Revista Pneus e Cia nº31 - Sindipneus
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forte o modelo tradicional atualmente existente, com<br />
redes fechadas e travadas a acordos e definições preestabelecidos<br />
convivendo com recapadores completamente<br />
desprotegidos e sem suporte de fabricante.<br />
No programa Freedom, o recapador pertence a uma<br />
rede, está suportado por ela, mas livre para fazer suas<br />
escolhas e dirigir seu negócio da melhor maneira que<br />
lhe convier.<br />
<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: Você acredita que 2012 foi um ano<br />
positivo para o setor?<br />
Sérgio Bica: Para o segmento<br />
como um todo<br />
sim, pois notamos um<br />
crescimento no mercado<br />
e uma qualificação do<br />
recapador, gerando um<br />
melhor desenvolvimento<br />
do setor. Em termos<br />
quantitativos, o mercado<br />
cresceu em percentuais<br />
baixos nos dois primeiros<br />
trimestres, quase repetindo<br />
os dois últimos de<br />
2011, mas observamos<br />
um aumento no terceiro<br />
trimestre. O último trimestre do ano mostrou bons<br />
sinais de sustentação deste crescimento, projetando<br />
um ano de 2013 com boas expectativas.<br />
“Existe sim um custo para se<br />
adequar à Portaria 444, e<br />
somente os mais capazes,<br />
organizados e competentes<br />
progredirão, mas é isso que<br />
faz com que cresçamos: a<br />
necessidade de sempre sermos<br />
melhores, mais ágeis e<br />
mais competentes.”<br />
Resta apenas a possível entrada de maior volume de<br />
pneus de baixa qualidade e de índice de recapabilidade<br />
baixo (pneus com carcaças que não permitem<br />
recapagem, gerando lixo ambiental direto ao final da<br />
primeira vida do pneu), criando uma barreira econômica<br />
de aumento do volume de recapados no ano.<br />
<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: De acordo com a Portaria do Instituto<br />
Nacional de Metrologia, Normalização e<br />
Qualidade Industrial (Inmetro) nº 444/2010, as<br />
empresas de reforma deveriam obter, até 19 de<br />
novembro de 2012, o Registro do Serviço de Reforma<br />
de <strong>Pneus</strong>. Esse procedimento<br />
poderá contribuir<br />
para a valorização do setor<br />
de reforma?<br />
Sérgio Bica: Com certeza!<br />
Todo e qualquer processo de<br />
normatização qualifica o setor.<br />
Vimos isso em praticamente<br />
todos os setores da economia<br />
e agora no de recapagem.<br />
Obviamente que existe<br />
um custo e somente os mais<br />
capazes, organizados e competentes<br />
progredirão, mas é<br />
exatamente isso que faz com que cresçamos: a necessidade<br />
de sempre sermos melhores, mais ágeis, mais<br />
competentes.<br />
<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: E quais são as perspectivas para o<br />
segmento em 2013?<br />
Sérgio Bica: Com a consolidação da RAC 444, a redução<br />
do número de recapadores no mercado e a efetiva<br />
qualificação dos que permanecem – e somando-se<br />
à disponibilidade de carcaças oriundas dos veículos de<br />
carga e transporte de passageiros vendidos em 2010<br />
e 2011 (usualmente um pneu leva de 12 a 18 meses<br />
para estar apto a uma recapagem) –, estimamos um<br />
crescimento mais expressivo do mercado em 2013.<br />
<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: E para os próximos anos, já é possível<br />
fazer projeções?<br />
Sérgio Bica: Acreditamos que o mercado vai continuar<br />
crescendo impulsionado pela produção cada vez maior<br />
de veículos de transporte no Brasil e também pelo aumento<br />
do consumo interno, que gera a necessidade de<br />
maior volume de transporte, levando à maior utilização<br />
da frota existente e a um inevitável contínuo aumento<br />
dela. Isso tudo leva a um maior consumo de pneus e a<br />
um maior número de recapagens por ano.