<br />
CHAPADÃO - TEL.: (37) 3271-4444<br />
POÇOS DE CALDAS<br />
POÇOS CAP LTDA.<br />
CAMPO DO SÉRGIO - TEL.: (35) 3713-1237<br />
POUSO ALEGRE<br />
AD PNEUS<br />
JARDIM CAMPOS ELÍSEOS - TEL.: (35) 3713-9293<br />
TREVISO/RECAMIC<br />
DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (35) 3422-7020<br />
SANTA LUZIA<br />
DURON RENOVADORA E COM. DE PNEUS<br />
DIST. IND. SIMÃO DA CUNHA - TEL.: (31) 3637-8688<br />
GAMA PNEUS & CIA.<br />
CENTRO – TEL.: (31) 3641-4700/2929<br />
SÃO DOMINGOS DO PRATA<br />
RECAPAGEM PNEUS PRATA LTDA.<br />
BOA VISTA - TEL.: (31) 3856-1724<br />
SÃO JOAQUIM DE BICAS<br />
GAMA PNEUS & CIA.<br />
JARDIM CANADÁ – TEL.: (31) 3542-1822<br />
RT BICAS REFORMA DE PNEUS LTDA.<br />
TEREZA CRISTINA - TEL.: (32) 3534-6065<br />
RENOVADORA DE PNEUS OK S/A.<br />
JARDIM CANADÁ - TEL.: (31) 3581-3294<br />
SÃO LOURENÇO<br />
BRISA PNEUS LTDA.<br />
CENTRO - TEL.: (35) 3332-8333<br />
32 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />
OURO PRETO<br />
COMERCIAL SÃO PAULO DE PNEUS LTDA<br />
LAGOA - TEL.: (31) 3551-2200<br />
PARÁ DE MINAS<br />
AUTO RECAPAGEM AVENIDA LTDA.<br />
CENTRO - TEL.: (37) 3231-5270<br />
PATOS DE MINAS<br />
AUTOPATOS PNEUS E RECAPAGEM LTDA.<br />
IPANEMA - TEL.: (34) 3818-1500<br />
RECALTO PNEUS LTDA.<br />
PLANALTO - TEL.: (34) 3823-7979<br />
SETE LAGOAS<br />
AUTO SETE VEÍCULOS E PEÇAS LTDA. – GRUPO VDL<br />
PIEDADE - TEL.: (31) 2107-5000<br />
CURINGA DOS PNEUS<br />
CANAAN - TEL.: (31) 3773-1717<br />
RECAPAGEM CASTELO LTDA.<br />
UNIVERSITÁRIO - TEL.: (31) 3773-9099
RECAPAGEM SANTA HELENA<br />
CANAAN - TEL.: (31) 3773-0639<br />
CENTRO - TEL.: (31) 3771-2491<br />
ELDORADO - TEL.: (31) 2106-6011<br />
HENRIQUE NERY - TEL.: (31) 2106-6000<br />
RECAPAGEM TRÊS PODERES LTDA<br />
ELDORADO – TEL.: (31) 3773-5300<br />
TEÓFILO OTONI<br />
TEÓFILO OTONI DIESEL – GRUPO VDL<br />
VILA RAMOS - TEL.: (33) 3529-2500<br />
JR PNEUS<br />
AV. ALFREDO SÁ - TEL.: (33) 3522 5580<br />
TIMÓTEO<br />
JR PNEUS<br />
NÚCLEO INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3848-8062<br />
RG PNEUS<br />
OLARIA II - TEL.: (31) 3831-5055<br />
TORQUE DIESEL LTDA.<br />
CACHOEIRA DO VALE - TEL.: (31) 3848-2000<br />
VADIESEL - VALE DO AÇO LTDA. – GRUPO VDL<br />
NÚCLEO INDUSTRIAL - TEL.: (31) 2109-1000<br />
RECAPAGEM SANTA HELENA<br />
CUSTÓDIO PEREIRA – TEL.: (34) 3230-2300<br />
UBERLÂNDIA CAMINHÕES E ÔNIBUS – GRUPO VDL<br />
MARTA HELENA - TEL.: (34) 2102-8500<br />
VARGINHA<br />
AD PNEUS<br />
PARQUE URUPÊS - TEL.: (35) 3222-1886<br />
TYRESUL RENOVADORA DE PNEUS LTDA.<br />
SANTA LUIZA - TEL.: (35) 3690-5511<br />
VIÇOSA<br />
MR PNEUS<br />
NOVO SILVESTRE - TEL.: (31) 3891 0937<br />
VISCONDE DO RIO BRANCO<br />
RECAUCHUTADORA RIO BRANQUENSE DE PNEUS<br />
BARRA DOS COUTOS - TEL.: (32) 3551-5017<br />
PRODUTOS PARA RECAUCHUTAGEM<br />
BELO HORIZONTE<br />
GEBOR COMERCIAL LTDA. – ACESSÓRIOS<br />
PRADO - TEL.: (31) 3291-6979<br />
VMC COMÉRCIO SERVIÇOS LTDA.<br />
CARLOS PRATES - TEL.: (31) 3464-8600<br />
UBÁ<br />
PNEUSOLA<br />
LAURINHO DE CASTRO - TEL.: (32) 3531-3869<br />
SEJA UM ASSOCIADO<br />
FRANSSARO PNEUS<br />
SAN RAFAEL II - TEL.: (32) 3532-9894<br />
JACAR PNEUS LTDA.<br />
RODOVIA UBÁ/JUIZ DE FORA - TEL.: (32) 3539-2800<br />
UBERABA<br />
RT UBERABA REFORMA DE PNEUS LTDA.<br />
JRD. MARACANA - TEL.: (34) 3316-1000<br />
E APROVEITE TODOS<br />
OS BENEFÍCIOS<br />
RECAPAGEM SANTA HELENA<br />
JARDIM INDUBERAVA - TEL.: (34) 3336-6615<br />
SÃO BENEDITO - TEL.: (34) 3336-8822<br />
UBERLÂNDIA<br />
CONQUIXTA RECAPAGEM DE PNEUS LTDA.<br />
MINAS GERAIS - TEL.: (34) 3232-0505<br />
DPASCHOAL<br />
DISTRITO INDUSTRAL - TEL.: (34) 3213-1020<br />
www.sindipneus.com.br<br />
(31) 3213-2909<br />
Rua Aimorés, 462 sl.108 - Funcionários<br />
Belo Horizonte - MG<br />
33 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.
REFORMA DE PNEUS<br />
Essencial para o setor de transporte,<br />
para o meio ambiente, para o Brasil.<br />
O país tem hoje o segundo maior mercado de reforma do mundo. Há mais de 60 anos, o setor<br />
de reforma brasileiro utiliza padrões técnicos de qualidade internacional e tem a preocupação<br />
constante de levar produtos cada vez melhores para seus consumidores.<br />
Além de prolongar a vida útil do pneu, a reforma é uma atividade altamente sustentável, pois<br />
evita a possibilidade de despejo de pneus usados em lugares impróprios, o que pode, entre outros<br />
problemas, agredir o meio ambiente e causar danos à saúde pública.<br />
Conheça mais sobre a reforma de pneus.<br />
Acesse www.sindipneus.com.br<br />
Sindicato das Empresas de Revenda e Prestação de Serviços<br />
de Reforma de <strong>Pneus</strong> e Similares do Estado de Minas Gerais<br />
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