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Revista Pneus e Cia nº02 - Sindipneus

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AMIRP EM AÇÃOArquivo ABRA AMIRP prestigiou a posse da novadiretoria da ABR para o triênio 2008-2010, São Paulo. A presidência da ABR éassumida pelo mineiro Henrique TeixeiraPena.A AMIRP marcou presença naapresentação da proposta de revisãoda RTQ (Regulamento Técnicode Qualidade) de caminhão eônibus, que ocorreu no dia 18 dedezembro, na reunião do Inmetro,na sede da ABNT, Rio de Janeiro.Reunindo todos os organismos dosetor e executivos de fábricas depneus novos, participaram tambémda reunião representantes da ABR,Anip, Aresp, Alapa, Abip e Claec.Arquivo ABRA AMIRP participou da Fenatran (16ºSalão Internacional do Transporte), emSão Paulo – evento que reuniu um públicode 44 mil pessoas. No estande daABR, a associação mineira participou dofórum de debates sobre o mercado comassociações regionais de todo o Brasil eda eleição da nova diretoria da ABR.Arquivo ABRConvidada pela ABR, a AMIRPparticipou do planejamentoestratégico para 2008 da associaçãobrasileira. Em reunião,traçaram ações em defesa dosegmento dos reformadoresde pneus e discutiram questõesde meio ambiente, tributárias,ações políticas, federalizaçãoda ABR e certificação do setor.O encontro ocorreu no dia 6 dedezembro, na capital paulista.6 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.A AMIRP participou de AudiênciaPública na Assembléia Legislativade Minas Gerais, no dia 19 dedezembro com a Comissão MeioAmbiente e Recursos Naturais. Oobjetivo da associação é buscarparcerias que defendam e dêemvoz ao segmento de pneus no Estadode Minas Gerais.Alerta aos Reformadores:Empresários da região oeste de MinasGerais discutiram junto à AMIRP, em Divinópolis,o contexto atual de mercadode pneus, como Inmetro, decisões doSupremo Tribunal Federal para o segmentoe recursos para o fortalecimentodo setor de reforma.A AMIRP marcará presença na Recaufair<strong>Pneus</strong>how 2008, que ocorredo dia 5 a 8 de maio. No evento,serão representados os interessesdos associados mineiros e a associaçãovai se inteirar de assuntos,como mercado, tecnologia e meioambiente.Fiquem atentos para as adequações às portarias 252/06 – Regulamento de Avaliação da Conformidade (RAC) – e227/06 – Regulamento Técnico da Qualidade (RTQ) –, referente ao segmento de pneus reformados para automóveis,camionetas, caminhonetes e seus rebocados. Mais informações no site www.amirp.com.br


CENÁRIOQUAL É O MAIOR PERIGOPARA AS EMPRESAS?Feita assim, à queima roupa, a pergunta ficou semresposta até que o próprio autor a respondeu: “Omaior perigo para as empresas é a rotina, porque oempresário precisa aprender todos os dias. Quandoele acha que já sabe tudo sobre o ramo, começamseus problemas”.Quando eleacha que já sabetudo sobre o ramo,começam seusproblemasEmbora tenha optado por se manteranônimo, esse personagem fazuma séria advertência para quemse acomodou. Afinal, o mercadonão perdoa estagnação. Parou,perdeu.O passado, reconhece-se, tempreciosas lições a ensinar, porém ocenário agora é outro. Nessa épocade super competição em que sevive é necessário inventar e se reinventar o tempotodo, uma vez que a mera repetição pode ser fatalpara os negócios. Aliás, a esse respeito, falava Einstein“não há nada mais insano que fazer sempre asmesmas coisas e esperar um resultado diferente”.Pois bem, atualmente, o ciclo de vida dos produtos écada vez mais curto, o que requer alterações constantespara mantê-lo atraente. Além disso, a competiçãonão se restringe mais ao próprio segmento. Só parase ter uma idéia: empresas que comercializam pneusde passeio, por exemplo, já não concorrem somenteentre si; disputam o consumidor também com setoresaparentemente “insuspeitos”, como celular, vestuárioe outros. Entre produtos e serviços ocorre o mesmo.Visto assim, é viável aos eletrônicos “brigarem” como turismo pela preferência de quem vai às compras.Afinal, qual é a melhor escolha? Fazer um passeio aoexterior ou adquirir aquela TV de última geração? Sehá dúvida, há possibilidade.Portanto, compete ao empresário ficar atento às tendênciase a tudo aquilo que se torna prioritário para oconsumidor. Isto se faz pela aprendizagem constantee a inovação; jamais pela rotina – essa inimiga perigosa,que prende ao passado, obstrui o presente ecompromete o futuro. Superá-la, por tais motivos, éfundamental para quem busca vantagem competitivae pretende continuar no páreo.Os tempos realmente mudaram e a concorrência, semdúvida, aumentou de forma assustadora. Lembre-se,todavia, que, com ela, também vieram mais oportunidadespara quem quer aprender e aproveitar.J. Geraldo de SouzaE-mail: j.geraldo@amirp.com.br30 anos• Máquinas para recauchutagem e reparos em pneus fora de estrada• Moldes (matrizes) em alumínio fundido para pneus• Equipamentos para Minerações e Calcinações• Usinagens de até 3.000mm de diâmetro• Vendas sob encomenda• Fornecimento de equipamentos financiados pelo BNDESPABX (37) 3351-1370www.arcomaquinas.com.br - arcomaquinas@arcomaquinas.com.brROLETADEIRA DE COLUNACOM PRATOS PARA PNEUSMÁQUINA PARA VULCANIZAÇÃODE PNEUS 3 SETORES,A VAPOR, PNEUMÁTICATORNO DE COLUNALAMBRETAROD. BR 354, Km 476 - Nº 840 - CX. POSTAL 43 - ARCOS - MG


ECOATIVIDADEUM FINAL FELIZNo século XIX, o norte-americano Charles Goodyearinventou o pneu de borracha, que substituiuas rodas de madeira e ferro usadas em carroçase carruagens desde os primórdios da história. Ele sónão podia imaginar que sua invenção revolucionariao mundo. Revolução nos mais diferentes aspectos.Primeiro foi o deslumbre diante das potencialidadesindustriais da borracha. Por ser mais resistente, durávele absorver melhor o impacto das rodas com osolo, o pneu de borracha tornou o transporte umaopção confortável e segura, além de muito requisitada.Porém, vieram também os contrapontos. A utilizaçãodos pneus de borracha trouxe consigo problemas deimpacto ambiental, uma vez que ainda não era praticadade maneira adequada a coleta e a destinaçãofinal dos pneus inservíveis. Segundo o Cempre– Compromisso Empresarial para Reciclagem – entidademantida por 24 empresas como Ambev, TetraPak, Nestlé, Natura e Grupo Pão de Açúcar, das 220mil toneladas de pneus produzidos por ano no Brasil,58% é destinado a reciclagem. Nos Estados Unidos édestinado para reciclagem 73% das 940 mil carcaçasjogadas fora por ano.por Luciana LaborneSaiba como o consumidor final que compra o pneu ou mesmotransportadoras e borracharias podem dar destino ao material inservível,para que esse deixe de ser um problema ambiental e de saúde pública.8 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.Mesmo ocupando o 2 o lugar no ranking mundial derecauchutagem – atividade que proporciona umaeconomia de cerca de 80% de energia e matériaprimaem relação à produção de pneus novos, deacordo com o Cempre, cada pneu contém a energiade 9,4 litros de petróleo – o Brasil é palco do descasocom o meio ambiente. Quando não é mais possívelprolongar a vida útil do pneu com a reforma, muitascarcaças são abandonadas em locais impróprios, oque gera transtorno para a saúde e a qualidade davida humana. É o descaso com o meio ambiente, quevem acompanhado da falta de consciência ecológica,não só do consumidor final, mas também de muitosdaqueles que trabalham diretamente com pneus,como borracheiros e transportadores, por exemplo.“O pneu é um problema ambiental e de saúde públicano mundo inteiro”, afirma Marcelo GuadalupeRezende, gerente geral da Racri – indústria de MinasDa esquerda para direita:Frederico Muniz, MarceloRezende e Christiano Assaf


Gerais credenciada para dar destinação final adequadaaos pneus sem condições de uso.No Brasil existem diversos ecopontos espalhados eempresas que são credenciadas para dar a destinaçãocorreta ao material danificado. O gerente deprodução da Racri, Frederico Muniz, aponta a importânciadessa informação não só para o meio ambiente,como para o desenvolvimento do mercadoque utiliza a borracha como matéria-prima. “A Racriconsegue destinar sete toneladas por hora de carcaçasde pneus para serem utilizadas na composiçãode massa asfáltica, fabricação de tapetes, produçãode solados, sofás, indústria têxtil, entre outros”.Ou seja, o que antes era considerado lixo, agoraé transformado, dentro dos padrões ecológicos,em material para a produção. “Em nenhuma partedo processo é utilizado produto químico que possagerar algum tipo de poluente. Retiramos 100%dos materiais que compõe o pneu: aço, borracha enylon”, diz Muniz .Asfalto de BorrachaDentre tantas alternativas para a reciclagem dopneu – destinação para indústria de peças automotivas,fábrica de calçados e bolsas, indústria degrama sintética, tatames para prática de esportes,complementos para sofás e cadeiras – uma vem ganhando,em especial, a atenção do segmento queutiliza a borracha como matéria-prima: a indústriade massa asfáltica.Em visitas aos Estados Unidos, Frederico Munizconstatou que a borracha, além de ser utilizada notreinamento físico dos jogadores de futebol do mundointeiro, é também aplicada, tanto na composiçãodo asfalto, como no calçamento público. “Aliada àqualidade técnica e comercial, os americanos enxergama questão da segurança em se dirigir em umarua ou estrada com asfalto de borracha outro pontoprimordial”. E os benefícios são rapidamente descritospelo gerente de produção: “Devido a aderênciada borracha com borracha ser maior, diminui consideravelmentea frenagem do carro, sendo esse oprimeiro ponto. O segundo aspecto é a diminuiçãono consumo do pneu. E, por último, é a aquaplanagem,que nesse tipo de asfalto praticamente nãoexiste”. Muniz afirma ser esse último, o ponto quemais despertou sua atenção e, por isso, alerta que,para não acontecer a aquaplanagem, é necessárioo asfalto ter uma engenharia de construção bemfeita. “Pela impermeabilidade dessa composição asfáltica,observando-se a construção correta da via,a chuva, ao cair, bate na pista e corre direto para ospontos de escoamento. É só planejar”, garante ogerente de produção.E, em relação ao custo desse asfalto, que se diferedo convencional, Marcelo Guadalupe, logo certifica:“Se o custo do asfalto de borracha for 20% superiorao outro, sua durabilidade é 100% maior. É,certamente, um investimento compensador”.Nota FiscalA partir de abril deste ano,quando começarem a destinaro produto final, no caso,o pó da borracha, para a fabricaçãoda massa asfáltica,solas, tapetes, entre outros,a Racri emitirá certificadosde venda da matéria-prima.“Basta o consumidor nosprocurar com o comprovantede endereço e CPF,que registraremos em nossosistema a entrada da mercadoria,seja por unidade ou por peso, para, assim,emitirmos a ele a nota fiscal”, explica Frederico Muniz,que atualmente emite certificados em parceriacom cimenteiras licenciadas, que utilizam carcaçasde pneus inservíveis como geradores auxiliares deenergia.A partir domomento quese emite nota,assumimos aresponsabilidadepela destinaçãodo materialVale ressaltar que quem emite a nota fiscal é a empresaresponsável pela destinação final do produto,aquela que transforma o pneu em matéria-prima ouem combustível. “A partir do momento que se emitenota, assumimos a responsabilidade pela destinaçãodo material. E mesmo a partir de abril, quandoteremos nosso certificado exclusivo, continuaremosem parceria com as cimenteiras devido ao grandenúmero de pneus a serem reciclados“, esclarece ogerente de produção.E então? Agora você já sabe como ajudar o meioambiente. Afinal, essa é uma responsabilidade detodos.Bandas para recauchutagemque fazem a diferença.tendimento (12) 3159-2500 • Fax (12) 3159-2508 • E-mail brasil@elgitread.com • Site www.elgitread.com


ESTRATÉGIARESISTÊNCIA A MUDANÇAS10 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.Flávio Martins“Não existe nenhuma razãopara alguém ter um computadorem casa” (Ken Olsen, presidenteda Digital EquipmentCorporation, que vendia somentecomputadores de grandeporte, 1977).“Acredito que o mercado mundialnão comporta mais do que cincocomputadores” (Thomas J. Watson,presidente da IBM, 1943).“Quem no mundo gostaria de ouvir atores falando?”(Harry Warner, da Warner Brothers Pictures, 1927).”O automóvel é só uma novidade. O cavalo está aquipara ficar” (De um banqueiro americano a HenryFord, desencorajando-o a investir na companhia FordMotor, em 1900).Essas frases são alguns exemplos, entre as inúmerasafirmações já ocorridas, que se escuta a toda hora.São frutos do que se pode chamar de “paralisia deparadigmas”.Expressões com o mesmo sentido são muito comunshoje em dia e algumas ocorrem com muita freqüênciaquando surgem as propostas de mudanças. Veja vocêmesmo se não as tem proferido constantemente:- Sempre fizemos assim e sempre deu certo, por quêmudar?- Da forma que fazemos é melhor.- Está tudo tão bem, para que mudar?- Temos receio do que possa acontecer. É melhor nãoarriscar.- Isto não vai dar certo.- Não se mexe em time que está ganhando.Além da “Paralisia de Paradigma”, outros fatores levamà resistência a mudanças:- Comodismo.- Medo do novo, do desconhecido.- Receio de perder o poder.- Desconhecimento do conteúdo das vantagens e/oudesvantagens das mudanças que surgem.- Desconhecimento das mudanças que ocorrem noambiente interno e externo.Todos os fatores apresentados e suas manifestaçõessão pontos limitadores do novo, da criatividade, dainiciativa e, até mesmo, da sobrevivência pessoal e daempresa, pois sem evolução, diminui-se a competitividadedos profissionais e das organizações.Infelizmente, existem empresas alheias às mudançasque ocorrem no meio ambiente, na tecnologia, nacultura e na gestão. Estão condenadas a desaparecer,cedo ou tarde, como muitas outras que até bem poucotempo foram grandes e símbolos de sucesso, masacabaram “fechando asportas”. Na maioria delas omotivo foi a sua dificuldadede adaptação às novasrealidades, ao novo ambienteempresarial. Comelas ocorreu o mesmo queaconteceu com espéciesanimais da pré-história,que não se adaptaram àsmudanças, desaparecerame hoje são fósseis. Faltoutambém a elas a simplicidadede entender que “sucesso,presente ou passadonão garante sucesso futuro”,pois é preciso evoluir.É necessário ficar em constanteevolução, em sintoniacom as mudanças.O receio de ser vistocomo resistente àsmudanças não develevar a assumir qualquernova idéia semum estudo adequado,pois elas devem serfrutos da análise de‘coração aberto’No entanto, o receio de ser visto como resistente àsmudanças não deve levar a assumir qualquer novaidéia sem um estudo adequado, pois elas devem serfrutos da análise de “coração aberto”, com a prontidãonecessária para incorporá-las e a clareza devisão para rejeitá-las total ou parcialmente. Sobretudo,é preciso vê-las sempre com bons olhos, porquea maioria delas pode gerar progresso e a evoluçãoé condição para a sobrevivência do profissional e daempresa.Flávio Martins é administrador de empresa e consultor.E-mail: contato@flaviomartins.com.br


VALORES & VALORESAUTOCONHECIMENTOpor J. Geraldo de SouzaImortalizada por Sócrates, a proposta “conhece-tea ti mesmo” é um dos maiores desafios feitos àhumanidade. É, também, um dos mais ignorados.E que o autoconhecimento tem a ver com isso? Temtudo, porque ele possibilita conhecer os diferentesníveis do caráter, educar suas potencialidades e, assim,atender com qualidade às exigências da atualidade.Conhecer a si mesmo, hoje, é um recurso quefaz toda diferença.12 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.O assunto pode parecer deslocado do contexto lógicoe objetivo dos homens de negócios, mas não é.Pelo contrário, o autoconhecimento pode contribuir,e muito, para a solução de questões conflituosas quepermeiam as organizações.A globalização, com a redução das barreiras comerciaise o surgimento de novas tecnologias, emáreas como a internet e a telefonia móvel, criaramum ambiente caótico, instável e tão competitivo quesurpreende até os mais experientes empresários. Narealidade, é uma guerra comercial, cuja busca pormais lucros beira a irracionalidade e, em diversos casos,tem ido além da resistência física e psicológicade muita gente. Essa cobrança, em seu aspecto imediatistae frio, gera um clima estressante e enfermiço,com danos incalculáveis para todos.O custo disso para a saúde e a qualidade de vida notrabalho é enorme. Pior ainda: afeta a convivência, aprodutividade e o balanço da empresa, o que diminuisua competitividade.Ao cultuar o físico e priorizar o intelectual, em detrimentodas emoções e do espiritual, fragmenta-se oindivíduo, com prejuízo para a sua totalidade. Trata-sede uma distorção cultural arraigada. Eis o problema!Esse desenvolvimento desequilibrado do ser humanocoloca-o em desvantagem quando ele é confrontadopor situações para as quais não se preparou interiormente.É o caso do profissional muito intelectualizado,porém analfabeto emocionalmente; que já viajou pormuitos países, e nunca ousou um passo para dentrode si; que já conquistou o dinheiro, mas não a paz. Arelação é longa e aqui não há espaço para tanto.No atual panorama, observa-se que a dura realidadepela qual passam os gestores se agrava a cada dia,com a sobrecarga de trabalho, de metas e cobrançasexcessivas, em circunstâncias que o intelecto já nãoconsegue responder ao grande volume de solicitaçõesque lhe são dirigidas. E com isso, o corpo sofrepor não aliviar tanta tensão. São jornadas extenuantes,com desfecho nem sempre agradáveis. É o preçopor se ultrapassar os próprios limites. Portanto, umapausa se faz necessária para que o executivo reflitasobre o objetivo que o move e buscar aquilo quelhe falta. É hora para introspecção, para se dar umachance.


A busca pelo autoconhecimento leva o indivíduo aoignorado mundo interior, abrindo-lhe oportunidadesnovas por meio do contato direto com suas fontesintuitivas e emocionais. É o caminho para a integridade,a plenitude e o sucesso verdadeiro, porque vemacompanhado da lucidez e da serenidade que lhe sãonecessárias ao momento, apesar das condições adversasque o constringe no mundo exterior.A partir deste ponto, o empresário pode dar um saltoem qualidade e números. À medida que se reposicionaperante si mesmo, seu foco muda. Agora, não lhecompraz atender aos apelos do ego, com seus anseiosvaidosos pelas poses e posses, mas, sim, o atendimentoaos interesses coletivos. Esses, uma expressãodo self, como querem uns; do espírito, como desejamoutros. O certo é a mudança benéfica que realmenteocorre na pessoa, que é o que de fato importa.Pode até parecer conversa de psicólogo ou coisa demísticos, no entanto, há testemunhos a respeito quevale citar. Anwart Sadat é um deles: “Nada é maisimportante que conhecer a si mesmo. Depois queconsegui saber o que queria e me livrar do que nãoqueria, reconciliei-me comigo mesmo e aprendi a viverem paz em minha própria companhia”. Para osdias atuais, é uma senhora conquista.Sócrates sabia muito bem o que estava falando e asua proposta continua de pé. Algumas empresas,aceitando este desafio filosófico, adequaram-no à suacultura e à sua equipe. E colhem bons frutos com isso.À indispensável valorização do capital intelectual, dirigemtoda atenção à saúde, por meio de cuidadoscom alimentação, atividades físicas, meditação e maiso que for preciso. De igual modo,cuidam atentamente dos sentimentosdo grupo, o que harmonizaas emoções e faz com que o afetose apresente espontâneo, gratuitoe generosamente.Aprendi aviver em pazem minhaprópriacompanhiaEm lugares assim, as amizades sefortalecem, as relações são de confiançae a cooperação é uma atitudecomum a todos. Esses são apenasalguns dos valores que emergemnaturalmente e se consolidam coma vivência do autoconhecimento e da educação interior.Desenvolver pessoas é, sobretudo, um investimentogratificante e com retorno garantido, pois melhorao clima na organização e, consequentemente,seus resultados. Ressalta-se ainda outra vantagem, aopossibilitar que se transforme o estresse da competiçãona satisfação em fazer negócios.Por esse ângulo, fica mais fácil compreender o segredode alguns empresários e suas empresas de sucesso.Conhecer a si mesmo, essa é uma boa proposta parase analisar.J. Geraldo de SouzaE-mail: j.geraldo@amirp.com.br


LIDERANÇAFUNCIONÁRIO SATISFEITOÉ SINÔNIMO DE PRODUTIVIDADEpor Luciana Laborne14 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


Nada melhor que levantar pela manhã, com bom humor e disposição, e irtrabalhar. Fazer o que gosta, ter uma política de comunicação aberta com aslideranças, pouca disputa interna e um salário compensador são alguns bons motivosque contribuem para isso. Mas o notório é quando empresas implementamculturas que valorizam a qualidade de vida do funcionário e, assim, conquistamuma eficiente aliada contra a insatisfação. A matemática é simples: se o funcionárioganha, a empresa também ganha.Nem tudo que é obrigação é sinônimo de insatisfação.Empresas que desenvolvem um ambiente internohumanizado provam, em resultados, que nãohá nada mais motivador e gratificante do que trabalharem um lugar agradável. Segundo o professore consultor na área de comportamento há 43 anos,Milton de Oliveira, se as empresas criam um climainterno estimulante, aproveitam de maneira eficazo potencial de aprendizagem emocional de seusmembros. Assim, fica mais fácil garantir as metasdo final do mês, nem que para isso seja necessáriopassar horas extras no trabalho. Já, se o ambienteé tenso e pouco estimulante, os resultados são depouca produtividade. Investir no empregado não écaridade, mas sim a solução para a melhora contínua,tantos dos resultados, quanto da qualidade dotrabalho e de vida.“A razão vem de um consenso do grupo”. A afirmaçãofeita pelo professor justifica a importância do diálogocomo “ação chave” na implementação de umanova cultura empresarial. “Quando se comunica, arelação de poder é aberta. Transparência, confiançae envolvimento são fundamentais para que ocorra anegociação, a discussão e o diálogo de maneira saudável”,complementa.A demanda por sistemas gerenciais que diminuema tensão do funcionário é cada vez maior, já que ocontexto é de uma sociedade violenta, estressadae cheia de conflitos. E diante disso, o conselho dequem acompanha, há anos, o desenvolvimento empresarial:“Tem que diminuir a tensão interna e secomunicar melhor. Você não pode perder o estresseda responsabilidade, porque você tem que produzir,mas o estresse da competição, você deve perder”,alerta Milton. No processo de estabelecer relaçõesde poder que não se estruturam apenas na lei e nomedo, mas no respeito à legitimação dos valores dereferência dos grupos, é necessário que as empresassubstituam posturas individualistas por práticas dotrabalho em equipe. O professor acrescenta aindaque é preciso delegar ao invés de centralizar, estimulara cooperação e o desenvolvimento de laçosafetivos e desestimular a competição e os comportamentosagressivos.Há 17 anos atuando no segmento de reforma, a FM<strong>Pneus</strong> adotou, recentemente, a cultura de valorizaçãode pessoas, o que a favoreceu para conquistar,nos anos de 2005 e 2006, o título de uma entre as150 Melhores Empresas para se Trabalhar no Brasil,segundo o Guia Melhores Empresas para Trabalhar,da Editora Abril. Para o diretor da empresa, EduardoMaldaner, que no início tinha apenas doze colaboradorese hoje tem um quadro de 245, o diferencialestá na estruturação da equipe, que é conduzidacomo uma família. Maldaner viu na satisfação do seucliente interno a melhoria de resultados para o seucliente externo: “As pessoas são nossos maiores bense todos possuem um tratamento igualitário, independentedo cargo na empresa”.Prof. Milton de Oliveira15 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


Arquivo FM <strong>Pneus</strong>Equipe FM <strong>Pneus</strong>16 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.Fica evidentenos balançosa melhorada empresa“Após a implantação do sistema de qualidade e doprograma de gestão de pessoas, fica evidente nosbalanços a melhora da empresa”. A afirmação feitapelo diretor é exemplificada no comprometimentodo colaborador, na diminuição de acidentes e atestados,em aspectos relacionados à qualidade do serviçode reforma e na melhoria do relacionamento entreos colegas. Segundo o departamentode recursos humanosda Fm <strong>Pneus</strong>, que avalia semestralmenteos colaboradores pormeio de uma pesquisa de climaorganizacional, aumentou aoferta de pessoas para trabalharna empresa, a rotatividadede colaboradores baixou e osfuncionários se comprometemem novos desafios. Com culturaimplantada para toda equipe,Maldaner afirma orgulhoso que “foi uma revoluçãopositiva, de cultura!”.FamíliaSe o assunto é qualidade de vida, um dos pontos cruciaisé a família. Esposas e filhos devem, além de entendero funcionamento da empresa, ser integradosao contexto empresarial. Criando um laço de confiançaempresa-funcionário-família a compreensãona ausência é maior e as cobranças dentro de casadiminuem.Melhorando a qualidade de vida dos colaboradores eseus familiares, com a adoção de programas e projetosvoltados para o desenvolvimento dos mesmos, oprofessor Milton acredita que, além de mais produtividade,a organização, em geral, se fortalece: “Funcionáriosmotivados e felizes produzem muito mais ecom mais qualidade. O colaborador tem que crescerjunto com a empresa”.Na FM <strong>Pneus</strong> há seis anos e contemplado no anode 2006 como o funcionário talento destaque,Antônio Fiorentin diz que, com a criação de diferentesprogramas (como sala de aula na empresa,biblioteca, aula de computação e a construção dasede dos funcionários, onde se pode levar a famíliapara momentos de lazer), é pouco provávelque o colaborador não se sinta mais valorizado emotivado.Não importa o tamanho da empresa ou o tipo denegócio, criar uma cultura que valoriza o funcionárioé uma necessidade que precisa ser atendidaquando se quer reter talentos e melhorar resultados.E não é demais lembrar as palavras do professorMilton: “Ambientes agradáveis são verdadeirasfontes de motivação”.


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CONEXÃOFORNECEDORES FIATpor J. Geraldo SouzaArquivo FiatOsias da Silva Galvantine, atual diretor de Compraspara a Fiat na América Latina, justifica odesempenho favorável da empresa no mercado em2007. Um exemplo é a venda de acessórios genuínosque no último ano cresceu 31%. Para o diretor,os fornecedores desenvolvem papel fundamental porterem foco na sustentabilidade e colaborarem para odesenvolvimento econômico e social do país.Hoje, como você define o papel dos fornecedoresdentro do atual momento da Fiat?Em 2007, com o crescimento do mercado, os fornecedorescresceram junto com a Fiat. Foram contratados,aproximadamente, dez mil profissionais em todaa cadeia produtiva, o que define o papel essencialque nossos parceiros exercem e mostra a agilidadenas respostas que o mercado exige.Quais são os valores comunse “inegociáveis” entre a Fiate seus fornecedores?Assim como a Fiat, nossos fornecedoresagora devem terfoco na sustentabilidade e contribuirpara o desenvolvimentoeconômico e social, por meioda criação de valor a curto, médioe longo prazos, sem exauriros recursos para o futuro.Visandodisseminarmelhorias,criamos aUniversidadeFornecedoresQual a estratégia utilizada pela Fiat para a valorizaçãodos seus fornecedores?Visamos parcerias de longo prazo, de modo a garantirequilíbrio e sustentabilidade para as duas empresas.18 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.Osias Galvantinediretor de Comprasda FiatQual o pré-requisito da Fiat que assegura o bomrelacionamento empresa/fornecedor?Como princípios básicos de relacionamento com osfornecedores, destacamos a ética, a transparência epró-atividade na condução dos negócios.Além dos critérios técnico e comercial, qual outroé decisivo na escolha de um fornecedor?Selecionamos nossos fornecedores com base em suascapacidades de oferta, além de qualidade, inovação,custos e serviços. O estabelecimento e a manutençãode relações estáveis, transparentes e de colaboração,também são pontos importantes.A Fiat assumiu a liderança no setor automobilísticobrasileiro. Qual o nível de importância da participaçãodos fornecedores para este fato?Foi de fundamental importância. Alargamos aindamais as parcerias com os fornecedores e desenvolvemosprocessos focados em produtividade dos recursos,além de inovações tecnológicas. Visando disseminarmelhorias para toda a cadeia, criamos, inclusive, aUniversidade Fornecedores em parceria com instituiçõesacadêmicas e núcleos de excelência.Como criar sinergia e alcançar a excelência em resultadoscom fornecedores de culturas diferentes?Criamos o que existe de melhor e que mais se encaixanas nossas necessidades, no que diz respeitoàs diversas culturas hoje presentes em nosso parque.Tal diversidade nos garante uma grande agilidade,flexibilidade e simplicidade na tomada dedecisões, garantindo a excelência não somente noresultado, mas em tudo.


In Foco BrasilA UNIÃO FAZ A FORÇA.A AMIRP é a associação que reúneo maior número de reformadores depneus do Brasil. Resultado do trabalhoem conjunto e do apoio oferecidoaos associados. Junte-se a nós.Associe-se você também e façaparte desse grupo.AMIRP – União e força para vencer.(31) 3356-3342www.amirp.com.bramirp@amirp.com.br


SERVIÇOSA FAVOR DOPROFISSIONALDO TRANSPORTE20| <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


por Luciana LaborneCriados em setembro de 1993, o Serviço Socialdo Transporte – Sest – e o Serviço Nacional deAprendizagem do Transporte – Senat – possibilitamo desenvolvimento dos profissionais da área em todoo país. Por meio de benefícios, como a garantia dolazer, assistência médica e odontológica e a difusãocultural, os serviços promovem tanto a formação/qualificação como a melhoria da qualidade de vidado trabalhador.José Vicente – diretor do Sest/Senatde Belo HorizonteEm Minas Gerais, a primeira unidade foi inauguradaem agosto de 1995, no centro da capital mineira.Mas foi em julho de 1997 que foi criada a atualunidade padrão, com ampla infra-estrutura, paramelhor atender o trabalhador do segmento de transporte.“Piscinas, campo de futebol, auditório, salas elaboratórios para aulas práticas e consultório odontológicosão alguns dos serviços disponíveis para queo trabalhador da categoria tenha um dia-a-dia maisagradável”, descreve José Vicente, diretor da unidadeSest/Senat de Belo Horizonte. Ele justifica a necessidadedo espaço: “É uma classe que necessita deum respaldo, afinal, ficam fora de casa vários dias naprestação de diferentes serviços para a sociedade”.Segundo o diretor, na unidade, são atendidas mais decinco mil pessoas por mês. Na parte de treinamento,são onze instrutores contratados, que qualificam, pormês, cerca de 600 trabalhadores em transporte, incluindotambém acompanhante de transporte escolare o cobrador de ônibus.Exigidos por empresas no momento da contratação,os cursos do Sest/Senat não só auxiliam o trabalhadora se inserirem no mercado, como possibilitam areciclagem do profissional a cada cinco anos. E, se aparte de treinamento é voltada para o próprio profissional,os serviços de saúde, lazer, esporte e culturasão destinados, também, à família deste. Para freqüentaras diferentes áreas dos serviços, é necessárioque o profissional apresente a carteira de trabalho, oúltimo contra cheque e comprove,por meio de documentação,quem é a família (esposa, filhos)ou dependente legal. “Não épreciso pagar uma mensalidadepara ter direito. Aqui provouque é trabalhador do transporte,o atendimento é gratuito”,afirma José Vicente.É trabalhadordo transporte,o atendimentoé gratuitoHá contribuição compulsóriadas empresas de transporte,pela guia de recolhimento daprevidência e o pagamento trimestral feito por aquelesque são autônomos, como taxista, caminhoneiro,suplementar e escolar. Apesar de não possuírem acarteira assinada, eles possuem a de permissão daBHTRANS e, assim, comprovam que também sãoprofissionais do segmento do transporte – são algumasdas formas utilizadas para manter as entidades.Mesmo disponibilizando diferentes opções para aqualificação e o bem estar do profissional, o diretoracredita que, além de mais divulgação, falta aindainteresse das empresas em facilitar e incentivaro funcionário a estudar e a usufruir dos benefícios.“Apoiar um campeonato de futebol ou mostrar a importânciado trabalhador passar o domingo no clubecom a família reflete diretamente, no desempenhodo profissional”. Enfatiza: “O empregado satisfeito,bem treinado e descansado trabalha muito melhor”.21 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


PNEUS E FROTASPNEU EMDESTAQUE“O nosso foco é transportar e, para isso, é necessárioo pneu rodar bem”, afirma Sebastião Sobrinho. Eexplica que, na Vito, o serviço de reforma de pneus éterceirizado e executado por reformadoras credenciaporLuciana LaborneAVito se destaca, nacionalmente, no setor de transporte.Além de transportar cargas e insumos, emviagens intermunicipais e interestaduais, a Vito é aprimeira no país a oferecer serviços em mineração.“Mais de 40 anos no mercado, seriedade na prestaçãode serviços, equipamentos de qualidade e logísticaaplicada a todos os setores da empresa diferenciamo trabalho Vito”, justifica Sebastião Assis Sobrinho,que atua na empresa há 32 anos e atualmente gerenciao departamento de Compras e Materiais.Com 3.150 pneus rodoviários e 500 pneus trabalhandopara a mineração em caminhões e máquinas, naVito, o setor de pneus é prioridade para que se obtenharesultados satisfatórios nas operações. E para queesse investimento seja eficaz, o ponto de partida éo funcionário. “Investir no treinamento do motorista,com cursos contínuos de conscientização, possibilitaque o nosso funcionário entenda a importância doseu trabalho para um retorno final positivo”, revelaSebastião Sobrinho.José Caetano de Carvalho eSebastião Assis SobrinhoEm decorrência desse tratamento destinado ao funcionárioe o cuidado com setor de transporte, a empresaapresenta baixo percentual de reposição depneus. Dos 3.150 pneus rodoviários, a empresa temuma reposição de 2,2% – o equivalente a cerca de 75pneus por mês.22| <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.Se o funcionário consciente e satisfeito já reflete nacredibilidade dos clientes Vito, imagina possibilitar queesse mesmo cliente participe da rotina de trabalho daempresa? Segundo Sebastião Sobrinho, ter integradona estrutura interna da Vito escritório de clientes,favorece não só a sinergia entre as partes, como fortaleceas parcerias. “Nosso cliente é recompensadopelo custo beneficio final”, e pontua: “Atendimento,qualidade, confiabilidade fazem o quesito preço valera pena”. Parcerias “de peso”, como Kolynos do Brasil,Magnesita S.A, Belgo Mineira e Companhia Vale doRio Doce, por exemplo, comprovam a declaração deSebastião.Reforma


das. Com uma borracharia dentro da empresa é feitoo monitoramento do trabalho prestado pelos fornecedores.“Eles reformam, mas o controle é nosso”,garante.No quesito reforma, a empresa recapa cerca de umavez e meia o pneu rodoviário, enquanto o setor demineração faz cerca de duas reformas por pneu. Consultorde pneus há 32 anos, José Caetano de Carvalho,explica que, mesmo o pneu rodoviário possuindouma média de recapagem menor que os pneus paramineração, o rendimento do rodoviário é, consideravelmente,maior. “Com uma reforma e meia, o pneuchega a ultrapassar 240 mil quilômetros rodados, oque corresponde a vida útil do pneu rodoviário. Porém,a vida do pneu novo, para mineração, é de 35mil quilômetros rodados e 23 mil com ele reformado”,expõe o consultor, que atribui essa diferença àscondições de trabalho e à topografia de Minas. “Dependedas estradas, dos tipos de cargas, do motorista”,esclarece José Caetano.Já que o intuito é aumentar a vida do pneu e reduzir ocusto final, a empresa desenvolveu um programa quearquiva o histórico completodos pneus. Integrado àmanutenção do transporte,o programa oferece, pormeio de relatórios, informaçõesque apontam asfalhas e as vantagens dotrabalho desenvolvido peloreformador. “Um desenhox que não deu bom resultadoe vem sendo questionadopelo motorista vai serdetectado e repassado parao reformador, que apresentaráum novo desenho”,Eles reformam,mas o controleé nossoexplica José Caetano, que diz ser esse elo de confiançao responsável por facilitar o atendimento, diferenciado,à toda demanda Vito.


FAZENDO A DIFERENÇATECENDO CIDADANIA,MOLDANDO DIGNIDADEpor Luciana Laborne24| <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.Arquivo Salão do EncontroNa segunda edição da revista <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.,a editoria “Fazendo a diferença” é presenteadacom um exemplo que enche os olhos coma beleza da simplicidade e encoraja a alma dosque acreditam na possibilidade de um mundomelhor.O ano é o de 1971 e a história é bordada nodecorrer de 37 anos pelas mãos da mineira NoemiMacedo Gontijo, que, junto a seu amigoFrei Stanislau, montou, em Betim, um salãopara exercitar a cidadania. Iniciativa que tempara Noemi apenas uma explicação: “Diante dadesigualdade, a vontade de fazer gente feliz”.O início foi possível com a doação de um terreno.Galpão estruturado e crianças de famíliade baixa renda são acolhidas por Noemi. Coma ajuda de um artesão, inaugura-se um tear e,posteriormente, o espaço ganha uma marcenaria.Mas não demora muito e o galpão fica pequenopara os sonhos da mineira nascida na cidadede Luz. Era preciso mais. Não só crianças,mas adultos e idosos do município de Betimnecessitavam também de assistência médica,escola, moradia e condições de trabalho.Entre o tecer dos fios eo cerrar da madeira aoportunidade de tornaro ambiente não apenasum lugar de solidariedade,mas num espaçoem que as pessoas pudessemaprender umofício, pudessem fugirdo ócio improdutivo e,com a ocupação, garantira sobrevivência.“Aqui não pedem favor,pedem trabalho e, maisO Salão doEncontro me apoiouna hora em que eumais preciseique trabalho, é preciso alimentar-se bem e sesentir satisfeito, com moradia descente”, afirmaNoemi.


Atualmente, além da criação das cozinhas, creche,escolas com aplicações multidisciplinaresna área pedagógica, setor de agropecuária eárea para exposição e venda de produtos, osalão possibilita a formação profissionalizantee artística em oficinas de tecelagem, tapeçaria,marcenaria, tinturaria, cerâmica, cestaria,florista e confecção de bonecas. Essas atividadesgarantem a inserção de jovens, adultos eidosos no mercado de trabalho. “Todos queentram aqui, tem a carteira de trabalho assinada”,explica Noemi, que vê nessa atitude amelhor maneira de formar cidadãos: “Isso nãoé nada mais que dar a dignidade a que eles têmdireito”.E se o assunto é proporcionar dignidade e desenvolverpotencial, a mineira não pensa duasvezes para afirmar que a beleza é ferramentaindispensável para mudar a vida e, principalmente,o ser humano. “Qualquer pessoa tempotencial, basta estimular. Mas ofereça a ela abeleza, a qualidade e não qualquer coisa. Muitagente peca por isso. Pensa que para pobre,qualquer coisa serve. Eu não. Dou o melhor eo mais bonito”.Por meio de parcerias e da venda do trabalhoproduzido nas oficinas, o Salão do Encontroconsegue, hoje, atender a 1.098 pessoas. Como trabalho, a educação e a cultura, o Salão desenvolveações de habilitação e reabilitação depessoas portadoras de necessidades especiaise com dependência química. “Chegam dependentesquímicos para trabalhar aqui e voltamótimos. Depositam no trabalho a ilusão e a dordeles. É gratificante ver meus meninos crescendoe fazendo acontecer”, se orgulha Noemi.Reciclar vidasAproveitar os mais diversos retalhos para darorigem a bonecas e colchas é estratégia utilizadana produção do Salão do Encontro. Lugarem que quase tudo se recicla. E não se restringeaos materiais. São aprendizados e valores quesão repassados, vidas que são reencontradas.Aos 17 anos, Cleide Silva Ribeiro, que freqüentao Salão desde os cinco e trabalha na confecção debrinquedos de pano, diz que descobriu no lugarmais do que educação e trabalho, encontrou forçapara lutar pela vida. “O Salão do Encontro meapoiou na hora em que eu mais precisei”, afirmaa jovem que aos nove anos teve câncer e foi acolhidajunto a sua família pelo Salão durante o tratamento.“Tiraram minha família do aluguel e atéhoje eu moro no condomínio. Agora é o momentode doar todo o carinho que sempre recebi aqui”,conta Cleide, que entre noções de responsabilidadee sentimentos de solidariedade, presencia, notrabalho realizado pela instituição, a construçãode caráter e o desenvolvimento de pessoas.“A minha ligação com o Salão é diferente”,afirma a funcionária da instituição há 26 anos,Lázara Joana Moreira, que acompanhou ostrês primeiros anos do Salão e hoje, além detrabalhar no setor de exposição e vendas, éresponsável em acompanhar os visitantes quechegam ao local. Tarefa feita de ótimo agradopor quem conhece cada canto, acompanha diferenteshistórias e cresce diariamente com aparticularidade das experiênciaspresenciadas.“É indescritível ver umsurdo trazendo pelasmãos um cego. A genteganha ‘um tapa’. NossaSenhora! É algo forteem sentimento. Faz agente perder a moleza,esquecer uma dorzinhade cabeça e seguir commais coragem”.Quem ensinaé o própriomenino que aliaprendeuPor trás dos exemplos,está Noemi fazendo adiferença. Ela não deixa de sonhar e segue fazendoplanos para a instituição: “Quero que oSalão ajude outras entidades. Que pessoas defora façam estágio, aprendam e passem paraos outros”. Idéia baseada na certeza do futuroestável do local, “o Salão nunca vai morrer,porque quem ensina é o próprio menino queali aprendeu. Damos o caminho e a mão, e elescontinuam a dar a graça da obra. Uma criançaque passou pela creche, hoje é funcionária dainstituição”.E assim segue o ritmo... Projetar, desenhar,cortar madeira. Tecer esperança, correr embusca da sobrevivência e apostar nas pessoas.Tamanho é o encanto, que faz a verdade parecerinventada. Veracidade das palavras confirmadaquando Noemi, hoje aos 83 anos pronuncia,“Pra minha pessoa? Eu sou plenamenterealizada”. Complementa admirada enquantoobserva a continuidade de sua iniciativa: “Andandopor aqui, vejo como a obra está arrumada,com cada coisa no seu lugar. Eu não querosair daqui não. E quando morrer... Nossa! Vouter uma saudade desse cantinho”, finaliza emgargalhadas.25 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


VIVER BEMNO STRESS!26| <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.Apalavra stress se popularizoude tal maneira, quenos levou a esquecer seus significadosoriginais: cansaço,exaustão, sobrecarga de trabalho...Tornou-se, inclusive,tema de camisetas que desfilampelas ruas e, dificilmente,se mantém distante das nossasKátia Matos queixas diárias. Contudo, outrasinterpretações podem seratribuídas ao apelo do título,como tentativa de se acalmar ou de tranqüilizar econter o outro.No entanto, não se pode afirmar que houve uma banalizaçãodo estresse. Ele é real. É fruto de um cotidianopermeado por dificuldades de toda ordem:financeira, amorosa, de saúde e excesso de trabalho,por exemplo. Assim, em algum momento da sua ocorrência,ele pode e deve ser analisado, revisto, contido,já que, além de deflagrar descargas emocionais, atuadiretamente sobre nosso organismo em face da toxicidadedas substâncias por ele produzidas.Quem de nós não se sente tantas vezes assolado pordores físicas, mal-estar, sensações de impotência,de irritabilidade, angústia, medo e um alto grau deperda de direção da própria vida? À tudo isso, costumamosdar um único nome: estresse. Mas, não ésempre que paramos para refletir sobre a sua origem.E quase nunca nos perguntamos: como posso evitaresse impacto sobre mim?Se para os nossos ancestrais o estresse era um mecanismode defesa – um mal necessário – contra o perigoiminente de um mundo selvagem, em que predadore presa procuravam instintivamente garantir suasobrevivência, como poderíamos definí-lo hoje? Mudarampresa e predador. O mundo se transformou.E progresso nem sempre se traduz em ordem. Pode,ao contrário, apontar para o caos. Somos regidos porum sistema político-econômico que não poupa ninguém.Se empresários, permanecemos sob a ameaçade um mercado competitivo ao extremo, uma políticatributária excessivamente onerosa e concorrêncianem sempre leal. Se empregados, desempregadosou trabalhadores informais, sofremos a pressão dosbaixos ganhos, indução permanente ao consumo econcessão inesgotável de crédito, que nos leva a umendividamento sempre crescente. Dentre outros, essesconstituem indutores de toxinas do estresse pornossas veias.Aliado a esses fatores, é importante considerar quevivemos a era do “eu”. Se em outros tempos agia-seem prol da coletividade, o modus vivendi atual semanifesta pelo individualismo, exibicionismo e salvese-quem-puder.Essa maneira de transitar pela existênciaacaba se tornando exaustiva. Individualistas evaidosas, as pessoas não fazem trocas. Pouco ouvemumas às outras e pouquíssimo se apóiam. A quemnos vinculamos que possa minimizar ou compartilharnossa fadiga? Criamos uma condição de demasiadahostilidade e passamos a ser, solitariamente, responsáveispela remoção dos obstáculos.O estresse, então, tornou-se ato contínuo. Em nossasresidências, o descanso fica cada vez mais distante.Quando dormimos, temos sonhos agitados e o repousonão vem... Ficamos planejando como procederno dia que está nascendo. E quando acordados,há uma permanente pressão da realidade. O quefazer? Refletir é a solução para mudar. Para quemquer mudar.Kátia Matos é psicóloga.E-mail: katiagmatos@gmail.com

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