12.07.2015 Views

Guia dos Percursos Pedestres (7,7Mb) - Câmara Municipal de Nisa

Guia dos Percursos Pedestres (7,7Mb) - Câmara Municipal de Nisa

Guia dos Percursos Pedestres (7,7Mb) - Câmara Municipal de Nisa

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

miradouro panorâmico, varra a paisagem como olhar, da esquerda para a direita, focando aolonge o Tejo, a fonte das virtu<strong>de</strong>s, o cabecinho4encostado à foz da ribeira do Vale e o Conhal,terminando na vista privilegiada sobre Ródão ea centenária ponte que a liga a <strong>Nisa</strong>.Descemos agora por um trilho <strong>de</strong> rocha, encosta<strong>dos</strong>à encosta, acompanha<strong>dos</strong> por zimbrose medronheiros. Contorne então um eucaliptocentenário e avance em direcção aoConhal, parando mais à frente para subir aosenormes montes <strong>de</strong> seixos. Atravesse agora aspequenas hortas, com as suas casas <strong>de</strong> telhamourisca e divididas por muros baixos <strong>de</strong> xisto.Antes do regresso ao Arneiro, pare na fonte doribeiro do Vale, na qual se <strong>de</strong>staca a saliênciaP Ron<strong>de</strong> se apoiavam os cântaros <strong>de</strong> barro.Já na povoação, <strong>de</strong>tenha-se nos poiais remata<strong>dos</strong>com lajes <strong>de</strong> xisto, que convidam a longasconversas nas noites <strong>de</strong> verão, e nas casas baixase geminadas, caiadas com sucessivas camadas<strong>de</strong> cal, únicas pelos seus rodapés e chaminésartísticas ou pelas pequenas portas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iracom minúsculos postigos por on<strong>de</strong> espreita a luz.Visite ainda um <strong>dos</strong> fornos comunitários on<strong>de</strong>outrora se cozia o pão. Como estamos numa al<strong>de</strong>iapiscatória, hoje voltada para a olivicultura e apastorícia, prove ainda a tradicional sopa <strong>de</strong> peixe,o arroz <strong>de</strong> lampreia, o ensopado <strong>de</strong> enguia e apopular tigelada. Quanto ao artesanato, <strong>de</strong>scubraa tarrafa (re<strong>de</strong> <strong>de</strong> pesca), os barcos em ma<strong>de</strong>ira,as rendas <strong>de</strong> bilros e os borda<strong>dos</strong> à mão.Pesca e Barcos típicosOutrora, toda a população doArneiro se <strong>de</strong>dicava à pesca, inclusiveas mulheres. Hoje, restam cerca <strong>de</strong>duas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> pescadores, mas orio permanece a principal fonte <strong>de</strong>rendimentos. Logo pela manhã, osbarcos <strong>de</strong> pinho recolhem as re<strong>de</strong>scom que pescam a boga, a lampreia,a carpa ou o achigã, e as armadihaspara o lagostim, consi<strong>de</strong>rado <strong>dos</strong>melhores crustáceos do país.Buraco da FaiopaNa serra <strong>de</strong> S. Miguel, on<strong>de</strong> combateram mouros e cristãos, está oburaco da Faiopa, que terá sido uma mina <strong>de</strong> ouro explorada por cartaginensese fenícios. Diz a lenda que D. Urraca, esposa <strong>de</strong> um fidalgocristão, se apaixonou por um nobre mouro e utilizou aquela passagematé ao rio para ir ao seu encontro. O marido vingou-se, atirando-a domonte, atada a uma pedra.PR4_Trilhos do Conhal 32

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!