DESPORTOPrevisibilidade a mais resultou em empateO Marítimo falhou <strong>no</strong> domingo passadoa quarta vitória consecutiva na Liga,ao empatar (1-1) frente ao Moreirense,num jogo nem sempre bem jogadomas muito disputado pelas duasequipas.Os efeitos da igualdade, não foram tãonegativos, até porque fizeram com quea equipa igualasse o Rio Ave na quintaposição da tabela, ambos com 29pontos, mas permitiu a aproximação deoutras formações à zona europeia, entreos quais o Estoril-Praia e o Nacional.Quanto ao Moreirense, o empate surtiuum efeito positivo, por permitiu aoconjunto orientado por Augusto Inácio,abandonar o último lugar, colocando-seagora na 15.ª posição, com 16 pontos.O Marítimo fez apenas uma alteração<strong>no</strong> “onze” inicial (Rúben Ferreiraregressou à titularidade), relativamenteà vitória (3-2) em Coimbra na últimajornada.O conjunto orientado por PedroMartins assumiu o jogo, foi umaequipa pressionante na primeiraparte, mostrando-se, <strong>no</strong> entanto, umaequipa previsível, facilitando a tarefa aoadversário que na primeira parte jogoucom as linhas baixas, com o claro intuitode “matar” as iniciativas ofensivas daequipa madeirense.Duas oportunidades de golo, foi opecúlio dos “verde-rubros” na etapainicial, destoando daquilo que sepassou na segunda parte.Tudo porque os “cónegos” subiram aslinhas com o intuito de discutir o jogoe, face a essa postura, adiantou-se <strong>no</strong>marcador, com um golo apontado aos67 minutos, num lance em que FilipeGonçalves, através de um remate longoe colocado que bateu Salin.Já com Suk e Kukula em jogo, lançadospor Pedro Martins, a equipa igualou umminuto depois de ter sofrido o revés.Kukula foi o autor do tento, num lanceem que o cabo-verdia<strong>no</strong> desviou a bolapara a baliza, após um cruzamento nadireita.Aos 74 minutos, o cabo-verdia<strong>no</strong>poderia ter voltado a marcar, quandosurgiu frente a Ricardo Andrade, masrematou fraco para uma defesa fácil doguarda-redes do Moreirense.Num rápido contra-ataque, aos 82minutos, o avançado Ghilas, melhormarcador da equipa de Moreira deCónegos, poderia ter batido Salin, maso guarda-redes do Marítimo ofereceu ocorpo à bola e evitou o segundo tentoadversário.Já <strong>no</strong>s descontos, Heldon obrigouRicardo Andrade a uma boa defesa, naexecução de um livre direto, naquelaque foi a última oportunidade do jogo.Os últimos instantes da partidaforam de insistência por parte dosmaritimistas, mas nessa fase, osminhotos souberam gerir a igualdade,acabando por sair dos Barreiros comum ponto positivo.Os “verde-rubros” cederam a sextaigualdade na condição de visitantes,enquanto a equipa orientada porAugusto Inácio somou a primeiraigualdade fora de casa.26
DESPORTOManuel da Costa “entregou” a vitóriaUm golo de Manuel da Costa, em cima do minuto 90, permitiu <strong>no</strong> último domingo ao Nacional vencer o Gil Vicente, por 2-1,numa partida em que os madeirenses conseguiram, na etapa completar, recuperar de uma desvantagem trazida do intervalo.Assim, o golo <strong>no</strong> arranque da primeira parte, de Mexer, e o tento decisivo de Manuel da Costa, já na fase final, acabarampor premiar o despertar dos madeirenses <strong>no</strong> segundo tempo, num resultado conseguido, também, com alguma dose defelicidade, mas que permite à formação de Manuel Machado se aproximar dos lugares que dão acesso às competiçõeseuropeias. Os “alvinegros” até tiveram uma entrada receosa <strong>no</strong> jogo, concedendo algum espaço aos gilistas, que não sentiramdificuldades para a tomar a iniciativa da partida e mostrarem-se como o conjunto mais atrevido. O Nacional surgia expectante,tentando controlar as movimentações do adversário para, depois, tentar explorar o contra-ataque, usando a velocidade deRondon e Candeias nas alas. No entanto, o maior perigo nesta etapa inicial acontecia junto à baliza de Gottardi, onde HugoVieira causava dificuldades à defesa insular, e More<strong>no</strong>, ainda antes dos 10 minutos, a fazer um corte decisivo a impedir umremate do avançado dos “galos”. Mas a coesão do último reduto “alvinegro” viria quebrar à passagem do quarto de hora.Gottardi falhou numa reposição de bola, permitindo a recuperação de Luís Carlos, que, depois de se desenvencilhar de umadversário, rematou cruzado à entrada da área, sem hipóteses para o guarda-redes do Nacional. Esperava-se que o tento dosminhotos pudesse despertar mais alguma garra na equipa de Manuel Machado, mas à parte de um remate, ao lado, de Bru<strong>no</strong>Moreira, continuou a ser o Gil Vicente a estar por cima de jogo. Desta forma, a melhor oportunidade do Nacional nesta etapainicial, só viria a surgir já em cima do minuto 45, quando Claudomir, na sequência de um livre, atirou com estrondo ao posteda baliza de Adria<strong>no</strong>, mantendo o 1-0 com que se chegou ao intervalo. O período de descanso acabou por fazer bem aosmadeirenses, que surgiam para a segunda parte com maior atrevimento e, sobretudo, maior objetividade, também por contada alteração feita por Manuel Machado, que tirou o i<strong>no</strong>perante Revson e lançou o mexido João Aurélio. Nove minutos após oreatamento, Rondon, com um remate na área, que teve boa oposição do guarda-redes local, deixou um primeiro aviso ao GilVicente, naquilo que foi o prenúncio do golo do empate, que surgiu <strong>no</strong> lance seguinte. Canto apontado por Marçal, e Mexer asuperar toda a defesa gilista para, de cabeça, restabelecer o empate. A igualdade impôs uma fase de maior equilíbrio <strong>no</strong> jogo,com o Gil Vicente a não conseguir ser tão incisivo nas saídas para o ataque, e o Nacional a organizar-se bem defensivamente,e a ter, inclusive, alguma superioridade nas lutas da intermediária, embora sem criar grandes situações de perigo. Nesta toada,e quando o empate parecia ser o resultado que iria imperar até ao final, os madeirenses acabaram por ter alguma felicidade<strong>no</strong> seu lado, já <strong>no</strong>s suspiros finais. Num livre longo batido por Claudemir, Manuel da Costa fez valer a sua elevação paraprotagonizar um cabeceamento fulgurante, sem hipótese para Adria<strong>no</strong>, operar a reviravolta e fixar o resultado final.27