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manutenção de equipamentos em empresa siderúrgica - Ppga.com.br

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3Dedico este trabalho à minha esposa Regina eaos meus filhos Daniel e Gustavo pela<strong>com</strong>preensão, pela paciência e pelo incentivoconstantes.


4AGRADECIMENTOSÀ Prof. a Dr. a Gladis Camarini, pelo incentivo, pelo estímulo e pela maestria pessoal <strong>com</strong>que orientou este trabalho.À Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté, pela excelente oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprofundar meus conceitos eadquirir novos conhecimentos na estimulante área da administração.À <strong>em</strong>presa ARGLA Ltda. pelo apoio contínuo ao <strong>de</strong>senvolvimento pessoal e profissional.


5RIBEIRO, Alvaro. Manutenção <strong>de</strong> <strong>equipamentos</strong> <strong>em</strong> <strong>em</strong>presa si<strong>de</strong>rúrgica. 2004. 78 f.Monografia (MBA – Gerência Empresarial) - Departamento <strong>de</strong> Economia, Contabilida<strong>de</strong>,Administração e Secretariado, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté, Taubaté.RESUMOEste trabalho apresenta os resultados alcançados e a importância da <strong>manutenção</strong> produtivatotal para <strong>em</strong>presas do ramo si<strong>de</strong>rúrgico. Particularmente, avalia a <strong>manutenção</strong> <strong>de</strong> umequipamento <strong>de</strong> uma <strong>em</strong>presa si<strong>de</strong>rúrgica, no caso um laminador contínuo <strong>de</strong> barras, cujoindicador <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong> encontrava-se aquém das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção da<strong>em</strong>presa, e acima do praticado pela si<strong>de</strong>rurgia no Brasil. O trabalho <strong>de</strong>senvolveu-se <strong>com</strong>base <strong>em</strong> um estudo <strong>de</strong> caso abordando uma aplicação prática <strong>em</strong> que o enfoque principalfoi a <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> da <strong>em</strong>presa por meio da redução do indicador <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong>sendo utilizada a ferramenta para análise e solução <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong>nominado ciclo PDCA.A necessida<strong>de</strong> da mudança para um nível menor no indicador <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong> ocorreu<strong>em</strong> função da maior <strong>com</strong>petição que passou a existir na indústria si<strong>de</strong>rúrgica <strong>de</strong> açosespeciais e <strong>de</strong> novas solicitações da <strong>em</strong>presa quanto à qualida<strong>de</strong> do produto, produtivida<strong>de</strong>do equipamento, maior disponibilida<strong>de</strong> para produção, maior segurança e menores custos,que traz<strong>em</strong> benefícios não somente para a mesma, mas principalmente para o mercadoconsumidor. O principal resultado obtido foi a redução do indicador <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong>do laminador contínuo <strong>de</strong> barras que no ano 2000 foi <strong>de</strong> 8,57% para 3,66 % <strong>em</strong> 2003,menor que o praticado pela si<strong>de</strong>rurgia <strong>em</strong> geral. A forma <strong>de</strong> condução da análise <strong>de</strong> paradasdo equipamento produtivo por <strong>manutenção</strong> trouxe melhores resultados ao <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho dos<strong>equipamentos</strong> e ainda, favoreceu maior integração entre as equipes <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> eoperação que, juntas, são as responsáveis pela produção.Palavras-chave: Manutenção, Empresa Si<strong>de</strong>rúrgica, Disponibilida<strong>de</strong>, Indicador <strong>de</strong>Indisponibilida<strong>de</strong>.


9LISTA DE FIGURASFigura 1 - Postura do profissional <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>........................................................ 20Figura 2 - Indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido à <strong>manutenção</strong> no Brasil....................................... 24Figura 3 - Custo <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> <strong>em</strong> relação ao faturamento no Brasil........................ 27Figura 4 - As fases do ciclo PDCA.............................................................................. 33Figura 5 - As fases do ciclo SDCA.............................................................................. 37Figura 6 - Paretos dos t<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> parada no ano 2000 – Mecânica............................... 40Figura 7 - Paretos dos t<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> parada no ano 2000 – Elétrica.................................... 41Figura 8 - Organograma da <strong>em</strong>presa............................................................................. 43Figura 9 - Organograma da <strong>manutenção</strong> da <strong>em</strong>presa.................................................... 44Figura 10 - Organograma da <strong>manutenção</strong> da área <strong>de</strong> Laminação................................... 45Figura 11 – Desenho do Laminador Contínuo.................................................................. 46Figura 12 - Laminador Contínuo..................................................................................... 47Figura 13 - Posição dos rolamentos do redutor <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>....................................... 50Figura 14 - Redutor <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> revisado após troca <strong>de</strong> rolamentos.......................... 51Figura 15 - Indisponibilida<strong>de</strong> do Laminador Contínuo no ano 2000.............................. 53Figura 16 – Ciclo PDCA................................................................................................ 55Figura 17 - T<strong>em</strong>po <strong>de</strong> parada por que<strong>br</strong>a <strong>de</strong> redutores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>............................ 60Figura 18 - Indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> máquina pela especialida<strong>de</strong> Mecânica....................... 61Figura 19 - Indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> máquina pela especialida<strong>de</strong> Elétrica.......................... 61Figura 20 - Indisponibilida<strong>de</strong> do Laminador Contínuo até 2003................................... 63Figura 21 - Cumprimento da <strong>manutenção</strong> preventiva Mecânica................................... 64Figura 22 - Cumprimento da <strong>manutenção</strong> preventiva Elétrica...................................... 65Figura 23 - Valores orçados e realizados <strong>em</strong> 2000, 2001, 2002 e 2003........................ 66Figura 24 - Indisponibilida<strong>de</strong> nos anos 2000, 2001, 2002 e 2003................................. 67Figura 25 - Gerenciamento das rotinas nos anos 2002 e 2003....................................... 68


10LISTA DE QUADROSQuadro 1 – Técnicas e expectativas da <strong>manutenção</strong> ao longo do t<strong>em</strong>po........................ 19


11LISTA DE TABELASTabela 1 - Indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido à <strong>manutenção</strong> por setor produtivo......................... 25Tabela 2 - Custo da <strong>manutenção</strong> por setor produtivo..................................................... 28


12GLOSSÁRIOABNT – Associação Brasileira <strong>de</strong> Normas Técnicas – órgão regulamentador das normastécnicas no Brasil.ABRAMAN – Associação Brasileira <strong>de</strong> Manutenção – entida<strong>de</strong> que congrega profissionaisda área <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> no Brasil.Aciaria – área produtiva on<strong>de</strong> os diversos tipos <strong>de</strong> aço são fa<strong>br</strong>icados.Arames – área produtiva on<strong>de</strong> os diversos tipos <strong>de</strong> aço são processados (à frio) na forma <strong>de</strong>bobinas, <strong>com</strong> objetivo <strong>de</strong> obter-se perfis <strong>com</strong> dimensões precisas e acabamento superficialdiferenciado (polimento).Barra – termo utilizado no ambiente si<strong>de</strong>rúrgico, que refere-se ao material <strong>em</strong> açoutilizado no processo <strong>de</strong> laminação.Benchmarking – o melhor <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho obtido por um indicador, tornando-se uma marca<strong>de</strong> referência ou um padrão.Bobina <strong>de</strong> fio máquina – é o nome que se dá ao produto laminado à quente e que t<strong>em</strong>perfil circular (redondo), que é entregue aos clientes enrolado na forma <strong>de</strong> bobina enormalmente é utilizado na indústria <strong>de</strong> auto-peças.Brainstorming – t<strong>em</strong>pesta<strong>de</strong> <strong>de</strong> idéias - técnica para indicação ou sugestões para aspossíveis causas <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado probl<strong>em</strong>a.BS – British Standards - órgão regulamentador das normas técnicas na Grã-Bretanha.


13Construção mecânica – segmento <strong>de</strong> atuação <strong>de</strong> uma <strong>em</strong>presa voltada à produção <strong>de</strong> açosespeciais (aço ao chumbo, aço cromo-vanádio, aços ressulfurados, aço ao nióbio, açoinoxidável entre outros tipos), <strong>de</strong>stinados à fa<strong>br</strong>icação <strong>de</strong> auto-peças, eixos, peças forjadase fundidas.Experts – profissionais que <strong>de</strong>têm conhecimentos específicos <strong>em</strong> <strong>de</strong>terminadasespecialida<strong>de</strong>s.Gaiola <strong>de</strong> laminação – conjunto mecânico <strong>com</strong>posto <strong>de</strong> dois cilindros, um redutor <strong>de</strong>velocida<strong>de</strong> (ou ampliador <strong>em</strong> alguns casos), acionado por motores elétricos para tração dasbarras <strong>de</strong> aço.Instruções <strong>de</strong> trabalho – são procedimentos escritos que visam treinar, capacitar epermitir que os serviços <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> sejam realizados <strong>com</strong> qualida<strong>de</strong>, segurança e not<strong>em</strong>po padrão.Laminação – área produtiva on<strong>de</strong> os diversos tipos <strong>de</strong> aço são conformados (à quente) paraaten<strong>de</strong>r às especificações metalúrgicas, mecânicas e dimensionais solicitadas pelos clientes.Laminador contínuo – equipamento metaúrgico <strong>com</strong>posto <strong>de</strong> estruturas mecânicas<strong>de</strong>nominadas “gaiolas <strong>de</strong> laminação”, cujo objetivo é a redução da seção das barras <strong>em</strong>processo por <strong>de</strong>formação plástica.MTBF – Mean Time Between Failure – T<strong>em</strong>po Médio Entre Falhas – significa o t<strong>em</strong>pomédio entre as falhas <strong>de</strong> um dispositivo e me<strong>de</strong> o seu grau <strong>de</strong> confiabilida<strong>de</strong>.MTTR - Mean Time To Repair – T<strong>em</strong>po Médio Para Reparo – significa o t<strong>em</strong>po médioque se leva para o reparo <strong>de</strong> um dispositivo e me<strong>de</strong> sua eficácia.PDCA – Plan, Do, Check and Act – Planejar, Executar, Verificar e Atuar – métodoutilizado para análise e solução <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as.


14PM – Planejamento <strong>de</strong> Manutenção – é um módulo específico do software SAP R/3,<strong>de</strong>dicado à gestão dos recursos da <strong>manutenção</strong>.Refugo <strong>em</strong> linha – barra <strong>de</strong> aço sendo laminada e que por qualquer falha <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>não chega ao final do processo, vindo a ser segregada, contabilizada <strong>com</strong>o refugo (perda noprocesso).SAP R/3 – Syst<strong>em</strong>eanwendungen Produkte in <strong>de</strong> Datenverarbeitung – Sist<strong>em</strong>asAplicativos e Produtos para Processamento <strong>de</strong> Dados - é um software integrado <strong>de</strong> gestão<strong>em</strong>presarial <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> al<strong>em</strong>ã.Trefilação – área produtiva on<strong>de</strong> os diversos tipos <strong>de</strong> aço são processados (à frio) na forma<strong>de</strong> barras, <strong>com</strong> objetivo <strong>de</strong> obter-se perfis <strong>com</strong> dimensões precisas e acabamento superficialdiferenciado (polimento).UEN – Unida<strong>de</strong> Estratégica <strong>de</strong> Negócios – divisão adotada pelas organizações paraadministrar seus negócios específicos, <strong>de</strong> forma estratégica.5W 1H – What, When, Who, Where, Why, How – O que, Quando, Qu<strong>em</strong>, On<strong>de</strong>, Por que, eComo – ferramenta da qualida<strong>de</strong> utilizada para elaboração <strong>de</strong> plano <strong>de</strong> ação e análise doporquê das ocorrências <strong>de</strong> não conformida<strong>de</strong>s nos processos.


16• apresentar dados <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong> e custo do setor <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> <strong>em</strong> si<strong>de</strong>rurgiano Brasil;• apresentar dados <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong> e custo no equipamento objeto do estudo.1.2 Limitação do t<strong>em</strong>aEste estudo foi <strong>de</strong>senvolvido a partir da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> redução do indicador <strong>de</strong>indisponibilida<strong>de</strong> do equipamento <strong>de</strong>nominado Laminador Contínuo, o qual t<strong>em</strong>importância estratégica na ca<strong>de</strong>ia produtiva da usina si<strong>de</strong>rúrgica e também pela necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> mudança da visão que normalmente se t<strong>em</strong> da área <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> que é a <strong>de</strong>reparadores <strong>de</strong> <strong>equipamentos</strong>, passando a ser uma área <strong>de</strong> maior importância <strong>com</strong> enfoquenos resultados da <strong>em</strong>presa.1.3 Relevância do t<strong>em</strong>aAtualmente as <strong>em</strong>presas do setor si<strong>de</strong>rúrgico, especialmente no segmento <strong>de</strong> açosespeciais não-planos, estão inseridas num contexto mundial <strong>em</strong> que a oferta <strong>de</strong> produtoslaminados é menor que a <strong>de</strong>manda, ou seja, há falta <strong>de</strong> produtos no mercado. Apesar disso,cada vez mais, o cliente t<strong>em</strong> o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> escolha, o que significa dizer que as exigências sãocrescentes a cada dia. A <strong>com</strong>petição entre as <strong>em</strong>presas é acirrada <strong>de</strong> modo que reduzircustos torna-se imperativo para a sua so<strong>br</strong>evivência.Um equipamento <strong>com</strong>o um Laminador Contínuo que produz barras e bobinas <strong>de</strong>aços especiais, <strong>com</strong> uma produção mensal planejada, programada e <strong>com</strong>promissada,necessita chegar ao final <strong>de</strong> cada mês <strong>com</strong> suas metas <strong>de</strong> produção atingidas ou aindapreferencialmente ultrapassadas, <strong>de</strong> modo a garantir o custo previsto, e o prazo <strong>de</strong> entregasolicitado pelo cliente.Interrupções imprevistas por motivos <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> po<strong>de</strong>m seriamente<strong>com</strong>prometer esses dois fatores, prejudicando não só os negócios do cliente <strong>com</strong>o também<strong>de</strong>sgastando a imag<strong>em</strong> da <strong>em</strong>presa <strong>com</strong>o fornecedora, além dos custos adicionais agregadosao produto.


17Diante do cenário que se apresenta e das ameaças que po<strong>de</strong>m atingir a <strong>em</strong>presa, a<strong>manutenção</strong>, eficaz, contribui para a maximização da disponibilida<strong>de</strong> dos recursos <strong>de</strong>produção, para a minimização dos <strong>de</strong>sperdícios e, ainda, se obter uma vantag<strong>em</strong><strong>com</strong>petitiva para a <strong>em</strong>presa.1.4 – Estrutura do trabalhoO presente trabalho está estruturado da seguinte maneira:• Capítulo 1 – t<strong>em</strong> por finalida<strong>de</strong> introduzir o leitor ao t<strong>em</strong>a da pesquisa e <strong>de</strong>screver oobjetivo geral e os objetivos específicos, as limitações e a relevância do t<strong>em</strong>a.• Capítulo 2 – apresenta os principais conceitos e tipos <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>, os aspectosrelacionados à engenharia <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> e ao fator humano na <strong>manutenção</strong>.• Capítulo 3 – <strong>de</strong>screve o método PDCA e suas características principais.• Capítulo 4 – refere-se ao tipo <strong>de</strong> pesquisa utilizada no <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho,baseada <strong>em</strong> dados <strong>de</strong> arquivos da <strong>em</strong>presa estudada e no método PDCA adotado para aanálise e solução <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as.• Capítulo 5 – trata especificamente do estudo <strong>de</strong> caso, on<strong>de</strong> se analisa o indicador <strong>de</strong>indisponibilida<strong>de</strong> relacionado à <strong>manutenção</strong> <strong>em</strong> um equipamento si<strong>de</strong>rúrgico, e àsmodificações realizadas na sist<strong>em</strong>ática <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> preventiva e nas inspeções que<strong>de</strong>terminaram a melhoria <strong>de</strong>sse indicador, passando pela estrutura funcional da<strong>em</strong>presa.• Capitulo 6 – analisa os dados relativos ao estudo <strong>de</strong> caso e apresenta os principaisresultados obtidos.• Capítulo 7 – apresenta as conclusões <strong>de</strong>monstrando a importância do método PDCApara a análise e solução <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as e os resultados obtidos <strong>em</strong> termos <strong>de</strong>indisponibilida<strong>de</strong> para o equipamento produtivo.


182 MANUTENÇÃOA <strong>manutenção</strong> po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida na concepção industrial <strong>com</strong>o a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer<strong>com</strong> que o ativo físico da <strong>em</strong>presa seja mantido <strong>de</strong> forma a garantir sua funcionalida<strong>de</strong>operacional. A Norma Brasileira NBR-5462 (ABNT, 1981), <strong>de</strong>fine <strong>manutenção</strong> <strong>com</strong>o oconjunto <strong>de</strong> ações <strong>de</strong>stinadas a manter ou recolocar um it<strong>em</strong> <strong>em</strong> um estado no qual po<strong>de</strong>executar a função requerida. Na Norma Britânica BS – 3811 (BS, 1974), a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><strong>manutenção</strong>, é a <strong>com</strong>binação <strong>de</strong> qualquer ação para reter um it<strong>em</strong> ou restaurá-lo, <strong>de</strong> acordo<strong>com</strong> um padrão aceitável (MONCHY, 1989 apud MUASSAB, 2002).2.1 Conceito <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>Ao longo do t<strong>em</strong>po a área <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> t<strong>em</strong> mudado significativamente e oincr<strong>em</strong>ento <strong>de</strong>stas mudanças po<strong>de</strong> ser observado no número e na varieda<strong>de</strong> das instalaçõesprodutivas, <strong>com</strong> projetos cada vez mais <strong>com</strong>plexos, <strong>com</strong> exigências <strong>de</strong> conhecimentotécnico <strong>em</strong> níveis cada vez maiores, o que <strong>de</strong>manda uma atualização constante dosprofissionais da área <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>.Uma tendência é que a área <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> nas <strong>em</strong>presas passa a ser consi<strong>de</strong>radaestratégica para os resultados dos negócios das mesmas, pois por meio da <strong>manutenção</strong>sist<strong>em</strong>ática é possível antecipar-se e evitar falhas que po<strong>de</strong>riam ocasionar paradasimprevistas dos <strong>equipamentos</strong> produtivos. Da mesma forma, é possível se <strong>de</strong>tectar umasituação on<strong>de</strong> haja expectativa <strong>de</strong> falha e programar-se para uma intervenção <strong>em</strong>oportunida<strong>de</strong> mais apropriada, s<strong>em</strong> prejudicar os <strong>com</strong>promissos <strong>de</strong> produção assumidos.Neste sentido há três períodos distintos da <strong>manutenção</strong> (MOUBRAY, 1997):Primeiro período – anterior a 2. a Guerra Mundial, <strong>de</strong>nominado <strong>com</strong>o <strong>manutenção</strong> da 1. ageração on<strong>de</strong> a disponibilida<strong>de</strong> dos <strong>equipamentos</strong> e a preocupação pela prevenção dasfalhas não era priorida<strong>de</strong>. Os <strong>equipamentos</strong> eram super dimensionados, os projetos eramsimples e o seu reparo <strong>de</strong> fácil execução sendo, portanto, mais confiáveis. A limpeza e alu<strong>br</strong>ificação eram suficientes, não havendo necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazê-los <strong>de</strong> forma sist<strong>em</strong>ática.


19Segundo período – <strong>de</strong>nominado <strong>manutenção</strong> da 2. a geração, iniciou-se na década <strong>de</strong> 1950,on<strong>de</strong> o pós-guerra gerou crescente <strong>de</strong>manda por produtos impulsionando a mecanizaçãodas indústrias, <strong>com</strong> máquinas numerosas e <strong>com</strong>plexas. Planos <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> preventivaeram elaborados e passou a existir a preocupação <strong>com</strong> os t<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> parada dos<strong>equipamentos</strong> produtivos. O conceito <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> preventiva surge, então, aparecendotambém a consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> que as falhas nos <strong>equipamentos</strong> podiam e <strong>de</strong>viam ser previstas.Os custos <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> elevaram-se sendo necessário maior controle.Terceiro período – iniciado <strong>em</strong> meados da década <strong>de</strong> 1970, foi <strong>de</strong>nominado <strong>manutenção</strong> da3. a geração. Neste período buscou-se novas maneiras <strong>de</strong> maximizar a vida útil dos<strong>equipamentos</strong> produtivos, passando a existir a preocupação <strong>com</strong> alta disponibilida<strong>de</strong> econfiabilida<strong>de</strong>, <strong>em</strong> proporcionar nenhum dano ao ambiente, ter maior segurança, maiorqualida<strong>de</strong> do produto e custos sob controle.O Quadro 1 apresenta a escala <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po contendo as técnicas e as expectativas da<strong>manutenção</strong> <strong>em</strong> cada uma das três gerações.Quadro 1 – Técnicas e expectativas da <strong>manutenção</strong> ao longo do t<strong>em</strong>poPERÍODO GERACAO TÉCNICAS EXPECTATIVAS1930PRIMEIRA Consertar quando que<strong>br</strong>arConsertar quando que<strong>br</strong>arGERAÇÃO1940 Computadores gran<strong>de</strong>s e lentos1950 Revisões gerais programadas Alta disponibilida<strong>de</strong> das instalações1960 SEGUNDAGERAÇÃOSist<strong>em</strong>as para planejamento e controledo trabalhoAumento da vida útil dos<strong>equipamentos</strong>Custos baixos1970 Micro<strong>com</strong>putadores rápidos Elevada disponibilida<strong>de</strong> econfiabilida<strong>de</strong> dasAnálise <strong>de</strong> modos e efeitos <strong>de</strong> falhas instalações proporcionando oTERCEIRA Sist<strong>em</strong>as especialistas:aumento da segurançaGERAÇÃO Multi-habilida<strong>de</strong>s e trabalhos <strong>em</strong>equipeProdutos finais <strong>de</strong> melhorqualida<strong>de</strong>, s<strong>em</strong> danos ao1997 Monitoramento das condições <strong>de</strong>trabalho (t<strong>em</strong>peratura, vi<strong>br</strong>ação,viscosida<strong>de</strong>)Estudo <strong>de</strong> riscos (segurança, meioambiente)Fonte: MOUBRAY, 1997meio ambiente.Aumento da vida útil dos<strong>equipamentos</strong>.Incr<strong>em</strong>ento no controle <strong>de</strong> custos


20Pelo exposto, atualmente a <strong>manutenção</strong> <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ter o objetivo <strong>de</strong> reparadora <strong>de</strong><strong>equipamentos</strong>, e passa a ter o objetivo <strong>de</strong> garantir a sua função básica que é manter ourecolocar um it<strong>em</strong> <strong>em</strong> um estado no qual po<strong>de</strong> executar a função requerida, conforme aNBR- 5462 (ABNT, 1981).Essa visão é ampliada para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> administração do equipamento,estratégia para preservar o mesmo funcionando, evitar as conseqüências <strong>de</strong> falhas, eassegurar sua capacida<strong>de</strong> produtiva.A organização da <strong>manutenção</strong> <strong>de</strong>ve ser tal que o equipamento só pare <strong>de</strong> produzir<strong>de</strong> forma planejada. A postura do novo profissional <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> <strong>de</strong>ve apontar para o queexpressa a Figura 1, implicando na mudança <strong>de</strong> <strong>com</strong>portamento e <strong>com</strong>o <strong>de</strong>ve ser no futuro.(CASTELLA, 2001)."O profissional <strong>de</strong><strong>manutenção</strong> sente-se b<strong>em</strong>quando executa um reparo"PASSADO"O profissional <strong>de</strong><strong>manutenção</strong> sente-se b<strong>em</strong>quando evita a falha"ATUAL“O profissional <strong>de</strong><strong>manutenção</strong> sente-seb<strong>em</strong> quando oequipamento só pára <strong>de</strong>forma planejada”FUTUROFigura 1 – Postura do profissional <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> (CASTELLA, 2001)


212.2 Tipos <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>Exist<strong>em</strong> basicamente quatro tipos <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> que são: <strong>manutenção</strong> corretiva(não planejada e planejada), que po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência ou não, <strong>manutenção</strong> preventiva,<strong>manutenção</strong> preditiva e <strong>manutenção</strong> <strong>de</strong>tectiva.2.2.1 Manutenção corretivaManutenção corretiva não planejadaEsse tipo <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> é caracterizado pela atuação das equipes <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong><strong>em</strong> fatos que já ocorreram, sejam estes fatos <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhos inferiores ao almejado ou umafalha. Não há t<strong>em</strong>po para a preparação <strong>de</strong> <strong>com</strong>ponentes e n<strong>em</strong> <strong>de</strong> planejar o serviço; isto é,<strong>manutenção</strong> corretiva não planejada é a correção da falha <strong>de</strong> modo aleatório a fim <strong>de</strong> evitaroutras conseqüências (WILLIANS, 1994 apud CASTELLA, 2001).Do ponto <strong>de</strong> vista do custo <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>, esse tipo t<strong>em</strong> custo menor do queprevenir falhas nos <strong>equipamentos</strong>. Porém, po<strong>de</strong> causar gran<strong>de</strong>s perdas por interrupção daprodução.Manutenção corretiva planejadaNeste caso, t<strong>em</strong>-se uma falha ou condição anormal <strong>de</strong> operação <strong>de</strong> um equipamentoe a correção <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão gerencial, <strong>em</strong> função <strong>de</strong> a<strong>com</strong>panhamento preditivo oupela <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> operar até a que<strong>br</strong>a. A <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> adotar a política <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> corretivaplanejada po<strong>de</strong> ser originada <strong>com</strong> base <strong>em</strong> vários fatores, tais <strong>com</strong>o: negociação <strong>de</strong> paradado processo produtivo <strong>com</strong> a equipe <strong>de</strong> operação, aspectos ligados à segurança, melhorplanejamento dos serviços, garantia <strong>de</strong> ferramental e peças so<strong>br</strong>essalentes, necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>recursos humanos tais <strong>com</strong>o serviços contratados. Esse tipo <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> possibilita oplanejamento dos recursos necessários para a intervenção <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>, uma vez que afalha é esperada. (PINTO e XAVIER, 2001 apud MUASSAB, 2002).


222.2.2 Manutenção preventivaTrata-se <strong>de</strong> atuação realizada <strong>de</strong> maneira a reduzir ou evitar a falha ou a queda no<strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho do equipamento, obe<strong>de</strong>cendo a um plano <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> preventivapreviamente elaborado, baseado <strong>em</strong> intervalos <strong>de</strong>finidos <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po, isso é, <strong>manutenção</strong>baseada no t<strong>em</strong>po.Qualquer ativo físico solicitado para realizar uma <strong>de</strong>terminada função estará sujeitoa uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> esforços. Estes esforços gerarão fadiga e isto causará a <strong>de</strong>terioração<strong>de</strong>ste ativo físico reduzindo sua resistência à fadiga. Esta resistência reduzir-se-á até umponto no qual o ativo físico po<strong>de</strong> não ter mais o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho <strong>de</strong>sejado, <strong>em</strong> outras palavras,ele po<strong>de</strong> vir a falhar (MOUBRAY, 1997).Utilizando dados estatísticos <strong>de</strong> arquivos ou históricos disponíveis nas <strong>em</strong>presasprocura-se <strong>de</strong>terminar o t<strong>em</strong>po provável <strong>em</strong> que ocorrerá a falha, pois sabe-se que estapo<strong>de</strong>rá ocorrer mas não se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar exatamente quando. Po<strong>de</strong>-se, ainda, reduzir aprobabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> falhas pelo fato <strong>de</strong> a <strong>manutenção</strong> ser programada <strong>com</strong> antecedência, sendoo ônus <strong>de</strong>sta paralisação substancialmente baixo.A <strong>manutenção</strong> preventiva caracteriza-se pelo trabalho sist<strong>em</strong>ático para evitar aocorrência <strong>de</strong> falhas procurando a sua prevenção, mantendo um controle contínuo so<strong>br</strong>e oequipamento. A <strong>manutenção</strong> preventiva é consi<strong>de</strong>rada <strong>com</strong>o o ponto <strong>de</strong> apoio dasativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>, envolvendo tarefas sist<strong>em</strong>áticas tais <strong>com</strong>o: as inspeções,substituição <strong>de</strong> peças e reformas (PATTON JR. , 1983).2.2.3 Manutenção preditivaTambém é conhecida <strong>com</strong>o <strong>manutenção</strong> sob condição ou <strong>manutenção</strong> <strong>com</strong> base noestado do equipamento. É baseada na tentativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir o estado futuro <strong>de</strong> umequipamento ou sist<strong>em</strong>a, por meio dos dados coletados ao longo do t<strong>em</strong>po por umainstrumentação específica, verificando e analisando a tendência <strong>de</strong> variáveis doequipamento. Esses dados coletados, por meio <strong>de</strong> medições <strong>em</strong> campo <strong>com</strong>o t<strong>em</strong>peratura,vi<strong>br</strong>ação, análise físico-química <strong>de</strong> óleos, ensaios por ultra-som, termografia, não


23permit<strong>em</strong> um diagnóstico preciso; portanto, trabalha-se no contexto <strong>de</strong> uma avaliaçãoprobabilística.Esse tipo <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> caracteriza-se pela previsibilida<strong>de</strong> da <strong>de</strong>terioração doequipamento, prevenindo falhas por meio do monitoramento dos parâmetros principais,<strong>com</strong> o equipamento <strong>em</strong> funcionamento.A <strong>manutenção</strong> preditiva é a execução da <strong>manutenção</strong> no momento a<strong>de</strong>quado, antesque o equipamento apresente falha, e t<strong>em</strong> a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> evitar a falha funcional ou evitaras conseqüências <strong>de</strong>sta (MOUBRAY, 1997).2.2.4 Manutenção <strong>de</strong>tectivaNa década <strong>de</strong> 1990 o termo <strong>manutenção</strong> <strong>de</strong>tectiva <strong>com</strong>eçou a ser utilizado. É umtipo <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> efetuada <strong>em</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> proteção buscando <strong>de</strong>tectar falhas ocultas ounão perceptíveis às equipes <strong>de</strong> operação e <strong>manutenção</strong> (PINTO, 2001 apud CASTELLA,2001)Essa é a política adotada quando o processo possui sub-conjuntos nos quais épraticamente impossível <strong>de</strong>tectar falhas antes que elas ocorram, buscando eliminar falhasocultas por meio <strong>de</strong> testes periódicos no sist<strong>em</strong>a.2.3 Indisponibilida<strong>de</strong> por <strong>manutenção</strong>A indisponibilida<strong>de</strong> por <strong>manutenção</strong> <strong>em</strong> um equipamento produtivo é a condição<strong>em</strong> que o mesmo está parado <strong>de</strong> forma imprevista. Paradas <strong>de</strong> produção imprevistasprejudicam <strong>de</strong> tal modo o processo produtivo <strong>de</strong> uma <strong>em</strong>presa que sua produção e suaimag<strong>em</strong> po<strong>de</strong>m ficar prejudicadas perante os clientes.A indisponibilida<strong>de</strong> do equipamento (INDISP) é dada pela relação entre o total <strong>de</strong>horas <strong>de</strong> parada <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> corretiva (HPMC) e o total <strong>de</strong> horas disponíveis paraprodução (HDP), no período consi<strong>de</strong>rado (Equação 1).∑∑INDISP = HPMC ÷ HDP(1)


24Em geral, uma meta <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong> é pré-<strong>de</strong>finida para que os setores da<strong>manutenção</strong> atu<strong>em</strong> no sentido <strong>de</strong> conseguir atingí-la. Por outro lado, algumas <strong>em</strong>presasadotam o termo disponibilida<strong>de</strong> para indicar quanto do t<strong>em</strong>po disponível para produção oequipamento realmente está operando, nesse caso a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser objetivada<strong>com</strong>o a maior possível.Segundo dados da Associação Brasileira <strong>de</strong> Manutenção (ABRAMAN), <strong>em</strong>pesquisa realizada <strong>em</strong> <strong>de</strong>zenove setores produtivos, a indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido à<strong>manutenção</strong> no Brasil t<strong>em</strong> correspondido a 4,74%, 5,63%, 5,15% e 5,82% nos anos <strong>de</strong>1997, 1999, 2001 e 2003 respectivamente (Figura 2).Indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido a Manutenção% <strong>de</strong> Indisponibilida<strong>de</strong>1098765432105,635,825,154,741997 1999 2001 2003AnoFigura 2 – Indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido à <strong>manutenção</strong> no Brasil (ABRAMAN, 2003)Observa-se um crescimento da indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido às paradas para<strong>manutenção</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1997. Os indicadores <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong> por setores produtivos <strong>em</strong>2003 po<strong>de</strong>m ser visualizados na Tabela 1. Em relação ao setor si<strong>de</strong>rúrgico, que será


25abordado neste trabalho, especificamente <strong>em</strong> 2003 a indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido à<strong>manutenção</strong> chegou a 7,5%, portanto acima da média nacional que é <strong>de</strong> 5,82%.A fim <strong>de</strong> melhorar seu <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho é necessário que as <strong>em</strong>presas <strong>de</strong>senvolvamformas <strong>de</strong> solucionar probl<strong>em</strong>as <strong>com</strong> objetivo <strong>de</strong> reduzir a indisponibilida<strong>de</strong>.Tabela 1 – Indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido à <strong>manutenção</strong> por setor produtivo (ABRAMAN, 2003)Setores produtivosIndisponibilida<strong>de</strong> porManutenção (%)Alimentos, Açúcar e Álcool. Agropecuária e Bebidas 4.64Aeronáutico 5.83Cimento, Civil, Engenharia e Industrial 4.64Energia elétrica 2.50Farmacêutico 6.79Fertilizante, Plástico, Higiene e Limpeza 7.50Hospitalar e Predial 7.06Máquinas e Equipamentos 7.50Metalúrgico 6.50Mineração 5.83Papel e Celulose 5.83Petróleo 4.77Petroquímico 3.33Prestação <strong>de</strong> Serviços (Equipamentos) e Saneamento 7.50Prestação <strong>de</strong> Serviços (Mão-<strong>de</strong>-O<strong>br</strong>a) 7.50Químico 5.00Si<strong>de</strong>rúrgico 7.50Textil 2.50Transporte 7.86Média geral 5.82Po<strong>de</strong>-se verificar que há um potencial <strong>de</strong> ganho no setor si<strong>de</strong>rúrgico, se <strong>com</strong>paradoaos <strong>de</strong>mais setores produtivos. Com base nesses dados, as <strong>em</strong>presas po<strong>de</strong>m iniciar o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> trabalhos que vis<strong>em</strong> obter melhores resultados no que diz respeito àindisponibilida<strong>de</strong>.


262.4 Custo <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>Até a década passada, quando se falava <strong>em</strong> custos <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>, a maioria dosgerentes acreditava que era impossível controlar os custos <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong>, que os custos <strong>de</strong><strong>manutenção</strong> oneravam o produto final, e que a <strong>manutenção</strong> <strong>em</strong> si tinha um custo muitoelevado (PINTO e XAVIER, 2001 apud MUASSAB, 2002).Com objetivo <strong>de</strong> avaliar o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho da <strong>manutenção</strong> quanto aos custos e permitirredução dos mesmos, é importante estabelecer metas e procurar atingí-las <strong>de</strong> modo que ocusto <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> esteja sob pleno controle. A seguir será <strong>de</strong>talhado um dos principaisindicadores <strong>de</strong> custo normalmente utilizados (TAVARES, 1987), que é o custo <strong>de</strong><strong>manutenção</strong> por faturamento.O custo <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> por faturamento (CMF) é dado pela relação entre o custototal <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> (CTM) e o faturamento da <strong>em</strong>presa no período (FTE). Este índice é <strong>de</strong>fácil cálculo uma vez que os valores, tanto do numerador quanto do <strong>de</strong>nominador, sãonormalmente processados pelo órgão <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong> da <strong>em</strong>presa (Equação 2).CMF = ∑ CTM ÷ FTE(2)Segundo dados da Associação Brasileira <strong>de</strong> Manutenção (ABRAMAN), <strong>em</strong>pesquisa realizada <strong>em</strong> <strong>de</strong>zenove setores produtivos, o custo <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> <strong>em</strong> relação aofaturamento <strong>br</strong>uto das <strong>em</strong>presas no Brasil t<strong>em</strong> correspondido a 4,39%, 3,56%, 4,47% e4,27% nos anos <strong>de</strong> 1997, 1999, 2001 e 2003 respectivamente.A Figura 3, a seguir mostra o custo <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> <strong>em</strong> relação ao faturamento <strong>br</strong>utodas <strong>em</strong>presas no Brasil no período <strong>de</strong> 1997 a 2003.


27Custo/Faturamento Bruto (%)109876543210Custo <strong>de</strong> Manutenção no Brasil4,394,47 4,273,561997 1999 2001 2003AnoFigura 3 – Custo <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> <strong>em</strong> relação ao faturamento no Brasil (ABRAMAN, 2003)Em relação ao setor si<strong>de</strong>rúrgico no Brasil, o custo <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> chegou a 6,0%<strong>em</strong> 2003, portanto acima da média nacional que é <strong>de</strong> 4,27%.Verifica-se que há gran<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> no setorsi<strong>de</strong>rúrgico nacional, quando se faz a <strong>de</strong>vida <strong>com</strong>paração <strong>com</strong> os <strong>de</strong>mais setoresprodutivos.Segundo a mesma fonte, uma pesquisa realizada <strong>com</strong> 404 <strong>em</strong>presas dos diversossetores produtivos <strong>de</strong> países <strong>com</strong>o Portugal, Reino Unido, Al<strong>em</strong>anha, França e EstadosUnidos a média obtida para esse indicador foi <strong>de</strong> 4,12%, ou seja, no Brasil as <strong>em</strong>presasnecessitam <strong>de</strong>senvolver novas formas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> custo para que seja possível reduzir oscustos e tornar as <strong>em</strong>presas mais <strong>com</strong>petitivas.A Tabela 2 mostra os valores <strong>de</strong> custo da <strong>manutenção</strong> por setor produtivo.


28Tabela 2 – Custo da <strong>manutenção</strong> por setor produtivo (ABRAMAN, 2003)Setores produtivosRelação Custo <strong>de</strong>Manutenção eFaturamento <strong>br</strong>uto da<strong>em</strong>presa (%)Alimentos, Açúcar e Álcool. Agropecuária e Bebidas 2,87Aeronáutico 3,50Cimento, Civil, Engenharia e Industrial 4,78Energia elétrica 2,33Farmacêutico 3,67Fertilizante, Plástico, Higiene e Limpeza 4,20Hospitalar e Predial 4,17Máquinas e Equipamentos 5,50Metalúrgico 3,75Mineração 4,67Papel e Celulose 4,70Petróleo 2,78Petroquímico 3,17Prestação <strong>de</strong> Serviços (Equipamentos) e Saneamento 7,75Prestação <strong>de</strong> Serviços (mão-<strong>de</strong>-o<strong>br</strong>a) 4,25Químico 3,00Si<strong>de</strong>rúrgico 6,00Têxtil 2,50Transporte 7,58Média geral 4,27É importante distinguir claramente os custos <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> dos investimentos. Oscustos <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> representam uma parcela dos custos <strong>de</strong> produção da organização.Para manter a disponibilida<strong>de</strong> dos <strong>equipamentos</strong> é necessário utilizar peças e conjuntos <strong>de</strong>reposição, materiais <strong>de</strong> consumo, energia, mão-<strong>de</strong>-o<strong>br</strong>a <strong>de</strong> gerenciamento e execução,serviços sub contratados, entre outros recursos. (XENOS, 1998 apud MUASSAB, 2002).


292.5 Engenharia <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>A engenharia <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> é um dos principais recursos que o órgão <strong>de</strong><strong>manutenção</strong> possui e que permite realizar estudos, melhorias, modificações nos<strong>equipamentos</strong> <strong>de</strong> modo a eliminar ou reduzir as falhas dos mesmos.É <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ficar consertando continuadamente para procurar as causas básicas,modificar situações permanentes <strong>de</strong> mau <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho, <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> conviver <strong>com</strong>probl<strong>em</strong>as crônicos, melhorar padrões e sist<strong>em</strong>áticas, <strong>de</strong>senvolver amanutenibilida<strong>de</strong>, interferir tecnicamente nas <strong>com</strong>pras. (PINTO e XAVIER, 2001apud MUASSAB, 2002, p. 29).Muito mais que uma prática, a engenharia <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> é, antes <strong>de</strong> tudo, umacultura que se caracteriza pela utilização <strong>de</strong> dados para análise, estudos e melhorias nospadrões <strong>de</strong> operações e <strong>manutenção</strong> dos <strong>equipamentos</strong>, por meio <strong>de</strong> técnicas mo<strong>de</strong>rnas.A adoção da melhor política <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> <strong>de</strong>ve ser a <strong>com</strong>binação dos váriosmétodos <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> a natureza e importância do equipamento para a produção, e <strong>de</strong>v<strong>em</strong>ser consi<strong>de</strong>rados fatores <strong>com</strong>o: custos, produtivida<strong>de</strong>, meio ambiente, e segurança.Com objetivo <strong>de</strong> avaliar o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho da <strong>manutenção</strong>, permitir a correção dos<strong>de</strong>svios e melhorar continuamente estabelecendo novas metas, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser gerados relatóriosespecíficos <strong>com</strong> a inclusão <strong>de</strong> tabelas e gráficos que permitam a análise das ocorrências. Aseguir apresentam-se alguns indicadores normalmente utilizados nesta análise (Tavares,1987, pg. 95).a) T<strong>em</strong>po Médio Para Reparo (TMPR) – Relação entre o t<strong>em</strong>po total <strong>de</strong>intervenções corretivas (TTIC) <strong>em</strong> um conjunto e o número <strong>de</strong> falhas <strong>de</strong>tectadas (NFDP),no período observado (Equação 3).∑∑TMPR = TTIC ÷ NFDP(3)Repair).Esse indicador é <strong>de</strong>nominado na língua inglesa <strong>com</strong>o MTTR (Mean Time To


30b) T<strong>em</strong>po Médio Entre Falhas (TMEF) – Relação entre o produto do número <strong>de</strong> itens(NOIT) por seus t<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> operação (HROP) e o número total <strong>de</strong> falhas <strong>de</strong>tectadas (NTMC),no período observado (Equação 4).÷∑TMEF = ( NOITxHROP)NTMC(4)Failure).Esse indicador é <strong>de</strong>nominado na língua inglesa <strong>com</strong>o MTBF (Mean Time Betweenc) Produtivida<strong>de</strong> do equipamento (PRODUTIV) – relação entre a produção total (PT) obtida,<strong>em</strong> toneladas e o t<strong>em</strong>po total necessário (TN) para obtê-la, no período consi<strong>de</strong>rado (Equação5).∑∑PRODUTIV = PT ÷ TN(5)Em geral, uma meta <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> é estabelecida para que o setor <strong>de</strong> operaçãoatue no sentido <strong>de</strong> conseguir atingí-lo.2.6 Fator humano na <strong>manutenção</strong>O sucesso ou fracasso <strong>de</strong> uma <strong>em</strong>presa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do trabalho <strong>de</strong> equipe <strong>de</strong> seuscolaboradores <strong>em</strong> qualquer ativida<strong>de</strong>. Na <strong>manutenção</strong> este fator é mais do que crítico, tantointernamente entre seus m<strong>em</strong><strong>br</strong>os, quanto entre o seu relacionamento <strong>com</strong> a área <strong>de</strong> operação.Conseguir que a <strong>manutenção</strong> e a operação form<strong>em</strong> uma verda<strong>de</strong>ira equipe na busca <strong>de</strong>soluções, constitui um <strong>de</strong>safio para as <strong>em</strong>presas que procuram a excelência <strong>em</strong>presarial.A fim <strong>de</strong> obter uma vantag<strong>em</strong> <strong>com</strong>petitiva, é <strong>de</strong> importância fundamental oengajamento do fator humano na organização. Esse engajamento é caracterizado por sua,iniciativa, colaboração, <strong>em</strong>penho, vonta<strong>de</strong>, motivação, disciplina, <strong>com</strong>prometimento e por suasatisfação <strong>em</strong> executar um trabalho que o realize e que realize também sua equipe. A<strong>manutenção</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> cada vez mais da disposição <strong>de</strong> seus colaboradores <strong>em</strong> que<strong>br</strong>arparadigmas e encarar novos <strong>de</strong>safios <strong>de</strong>ntro da ativida<strong>de</strong>.


31É importante que o profissional <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>, além <strong>de</strong> otimizar o custo da<strong>manutenção</strong> tenha uma visão <strong>de</strong> quanto representa <strong>de</strong> ganho ou perda para a <strong>em</strong>presa, amaior ou menor disponibilida<strong>de</strong> dos <strong>equipamentos</strong> produtivos (PINTO e XAVIER, 2001apud MUASSAB, 2002).2.6.1 Gestão da qualida<strong>de</strong> da mão-<strong>de</strong>-o<strong>br</strong>aCom objetivo <strong>de</strong> agilizar o atendimento à operação, otimizar a utilização <strong>de</strong>recursos humanos e materiais, além <strong>de</strong> diss<strong>em</strong>inar conhecimento técnico, teórico e prático éimportante se adotar um sist<strong>em</strong>a para medir, capacitar e melhorar continuamente o nível <strong>de</strong>conhecimento das equipes responsáveis por gerir os ativos industriais.


323 O CICLO PDCAO ciclo PDCA é uma ferramenta para a análise e solução <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as sendoutilizado <strong>com</strong>o ferramenta gerencial para resolver situações <strong>de</strong> anomalias crônicas eprobl<strong>em</strong>as <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> metas da alta administração das <strong>em</strong>presas (CAMPOS, 2001).Esse ciclo se apresenta por meio das letras PDCA, o que significa <strong>em</strong> seu idioma <strong>de</strong>orig<strong>em</strong> (inglês), PLAN, DO, CHECK, ACT, que traduzido quer dizer PLANEJAR,EXECUTAR, VERIFICAR E ATUAR, conhecido também <strong>com</strong>o método <strong>de</strong> melhorias. Ociclo <strong>em</strong> questão é fundamentado <strong>em</strong> conceitos da administração clássica, on<strong>de</strong> administraré prever, organizar, <strong>com</strong>andar, coor<strong>de</strong>nar e controlar (FAYOL, 1981 apud ANDRADE,2003).O ciclo PDCA é um caminho que orienta a seqüência <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s para segerenciar uma tarefa, um processo <strong>de</strong> uma <strong>em</strong>presa, etc. (MOURA, 1997 apudANDRADE, 2003).No texto da norma NBR ISO 9001:2000 (ABNT, 2001) faz-se referência àutilização do ciclo PDCA <strong>com</strong>o forma <strong>de</strong> gerenciar processos. O conceito do ciclo PDCAencontra-se atualmente bastante difundido <strong>em</strong> escala mundial e sua <strong>de</strong>finição mais usual é<strong>com</strong>o um método <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> processos utilizado pela maioria <strong>com</strong> o objetivo <strong>de</strong>gerenciamento da rotina e melhoria contínua <strong>de</strong> processos. Os trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos <strong>em</strong>geral a<strong>br</strong>ang<strong>em</strong> <strong>em</strong>presas ligadas ao setor <strong>de</strong> manufatura, as quais foram as pioneiras <strong>em</strong>adotar esse forma para analisar e solucionar probl<strong>em</strong>as (ANDRADE, 2003).O ciclo PDCA foi <strong>de</strong>senvolvido na década <strong>de</strong> 1930, pelo estatístico americanoWalter A. Shewhart, quando o mesmo trabalhava nos laboratórios da Bell Laboratories,nos quais se <strong>de</strong>senvolveu a telefonia, <strong>com</strong>o um ciclo <strong>de</strong> controle estatístico <strong>de</strong> processo quepodia ser repetido continuamente so<strong>br</strong>e qualquer processo ou probl<strong>em</strong>a.Em 1931, Shewhart publicou o livro Economic Control of Quality of ManufacturedProduct, o qual conferiu uma característica científica às questões relacionadas à qualida<strong>de</strong>(SOUZA, 1997 apud ANDRADE, 2003).Po<strong>de</strong> ser utilizado nos mais diversos setores das organizações <strong>em</strong> áreasadministrativas e nos processos produtivos. O ciclo PDCA po<strong>de</strong> ser aplicado <strong>em</strong> todos osníveis <strong>de</strong> uma organização, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a alta administração até o seu nível operacional.


33O ciclo PDCA, juntamente <strong>com</strong> o Controle Estatístico da Qualida<strong>de</strong> (Estatísticapara Qualida<strong>de</strong>), também incorporado à administração mo<strong>de</strong>rna por Shewhart, foramintensivamente utilizados pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial e peloJapão no pós-guerra, através da atuação <strong>de</strong> D<strong>em</strong>ing e Juran. Após 70 anos <strong>de</strong> aplicaçãoininterrupta, essas metodologias consolidaram-se nas <strong>em</strong>presas <strong>com</strong>o as principaisferramentas para a <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong>, ou seja, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerar um produto ou serviço<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> superior ou custo inferior ao dos concorrentes nacionais e internacionais.Empresas <strong>de</strong> referência mundial <strong>em</strong> administração (benchmarking), consi<strong>de</strong>ram quegerenciar (administrar) consiste basicamente <strong>em</strong> aplicar corretamente o ciclo PDCA(SARRIES e VICINO, 2004).A Figura 4, a seguir mostra as fases do ciclo PDCA.Figura 4 – As fases do ciclo PDCA (CAMPOS, 2001)


34O ciclo PDCA é utilizado <strong>com</strong>o um mo<strong>de</strong>lo dinâmico on<strong>de</strong> a conclusão <strong>de</strong> um ciclodará orig<strong>em</strong> ao início <strong>de</strong> um novo ciclo, e assim sucessivamente. Seguindo no conceito <strong>de</strong>melhoria contínua, o processo s<strong>em</strong>pre po<strong>de</strong> ser reanalisado e um novo processo <strong>de</strong>mudança po<strong>de</strong>rá ser iniciado. As etapas do ciclo PDCA consist<strong>em</strong> na <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> umprobl<strong>em</strong>a ou possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhoria, na busca <strong>de</strong> suas causas, seleção das causasprincipais e montag<strong>em</strong> <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> ação (ANDRADE, 2003).A etapa <strong>de</strong> planejamento (PLAN) é consi<strong>de</strong>rada a mais importante por ser o iníciodo ciclo, <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ando todo processo referente ao ciclo PDCA, isso é, a eficácia do cicloestará baseada <strong>em</strong> um planejamento b<strong>em</strong> elaborado e <strong>de</strong>talhado, o qual proverá dados einformações a todas as etapas do método. Os pontos importantes são: localizar o probl<strong>em</strong>a,estabelecer a meta, analisar o fenômeno, análise do processo (causas) e elaborar plano <strong>de</strong>ação (CAMPOS, 2001).Na análise do fenômeno é importante o uso <strong>de</strong> ferramentas <strong>com</strong>o gráfico <strong>de</strong> pareto efolha <strong>de</strong> verificação.Na análise do processo (causas) é importante o uso da técnica <strong>de</strong> <strong>br</strong>ainstorming <strong>de</strong>modo a se obter um diagrama <strong>de</strong> causa e efeito, também conhecido <strong>com</strong>o diagrama <strong>de</strong>Ishikawa (ISHIKAWA, 1982 apud ANDRADE, 2003).O plano <strong>de</strong> ação <strong>de</strong>ve conter o cronograma <strong>de</strong> ações a ser<strong>em</strong> tomadas, a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>responsabilida<strong>de</strong>s, a alocação <strong>de</strong> recursos, assim <strong>com</strong>o a <strong>de</strong>legação das ações e oa<strong>com</strong>panhamento das mesmas. A metodologia sugerida para a elaboração <strong>de</strong>sses planos <strong>de</strong>ação é conhecida <strong>com</strong>o 5W 1 H, no idioma inglês. A mesma consiste <strong>em</strong> elaborar o plano<strong>de</strong> ação <strong>com</strong> base <strong>em</strong> seis perguntas que <strong>de</strong>finirão a estrutura do plano e que são conformeabaixo:• WHAT (O QUE) – <strong>de</strong>fine o que será executado, contendo a explicação da ação aser tomada,• WHEN (QUANDO) – <strong>de</strong>fine quando será executada a ação, <strong>com</strong> prazo <strong>de</strong> inícioe término da ação,• WHO (QUEM) – <strong>de</strong>fine o responsável pela ação e re<strong>com</strong>enda-se somente umresponsável a fim <strong>de</strong> manter a credibilida<strong>de</strong>,


35• WHERE (ONDE) – <strong>de</strong>fine on<strong>de</strong> será executada a ação, po<strong>de</strong>ndo ser um localfísico ou um setor,• WHY (POR QUE) – <strong>de</strong>fine a justificativa para a ação <strong>em</strong> questão, isso é,apresenta a finalida<strong>de</strong> imediata da ação a ser tomada,• HOW (COMO) – <strong>de</strong>fine o <strong>de</strong>talhamento <strong>de</strong> <strong>com</strong>o será executada a ação.A etapa <strong>de</strong> planejamento (PLAN) <strong>de</strong>ve ser concluída <strong>com</strong> a elaboração <strong>de</strong> umdocumento contendo o objetivo principal, as metas <strong>com</strong> indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho, dataslimite e métodos (MELO, 2001 apud ANDRADE, 2003).A etapa <strong>de</strong> execução (DO) consiste <strong>em</strong> seguir fielmente o plano <strong>de</strong> ação elaboradona primeira etapa do ciclo PDCA, on<strong>de</strong> exist<strong>em</strong> duas importantes fases que são: fase <strong>de</strong>treinamento e fase <strong>de</strong> execução da ação. Na fase <strong>de</strong> treinamento, a organização <strong>de</strong>veráefetuar a divulgação do plano <strong>de</strong> ação a todos os envolvidos e enfatizar tais ações a fim <strong>de</strong>que possam ser executadas da melhor maneira possível, utilizando para isso reuniõesparticipativas apresentando claramente as tarefas e a razão <strong>de</strong>las, assim <strong>com</strong>o osresponsáveis pelas mesmas.Na fase <strong>de</strong> execução da ação <strong>de</strong>ve-se efetuar verificações periódicas nos locais <strong>em</strong>que as ações estão sendo efetuadas, a fim <strong>de</strong> manter o controle e eliminar possíveis dúvidas(CAMPOS, 2001).A etapa <strong>de</strong> verificação (CHECK) é essencial para se po<strong>de</strong>r avaliar o sucesso dasetapas anteriores. Esta etapa baseia-se no resultado da verificação, pois conclui so<strong>br</strong>e anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ações corretivas (se a verificação <strong>de</strong>tectou algum probl<strong>em</strong>a), preventivas(se não ocorreu nenhum probl<strong>em</strong>a, porém, po<strong>de</strong>ria ter ocorrido) ou <strong>de</strong> padronização (setudo ocorreu conforme o planejado e uma nova maneira <strong>de</strong> executar <strong>de</strong>terminado processofoi <strong>de</strong>scoberta) (CAMPOS, 2001).A etapa <strong>de</strong> atuação (ACT) é caracterizada pelo processo <strong>de</strong> padronização das açõesexecutadas, cuja eficácia foi verificada na etapa anterior, se tudo ocorreu conforme oplanejado e uma nova maneira <strong>de</strong> executar <strong>de</strong>terminado processo foi <strong>de</strong>scoberta, <strong>com</strong>resultados positivos. Os novos padrões <strong>de</strong>verão ser amplamente divulgados na <strong>em</strong>presa pormeio <strong>de</strong> circulares, <strong>com</strong>unicados, reuniões e instruções <strong>de</strong> serviços (CAMPOS, 2001).


36A finalização da implantação <strong>de</strong> um ciclo PDCA dá orig<strong>em</strong> a outro ciclo PDCA, ouseja, a quarta etapa (ACT) <strong>de</strong> um ciclo PDCA dará orig<strong>em</strong> à primeira etapa (PLAN) dopróximo ciclo PDCA, sendo esta a base da melhoria contínua da Gestão pela Qualida<strong>de</strong>Total.Essa conexão entre ACT - PLAN, chama-se <strong>de</strong> circularida<strong>de</strong> do ciclo PDCA.Os resultados da implantação do ciclo PDCA <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser <strong>com</strong>unicados para a altaadministração num momento <strong>de</strong>nominado workshop (prestação <strong>de</strong> contas). Normalmenteexist<strong>em</strong> datas fixas, mensais, para a realização <strong>de</strong> workshop, assim <strong>com</strong>o existe toda umatecnologia para gerenciar esses eventos (SARRIES e VICINO, 2004).Nas <strong>em</strong>presas geralmente encontram-se vários ciclos PDCA sendo executadossimultaneamente, sendo essa a forma <strong>com</strong> que as equipes <strong>de</strong> trabalho dos diversos setores<strong>de</strong> uma <strong>em</strong>presa dão suporte para a implantação das políticas da alta administração. Pormeio do gerenciamento da rotina po<strong>de</strong>m ser obtidos confiabilida<strong>de</strong>, padronização e<strong>de</strong>legação. Os próprios funcionários, quando possu<strong>em</strong> certa autonomia, po<strong>de</strong>m introduzir,por meio <strong>de</strong> planejamento, pequenas melhorias <strong>em</strong> suas ativida<strong>de</strong>s gerando um processo <strong>de</strong>melhoria contínua na <strong>em</strong>presa.Quando a rotina <strong>de</strong> uma <strong>em</strong>presa está b<strong>em</strong> estabelecida, a alta administração <strong>de</strong>vebuscar melhorias visando maior <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong>, eficácia, aumento <strong>de</strong> mercado eso<strong>br</strong>evivência <strong>em</strong>presarial (SARRIES e VICINO, 2004).O ciclo PDCA é um dos caminhos para se atingir as metas. Uma vez atingidas as“metas <strong>de</strong> melhoria” segue-se <strong>com</strong>o continuida<strong>de</strong> o que se <strong>de</strong>nomina “metas para manter”,isso é, adotar a qualida<strong>de</strong> padrão, custo padrão, prazo padrão e para isso <strong>de</strong>ve-se<strong>de</strong>senvolver nova fase por meio <strong>de</strong> operações padronizadas.O ciclo PDCA utilizado para atingir “metas padrão”, ou para manter os resultados<strong>em</strong> certo nível <strong>de</strong>sejado, po<strong>de</strong> ser chamado <strong>de</strong> ciclo SDCA, on<strong>de</strong> S significa Standard ouPadrão (CAMPOS, 2001).A Figura 5, a seguir mostra as fases do ciclo SDCA.


37Figura 5 – As fases do ciclo SDCA (CAMPOS, 2001)A conjugação do ciclo PDCA e do ciclo SDCA é que <strong>com</strong>põ<strong>em</strong> o melhoramentocontínuo. Ambos são formas <strong>de</strong> trabalho que levam as pessoas a assumir<strong>em</strong>responsabilida<strong>de</strong>s, a pensar<strong>em</strong>, a <strong>de</strong>sejar<strong>em</strong> o <strong>de</strong>sconhecido e, portanto, a ter<strong>em</strong> vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong>apren<strong>de</strong>r novos conhecimentos (CAMPOS, 2001).


384 METODOLOGIAA metodologia <strong>de</strong> pesquisa escolhida foi a exploratório-<strong>de</strong>scritiva uma vez que otrabalho <strong>de</strong> campo e a coleta <strong>de</strong> dados pu<strong>de</strong>ram ser previamente realizados por meio <strong>de</strong>dados <strong>de</strong> arquivos da <strong>em</strong>presa e também por que permitiu <strong>de</strong>monstrar as melhorias nosresultados <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong> do equipamento si<strong>de</strong>rúrgico alvo do estudo.A história da metodologia <strong>de</strong> pesquisa do estudo <strong>de</strong> caso é marcada por períodos <strong>de</strong>uso intenso e períodos <strong>de</strong> <strong>de</strong>suso. O uso mais antigo <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong>u-se naEuropa, predominant<strong>em</strong>ente na França. A metodologia nos Estados Unidos esteve maisligada ao Departamento <strong>de</strong> Sociologia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Chicago. De 1900 até 1935, aUniversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Chicago foi pro<strong>em</strong>inente no campo e nas fontes <strong>de</strong> pesquisa <strong>com</strong> elevadaquantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> literatura produzida. Houve uma gran<strong>de</strong> riqueza <strong>de</strong> material <strong>em</strong> Chicago,uma vez que foi um período <strong>de</strong> imigração para os Estados Unidos e vários aspectos daimigração <strong>de</strong> diferentes grupos para as cida<strong>de</strong>s foram estudados e registrados. Questões <strong>de</strong>po<strong>br</strong>eza, <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego e outras condições <strong>de</strong>rivadas da imigração foram anexadas ametodologia <strong>de</strong> pesquisa do estudo <strong>de</strong> caso (TELLIS, 1997).À medida que os métodos quantitativos avançaram, ocorreu o <strong>de</strong>suso do estudo <strong>de</strong>caso. Entretanto, nos anos 1960, pesquisadores da época ficaram preocupados <strong>com</strong> aslimitações dos métodos quantitativos e, assim, o interesse pelo estudo <strong>de</strong> caso foi renovado(TELLIS, 1997).Yin (1989) afirmou que a aplicabilida<strong>de</strong> geral do estudo <strong>de</strong> caso resulta do conjunto<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>s metodológicas e o rigor <strong>com</strong> o qual ele é construído. Ele <strong>de</strong>talhou osprocedimentos que iriam satisfazer o rigor metodológico requerido e assim o estudo <strong>de</strong>caso foi dividido <strong>em</strong> três tipos (TELLIS, 1997).Os três tipos são:a) Exploratório: <strong>em</strong> que o trabalho <strong>de</strong> campo e a coleta <strong>de</strong> dados po<strong>de</strong>m ser realizadosantes da <strong>de</strong>finição das questões e hipóteses abordadas pela pesquisa.b) Explanatório: <strong>em</strong> que se objetiva fazer uso <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> <strong>com</strong>paração <strong>com</strong> padrões,relacionando os fatos <strong>com</strong> suas causas.c) Descritivo: <strong>em</strong> que é necessário o início <strong>com</strong> uma base teórica para <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> umestudo <strong>de</strong> caso, pois do contrário, po<strong>de</strong>-se enfrentar algum probl<strong>em</strong>a durante o


39<strong>de</strong>senvolvimento do projeto. Este tipo <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> caso aplica-se na formação <strong>de</strong> hipóteses<strong>de</strong> relação causa-efeito.No presente trabalho optou-se pela aplicação do estudo <strong>de</strong> caso para que fosse possívelverificar as relações existentes entre os conceitos básicos <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> disponíveis naliteratura e os resultados práticos, <strong>com</strong>provando os benefícios reais para a <strong>manutenção</strong> <strong>em</strong>equipamento si<strong>de</strong>rúrgico.O estudo <strong>de</strong> caso é um tipo <strong>de</strong> metodologia <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> caráter qualitativo e éuma importante estratégia quando o foco <strong>de</strong> interesse é so<strong>br</strong>e fenômenos atuais, que sópo<strong>de</strong>rão ser analisados <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um contexto da vida real. (GODOY e FRANÇA SILVA2001, apud CASTELLA, 2001).Na coleta <strong>de</strong> dados fez-se uso <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> arquivo da <strong>em</strong>presa contidos <strong>em</strong> relatóriomensal <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho da <strong>manutenção</strong>, e planilhas <strong>de</strong> controle diário <strong>de</strong> paradas corretivasda <strong>manutenção</strong>.Para realizar analise estatística dos dados <strong>de</strong> modo a permitir a elaboração <strong>de</strong> umplano <strong>de</strong> ação foram utilizados diagramas <strong>de</strong> paretos referentes ao ano 2000 (Figuras6 e 7) contendo os principais <strong>equipamentos</strong> e seus respectivos t<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> parada, nasespecialida<strong>de</strong>s mecânica e elétrica.O relatório <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho da <strong>manutenção</strong> mostrou o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho <strong>de</strong> todos os<strong>equipamentos</strong> da área <strong>de</strong> laminação, sendo que a amostra especificamente referiu-se aoequipamento produtivo <strong>de</strong>nominado Laminador Contínuo. Era preciso adotar umametodologia para melhorar as condições da <strong>manutenção</strong> da <strong>em</strong>presa, não só no aspecto damelhoria contínua, mas também sob o aspecto do gerenciamento da própria <strong>manutenção</strong>,área importante para a <strong>em</strong>presa. Nesse sentido, adotou-se o ciclo PDCA.Em uma análise teórica do probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>, e das alternativas que seapresentam nas pesquisas e experiências que estudiosos têm <strong>de</strong>senvolvido, b<strong>em</strong> <strong>com</strong>oaplicações práticas e resultados obtidos por <strong>em</strong>presas, observou-se que o ciclo PDCA éuma forma <strong>de</strong> trabalho que v<strong>em</strong> sendo utilizada <strong>com</strong> sucesso. As razões <strong>de</strong> se escolher essecaminho foram consensadas junto à administração da <strong>em</strong>presa, após apresentação <strong>de</strong>resultados advindos <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> arquivos <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> e produção.Os argumentos foram:1) A <strong>em</strong>presa já pratica conceitos <strong>de</strong> gestão da qualida<strong>de</strong> e produtivida<strong>de</strong>.


402) A adaptação do ciclo PDCA utilizando os conceitos e ferramentas <strong>de</strong> gerenciamento jáexistentes facilita a <strong>com</strong>preensão e aceitação das pessoas que participam do processo.O estudo <strong>de</strong> caso foi <strong>de</strong>senvolvido tomando-se <strong>com</strong>o referência um equipamento<strong>de</strong>nominado Laminador Contínuo e utiliza dados <strong>de</strong> arquivo disponíveis na <strong>em</strong>presa <strong>com</strong>obase para avaliação e <strong>com</strong>paração dos indicadores <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>.Para isso utilizou-se <strong>de</strong> diagramas <strong>de</strong> paretos contendo os t<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> parada acumulados,referentes ao ano 2000, nas especialida<strong>de</strong>s mecânica e elétrica, conforme Figuras 6 e 7.Esses dados foram tomados <strong>com</strong>o referência.Paradas Mecânicas - Laminador Contínuo12000100008000Minutos6000400020000Tr<strong>em</strong> ContínuoBobina<strong>de</strong>irasLeito ResfriamentoTesoura a FrioForno Viga MóvelEquipamentosC.O.H.ImpulsionadorSist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> LaçosC.O.L.Bomba EbaraOutrosEjetor <strong>de</strong> TarugosPontes LC-4/5S1Figura 6 – Pareto dos t<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> parada no ano 2000 – Mecânica (ARGLA, 2004)


41Paradas Elétricas - Laminador Contínuo2000180016001400Minutos120010008006004002000ProdacTr<strong>em</strong> ContínuoBobina<strong>de</strong>irasLeito Resfr. e T.F.Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> LaçosForno Viga MóvelEquipamentosWEGSubestação 8Ejetor <strong>de</strong> TarugosC.O.L.Cabine CentralOutrosC.O.H.Ponte LC-4/5ImpulsionadorBomba EbaraS1Figura 7 – Pareto dos t<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> parada no ano 2000 – Elétrica (ARGLA, 2004)Inicialmente foram pesquisados os tipos <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> existentes e conceitos quecontribuíram para a <strong>de</strong>finição da política <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> mais a<strong>de</strong>quada ao equipamentoprodutivo, permitindo melhor gerenciamento da <strong>manutenção</strong> do setor <strong>com</strong>o parteimportante do negócio da <strong>em</strong>presa.Foram revisadas e <strong>com</strong>pl<strong>em</strong>entadas as rotinas <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> existentes, alterada aperiodicida<strong>de</strong> das tarefas <strong>com</strong> objetivo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quá-las às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> redução doindicador <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong>, <strong>com</strong> objetivo <strong>de</strong> que o equipamento interrompa sua


42produção <strong>de</strong> forma planejada e não <strong>de</strong> forma imprevista e aleatória por falha <strong>de</strong><strong>manutenção</strong>.Finalmente, foram tabelados os resultados obtidos, formatados <strong>com</strong>o gráficos,<strong>com</strong>parados e <strong>com</strong>entados os principais indicadores <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> utilizados na <strong>em</strong>presa,<strong>de</strong>stacando a sua importância estratégica no contexto geral da mesma.


435 ESTUDO DE CASOA <strong>em</strong>presa si<strong>de</strong>rúrgica ARGLA Ltda., situada no Vale do Paraíba - SP, atua nosegmento <strong>de</strong> construção mecânica e t<strong>em</strong> <strong>com</strong>o negócio principal a produção <strong>de</strong> açosespeciais não planos. Seus produtos são disponibilizados ao mercado consumidor nasformas <strong>de</strong> barras redondas e bobinas <strong>de</strong> fio máquina (ver Glossário) <strong>de</strong>stinados basicamenteao segmento <strong>de</strong> auto-peças para a indústria automobilística.A <strong>em</strong>presa apresenta uma estrutura funcional dividida <strong>em</strong> <strong>de</strong>partamentos que sãoórgãos especializados <strong>em</strong> cada um dos processos da ca<strong>de</strong>ia produtiva.À medida que o negócio da <strong>em</strong>presa se <strong>de</strong>senvolve e cresce, a mesma entra nocampo da <strong>com</strong>petição e da produção <strong>em</strong> massa e, <strong>de</strong>sse modo, aumenta consi<strong>de</strong>ravelmentea necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contar <strong>com</strong> órgãos altamente especializados capazes <strong>de</strong> propor inovaçõesrápidas e eficientes (CHIAVENATO, 1993).As <strong>com</strong>unicações entre órgãos ou cargos existentes na <strong>em</strong>presa são efetuadasdiretamente, s<strong>em</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intermediação e esse tipo <strong>de</strong> organização funcional buscaa maior rapi<strong>de</strong>z possível.As <strong>de</strong>cisões são <strong>de</strong>legadas aos órgãos especializados que têm autonomia paraimpl<strong>em</strong>entá-las, caracterizando-se pela <strong>de</strong>scentralização (CHIAVENATO, 1993).A <strong>em</strong>presa é dividida <strong>em</strong> uma diretoria estratégica, quatro áreas produtivas e umaárea <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> <strong>com</strong> administração centralizada e possui o organograma exposto naFigura 8.Diretoria da UENConstrução MecânicaGerênciaAciariaGerênciaLaminaçãoGerênciaAramesGerênciaTrefilaçãoGerênciaManutençãoFigura 8 – Organograma da <strong>em</strong>presa (ARGLA, 2004)


44A <strong>manutenção</strong> na <strong>em</strong>presa até o ano 2000 era consi<strong>de</strong>rada <strong>com</strong>o fator <strong>de</strong> custos egastos. Os aspectos mais conhecidos da <strong>manutenção</strong> caracterizavam-se <strong>com</strong>o sendo <strong>de</strong>serviços repetitivos e <strong>de</strong> rotina, substituição <strong>de</strong> peças, pouca técnica, improvisações e<strong>em</strong>ergências. Contudo, <strong>de</strong>vido à sua elevada influência nas paradas <strong>de</strong> máquinas, durante aprodução, por causas gerenciais e técnicas, v<strong>em</strong> sendo vista <strong>de</strong> outra maneira.Equipamentos parados <strong>em</strong> momentos <strong>de</strong> produção programada, ou <strong>com</strong> baixaprodução, <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> ina<strong>de</strong>quada, po<strong>de</strong>m significar perdas <strong>de</strong> clientes paraa concorrência, além <strong>de</strong> afetar a qualida<strong>de</strong>.Diante <strong>de</strong>ste quadro, a <strong>manutenção</strong> v<strong>em</strong> se transformando e, atualmente, éconsi<strong>de</strong>rada fator <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e produtivida<strong>de</strong>; enfim, <strong>de</strong> <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong>.Na Figura 9, a seguir, po<strong>de</strong>-se visualizar o organograma da área da <strong>manutenção</strong>:GerênciaManutençãoPlanejamento <strong>de</strong>ManutençãoSup. TécnicaAciariaSup. TécnicaLaminaçãoSup. TécnicaAramesSup. TécnicaTrefilaçãoSup. TécnicaEng.a <strong>de</strong> Manut.Figura 9 – Organograma da <strong>manutenção</strong> da <strong>em</strong>presa (ARGLA, 2004)A estrutura organizacional da <strong>manutenção</strong> é a típica estrutura funcional.Este tipo <strong>de</strong> estrutura proporciona o máximo <strong>de</strong> especialização nas diversassupervisões técnicas <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> e permite a cada uma <strong>de</strong>las concentrar-se total eunicamente so<strong>br</strong>e seu trabalho e sua função. Permite melhor supervisão <strong>em</strong> todos os níveis,pois cada cargo reporta-se a experts no seu campo <strong>de</strong> especialização. Assim, separa asfunções <strong>de</strong> planejamento das funções <strong>de</strong> execução, sendo que o órgão <strong>de</strong> planejamento <strong>de</strong><strong>manutenção</strong> o faz para todas as áreas produtivas (CHIAVENATO, 1993).


45Consi<strong>de</strong>rando as características da indústria si<strong>de</strong>rúrgica, que se traduz<strong>em</strong> na gran<strong>de</strong>varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> máquinas e <strong>equipamentos</strong> para cumprir a sua finalida<strong>de</strong>, b<strong>em</strong> <strong>com</strong>o a<strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> tecnológica <strong>de</strong> muitos <strong>de</strong>stes, que possu<strong>em</strong> dimensões e peso bastanteavantajados, <strong>com</strong> alto custo operacional, alto nível <strong>de</strong> utilização, processos <strong>com</strong>plexos econtínuos, <strong>com</strong>o acontece por ex<strong>em</strong>plo <strong>com</strong> os laminadores, é fundamental a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> se ter uma área <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> eficaz.O funcionamento <strong>de</strong> todo este <strong>com</strong>plexo não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> apenas <strong>de</strong> um bomgerenciamento da produção, mas <strong>de</strong> uma soma <strong>de</strong> esforços <strong>em</strong> que a área <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> éuma das maiores aliadas, <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhando o seu papel <strong>com</strong> rapi<strong>de</strong>z e precisão, minimizandoeventuais paradas dos <strong>equipamentos</strong>.Na Figura 10, po<strong>de</strong>-se visualizar o organograma da área da Manutenção daLaminação, on<strong>de</strong> está instalado o equipamento alvo do estudo.Supervisão TécnicaLaminaçãoSupervisão OperacionalMecânicaSupervisão OperacionalElétricaLí<strong>de</strong>rMecânicaLí<strong>de</strong>rElétricaInspetorMecânicaInspetorElétricaMecânicosTécnicosEletrônicosLu<strong>br</strong>ificadoresEletricistasFigura 10 – Organograma da <strong>manutenção</strong> da área <strong>de</strong> Laminação (ARGLA, 2004)


46A aproximação entre as áreas <strong>de</strong> operação e <strong>manutenção</strong> ocorre <strong>de</strong> maneira aaten<strong>de</strong>r a<strong>de</strong>quadamente às necessida<strong>de</strong>s da <strong>em</strong>presa, o que po<strong>de</strong> causar, <strong>em</strong> uma situação<strong>de</strong> pane do equipamento, um <strong>de</strong>scontrole das ativida<strong>de</strong>s da <strong>em</strong>presa. Como conseqüência,certamente ocorrerá a queda <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>corrente da ociosida<strong>de</strong> a que pessoas e<strong>equipamentos</strong> ficarão submetidos. Outro reflexo será na qualida<strong>de</strong> inferior do produto,ocasionada pelas condições precárias a que os <strong>equipamentos</strong> estarão sujeitos.A elevação dos custos <strong>de</strong> produção, por fim, será a resultante da somatória dasperdas no processo. Nestas circunstâncias, a <strong>em</strong>presa <strong>de</strong>ve buscar a viabilização para umametodologia visando otimizar as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>, tornando-a integrada e alinhadaàs necessida<strong>de</strong>s e objetivos do setor produtivo, para que, <strong>com</strong>o ativida<strong>de</strong> auxiliar querepresenta, <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhe efetivamente as funções <strong>de</strong> órgão <strong>de</strong> apoio à produção.5.1 O Laminador ContínuoO Laminador Contínuo é <strong>com</strong>posto basicamente <strong>de</strong> 22 gaiolas <strong>de</strong> laminação <strong>em</strong>seqüência, operando simultaneamente, conforme mostra o <strong>de</strong>senho da Figura 11.1 – Grelha <strong>de</strong> barras para enfornamento 5 – Tesoura 9 – Bobina<strong>de</strong>iras2 – Mesas <strong>de</strong> rolos <strong>de</strong> entrada 6 – Tesoura 10 – Leito <strong>de</strong> Resfriamento3 – Forno <strong>de</strong> reaquecimento <strong>de</strong> barras 7 – Tesoura 11 – Tesoura final4 – Gaiolas <strong>de</strong> laminação 8 – TesouraFigura 11 – Desenho do Laminador Contínuo (ARGLA, 2004)


47A matéria prima constitui-se <strong>de</strong> barras <strong>de</strong> aço especial <strong>com</strong> perfil quadrado, nasdimensões médias: altura <strong>de</strong> 155 mm, largura <strong>de</strong> 155 mm e <strong>com</strong>primento <strong>de</strong> 12 metros,<strong>com</strong> peso médio <strong>de</strong> 2,2 toneladas. No início do processo produtivo há um forno <strong>de</strong>reaquecimento <strong>de</strong> barras (3) que eleva a t<strong>em</strong>peratura das barras da t<strong>em</strong>peratura ambienteaté 1150 o C, <strong>em</strong> média. Assim, a laminação contínua é um processo <strong>de</strong> transformação cujoobjetivo é a redução <strong>de</strong> área do material <strong>em</strong> processo por meio <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação a quente, oque ocorre nas 22 gaiolas <strong>de</strong> laminação (4), <strong>de</strong> modo a atingir no final as dimensõessolicitadas pelo cliente, além das proprieda<strong>de</strong>s mecânicas <strong>de</strong>sejadas. Neste caso, po<strong>de</strong>-seentregar o produto ao cliente na forma <strong>de</strong> bobinas, quando se utiliza a linha dasbobina<strong>de</strong>iras (9), ou <strong>em</strong> barras quando se utiliza a linha <strong>de</strong> barras, <strong>com</strong>posta basicamente <strong>de</strong>um leito <strong>de</strong> resfriamento (10) e <strong>de</strong> uma tesoura final (11) para corte a frio.A seguir, t<strong>em</strong>-se o <strong>de</strong>senho da Figura 12, <strong>com</strong> maior <strong>de</strong>talhamento dos<strong>equipamentos</strong> que <strong>com</strong>põ<strong>em</strong> o Laminador Contínuo.Forno <strong>de</strong> Viga MóvelBloco DesbastadorH0 V0 H1 V2 H3 V4Bloco 1° Intermediário1Bloco 2° Intermediário2H6 V7 H8 V9 H10 V11H12 V13 H14 V15Bloco Acabador3Bobina<strong>de</strong>iras4H16 V17 H18 V19 H20 V21Leito <strong>de</strong> Resfriamento5Tesoura à Frio678H0 – Gaiola na posição horizontal.V0 – Gaiola na posição vertical.Figura 12 - Laminador Contínuo (ARGLA, 2004)


48A seguir t<strong>em</strong>-se uma <strong>de</strong>scrição dos <strong>equipamentos</strong>:1 – Forno <strong>de</strong> Viga Móvel – é <strong>com</strong>posto <strong>de</strong> 1 zona <strong>de</strong> pre-aquecimento, 2 zonas <strong>de</strong>aquecimento e 2 zonas <strong>de</strong> encharque e t<strong>em</strong> por função elevar a t<strong>em</strong>peratura das barras dat<strong>em</strong>peratura ambiente até 1150 o C, <strong>em</strong> média, t<strong>em</strong>peratura essa a<strong>de</strong>quada para laminação aquente.2 – Bloco Desbastador – é <strong>com</strong>posto <strong>de</strong> 6 gaiolas tendo as <strong>de</strong>nominações: H0, V0,H1, V2, H3 e V4 e t<strong>em</strong> por função reduzir a seção da barra para que possa ser processadano Bloco 1. o Intermediário.3 - Bloco 1. o intermediário - é <strong>com</strong>posto <strong>de</strong> 6 gaiolas tendo as <strong>de</strong>nominações: H6,V7, H8, V9, H10 e V11 e t<strong>em</strong> por função reduzir a seção da barra para que possa serprocessada no Bloco 2. o intermediário.4 - Bloco 2. o intermediário - é <strong>com</strong>posto <strong>de</strong> 4 gaiolas tendo as <strong>de</strong>nominações: H12,V13, H14, V15 e t<strong>em</strong> por função reduzir a seção da barra para que possa ser processada noBloco Acabador.5 - Bloco Acabador - é <strong>com</strong>posto <strong>de</strong> 6 gaiolas tendo as <strong>de</strong>nominações: H16, V17,H18, V19, H20 e V21 e t<strong>em</strong> por função reduzir a seção da barra <strong>de</strong> modo a atingir asdimensões solicitadas pelo cliente.6 – Bobina<strong>de</strong>iras – são duas Bobina<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> modo a configurar um processo <strong>de</strong>alta produtivida<strong>de</strong> e t<strong>em</strong> por função bobinar (enrolar) o produto que está sendo laminado <strong>de</strong>modo a facilitar seu manuseio e transporte. As bobinas <strong>de</strong> aço no diâmetro <strong>de</strong> 5,5 mm t<strong>em</strong><strong>em</strong> média as seguintes dimensões: 7.000 m <strong>de</strong> <strong>com</strong>primento, 1,25 m <strong>de</strong> diâmetro e peso <strong>de</strong>2,2 toneladas.7 – Leito <strong>de</strong> Resfriamento – trata-se <strong>de</strong> uma instalação a<strong>de</strong>quada para permitir aredução <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura das barras <strong>de</strong> modo a facilitar a operação <strong>de</strong> corte a frio <strong>em</strong><strong>com</strong>primentos solicitados pelo cliente.8 – Tesoura a Frio – equipamento específico para cortar as barras a frio nosdiversos <strong>com</strong>primentos <strong>com</strong>erciais solicitados pelos clientes.


49Entre os tipos <strong>de</strong> anormalida<strong>de</strong>s mais <strong>com</strong>uns relacionadas <strong>com</strong> <strong>equipamentos</strong> <strong>de</strong><strong>em</strong>presas si<strong>de</strong>rúrgicas, particularmente laminadores, t<strong>em</strong>-se:a) Falhas mecânicas: que<strong>br</strong>a <strong>de</strong> rolamentos <strong>de</strong> redutores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>, que<strong>br</strong>a <strong>de</strong> eixosuniversais <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> eixos <strong>de</strong> válvulas solenói<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>sgasteda carcaça e dos eixos <strong>de</strong> bombas hidráulicas, <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> correntes <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong>movimento, <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> engrenagens, <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> rolamentos.b) Falhas elétricas: anomalias <strong>em</strong> motores elétricos, <strong>de</strong>terioração <strong>de</strong> bobinas <strong>de</strong> contatores erelés, <strong>de</strong>terioração da bobina <strong>de</strong> válvulas solenói<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>feitos no mecanismo <strong>de</strong> fechamentoe abertura <strong>de</strong> disjuntores por <strong>de</strong>sgaste das peças das articulações, <strong>de</strong>feitos <strong>em</strong> relés <strong>de</strong>proteção por so<strong>br</strong>ecarga dos motores, <strong>de</strong>feitos <strong>em</strong> conversores estáticos, <strong>de</strong>feitos nocontrole eletrônico <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> do laminador, anomalias <strong>em</strong> transformadores, <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong>contatos dos contatores eletromecânicos dos painéis elétricos.c) Falhas hidráulicas e pneumáticas: que<strong>br</strong>as <strong>de</strong> bombas hidráulicas, <strong>de</strong>feitos <strong>em</strong> cilindroshidráulicos, <strong>de</strong>feitos <strong>em</strong> cilindros pneumáticos, vazamento <strong>de</strong> óleo (hidráulico e/oulu<strong>br</strong>ificante) por rompimento das mangueiras, que<strong>br</strong>a <strong>de</strong> conexões hidráulicas, que<strong>br</strong>a <strong>de</strong>conexões pneumáticas, vazamento <strong>de</strong> óleo por rompimento <strong>de</strong> tubulações oxidadas,que<strong>br</strong>as <strong>de</strong> travas hidráulicas.Entre os conjuntos do Laminador Contínuo que geravam elevada indisponibilida<strong>de</strong><strong>de</strong>vido a <strong>manutenção</strong>, <strong>de</strong>stacavam-se os redutores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> das gaiolas <strong>de</strong> laminação.As gaiolas <strong>de</strong> laminação possu<strong>em</strong> redutores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>, que são conjuntos mecânicos <strong>de</strong>eixos e engrenagens que estão acoplados entre os motores principais <strong>de</strong> acionamento e seusrespectivos cilindros <strong>de</strong> laminação.Esses redutores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> são particularmente críticos para o processo,principalmente quando da ocorrência <strong>de</strong> que<strong>br</strong>a inesperada <strong>de</strong> seus rolamentos.Na Figura 13, po<strong>de</strong> se visualizar a posição dos rolamentos.


50Rolamento32228 DFRolamento24128 C3Figura 13 - Posição dos rolamentos do redutor <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> (ARGLA, 2004)Quando da ocorrência <strong>de</strong> que<strong>br</strong>a <strong>de</strong> rolamentos dos redutores, os transtornos sãomuitos ao processo produtivo, além do <strong>de</strong>sgaste da equipe <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> por necessitar,muitas vezes, esten<strong>de</strong>r a jornada <strong>de</strong> trabalho e <strong>de</strong> ser uma tarefa <strong>de</strong>morada, levando <strong>em</strong>média 40 horas contínuas, para a substituição dos rolamentos dos redutores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>.A Figura 14, apresenta um redutor <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> revisado após a que<strong>br</strong>a <strong>de</strong>rolamentos.


51Redutor “revisado” após que<strong>br</strong>a <strong>de</strong>rolamentosFigura 14 - Redutor <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> revisado após troca <strong>de</strong> rolamentos (ARGLA, 2004)Os redutores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> sofr<strong>em</strong> ações <strong>de</strong> so<strong>br</strong>ecargas mecânicas <strong>de</strong>vido aosesforços <strong>de</strong> laminação envolvidos (tração e <strong>com</strong>pressão na barra que está sendo laminada) etambém há o fator t<strong>em</strong>peratura do material, que afeta diretamente esses esforços. A que<strong>br</strong>ainesperada <strong>de</strong> um redutor <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> t<strong>em</strong> reflexos não só na produtivida<strong>de</strong> <strong>com</strong>otambém afeta diretamente a qualida<strong>de</strong> pela geração <strong>de</strong> refugo <strong>em</strong> linha.


525.2 Perda <strong>de</strong> produção no Laminador ContínuoCom objetivo <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r o mercado e fa<strong>br</strong>icar produtos <strong>com</strong> qualida<strong>de</strong>, no prazosolicitado e também <strong>com</strong> custo que permita manter seu <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho econômico efinanceiro <strong>em</strong> nível a<strong>de</strong>quado para a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas operações, a <strong>em</strong>presa anualmente<strong>de</strong>senvolve um planejamento estratégico organizacional relacionado a todos os seus maisimportantes indicadores. Nesse contexto se insere a <strong>manutenção</strong> que também elabora o seuplanejamento estratégico específico, on<strong>de</strong> são <strong>de</strong>finidas as metas e os indicadores, isso é,seus objetivos.Em relação à indisponibilida<strong>de</strong> do Laminador Contínuo observa-se que do ano 2000até o momento atual esse indicador t<strong>em</strong> cada vez mais importância, visto que, tambémcresceu a importância estratégica do Laminador Contínuo na ca<strong>de</strong>ia produtiva do gruposi<strong>de</strong>rúrgico do qual a <strong>em</strong>presa ARGLA faz parte. A importância estratégica <strong>de</strong>ve-se ao fato<strong>de</strong> que esse equipamento produtivo fornece produtos não somente direto para clientesexternos do setor automotivo, <strong>com</strong>o também para clientes internos <strong>de</strong> outras áreasprodutivas do grupo si<strong>de</strong>rúrgico <strong>com</strong>o a Fá<strong>br</strong>ica <strong>de</strong> Arames e a área <strong>de</strong> Trefilação.Nos anos 2000, 2001, 2002 e 2003 a meta <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong> foi estabelecidasendo respectivamente 4%, 4%, 5% e 4,75% (conforme o plano estratégico da <strong>em</strong>presa). Oindicador <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong> é um número percentual, não cabendo nesse caso adotaruma faixa <strong>de</strong> tolerância visto que não se trata <strong>de</strong> uma medida <strong>de</strong> natureza física e sim umamedida da confiabilida<strong>de</strong> dos serviços <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> do equipamento produtivo. Osvalores reais <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong> atingidos nos anos citados foram respectivamente 8,57%,6,47%, 5,03%, 3,66% o que <strong>de</strong>monstra uma melhoria na performance da <strong>manutenção</strong>,porém, é importante avaliar o impacto que a indisponibilida<strong>de</strong> representa quando a mesmaestá fora <strong>de</strong> controle ou <strong>com</strong> valor acima doobjetivado pela <strong>em</strong>presa. A seguir, aborda-se esse impacto referente ao ano 2000 para quese tenha uma visão econômica do que representa essa perda <strong>de</strong> produção.Conforme dados <strong>de</strong> arquivo da <strong>em</strong>presa, ao final do ano 2000, o índice <strong>de</strong>indisponibilida<strong>de</strong> médio do Laminador Contínuo foi <strong>de</strong> 8,57% do t<strong>em</strong>po disponível paraprodução <strong>com</strong>o se po<strong>de</strong> observar na Figura 15.


53Indisponibilida<strong>de</strong> Laminador Contínuo14%13,15%Indisponibilida<strong>de</strong> Laminador Contínuo13,04%12% 14%13,15%13,04%10,71%10% 12%9,60%10,71%9,26%8,57% 8,28%10%9,60%8,18%9,26%8% 8,57% 8,28% 6,97%7,23%8,18%6,69%8%6,60%6,97% 7,23%6,68%6,60% 6,69% 6,68%6%6%4%4%Indisp. %Objetivo 4,00%Indisp. %Objetivo 4,00%2% 2%0% 0%2000 2000 Jan Jan Fev Fev Mar Mar A<strong>br</strong> A<strong>br</strong> Mai Mai Jun Jun Jul Jul Ago Ago Set Set Out Out Nov Nov Dez DezFigura 15 - Indisponibilida<strong>de</strong> do Laminador Contínuo no ano 2000 (ARGLA, 2004)A fim <strong>de</strong> permitir uma produção <strong>com</strong> custos <strong>com</strong>patíveis para a <strong>em</strong>presa, o objetivoera atingir no máximo 4%. Portanto, nesse caso, houve uma diferença <strong>de</strong> 4,57% do t<strong>em</strong>podisponível para produção que não foram convertidos <strong>em</strong> produção efetiva, por paradasimprevistas para <strong>manutenção</strong> naquele ano. Conforme dados <strong>de</strong> arquivo da <strong>em</strong>presa, t<strong>em</strong>-seuma produtivida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 27 toneladas por hora e o t<strong>em</strong>po médio disponível mensal <strong>de</strong>688 horas. A produtivida<strong>de</strong>, conforme equação (5) (pág. 30) é a relação entre a produçãoobtida <strong>em</strong> toneladas e o t<strong>em</strong>po necessário para obtê-la <strong>em</strong> horas. Desse modo, po<strong>de</strong>-seestimar a perda <strong>de</strong> produção anual e o que representou para a <strong>em</strong>presa <strong>em</strong> termos <strong>de</strong>faturamento.T<strong>em</strong>po médio disponível para produção por mês: 688 horas/mêsT<strong>em</strong>po médio disponível para produção por ano:


54688 horas/mês x 12 meses = 8.256 horas/anoO Laminador Contínuo <strong>de</strong>veria ficar indisponível no máximo 4% do t<strong>em</strong>podisponível que era seu objetivo; porém, ficou 8,57% <strong>de</strong>sse t<strong>em</strong>po, isso é, 4,57% a mais queo previsto. Assim, po<strong>de</strong>-se estimar o que essa diferença representou para a <strong>em</strong>presa:Perda <strong>de</strong> produção: 8.256 horas/ano x 0,0457 = 377 horas/anoConsi<strong>de</strong>rando a produtivida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 27 toneladas/hora, <strong>em</strong> um ano t<strong>em</strong>-se:27 toneladas/hora x 377 horas/ano = 10.179 toneladas/anoNeste caso, 10.179 toneladas/ano <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> ser produzidas.Estimou-se uma perda no faturamento <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> 12 milhões <strong>de</strong> Reais naquele anopelo fato da indisponibilida<strong>de</strong> encontrar-se <strong>em</strong> nível acima do previsto para esseequipamento produtivo.5.3 Metodologia para análise e solução <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>asA partir do ano 2001, enten<strong>de</strong>u-se que uma mudança era essencial para a <strong>em</strong>presano sentido <strong>de</strong> reduzir a indisponibilida<strong>de</strong> do Laminador Contínuo e também reduzir seuscustos, tornando-se mais produtiva. A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhora era uma pr<strong>em</strong>issa para a<strong>em</strong>presa cuja visão é tornar-se mais <strong>com</strong>petitiva e, nesse sentido, buscou-se no mercadouma metodologia direcionada para a análise e solução <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as.Na abordag<strong>em</strong> da metodologia consi<strong>de</strong>rou-se a evolução tecnológica do setorsi<strong>de</strong>rúrgico e a metodologia dividiu-se <strong>em</strong> etapas tomando-se <strong>com</strong>o base o ciclo PDCA(Plan, Do, Check and Act), conforme a Figura 16.


55Método <strong>de</strong> Solução <strong>de</strong> Probl<strong>em</strong>asPDCA Fluxo Processo Objetivo1I<strong>de</strong>ntificação do probl<strong>em</strong>aDefenir claramente o probl<strong>em</strong>a ereconhecer sua importância.P2ObservaçãoInvestigar as característicasespecificas do probl<strong>em</strong>a <strong>com</strong> umavisão ampla e sob vários pontos <strong>de</strong>vista.3AnáliseDesco<strong>br</strong>ir a causa fundamental.4Plano <strong>de</strong> açãoConceber um plano para bloquear acausa fundamental.D5ExecuçãoBloquear a causa fundamental.C6?Verificação(Bloqueio foi efetivo?)Verificar se o bloqueio foi efetivo.A78PadronizaçãoConclusãoPrevinir contra o reaparecimento doprobl<strong>em</strong>a.Recapitular todo o método <strong>de</strong> soluçãodo probl<strong>em</strong>a para trabalho futuro.Figura 16 – Ciclo PDCA (CAMPOS, 2001)


56Nesse método o Planejamento (Plan) constitui a primeira etapa que consiste nai<strong>de</strong>ntificação do probl<strong>em</strong>a, observação, análise e plano <strong>de</strong> ação. A segunda etapa prevê aExecução (Do) do plano <strong>de</strong>finido na etapa anterior. Na terceira etapa ocorre a Verificação(Check) dos resultados das ações impl<strong>em</strong>entadas, avaliando-se sua efetivida<strong>de</strong>. A nãoefetivida<strong>de</strong> das ações prevê o retorno a primeira etapa do método, quando o probl<strong>em</strong>a énovamente observado e analisado, iniciando-se um novo ciclo. Na quarta e última etapaocorre a Atuação (Act), isso é, a padronização das ações eficazes garantindo-se aeliminação <strong>de</strong>finitiva das causas do probl<strong>em</strong>a.Na 1. a etapa t<strong>em</strong>-se a análise das falhas <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>. Nessa fase realizam-sevárias reuniões <strong>com</strong> grupos formados por mecânicos, eletricistas, lí<strong>de</strong>res e supervisores <strong>de</strong><strong>manutenção</strong> mecânica, elétrica e <strong>de</strong> operação visando a um diagnóstico mais realista daatuação da <strong>manutenção</strong>.Entre as ações <strong>de</strong>finidas po<strong>de</strong>-se citar a adoção <strong>de</strong> reuniões diárias para análise dascausas das paradas <strong>de</strong> produção por falhas <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>. O enfoque dado às falhas prevêuma forma sist<strong>em</strong>ática <strong>de</strong> análise das ocorrências <strong>em</strong> cada turno <strong>de</strong> operação doequipamento alvo do estudo.Realiza-se uma avaliação da atuação das equipes <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> do ponto <strong>de</strong> vistado cliente interno, <strong>com</strong> a participação <strong>de</strong> operadores, lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> operação, supervisor <strong>de</strong>operação. Os seguintes aspectos <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser avaliados: indicador <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong>,política <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>, atuação dos turnos, recursos humanos, organograma estrutural,<strong>com</strong>unicação, treinamento.Nessa etapa realiza-se o planejamento das ações, utilizando a ferramenta daqualida<strong>de</strong> 5W 1H – What, When, Who, Where, Why, How – O que, Quando, Qu<strong>em</strong>, On<strong>de</strong>,Por que, e Como na elaboração do plano <strong>de</strong> ação. Com base nos resultados das reuniõeselabora-se um plano <strong>de</strong> ação contendo itens relacionados aos aspectos administrativos,gerenciamento das rotinas <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> preventiva, inspeções periódicas, substituiçãoprogramada <strong>de</strong> <strong>com</strong>ponentes, modificações <strong>de</strong> projeto, melhorias, treinamento específicos<strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> eletro-eletrônica, aquisições <strong>de</strong> materiais críticos, tanto para as equipeselétrica e mecânica, quanto para a operação.


57Na 2. a etapa t<strong>em</strong>-se a impl<strong>em</strong>entação das ações, que se dá por meio da execução doplano <strong>de</strong> ação, conforme cronograma pré-estabelecido <strong>em</strong> consenso <strong>com</strong> as partesenvolvidas (mecânica, elétrica e operação).Em seguida v<strong>em</strong> a 3. a etapa que é a análise <strong>de</strong> resultados. No caso da <strong>em</strong>presa alvodo estudo, os indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho da <strong>manutenção</strong>, especificamenteindisponibilida<strong>de</strong> e custo <strong>de</strong> materiais têm priorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controle <strong>em</strong> relação aos <strong>de</strong>maisindicadores da <strong>manutenção</strong>, sendo que a indisponibilida<strong>de</strong> é avaliada diariamente e o custo<strong>de</strong> materiais quinzenalmente. Os eventuais <strong>de</strong>svios <strong>em</strong> relação ao objetivado geram novasações inseridas no mesmo plano <strong>de</strong> ação, caracterizando-o <strong>com</strong>o um plano dinâmico es<strong>em</strong>pre passível <strong>de</strong> atualização.Uma vez que os resultados não sejam satisfatórios, são elaborados novos ciclos <strong>de</strong>PDCA para análise das causas das falhas, proposta <strong>de</strong> ações e correção, envolvendo aparticipação <strong>de</strong> toda a equipe novamente.Os indicadores são apresentados <strong>em</strong> reunião mensal para toda a equipe <strong>de</strong><strong>manutenção</strong> da <strong>em</strong>presa, incluindo a presença do gerente <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> e convidados daoperação. Nesta apresentação os indicadores são mostrados, justificados e já <strong>com</strong> novosplanos <strong>de</strong> ação para se atingir os objetivos, caso os indicadores ainda não tenham sidoatingidos.Na 4. a etapa, realiza-se a padronização das ações para garantir a eliminação dascausas dos probl<strong>em</strong>as. Na prática, as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>correntes do plano <strong>de</strong> ação sãoincorporadas <strong>com</strong>o rotinas na sist<strong>em</strong>ática <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>.Segundo dados <strong>de</strong> arquivos e histórico da <strong>em</strong>presa, a <strong>manutenção</strong> é uma ativida<strong>de</strong>que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> muito da qualificação <strong>de</strong> profissionais <strong>com</strong> perfil técnico para atuação na áreaprodutiva.Atualmente a <strong>manutenção</strong> na <strong>em</strong>presa atua estrategicamente <strong>em</strong> três pilares <strong>de</strong> suasustentação:1) Estudo <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as críticos e crônicos – por meio da utilização <strong>de</strong> dados estatísticoscontidos no sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> gerenciamento da <strong>manutenção</strong>, pela utilização do móduloPlanejamento <strong>de</strong> Manutenção (PM) que é um módulo específico do software <strong>de</strong>nominadoSAP R/3 <strong>de</strong>dicado ao planejamento <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>, po<strong>de</strong>m ser priorizados os estudos das


58causas das falhas <strong>com</strong> objetivo <strong>de</strong> propor soluções para eliminar <strong>de</strong>finitivamente osprobl<strong>em</strong>as críticos e crônicos dos <strong>equipamentos</strong>. Essa ativida<strong>de</strong> é <strong>de</strong>senvolvida pela equipe<strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Manutenção.2) Planejamento e sist<strong>em</strong>atização <strong>de</strong> serviços – as ativida<strong>de</strong>s pertinentes à execução dosserviços <strong>de</strong> inspeção sist<strong>em</strong>ática, <strong>manutenção</strong> preventiva, <strong>manutenção</strong> preditiva sãogerenciadas por meio do módulo PM. O mesmo permite gerir todas as ativida<strong>de</strong>s da<strong>manutenção</strong>, obter dados estatísticos <strong>de</strong> cumprimento das programações, dados relativosaos t<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> execução dos serviços, dados <strong>de</strong> custo, lista técnica <strong>de</strong> materiais aplicados.Essa ativida<strong>de</strong> é <strong>de</strong>senvolvida pela equipe <strong>de</strong> Planejamento <strong>de</strong> Manutenção.3) Qualificação da mão-<strong>de</strong>-o<strong>br</strong>a – a equipe <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> é <strong>com</strong>posta <strong>de</strong> profissionais dasmais diversas faixas etárias e entre os mesmos exist<strong>em</strong> vários níveis <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, <strong>com</strong>opor ex<strong>em</strong>plo: ensino fundamental in<strong>com</strong>pleto, ensino fundamental <strong>com</strong>pleto, ensino médioin<strong>com</strong>pleto, ensino médio <strong>com</strong>pleto, curso técnico in<strong>com</strong>pleto, curso técnico <strong>com</strong>pleto,ensino superior in<strong>com</strong>pleto, ensino superior <strong>com</strong>pleto, pós-graduação in<strong>com</strong>pleto, pósgraduação<strong>com</strong>pleto.Muitas das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> execução (mecânica, elétrica, eletrônica, instrumentação)<strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> corretiva e <strong>de</strong> preventiva são realizadas por profissionais que necessitamcada vez mais aprimorar seu nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>. Uma das pr<strong>em</strong>issas para melhorar onível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> dos profissionais <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> é estimular os mesmos a voltar aosestudos e, nesse sentido, vêm se <strong>de</strong>senvolvendo programas internos para incentivá-los aconcluir o ensino médio. Além disso, exist<strong>em</strong> documentos <strong>de</strong>nominados instruções <strong>de</strong>trabalho que são procedimentos escritos que visam garantir a padronização na execução dosserviços, <strong>de</strong> modo a ser<strong>em</strong> realizados <strong>com</strong> segurança, qualida<strong>de</strong> e no t<strong>em</strong>po padrão.


596 RESULTADOS E ANÁLISESOs resultados apresentados refer<strong>em</strong>-se aos dados coletados so<strong>br</strong>e a <strong>manutenção</strong> nosanos 2000, 2001, 2002 e 2003 no que se refere à indisponibilida<strong>de</strong>, ao gerenciamento dasrotinas <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> preventiva, evolução <strong>de</strong> custos gerenciáveis <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> (<strong>em</strong>Reais).6.1 Indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> máquinaAs mudanças adotadas na política <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> <strong>com</strong> maior enfoque nas inspeçõessist<strong>em</strong>áticas, manutenções preventivas planejadas, substituição <strong>de</strong> <strong>com</strong>ponentes por t<strong>em</strong>po<strong>de</strong> vida, e também das manutenções corretivas planejadas, associadas às ações <strong>de</strong> melhoriastornaram possível reduzir o indicador <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong>. Uma ação muito importante eque significou um investimento adicional foi a aquisição <strong>de</strong> um redutor <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>so<strong>br</strong>essalente <strong>em</strong> 2002, <strong>com</strong> seu projeto redimensionado quanto à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga dosrolamentos. Os rolamentos se constitu<strong>em</strong> nas partes mais sensíveis <strong>de</strong> um redutor <strong>de</strong>velocida<strong>de</strong> e assim esse novo redutor foi projetado para condições severas das cargas <strong>de</strong>laminação <strong>de</strong>finidas pelo plano <strong>de</strong> passes referente à cali<strong>br</strong>ação dos cilindros. Diante dasbitolas que <strong>de</strong>veriam ser produzidas e <strong>em</strong> função do histórico interno das que<strong>br</strong>as econsi<strong>de</strong>rando ainda as gaiolas <strong>de</strong> laminação que trabalhavam <strong>com</strong> maiores cargas <strong>de</strong>cidiusepela aquisição do redutor para aplicação na gaiola vertical V7, sendo que o mesmoredutor po<strong>de</strong>ria ser utilizado nas gaiolas verticais V9 e V11. Em função <strong>de</strong>sse histórico agaiola vertical V7 foi escolhida para receber o novo redutor <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um conceito <strong>de</strong>reforço dos rolamentos. Em <strong>de</strong>z<strong>em</strong><strong>br</strong>o <strong>de</strong> 2002 foi substituído o referido redutor <strong>de</strong>velocida<strong>de</strong>. O redutor retirado foi enviado para reforma <strong>de</strong>ntro do conceito <strong>de</strong> reforço dosrolamentos, isso é, a substituição <strong>de</strong>sses rolamentos por outros <strong>de</strong> maior capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>carga e o mesmo foi utilizado <strong>de</strong>ssa vez na gaiola vertical V9 <strong>em</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong><strong>br</strong>o <strong>de</strong> 2003.Seguindo o mesmo processo, o redutor retirado foi reformado e será instalado na gaiolavertical V11, <strong>em</strong> 2004.A substituição planejada <strong>de</strong> redutores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> das gaiolas, que se inicia porum processo <strong>de</strong> preparação do redutor a ser instalado, testes funcionais antes da instalação,


60execução do serviço <strong>de</strong> substituição, liberação para produção, envio do redutor retiradopara reforma trouxe ótimos resultados e as paradas <strong>de</strong> produção por esse motivo sereduziram. Outra ação importante foi o monitoramento s<strong>em</strong>anal da qualida<strong>de</strong> do óleolu<strong>br</strong>ificante utilizados nos redutores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> <strong>com</strong> atenção especial à contaminaçãopor água e partículas <strong>em</strong> suspensão provenientes do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> refrigeração dos cilindros<strong>de</strong> laminação.A Figura 17 , mostra um gráfico dos t<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> paradas por que<strong>br</strong>a <strong>de</strong> redutores <strong>de</strong>velocida<strong>de</strong> das gaiolas <strong>de</strong> laminação.T<strong>em</strong>po <strong>de</strong> parada por que<strong>br</strong>a <strong>de</strong> redutores das gaiolas(horas)100908070605040302010062542602000 2001 2002 2003AnoFigura 17 – T<strong>em</strong>po <strong>de</strong> parada por que<strong>br</strong>a <strong>de</strong> redutores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> (ARGLA, 2004)Os resultados confirmam a eficácia das ações sist<strong>em</strong>áticas <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>, poishouve redução significativa das ocorrências <strong>de</strong> que<strong>br</strong>as imprevistas dos redutores <strong>de</strong>velocida<strong>de</strong> das gaiolas <strong>de</strong> laminação.a) Indisponibilida<strong>de</strong> por especialida<strong>de</strong> e totalA seguir po<strong>de</strong>-se constatar a mudança na indisponibilida<strong>de</strong> do Laminador Contínuonas especialida<strong>de</strong>s mecânica e elétrica, medida <strong>em</strong> horas <strong>de</strong> parada.


61A indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> máquina pela especialida<strong>de</strong> mecânica (falhas mecânicas)está apresentada na Figura 18.Indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> máquina - Mecânica30.02425horas20.010.01391812151151412171560.0Média 02Média 03JanFevMarA<strong>br</strong>MaiJunJulAgoSetOutNovDezFigura 18 - Indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> máquina pela especialida<strong>de</strong> Mecânica (ARGLA, 2004)Observa-se uma tendência <strong>de</strong> redução das horas paradas por falha mecânica, on<strong>de</strong><strong>em</strong> 2002 a média era <strong>de</strong> 24 horas <strong>de</strong> parada por mês e <strong>em</strong> 2003 a média ficou <strong>em</strong> 13 horas<strong>de</strong> parada por mês, isso representa uma redução relativa <strong>de</strong> 45,8%, importante para reduziro t<strong>em</strong>po total <strong>de</strong> parada.A indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> máquina pela especialida<strong>de</strong> elétrica encontra-serepresentada na Figura 19.Indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> máquina - Elétricahoras20.015.010.05.07.39.3 9.0 8.810.0 11.7 10.0 10.7 9.65.615.510.75.0 4.90.0Média 02Média 03JanFevMarA<strong>br</strong>MaiJunJulAgoSetOutNovDezFigura 19 - Indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> máquina pela especialida<strong>de</strong> Elétrica (ARGLA, 2004)


62Observa-se uma tendência <strong>de</strong> aumento das horas paradas por falha elétrica, on<strong>de</strong> <strong>em</strong>2002 a média era <strong>de</strong> 7,3 horas <strong>de</strong> parada por mês e <strong>em</strong> 2003 a média ficou <strong>em</strong> 9,3 horas <strong>de</strong>parada por mês, isso é um aumento relativo <strong>de</strong> 27,39%. Esse fato se justifica peladificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> se antecipar às falhas elétricas, pois a simples <strong>manutenção</strong> preventiva nãogarante confiabilida<strong>de</strong>, principalmente nos <strong>equipamentos</strong> eletrônicos que são sensíveis asvariações <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura ambiente da sala <strong>de</strong> controle on<strong>de</strong> os painéis são instalados. Os<strong>com</strong>ponentes eletrônicos existentes nesses painéis sofr<strong>em</strong> envelhecimento precoce porfadiga térmica e, assim, torna-se essencial a <strong>manutenção</strong> da t<strong>em</strong>peratura ambiente <strong>em</strong> torno<strong>de</strong> 22 o C (± 2 o C). Verifica-se que durante os meses do ano 2003 houve um aumento dasparadas para patamares maiores <strong>de</strong>vido a <strong>de</strong>terioração do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> refrigeração <strong>de</strong> ar dasala <strong>de</strong> controle (aparelhos antigos <strong>de</strong> ar condicionado industrial). Um projeto parainvestimento <strong>em</strong> novo sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> refrigeração <strong>de</strong> ar da sala <strong>de</strong> controle <strong>com</strong> objetivo <strong>de</strong>manter a t<strong>em</strong>peratura media <strong>em</strong> 22 o C (± 2 o C) foi iniciado e sua conclusão <strong>de</strong>u-se no mês<strong>de</strong> nov<strong>em</strong><strong>br</strong>o <strong>de</strong> 2003 on<strong>de</strong> os resultados foram melhores a partir daí.Para conseguir reduzir ainda mais o indicador <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong>, está se adotandooutras técnicas <strong>com</strong>o análise termográfica <strong>em</strong> painéis elétricos, <strong>em</strong> bancos <strong>de</strong> válvulassolenói<strong>de</strong>s, <strong>em</strong> válvulas <strong>de</strong> retenção e <strong>em</strong> bombas hidráulicas, análise <strong>de</strong> vi<strong>br</strong>ação nosmancais <strong>de</strong> ventiladores, bombas hidráulicas e <strong>em</strong> motores elétricos, inspeção por ultrasom,<strong>em</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> média tensão, análise cromatográfica e físico-química do óleo isolantedos transformadores. Todas essas técnicas possu<strong>em</strong> sist<strong>em</strong>áticas <strong>de</strong> execução <strong>com</strong>periodicida<strong>de</strong> <strong>de</strong>finida gerenciadas pelo Planejamento <strong>de</strong> Manutenção.Novos investimentos serão necessários para reduzir o indicador <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong>a níveis inferiores <strong>com</strong>o por ex<strong>em</strong>plo a substituição <strong>de</strong> controladores eletrônicos <strong>de</strong>tecnologia antiga por controladores <strong>de</strong> nova geração, mais confiáveis e aptos a operar<strong>em</strong><strong>em</strong> condições <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura mais severas.


63A seguir, t<strong>em</strong>-se a evolução da indisponibilida<strong>de</strong> do Laminador Contínuo <strong>em</strong> suatotalida<strong>de</strong> (Figura 20).Indisponibilida<strong>de</strong> Laminador Continuo9%8%7%6%5%4%3%2%1%0%Indisp. %8.57%Objetivo %6.47%5.03%4.92%4.46% 4.27% 4.17%3.66% 3.92% 3.89% 3.91%3.47%3.28%2.89%2.31%2.28%2000 2001 2002 2003 Jan Fev Mar A<strong>br</strong> Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezFigura 20 - Indisponibilida<strong>de</strong> do Laminador Contínuo até 2003 (ARGLA, 2004)Observa-se que no ano 2000 o índice foi <strong>de</strong> 8,57%, e acima do previsto (4%). Noano 2001 houve uma evolução e o índice ficou <strong>em</strong> 6,47%, ainda acima do previsto.Com a continuida<strong>de</strong> das ações, no ano 2002 houve também uma evolução e o índiceficou <strong>em</strong> 5,03%, praticamente <strong>de</strong>ntro do objetivo <strong>de</strong>sejado. Em 2003 o previsto foi 4,75% eesforços continuaram sendo feitos <strong>de</strong> modo que média apurada foi <strong>de</strong> 3,66%, resultado quesuperou as expectativas para o Laminador Contínuo e que servirão <strong>de</strong> referência paraoutros <strong>equipamentos</strong> da área <strong>de</strong> Laminação.O <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho do equipamento produtivo melhorou <strong>de</strong>vido às mudançasintroduzidas nas rotinas <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>, na sist<strong>em</strong>ática <strong>de</strong> inspeção, na sist<strong>em</strong>ática <strong>de</strong><strong>manutenção</strong> preventiva e na <strong>manutenção</strong> planejada anual.A periodicida<strong>de</strong> das inspeções sist<strong>em</strong>áticas foi alterada, b<strong>em</strong> <strong>com</strong>o das manutençõespreventivas planejadas. Adotou-se a substituição <strong>de</strong> <strong>com</strong>ponentes por t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> vida. Ações<strong>de</strong> melhoria, <strong>com</strong>o por ex<strong>em</strong>plo, substituição programada dos rolamentos dos redutores <strong>de</strong>velocida<strong>de</strong>s, além <strong>de</strong> modificações no controle eletrônico <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> das gaiolas <strong>de</strong>laminação, entre outras ações, permitiram reduzir sensivelmente os níveis <strong>de</strong>indisponibilida<strong>de</strong> do Laminador Contínuo <strong>de</strong>vido a <strong>manutenção</strong>.


646.2 - Gerenciamento das rotinas <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> preventivaA fim <strong>de</strong> consolidar os resultados <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong>, o gerenciamento das rotinas<strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> preventiva se fez necessário. Nesse sentido o objetivo era cumprir 90% doque foi planejado <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> preventiva. Po<strong>de</strong>-se visualizar os valoresobtidos pela especialida<strong>de</strong> mecânica, na Figura 21.%100908097.0Média 02Figura 21 – Cumprimento da <strong>manutenção</strong> preventiva Mecânica (ARGLA, 2004)No que se refere à especialida<strong>de</strong> mecânica nota-se que <strong>em</strong> 2002 a média foi 97% e<strong>em</strong> 2003 foi <strong>de</strong> 97,7%, isto é, b<strong>em</strong> acima do previsto que foi <strong>de</strong> 90 %. Esse índice<strong>de</strong>monstra o <strong>com</strong>prometimento total da equipe mecânica para <strong>com</strong> o cumprimento da<strong>manutenção</strong> preventiva.No que se refere a especialida<strong>de</strong> elétrica, po<strong>de</strong>-se visualizar os valores obtidos pelaequipe na Figura 22.Cumprimento do plano <strong>de</strong> preventiva - Mecânica97.7100 10096.4 96.489Média 03JanFevMarA<strong>br</strong>MaiJun100 100Jul100 100 99 10091AgoSetOutNovDezCump. Prevent.Objetivo (90%)


65Cumprimento do plano <strong>de</strong> preventiva - Elétrica%100806040200Média 0299.3 100.00 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100Média 03JanFevMarA<strong>br</strong>MaiJunJulAgoSetOutNovCump. Prevent.Objetivo (90%)DezFigura 22 – Cumprimento da <strong>manutenção</strong> preventiva Elétrica (ARGLA, 2004)No que se refere à especialida<strong>de</strong> elétrica nota-se que <strong>em</strong> 2002 a média foi 99,3% e<strong>em</strong> 2003 foi <strong>de</strong> 100%; isto é, também acima do previsto que era <strong>de</strong> 90%, o que <strong>de</strong>monstra o<strong>com</strong>prometimento total da equipe para <strong>com</strong> o cumprimento da <strong>manutenção</strong> preventiva.6.3 Custos gerenciáveis <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>Em relação aos custos gerenciáveis <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> (materiais, serviços contratados,pessoal, engenharia <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>, melhorias, <strong>manutenção</strong> predial, segurança industrial,meio ambiente) po<strong>de</strong>-se <strong>com</strong>parar os valores orçados e realizados (média mensal) <strong>em</strong> 2000,2001, 2002 e 2003 e avaliar <strong>com</strong>o foi seu <strong>com</strong>portamento ao longo <strong>de</strong>sse período,conforme mostra a Figura 23.No ano 2000, o valor realizado ficou acima do valor orçado <strong>em</strong> 33%, pois as nasque<strong>br</strong>as do equipamento as falhas levavam a intervenções <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> s<strong>em</strong>planejamento (corretivas), <strong>com</strong> <strong>com</strong>pras <strong>de</strong> materiais e contratação <strong>de</strong> serviços <strong>em</strong><strong>em</strong>ergência e elevado número <strong>de</strong> horas extras dos colaboradores.No ano 2001, o valor realizado ficou acima do valor orçado <strong>em</strong> 12,1%,representando uma melhora, porém ainda <strong>com</strong> ocorrência <strong>de</strong> que<strong>br</strong>as do equipamento etambém as falhas levavam a intervenções <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> s<strong>em</strong> planejamento (corretivas),<strong>com</strong> as conseqüências já citadas.


66No ano 2002, o valor realizado ficou acima do valor orçado <strong>em</strong> 12,5%,representando uma melhora, porém ainda <strong>com</strong> ocorrência <strong>de</strong> que<strong>br</strong>as do equipamento etambém as falhas levavam a intervenções <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> s<strong>em</strong> planejamento (corretivas),<strong>com</strong> as conseqüências já citadas. Nesse ano iniciou-se a prática <strong>de</strong> substituição programada<strong>de</strong> <strong>com</strong>ponentes e conjuntos por t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> vida.No ano 2003, o valor realizado ficou abaixo do valor orçado <strong>em</strong> 8,4%, significandouma mudança importante, ou seja, conseguiu-se <strong>de</strong> fato atuar <strong>de</strong> modo a obter uma redução<strong>de</strong> custo real, aten<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>sse modo um dos principais objetivos da função <strong>manutenção</strong>.C ustos gerenciáveis <strong>de</strong> m anutenção -Lam inador C ontínuoMil (R$)400350300250200150100500210279.3 280313.9 320360322295O 2000R 2000O 2001R 2001O 2002R 2002O 2003R 2003A noO = objetivoR = realFigura 23 - Valores orçados e realizados <strong>em</strong> 2000, 2001, 2002 e 2003 (ARGLA, 2004)No que refere-se aos custos gerenciáveis <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> e consi<strong>de</strong>rando a inflaçãono período (IGP-M 9,95%, 10,37%, 25,30%, 8,69% respectivamente) , nota-se que <strong>de</strong> 2000a 2003 os resultados <strong>de</strong>monstram uma evolução positiva; houve um trabalho concentradono planejamento das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> culminando <strong>em</strong> 2003 <strong>em</strong> uma reversão <strong>de</strong>tendência, mostrando que é possível obter melhores custos <strong>com</strong> redução daindisponibilida<strong>de</strong> indicando que a estratégia adotada foi correta.


677 CONCLUSÕESO trabalho teve <strong>com</strong>o t<strong>em</strong>a o estudo <strong>de</strong> caso da <strong>manutenção</strong> <strong>em</strong> <strong>equipamentos</strong>si<strong>de</strong>rúrgicos <strong>com</strong> enfoque <strong>em</strong> um Laminador Contínuo. Por meio <strong>de</strong> seu conteúdo, omesmo avalia o indicador <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong> <strong>com</strong>o objetivo principal, aborda aspectosdos requisitos humanos no que tange à qualificação da mão-<strong>de</strong>-o<strong>br</strong>a, <strong>de</strong>monstra os tipos <strong>de</strong>falhas por <strong>manutenção</strong>, usa o ciclo PDCA para a solução <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as e mostra resultadosapós mudanças na aplicação da <strong>manutenção</strong> preventiva <strong>com</strong> enfoque na <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong>.Entre os principais resultados po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>stacar a indisponibilida<strong>de</strong> (Figura 24).Indisponibilida<strong>de</strong> - Laminador Contínuo(%)987654321048.5746.475 5.03 4.753.66O 2000R 2000O 2001R 2001O 2002R 2002O 2003R 2003AnoO = objetivoR = realFigura 24 – Indisponibilida<strong>de</strong> nos anos 2000, 2001, 2002 e 2003 (ARGLA, 2004)Observa-se que no ano 2000 a indisponibilida<strong>de</strong> ficou <strong>em</strong> 8,57%, e acima daprevista (4%). No ano 2001 houve uma melhora e a mesma ficou <strong>em</strong> 6,47%, ainda acimada prevista (4%).Com a continuida<strong>de</strong> das ações, no ano 2002 houve uma evolução e aindisponibilida<strong>de</strong> ficou <strong>em</strong> 5,03%, praticamente <strong>de</strong>ntro da prevista (5%). Em 2003 aindisponibilida<strong>de</strong> prevista foi 4,75% e esforços continuaram sendo feitos <strong>de</strong> modo que a


68indisponibilida<strong>de</strong> foi <strong>de</strong> 3,66%, resultado que superou as expectativas para o LaminadorContínuo e ainda <strong>de</strong>stacando-se o fato <strong>de</strong> que a indisponibilida<strong>de</strong> ficou abaixo dos valorespraticados pela si<strong>de</strong>rurgia no Brasil que no ano 2003 foi <strong>de</strong> 7,5%. A Figura 24, mostra aredução da indisponibilida<strong>de</strong> no período <strong>de</strong> 2000 a 2003 e especificamente <strong>em</strong> 2003, oresultado obtido po<strong>de</strong>rá servir <strong>de</strong> referência para outros <strong>equipamentos</strong> da área <strong>de</strong>Laminação. O <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho do equipamento produtivo melhorou <strong>de</strong>vido às mudançasintroduzidas nas rotinas <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>, na sist<strong>em</strong>ática <strong>de</strong> inspeção, na sist<strong>em</strong>ática <strong>de</strong><strong>manutenção</strong> preventiva e na <strong>manutenção</strong> planejada anual.A periodicida<strong>de</strong> das inspeções sist<strong>em</strong>áticas foi alterada, b<strong>em</strong> <strong>com</strong>o das manutençõespreventivas planejadas. Adotou-se a substituição <strong>de</strong> <strong>com</strong>ponentes por t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> vida. Ações<strong>de</strong> melhoria, <strong>com</strong>o por ex<strong>em</strong>plo, substituição programada dos rolamentos dos redutores <strong>de</strong>velocida<strong>de</strong>s, além <strong>de</strong> modificações no controle eletrônico <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> das gaiolas <strong>de</strong>laminação, entre outras ações, permitiram reduzir sensivelmente os níveis <strong>de</strong>indisponibilida<strong>de</strong> do Laminador Contínuo <strong>de</strong>vido a <strong>manutenção</strong>.A fim <strong>de</strong> consolidar os resultados <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong>, o gerenciamento das rotinas<strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> preventiva mecânica e elétrica se fez necessário e foi melhor controlado apartir <strong>de</strong> 2002, cujos resultados são mostrados na Figura 25.C u m p rim e n to d o p la n o d e m a n u te n ç ã o p re v e n tiv a - L a m in a d o rC o n tín u o1 0 09 09 09 79 09 9 .39 09 7 .79 01 0 0(%)8 07 06 05 0O 2002 MecR 2002 MecO 2002 ElR 2002 ElO 2003 MecR 2003 MecO 2003 ElR 2003 ElA n oO = objetivoR = realFigura 25 – Gerenciamento das rotinas nos anos 2002 e 2003 (ARGLA, 2004)


69No que se refere à especialida<strong>de</strong> mecânica nota-se que <strong>em</strong> 2002 a média foi 97% e<strong>em</strong> 2003 foi <strong>de</strong> 97,7%, isto é, b<strong>em</strong> acima do previsto que foi <strong>de</strong> 90 %. Esse índice<strong>de</strong>monstra o <strong>com</strong>prometimento total da equipe mecânica para <strong>com</strong> o cumprimento da<strong>manutenção</strong> preventiva.No que se refere à especialida<strong>de</strong> elétrica nota-se que <strong>em</strong> 2002 a média foi 99,3% e<strong>em</strong> 2003 foi <strong>de</strong> 100%; isto é, também acima do previsto que era <strong>de</strong> 90%, o que <strong>de</strong>monstra o<strong>com</strong>prometimento total da equipe para <strong>com</strong> o cumprimento da <strong>manutenção</strong> preventiva.Outro <strong>de</strong>staque v<strong>em</strong> a ser os custos gerenciáveis <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>, on<strong>de</strong> por meio dafigura 23 (pag. 66) po<strong>de</strong>-se <strong>com</strong>parar os valores orçados e realizados.No ano 2000, o valor realizado ficou acima do valor orçado <strong>em</strong> 33%, pois nasque<strong>br</strong>as do equipamento as falhas levavam a intervenções <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> s<strong>em</strong>planejamento (corretivas), <strong>com</strong> <strong>com</strong>pras <strong>de</strong> materiais e contratação <strong>de</strong> serviços <strong>em</strong><strong>em</strong>ergência e elevado número <strong>de</strong> horas extras dos colaboradores.No ano 2001, o valor realizado ficou acima do valor orçado <strong>em</strong> 12,1%,representando uma melhora, porém ainda <strong>com</strong> ocorrência <strong>de</strong> que<strong>br</strong>as do equipamento etambém as falhas levavam a intervenções <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> s<strong>em</strong> planejamento (corretivas),<strong>com</strong> as conseqüências já citadas.No ano 2002, o valor realizado ficou acima do valor orçado <strong>em</strong> 12,5%,representando uma melhora, porém ainda <strong>com</strong> ocorrência <strong>de</strong> que<strong>br</strong>as do equipamento etambém as falhas levavam a intervenções <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> s<strong>em</strong> planejamento (corretivas).Nesse ano iniciou-se a prática <strong>de</strong> substituição programada <strong>de</strong> <strong>com</strong>ponentes e conjuntos port<strong>em</strong>po <strong>de</strong> vida.No ano 2003, o valor realizado ficou abaixo do valor orçado <strong>em</strong> 8,4%, significandouma mudança importante, ou seja, conseguiu-se <strong>de</strong> fato atuar <strong>de</strong> modo a obter uma redução<strong>de</strong> custo real, aten<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>sse modo um dos principais objetivos da função <strong>manutenção</strong>.No que refere-se aos custos gerenciáveis <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> e consi<strong>de</strong>rando a inflaçãono período (IGP-M 9,95%, 10,37%, 25,30%, 8,69% respectivamente), nota-se que <strong>de</strong> 2000a 2003 os resultados <strong>de</strong>monstram uma evolução positiva; houve um trabalho concentradono planejamento das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> culminando <strong>em</strong> 2003 <strong>em</strong> uma reversão <strong>de</strong>tendência, mostrando que é possível obter melhores custos <strong>com</strong> redução daindisponibilida<strong>de</strong>.


70Com base no conteúdo apresentado, uma conclusão inicial é que o ciclo PDCAadotado conduz a uma mudança na forma <strong>de</strong> se analisar as falhas por <strong>manutenção</strong>, namedida <strong>em</strong> que planos <strong>de</strong> ação são elaborados para atuar nas causas e não nasconseqüências das falhas.A mudança <strong>de</strong> postura dos profissionais <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> <strong>com</strong> foco no cliente interno,aliada às práticas administrativas a<strong>de</strong>quadas voltadas para a minimização <strong>de</strong> paradasimprevistas <strong>de</strong> produção e redução <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>, favorece uma maiorintegração <strong>com</strong> a operação e também a valorização do profissional da área <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong>.A prática <strong>de</strong> reuniões diárias entre operação e <strong>manutenção</strong> para análise das paradas<strong>de</strong> produção por falhas <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> agiliza a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão por parte das equipes nosentido <strong>de</strong> atuar nas causas <strong>de</strong>finindo a priorização das tarefas.Os resultados obtidos nos indicadores melhoraram <strong>em</strong> conseqüência das mudançasnas práticas <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> adotadas. É consistente a mudança <strong>de</strong> mentalida<strong>de</strong> e posturadas equipes no que diz respeito a forma <strong>de</strong> conduzir o setor, pois <strong>de</strong>senvolve-se melhorvisão sistêmica do negócio.É possível para outras áreas da <strong>manutenção</strong> adotar essa prática a fim <strong>de</strong> obter umapadronização <strong>de</strong> procedimentos, além da otimização dos resultados, respeitando-se asdiferentes características entre as áreas.


71REFERÊNCIASABRAMAN – Associação Brasileira <strong>de</strong> Manutenção. Documento Nacional.15. o Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Manutenção. Curitiba: 2003.ANDRADE, Fábio Fellipe <strong>de</strong>. O método <strong>de</strong> melhorias PDCA. 2003. 157 f. Dissertação(mestrado <strong>em</strong> Engenharia <strong>de</strong> Construção e Urbana) – Escola Politécnica da Universida<strong>de</strong><strong>de</strong> São Paulo, 2003.CAMPOS, Vicente Falconi. Gerenciamento da Rotina do Trabalho do dia-a-dia. BeloHorizonte, Editora <strong>de</strong> Desenvolvimento Gerencial, 2001.CASTELLA, Marco César. Análise crítica da área <strong>de</strong> <strong>manutenção</strong> <strong>em</strong> uma <strong>em</strong>presa<strong>br</strong>asileira <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> energia elétrica. 2001. 152 f. Dissertação (mestrado <strong>em</strong>Engenharia <strong>de</strong> Produção) – Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina, 2001.CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 4. a edição. SãoPaulo, Makron Books do Brasil Editora Ltda., 1993.FDG - FUNDAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL. Método <strong>de</strong> Melhoriaspara Empresas <strong>de</strong> Manufatura. Material <strong>de</strong> treinamento. PDCA. São Paulo, 2003.GOMES, Marcello Soares. Desenvolvimento e Impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> Sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong>Automação Industrial: Estudo <strong>de</strong> Caso. 2002. 127 f. Dissertação (especialização pelocurso MBA – Gerência <strong>de</strong> Produção) – Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté, 2002.MAIA, Wilton Palmeira. O gerenciamento orientado para o equipamento – Aplicaçãodo programa TPM (Manutenção Produtiva Total) para maximizar o uso dos ativos.2002. 55 f. Dissertação (especialização pelo curso MBA – Gerência <strong>de</strong> Produção) –Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté, 2002.


72MOUBRAY, John. Reliability centred maintenance. 2 ed. Oxford: Butterworth-Hein<strong>em</strong>ann, 1997.MUASSAB, José Roberto. Gerenciamento da <strong>manutenção</strong> na indústriaautomobilística. 2002. 98 f. Dissertação (especialização pelo curso MBA – Gerência <strong>de</strong>Produção) – Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté, 2002.PATTON, Jr, Joseph D. Preventive Maintenance. Instrument Society of America, 1983.PDCA Cycle. From probl<strong>em</strong>-faced to probl<strong>em</strong>-solved. Disponível <strong>em</strong>Acesso <strong>em</strong> 17/07/04.SARRIES, Ga<strong>br</strong>iel Adrian; VICINO, Silvana Regina. O ciclo PDCA e o ControleEstatístico da Qualida<strong>de</strong> na Gestão pela Qualida<strong>de</strong> Total. Disponível <strong>em</strong>Acesso <strong>em</strong> 04/04/04.TAVARES, Lourival Augusto. Controle <strong>de</strong> Manutenção por Computador. Rio <strong>de</strong>Janeiro, JR Editora Técnica Ltda., 1987.TELLIS, Winston. Introdução ao Estudo <strong>de</strong> Caso. Disponível <strong>em</strong>Acesso <strong>em</strong> 07/03/04.


73ANEXOSPLANO DE AÇÃO – LAMINADOR CONTÍNUO – ANO 2001It<strong>em</strong> O que fazer Quando Qu<strong>em</strong> On<strong>de</strong> Por que1 Preencher vaga Técnico Eletrônico II Janeiro Superv. Estrutura Reforçar equipe2 Reforçar equipe elétrica <strong>com</strong> 2Janeiro Superv. Estrutura Reforçar equipeeletricistas t<strong>em</strong>porários3 Turnos - passar para escala 6x2 Janeiro Superv. Estrutura Melhoratendimento4 Gestão <strong>de</strong> materiais na área Janeiro Aprovis. Materiais So<strong>br</strong>essalentes5 Reuniões diárias <strong>de</strong> análise e causas <strong>de</strong>paradasFevereiro Superv. Área Integração dasequipes6 Planejar ações do Plano <strong>de</strong> Ação 2001 Fevereiro Superv. Planej. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>7 Instalação do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Aquisição <strong>de</strong>Dados <strong>com</strong> 64 canais na Sala ElétricaFevereiro Téc.Eletrôn.Equipam. Facilitardiagnósticos8 Refrigeração da Sala Elétrica - manterventilador industrial LIGADOMarço Téc.Eletrôn.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>9 Refrigeração da Sala Elétrica - manterpressurização positivaMarço Téc.Eletrôn.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>10 Refrigeração da Sala Elétrica - <strong>em</strong>itirPAMarço Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>11 Refrigeração da Sala Elétrica - analisarnovo projetoMarço Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>12 Refrigeração da Sala Elétrica - colherorçamentos <strong>com</strong> Set, Trane e InatecMarço Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>13 Sist<strong>em</strong>a Weg - Lógica SW das gaiolas -estudar/implantar modificaçãoMarço Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>14 Sist<strong>em</strong>a Weg - Instalar indicação <strong>de</strong>correção ativada das gaiolas V11 atéH0, nos supervisórios 1, 2 e 3A<strong>br</strong>il Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>15 Instalar sensores <strong>de</strong> nível nosreservatórios <strong>de</strong> rebombeamento <strong>de</strong> óleo1, 2 e 416 Sist<strong>em</strong>a Weg - Mudar cor dos pop up <strong>de</strong>cada gaiola nos supervisorios, para<strong>de</strong>tetar "diferença <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>"17 Sist<strong>em</strong>a Weg - Reduzir número <strong>de</strong>alarmes dos supervisórios18 Sist<strong>em</strong>a Weg - substituir os 3 micro <strong>de</strong>controle do laminador19 Substituir cabos elétricos das saídasanalógicas para os drives20 Normalizar indicação <strong>de</strong> carga da H0,nos supervisórios21 Sist<strong>em</strong>a Weg - Melhoria na lógica <strong>de</strong>controle da cascata para o vão dasgaiolas V7 e H10A<strong>br</strong>ilA<strong>br</strong>ilTécEletrôn.TécEletrôn.Equipam.Equipam.Aumentarconfiabilida<strong>de</strong>FacilitardiagnósticoMaio Superv. Equipam. FacilitardiagnósticoMaio Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>Junho Téc Equipam. AumentarEletrôn.confiabilida<strong>de</strong>Junho Téc Equipam. AumentarEletrôn.confiabilida<strong>de</strong>Junho Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>22 Treinamento no sist<strong>em</strong>a Weg Junho Superv. Treinamento Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>23 Instalação do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Aquisição <strong>de</strong>Dados <strong>com</strong> 64 canais na Cabine CentralJunho Superv. Equipam. Facilitardiagnóstico


74PLANO DE AÇÃO – LAMINADOR CONTÍNUO – ANO 2001It<strong>em</strong> O que fazer Quando Qu<strong>em</strong> On<strong>de</strong> Por que24 Instalar chave estática na Tesoura a Frio Julho Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>25 Instalar CLP - substituir <strong>com</strong>ando arelés do painel do FVMJulho Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>26 Instalar CLP - substituir <strong>com</strong>ando arelés do painel CBDJulho Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>27 Aquisição <strong>de</strong> conjunto montado do Agosto Aprovis. Materiais So<strong>br</strong>essalentesImpulsionador <strong>de</strong> saída do Forno28 Modificar circuito elétrico <strong>de</strong> proteçãopor baixa pressão do óleo lu<strong>br</strong>ificantedos redutores das gaiolasAgosto Téc.Eletrôn.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>29 Instalar sensor <strong>de</strong> pressão para proteção<strong>de</strong> queda <strong>br</strong>usca na pressão <strong>de</strong>lu<strong>br</strong>ificação dos redutores das gaiolasAgosto Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>30 Sist<strong>em</strong>a Weg - Normalizar alarme ebloqueio Ejetor <strong>de</strong> TarugosSet<strong>em</strong><strong>br</strong>o Téc.Eletrôn.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>31 Fazer back up do programa do BT150,instalar na máquina 2Set<strong>em</strong><strong>br</strong>o Téc.Eletrôn.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>32 Fazer back up do programa do BT150 esupervisórios e enviar para WegSet<strong>em</strong><strong>br</strong>o Téc.Eletrôn.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>33 Normalizar funcionamento do No<strong>br</strong>eak Outu<strong>br</strong>o Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>34 Sist<strong>em</strong>a Weg - Estudar lógica <strong>de</strong> modo aimpl<strong>em</strong>entar o controle <strong>de</strong> PitchOutu<strong>br</strong>o Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>35 Aquisição <strong>de</strong> novo redutor para a gaiolaV7Outu<strong>br</strong>o Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>36 Sist<strong>em</strong>a Weg - Estudar lógica <strong>de</strong> modo areduzir intervalo entre barrasNov<strong>em</strong><strong>br</strong>o Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>37 H0/V0 - estudar separação dos alarmes(hidráulica e lu<strong>br</strong>ificação)Nov<strong>em</strong><strong>br</strong>o Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>38 Substituir controle <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura doóleo na COLDez<strong>em</strong><strong>br</strong>o TécInstrum.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>39 T<strong>em</strong>peratura dos mancais dos MotoresPrincipais - substituir sensoresDez<strong>em</strong><strong>br</strong>o TécEletrôn.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>40 Treinamento no sist<strong>em</strong>a Aqdados Dez<strong>em</strong><strong>br</strong>o Superv. Treinamento Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>


75PLANO DE AÇÃO – LAMINADOR CONTÍNUO – ANO 2002It<strong>em</strong> O que fazer Quando Qu<strong>em</strong> On<strong>de</strong> Por que1 Preencher vaga Mecânico III Janeiro Superv. Estrutura Reforçar equipe2 Contratar Encanador e Ajudante Janeiro Superv. Estrutura Reforçar equipe3 Reforçar equipe mecânica <strong>com</strong> 2 Janeiro Superv. Estrutura Reforçar equip<strong>em</strong>ecânicos t<strong>em</strong>porários4 Turnos - passar para escala 6x2 Janeiro Superv. Estrutura Atendimento5 Contratar Inspetor (t<strong>em</strong>porário) Fevereiro Superv. Estrutura Reforçar equipe6 Revisar planos <strong>de</strong> preventivas/inspeções Fevereiro Superv. Planej. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>7 Fazer inspeções <strong>com</strong> Inspetor externo Fevereiro Superv. Estrutura Reforçar equipe8 Planejar ações do Plano <strong>de</strong> Ação 2002 Março Superv. Planej. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>9 Substituir mangueiras e refazer lay outda tubulação - Viga Bobina<strong>de</strong>iraMarço Téc.Mec.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>10 Reforma parcial nas mesas <strong>de</strong> rolos Março Téc.Mec.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>11 Substituir pentes <strong>em</strong>penados do leito Março Téc.Mec.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>12 Substituir par <strong>de</strong> engrenagens <strong>de</strong> entradada H1Março Téc.Mec.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>13 Substituir rolos danificados da mesa <strong>de</strong>rolos do leitoMarço Téc.Mec.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>14 Substituir buchas das articulações dassapatas do leitoA<strong>br</strong>il Téc.Mec.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>15 Padronizar e reposicionar tubulaçãohidráulica das gaiolas H0/V0A<strong>br</strong>il Téc.Mec.Equipam. Aumentarconfiabilida<strong>de</strong>16 Fa<strong>br</strong>icar anel reserva para <strong>de</strong>scarepador<strong>com</strong> bicos S # SA<strong>br</strong>il Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>17 Substituir filtros Y por cesto nas gaiolasH0 e V0Maio Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>18 Instalar pressostatos Tel<strong>em</strong>ecanique nasgaiolas H0/V0Maio Téc.Instrum.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>19 Modificar processo <strong>de</strong> fa<strong>br</strong>icação dospentes do leitoJunho Superv. Equipam. Aumentarconfiabilida<strong>de</strong>20 Instalar 4 acumuladores no sist<strong>em</strong>ahidráulico das Bobina<strong>de</strong>irasJunho TécMec.Equipam. Aumentarconfiabilida<strong>de</strong>21 Ttreinamento no sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> alarmes Junho Superv. Treinamento Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>22 Reapertar e reposicionar tubulação dasgaiolas H0/V0Junho TécMec.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>23 Substituir tubulação da COL e COH Junho Eng. a Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>24 Melhorar vedação dos fusos <strong>de</strong> elevaçãodas gaiolasJunho Téc.Mec.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>25 Concluir troca das escotilhas <strong>de</strong> visitados redutoresJunho Téc.Mec.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>26 Treinamento no Sist<strong>em</strong>a hidráulico Junho Superv. Treinamento Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>27 Treinamento no Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong>Lu<strong>br</strong>ificaçãoJunho Superv. Treinamento Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>


76PLANO DE AÇÃO – LAMINADOR CONTÍNUO – ANO 2002It<strong>em</strong> O que fazer Quando Qu<strong>em</strong> On<strong>de</strong> Por que28 Treinamento no Processo do Laminador Julho Superv. Treinamento Facilitardiagnóstico29 Inspeção e Manutenção <strong>em</strong> redutores Julho Superv. Treinamento Facilitardiagnóstico30 Treinamento <strong>em</strong> Metrologia Julho Superv. Treinamento Facilitardiagnóstico31 Concluir estudo so<strong>br</strong>e subst. motor Agosto Eng. a Equipam. Reduzirventilador <strong>de</strong> ar <strong>com</strong>bustão do FVM.32 Criar rotina <strong>de</strong> inspeção paracaixas/roletes durante trocas <strong>de</strong>montag<strong>em</strong> no laminador33 Orientar os operadores so<strong>br</strong>e aproveitaros t<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> parada do processo pararevisar caixas <strong>de</strong> roletes34 Criar o procedimento <strong>de</strong> passag<strong>em</strong> <strong>de</strong>turno <strong>com</strong> o laminador operando35 Aquisição <strong>de</strong> hardkey para permitirestudar sist<strong>em</strong>a Weg, off line36 Instalar placas a<strong>de</strong>sivas dos alarmesvisuais instalados nas colunas37 Instalar painel sinótico <strong>com</strong>sinalizadores dos alarmes do laminador38 Instalar circuIto <strong>de</strong> rampa (15 segundos)das gaiolas pelo sist<strong>em</strong>a Weg39 Na tela: Alarmes, eliminar mensag<strong>em</strong>:Formação Alta e Baixa dos laços40 Na tela: Sinótico Geral, eliminarmensag<strong>em</strong>: Intervalo entre barras maiorque 120 segundos41 Na tela: Alarmes Históricos, eliminarmensag<strong>em</strong>: diferença <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>maior que 10 % nas gaiolas42 Na tela: Sinótico Geral, eliminarmensag<strong>em</strong>: Falha no Desbaste43 Na tela: Sinótico Geral, eliminarmensag<strong>em</strong>: Falha no Intermediário 144 Na tela: Sinótico Geral, eliminarmensag<strong>em</strong>: Falha no Intermediário 245 Na tela: Sinótico Geral, eliminarmensag<strong>em</strong>: Falha no Acabadorindisponibilida<strong>de</strong>Agosto Oper. Área Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>Agosto Oper. Área Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>Set<strong>em</strong><strong>br</strong>o Oper. Área Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>Set<strong>em</strong><strong>br</strong>o Aprovis. Materiais FacilitardiagnósticoSet<strong>em</strong><strong>br</strong>o Téc. Equipam. FacilitarEletrôn.diagnósticoOutu<strong>br</strong>o Superv. Equipam. FacilitardiagnósticoOutu<strong>br</strong>o Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>Outu<strong>br</strong>o Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>Nov<strong>em</strong><strong>br</strong>o Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>Nov<strong>em</strong><strong>br</strong>o Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>Dez<strong>em</strong><strong>br</strong>o Superv. Equipam. FacilitardiagnósticoDez<strong>em</strong><strong>br</strong>o Superv. Equipam. FacilitardiagnósticoDez<strong>em</strong><strong>br</strong>o Superv. Equipam. FacilitardiagnósticoDez<strong>em</strong><strong>br</strong>o Superv. Equipam. Facilitardiagnóstico


77PLANO DE AÇÃO – LAMINADOR CONTÍNUO – ANO 2003It<strong>em</strong> O que fazer Quando Qu<strong>em</strong> On<strong>de</strong> Por que1 Eliminar mensag<strong>em</strong>: So<strong>br</strong>ecorrente Janeiro Superv. Equipam. Facilitardiagnóstico2 Sist. Weg – Instalar ventilador no BT150.Janeiro Superv. Equipam. Facilitardiagnóstico3 Sist. Weg – Eliminar "ComandoImprimir" dos Supervisórios 1 e 3Janeiro Superv. Equipam. Facilitardiagnóstico4 Aquisição <strong>de</strong> outro No<strong>br</strong>eak Janeiro Aprovis. Materiais So<strong>br</strong>essalentes5 Planejar ações do Plano <strong>de</strong> Ação 2003 Janeiro Superv. Planej. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>6 Aquisição <strong>de</strong> motor para Carro Coletor. Janeiro Aprovis. Materiais So<strong>br</strong>essalentes7 Aquisição <strong>de</strong> motores para Forno Fevereiro Aprovis. Materiais So<strong>br</strong>essalentes8 Aquisição <strong>de</strong> motores para Secções Março Aprovis. Materiais So<strong>br</strong>essalentes9 Aquisições <strong>de</strong> motores para Reb. 1/2/4. Março Aprovis. Materiais So<strong>br</strong>essalentes10 Aquisições <strong>de</strong> so<strong>br</strong>essalente – gaiola H0 Março Aprovis. Materiais So<strong>br</strong>essalentes11 Mudar projeto das sapatas do Leito.(sapata bi-partida aço / FoFo)Março Eng. a Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>12 Mudar sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> óleopara COL; COH; H-0 / V-0.Março Eng. a Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>13 Substituir filtro principal da COL. Março Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>14 Substituir placas fixas das laterais dasgaiolas horizontais.A<strong>br</strong>il Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>15 Trocar placas <strong>de</strong> encosto dos cestos dasBobina<strong>de</strong>iras.A<strong>br</strong>il TécMec.Equipam. Aumentarconfiabilida<strong>de</strong>16 Montar chassi <strong>com</strong>pleto <strong>de</strong> Laço paratroca rápida.A<strong>br</strong>il TécMec.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>17 Fazer palestra so<strong>br</strong>e sugestões parareduzir Set-up. (ex<strong>em</strong>plo CSN).A<strong>br</strong>il Superv. Treinamento Facilitardiagnóstico18 Instalar CLP no controle da T#5. Maio Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>19 Instalar CLP no controle da T#11. Maio Superv. Equipam. Aumentarconfiabilida<strong>de</strong>20 Substituir contatores eletromecânicospor chave estáticaMaio TécEletrôn.Equipam. Aumentarconfiabilida<strong>de</strong>21 Aquisição <strong>de</strong> Notebook paraMaio Aprovis. Materiais So<strong>br</strong>essalentes<strong>manutenção</strong>22 Instalar sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> monitores na SalaElétricaJunho Superv. Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>23 Efetuar magnetização dos motores imãpermanenteJunho Téc.Eletrôn.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>24 Revisar conversores da TesouraCombinada.Junho Téc.Eletrôn.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>25 Revisar conversores AbaSeparadora/Sapatas 1 e 2.Junho Téc.Eletrôn.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>26 Trocar bicos PNR por LECHLER noanel <strong>de</strong>scarepadorJunho Superv. Treinamento Facilitardiagnóstico27 Estudar substituição do rolamentoinferior do eixo longo dos redutoresJunho Eng. a Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>


78PLANO DE AÇÃO – LAMINADOR CONTÍNUO – ANO 2003It<strong>em</strong> O que fazer Quando Qu<strong>em</strong> On<strong>de</strong> Por que28 Comprar e manter coroas <strong>de</strong> <strong>br</strong>onze e Julho Aprovis. Materiais So<strong>br</strong>essalentesfusos para sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> elevação dasgaiolas verticais29 Substituir válvulas hidráulicas dosacionamentos das bobina<strong>de</strong>iras e vigasJulho Téc.Mec.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>30 Substituir tubos e mangueiras dos pinos<strong>de</strong> elevação das bobinasJulho Téc.Mec.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>31 Substituir 6 pinos do cesto dabobina<strong>de</strong>ira 1Agosto Téc.Mec.Equipam. Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>32 Instalar pinch roll na saída do forno Agosto Téc. Equipam. Reduzir33 FVM - Instalar indicação <strong>de</strong> pressão do<strong>de</strong>scarepador na Cabine do Forno VigaMóvel34 Aferir velocida<strong>de</strong> das calhasmotorizadas35 Modificar lógica dos laços para operars<strong>em</strong> MLD virtual na H18 e V19, nabitola 9,00mm36 Reciclag<strong>em</strong> operação e <strong>manutenção</strong> -procedimento reset no supervisório37 Reciclag<strong>em</strong> operação e <strong>manutenção</strong> -ocorrências <strong>de</strong> falhas nas bobina<strong>de</strong>iras38 Instalação <strong>de</strong> câmera para visualizarcorte da tes. Combinada39 Elaboração <strong>de</strong> tabelas <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>padrão para as Bobina<strong>de</strong>iras40 Elaboração <strong>de</strong> tabelas <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>padrão para o Leito <strong>de</strong> ResfriamentoAgostoSet<strong>em</strong><strong>br</strong>oSet<strong>em</strong><strong>br</strong>oMec.Téc.Instrum.Téc.Eletrôn.Téc.Eletrôn.Equipam.Equipam.Equipam.indisponibilida<strong>de</strong>Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>Outu<strong>br</strong>o Oper. Área Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>Outu<strong>br</strong>o Oper. Área Reduzirindisponibilida<strong>de</strong>Nov<strong>em</strong><strong>br</strong>o Téc. Equipam. ReduzirEletrôn.indisponibilida<strong>de</strong>Nov<strong>em</strong><strong>br</strong>o Téc. Equipam. ReduzirEletrôn.indisponibilida<strong>de</strong>Dez<strong>em</strong><strong>br</strong>o Téc. Equipam. ReduzirEletrôn.indisponibilida<strong>de</strong>

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