12.07.2015 Views

Guia dos Percursos Pedestres (7,7Mb) - Câmara Municipal de Nisa

Guia dos Percursos Pedestres (7,7Mb) - Câmara Municipal de Nisa

Guia dos Percursos Pedestres (7,7Mb) - Câmara Municipal de Nisa

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

8 percursos pe<strong>de</strong>stres <strong>de</strong>pequena rota (PR) marca<strong>dos</strong>, noterreno, nos dois senti<strong>dos</strong>.200260318400470490510530Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>


VILA VELHA DE RÓDÃO /CASTELO BRANCORio SeverRio TejoPR 4- -ESPANHA- -- - NIS A - -ArneiroEM 527SalavessaPR 6MontalvãoCASTELO BRANCOI P 2Vila FlorDuquePR 2PR 3 VeladaChãoda VelhaCacheiroMonte <strong>dos</strong>MatosAlbarrolEN 359FalagueiraCM 1002Monte doClaroEM 544EN 18Pé-da-SerraPR 5VinagraEM 526S.ra da GraçaCM 1005EM 526 - 2EN 359PR 7 PR 8EM 529Amieirado TejoPR 1EM 528EM 546EN 364ArezEM 529N I S AEM 525 - 1PÓVOA E MEADASGAVIÃO /ABRANTES /PONTE DE SOREN 118CM 1138I P 2TolosaCM 1176EN 118EN 246AlpalhãoCASTELO DE VIDEEN 18EN 18EN 245CRATOPORTALEGRE<strong>Percursos</strong> <strong>Pe<strong>de</strong>stres</strong> <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong> _ Localização geral no concelho0 Km10PR 1: Trilhos das Jans - Amieira do Tejo - 12,6 KmPR 2: Descobrir o Tejo - Chão-da-Velha - 4,25 KmPR 3: Olhar sobre a Foz - Central eléctrica da Velada - 5,75 KmPR 4: Trilhos do Conhal - Arneiro - 9,8 KmPR 5: À <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> S. Miguel - Pé da Serra - 9,2 KmPR 6: Rota <strong>dos</strong> Açu<strong>de</strong>s - Salavessa - 10,6 KmPR 7: Entre Azenhas - Montalvão - 6,5 KmPR 8: Trilhos do Moinho Branco - Montalvão - 14 Km


índiceCaminhos <strong>de</strong> evasão (Introdução da Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>): 7A ter em conta (conselhos úteis, material necessário...): 9Introdução: 11PR1: Trilhos das Jans: 13PR 2: Descobrir o Tejo: 17PR 3: Olhar sobre a Foz: 21PR 4: Trilhos do Conhal: 25PR 5: À <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> S. Miguel: 29PR 6: Rota <strong>dos</strong> Açu<strong>de</strong>s: 33PR 7: Entre Azenhas: 37PR 8: Trilhos do Moinho Branco: 41Contactos úteis: 45Simbologia presente nos mapas <strong>de</strong> percursoxinício / fim do percursopovoaçãoponto <strong>de</strong> interessefonte / ponto <strong>de</strong> águaobservação da paisagemobservação da fauna observação da avifauna observação da florapesca <strong>de</strong>sportivaATmonumento arqueológicoarquitectura tradicionalmonumento históricoparque <strong>de</strong> merendasgastronomiaChaminé em Vinagra _ PR 5


É por isto que o convidamos a fugir, a evadir-se. A <strong>de</strong>ixar o constante frenesim das gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s e aper<strong>de</strong>r-se na <strong>de</strong>slumbrante e apaziguadora beleza do Norte Alentejano. A reencontrar-se com a natureza;a viajar pela alma <strong>de</strong> gentes que nela sempre se encontraram.A conhecer as suas estórias, os seus hábitos; a partilhar o seu tempo.Caminhos <strong>de</strong> evasão 6


PPTerra, Sol, Água, Pedra. É estaa essência <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>. É a suamarca i<strong>de</strong>ntitária, aquilo quetemos para lhe oferecer.Que, esperamos,explore, tranquilamente,percorrendo estes “<strong>Percursos</strong><strong>Pe<strong>de</strong>stres</strong> <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>”_ _____Maria Gabriela Tsukamoto, Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>_Caminhos <strong>de</strong> evasãoNuma época em que o conceito <strong>de</strong> lazer se encontra profundamenteenraizado nas nossas vidas, atribuindo-se-lhe umvalor inestimável e procurando-se <strong>de</strong>dicar-lhe todo o tempodisponível, sentimos que não conseguimos parar, <strong>de</strong>scontrair!Um profundo paradoxo, este, em que vivem as socieda<strong>de</strong>smo<strong>de</strong>rnas. Um presente que parece permanentemente escapar-nos.Rápido, estranhamente rápido <strong>de</strong>mais!É por isto que o convidamos a fugir, a evadir-se. A <strong>de</strong>ixaro constante frenesim das gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s e a per<strong>de</strong>r-se na<strong>de</strong>slumbrante e apaziguadora beleza do Norte Alentejano. Areencontrar-se com a natureza; a viajar pela alma <strong>de</strong> gentesque nela sempre se encontraram. A conhecer as suas estórias,os seus hábitos; a partilhar o seu tempo. A, verda<strong>de</strong>iramente,ver, escutar, cheirar, tocar, sentir!Terra, Sol, Água, Pedra. É esta a essência <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>. A essência<strong>de</strong> toda a região. É a sua marca i<strong>de</strong>ntitária, aquilo queCaminhos <strong>de</strong> evasão 7


_Zona histórica <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>temos para lhe oferecer.Terra<strong>de</strong> gentes encantadoras e acolhedoras.Terrarural, da qual se extrai o barro eo linho com que se faz o nosso magnífico artesanato. Terra<strong>de</strong> on<strong>de</strong> nascem os nossosprodutos tradicionais: do inigualável queijo <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong> aos famosos enchi<strong>dos</strong> <strong>de</strong> salsicharia.Terra<strong>de</strong> paisagens <strong>de</strong>slumbrantes, que ganham vida através do Sol. Um Sol quente,alentejano, que dá vida aos olivais <strong>dos</strong> socalcos, às azinheiras, aos sobreiros; faz crescer osmedronheiros, a urze, a giesta, o rosmaninho, o junco, o salgueiro, o espargo silvestre...Um Sol a que se junta a Água, fresca, límpida. Quarenta e três quilómetros <strong>de</strong> Tejo, navegáveise <strong>de</strong>slumbrantes, enquadra<strong>dos</strong> em Re<strong>de</strong> Natura, a traçarem a raia entre o Alentejoe a Beira. É a Águaa marcar a transição entre um norte, relativamente mais temperadoe húmido, e um sul, mais quente e seco. Um Tejo diferente, do interior, que ainda é sustento<strong>dos</strong> nossos povoa<strong>dos</strong> piscatórios. Que corre por vales <strong>de</strong> <strong>de</strong>clives acentua<strong>dos</strong> e cujasmargens, marcadas por penhascos inclina<strong>dos</strong> e abundantes socalcos, servem <strong>de</strong> refúgio àcegonha-negra e à garça-real; ao abutre e ao grifo; ao veado, à raposa e ao javali; ao coelhoe à lebre; ao milhafre e à águia-pesqueira... Margens on<strong>de</strong> <strong>de</strong>saguam diversos rios e ribeiras(nomeadamente o rio Sever, que serve <strong>de</strong> fronteira entre Portugal e Espanha ao longo <strong>de</strong>mais <strong>de</strong> quarenta quilómetros e junto ao qual passam alguns <strong>de</strong>stes percursos) que oferecema sua Águaa açu<strong>de</strong>s e noras, moinhos, azenhas e barragens, hortas e pomares. Mas éCaminhos <strong>de</strong> evasão 8


também a Águaque nasce sulfurosa e curativa na Fadagosa, cujo complexo termal sofre,neste momento, uma intervenção <strong>de</strong> fundo, através <strong>de</strong> um projecto estruturante para todoo Norte Alentejano.É, por fim, a Pedra, que nesta zona é granítica, quartzítica, xistosa. A Pedrado Conhaldo Arneiro, candidato a Património da Humanida<strong>de</strong>. A Pedrada nossa arquitectura, daqual se fizeram al<strong>de</strong>ias históricas, como Amieira do Tejo ou Montalvão. Pedra<strong>de</strong> que nasceramos imponentes castelos, (entre os quais se <strong>de</strong>staca o belíssimo exemplar <strong>de</strong> Amieirado Tejo), mas também os mo<strong>de</strong>stos muros apiários, os abrigos <strong>dos</strong> pescadores, as furdase as picotas. A Pedra<strong>de</strong> que se ergue uma indústria fulcral para a região, com a extraçãodo granito <strong>de</strong> Alpalhão, e a Pedra<strong>de</strong> que se faz a nossa original bienal artística (Bienal daPedra).É tudo isto que queremos oferecer-lhe. Que, esperamos, explore, tranquilamente, percorrendoestes trilhos-<strong>de</strong>-pé-posto; estes “<strong>Percursos</strong> <strong>Pe<strong>de</strong>stres</strong> <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>”, recentemente implementa<strong>dos</strong>no terreno e agora compila<strong>dos</strong> em guia.Uma aposta ganha pelo presente Executivo, que, com certeza, o ajudará a usufruir comtoda a proximida<strong>de</strong> das nossas riquezas e o fará sentir-se ainda melhor num concelho cujasgentes, seguramente, têm todo o prazer em o receber!_Rio Tejo (ao longe, Arneiro)Caminhos <strong>de</strong> evasão 9


<strong>Percursos</strong> pe<strong>de</strong>stres_concelho <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>_ _____a ter em contaOs percursos pe<strong>de</strong>stres constituem um meio privilegiado para se estabelecer um profundo contactocom a natureza, em todo o seu esplendor. Para <strong>de</strong>sfrutar <strong>de</strong> todas as suas cores, texturas, cheiros esons. Para apreciar, interpretar e sentir a sua beleza, calma e força. São também uma forma saudável <strong>de</strong>conhecer o património construído, a cultura e as gentes <strong>de</strong> uma região.Mas quando nos lançamos neste tipo <strong>de</strong> experiência, <strong>de</strong>vemos fazê-lo com a plena consciência <strong>de</strong> queexistem cuida<strong>dos</strong> especiais, normas <strong>de</strong> conduta, conselhos úteis e material que não po<strong>de</strong>m ser esqueci<strong>dos</strong>.Tendo sempre em vista a sua segurança, a preservação da natureza e do património, e o bom relacionamentocom as gentes e o ambiente que o ro<strong>de</strong>iam, <strong>de</strong>ixamos aqui uma importante lista <strong>de</strong> aspectosque <strong>de</strong>ve ter sempre em conta antes <strong>de</strong> partir para uma das caminhadas que propomos neste guia.Tudo para que a sua aventura corra da melhor forma._ ___conselhos úteis> Antes <strong>de</strong> partir, consulte sempre a documentação escrita e cartográfica acerca da área do percurso.• Informe sempre alguém acerca do percurso que vai fazer e do tempo que conta <strong>de</strong>morar. Não vá sozinho.> Tome conhecimento da previsão meteriológica. Caso previr que não consegue terminar o percurso antes <strong>de</strong> anoitecer,ou as condições meteriológicas se alterarem consi<strong>de</strong>ravelmente é mais pru<strong>de</strong>nte voltar para trás.• Adopte um ritmo mais mo<strong>de</strong>rado nos primeiros 20 minutos, <strong>de</strong> maneira a que os seus músculos possam aquecer.> Mantenha o mesmo tipo <strong>de</strong> ritmo, por forma a cansar-se menos.• O elemento mais lento do grupo <strong>de</strong>ve ditar o passo, <strong>de</strong>sta forma ninguém ficará para trás. Se um <strong>dos</strong> elementos dogrupo parar, os outros também <strong>de</strong>vem fazê-lo.> Caso se sinta muito cansado, <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>scansar um pouco e voltar para trás, mas avalie bem a distância, pois po<strong>de</strong> sermais rápido prosseguir até ao ponto <strong>de</strong> chegada.• Deve <strong>de</strong>scansar quando necessário, mas não por perío<strong>dos</strong> <strong>de</strong>masia<strong>dos</strong> longos, pois po<strong>de</strong>rá arrefecer.> Se tiver câimbras na barriga das pernas, <strong>de</strong>ve sentar-se no chão e puxar os <strong>de</strong><strong>dos</strong> <strong>dos</strong> pés para trás• Se tiver bolhas nos pés, <strong>de</strong>scalce-se, estrelize uma agulha com uma chama, fure-as, aplique um penso e, se possível,mu<strong>de</strong> <strong>de</strong> meias.> Se estiver muito calor, beba o equivalente a um copo <strong>de</strong> água <strong>de</strong> meia em meia-hora. Faça refeições leves.• Se possível leve um telem óvel consigo e, em caso <strong>de</strong> emergência, fale pausadamente, por forma a explicar muito bem asua situação geográfica e o tipo <strong>de</strong> urgência. Mesmo em locais sem re<strong>de</strong>, é possível fazer chamadas <strong>de</strong> emerg ência. Casonão tenha meios <strong>de</strong> comunicação, o melhor corredor e conhecedor do terreno <strong>de</strong>ve partir em busca <strong>de</strong> socorros.


_ ____a ter em conta_ ___cuida<strong>dos</strong> especiais e normas <strong>de</strong> conduta> Siga somente pelos trilhos sinaliza<strong>dos</strong>.• Cuidado com o gado. Embora manso, não gosta da aproximação <strong>de</strong> estranhos às suas crias.> Evitar barulhos e atitu<strong>de</strong>s que perturbem a paz do local.• Observar a fauna à distancia, preferencialmente com binóculos.> Não abandonar o lixo, levando-o até um local on<strong>de</strong> haja serviço <strong>de</strong> recolha.• Fechar as cancelas e os portelos.> Respeitar a proprieda<strong>de</strong> privada.• Não fazer lume.> Não danificar a flora. Não colher amostras <strong>de</strong> plantas ou rochas.• Ser afável com os habitantes locais, esclarecendo quanto à activida<strong>de</strong> em curso e às marcas do PR.> Respeite os costumes e as tradições locais._ ___material necessárioCalçado – Uma das peças mais importantes doequipamento. São os pés que suportam a maior partedo esforço na caminhada e é no tornozelo, no calcanhar enos <strong>de</strong><strong>dos</strong> que po<strong>de</strong>m surgir os principais problemas.Sapatilhas <strong>de</strong> jogging confortáveis po<strong>de</strong>m ser uma opção,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não haja muita lama, água ou irregularida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> nível. Devem usar-se com meias relativamentefinas. Mas as botas <strong>de</strong> trekking serão sempre uma opçãomais segura, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que leves e confortáveis. Devemusar-se com meias específicas, com calcanhares e solasreforçadas, e fibras respiráveis. Leve sempre um par <strong>de</strong>meias <strong>de</strong> reserva.Nunca experimente pela primeira vez o calçado nacaminhada. Proteja as zonas sensíveis com a<strong>de</strong>sivo, unteos pés com vaselina e <strong>de</strong>ite pó-<strong>de</strong>-talco nas palmilhas.Roupa – De verão e quando estiver mais calor, <strong>de</strong>ve usarroupas leves e relativamente claras. (cores muito clarasatraem os insectos) Deve também usar uma protecçãopara a cabeça e um protector solar. Os óculos escurospo<strong>de</strong>m também ser uma boa opção.Os calções são frescos, mas não protegem as pernas <strong>de</strong>eventuais agressões. O i<strong>de</strong>al será usar calças com feichoéclair horizontal, que se transformam facilmente emcalções. De Inverno, quando está mais frio, vento e chuva,recomenda-se o uso <strong>de</strong> um impermeável ( calças e casaco) leve e transpirável, um blusão, uma camisola <strong>de</strong> lã ou<strong>de</strong> fibra polar (bastante mais leve) e umas calças. Para acabeça utilize um gorro ou um chapéu impermeável. Emcasos <strong>de</strong> muito frio, utilize roupa interior transpirável e<strong>de</strong> fibras sintéticas, já que o algodão ten<strong>de</strong> a permanecerhúmido.Em qualquer altura do ano, as luvas são sempre umutensílio necessário, para proteger as mãos do frio, <strong>dos</strong>arbustos e das pedras.Mochila – É essencial para transportar o equipamento, acomida e a bebida. Como não se trata <strong>de</strong> expedições muitodifíceis, <strong>de</strong>ve levar o mínimo equipamento possível, porforma a não ficar <strong>de</strong>masiado pesada._ Recipiente com água; (1 litro para cada seis quilómetros<strong>de</strong> Verão e meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Inverno). Evite bebidas açucaradas,pois aumentam a se<strong>de</strong>. De Inverno, po<strong>de</strong> também levarbebidas quentes, como chá ou café, em recipiente térmico._ Farnel ligeiro; chocolate, frutos secos ou outros alimentosricos em glucose <strong>de</strong>verão proporcionar refeições ligeiras eenergéticas durante a marcha._ Lanterna; muito útil, caso comece a escurecer ou emzonas com pouca luz._ Binóculos; importantes para observar a avifauna, apaisagem e o caminho ao longe._ Kit <strong>de</strong> emergência; <strong>de</strong>ve conter um espelho para fazersinais, um apito, uma mini-caixa <strong>de</strong> primeiros-socorros,repelente <strong>de</strong> insectos, fósforos, canivete ou ferramentamultiusos e spray anestésico.


<strong>Percursos</strong> pe<strong>de</strong>stres_concelho <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong> // introduçãoEm pleno Norte alentejano, <strong>de</strong>limitado pelos rios Tejo e Sever e com Castelo <strong>de</strong> Vi<strong>de</strong> e Gaviãoespreitando na linha do horizonte, o concelho <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong> é, sem dúvida, uma zona privilegiada para contemplarem pleno a beleza da paisagem alentejana e observar o esplendor das raias beirã e espanhola. Com cerca<strong>de</strong> 8500 habitantes e uma área <strong>de</strong> 572 km2, o município, pertencente ao distrito <strong>de</strong> Portalegre, oferece aovisitante uma viagem fantástica pela natureza, o património, a cultura e a alma das gentes da região.JL_Muro <strong>de</strong> Sirga na margem do Rio Tejo - Amieira do TejoAo chegar à Vila, comece por entrar na zona medieval <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>, atravessando uma dasportas das muralhas, que outrora envolviam o castelo, e admire as ruas labirínticas e as casaspintadas <strong>de</strong> branco e ocre, que nos remetem para um passado, que muitos julgam perdidono tempo. Aproveite para visitar o Núcleo do Bordado, primeiro polo do futuro complexodo Museu do Barro e do Bordado <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>, on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> familiarizar com uma arte muitoenraizada na região. Já em pleno centro, na Praça da República, e comprovando a existência<strong>de</strong> uma dinâmica cultural que vem <strong>de</strong> longe, encontramos o cine-teatro, com as suas escolas<strong>de</strong> música, teatro e dança, e a biblioteca municipal, on<strong>de</strong> habitualmente são organiza<strong>dos</strong>diversos encontros e exposições.Conhecida como a capital do artesanato do norte alentejano, <strong>Nisa</strong> é famosa pelas rendasIntrodução 13


Outro <strong>dos</strong> locais obrigatórios é Amieira do Tejo,uma das doze vilas da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> MaltaSão célebres as bilhas ecantarinhas <strong>de</strong> barro vermelho, ornamentadascom pedrinhas brancas formando motivosalusivos à flora regional.Castelo da Amieira do Tejo<strong>de</strong> bilros, que se transformam em xailes ecachecóis, pelos cobertores borda<strong>dos</strong> a feltroe pelas saias <strong>de</strong> camilha.Na olaria do concelho, são célebres as bilhase cantarinhas <strong>de</strong> barro vermelho, ornamentadascom pedrinhas brancas, formandomotivos alusivos à flora regional.No que toca aos produtos tradicionais,a oferta esten<strong>de</strong>-se aos enchi<strong>dos</strong> <strong>de</strong> carne <strong>de</strong>porco e aos queijos <strong>de</strong> ovelha, <strong>de</strong>stacan<strong>dos</strong>eo queijo <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong> e o queijo mestiço <strong>de</strong>Tolosa, com os seus paladares únicos, ambospertencentes à região <strong>de</strong>marcada <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>. Agastronomia é também rica em iguarias caracteristicamentealentejanas, como as migase a açorda, as sopas <strong>de</strong> peixe, <strong>de</strong> cachola e <strong>de</strong>sarapatel, o ensopado <strong>de</strong> borrego, o peixe <strong>de</strong>escabeche, a alhada <strong>de</strong> cação, o feijão comcouves, os maranhos com batatas, as febrasda matança e as papas <strong>de</strong> milho. Na doçariaregional, a lista também é extensa: azevias,filhós, bolos bati<strong>dos</strong> ou dormi<strong>dos</strong>, <strong>de</strong> azeite,canela ou manteiga, broas <strong>de</strong> mel, queijadas,rebuça<strong>dos</strong> <strong>de</strong> ovos, tigeladas e cavacas fazemas <strong>de</strong>lícias <strong>dos</strong> mais gulosos.Saciado o apetite, é tempo <strong>de</strong> se fazer àestrada e conhecer <strong>de</strong> perto cada uma das<strong>de</strong>z freguesias do concelho – Amieira doTejo, Arez, Alpalhão, Montalvão, São Matias,São Simão, Santana, Tolosa, EspíritoSanto e Nossa Senhora da Graça.Comece por visitar a capela <strong>de</strong> NossaSenhora <strong>dos</strong> Prazeres e a ponte medievalsobre a ribeira <strong>de</strong> Figueiró, junto às ruínasda que foi a antiga <strong>Nisa</strong>, a três quilómetrosda actual povoação. Outro <strong>dos</strong> locaisobrigatórios é Amieira do Tejo, uma dasdoze vilas da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Malta, on<strong>de</strong> ocastelo medieval, hoje monumento nacional,proporciona, através das suas quatrotorres amuralhadas, uma excelente panorâmicasobre o vale do Tejo. Mais acima,junto ao rio, conheça a famosa “Barca daAmieira”, local on<strong>de</strong> se fazia a ligação entreas duas margens. Não <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> visitar a vila<strong>de</strong> Alpalhão, para <strong>de</strong>scobrir as abundantesmarcas judaicas nas ombreiras das portas;Montalvão, on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rá visistar um conjuntosignificativo <strong>de</strong> vestígios arqueológicos;Salavessa, on<strong>de</strong> sobressaem as casas <strong>de</strong>


JLrodapés colori<strong>dos</strong> e chaminés gigantescas;e outras tantas al<strong>de</strong>ias on<strong>de</strong> certamente iráencontrar excelentes motivos <strong>de</strong> interesse.Mas, no concelho <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>, o patrimónioconstruído combina-se em harmonia coma diversida<strong>de</strong> natural. Comprove-o acompanhandoa <strong>de</strong>scida <strong>dos</strong> rios e ribeiras, emvales profun<strong>dos</strong>, que alimentam antigosaçu<strong>de</strong>s, moinhos e azenhas, ou observandoatentamente as antas megalíticas, as pontes,os caminhos <strong>de</strong> sirga e os muros apiários<strong>de</strong> xisto. Esta pedra é parte integrante daarquitectura tradicional da região, estandopresente nas habitações caiadas <strong>de</strong> branco,nas barrocas <strong>de</strong> oliveiras <strong>de</strong>penduradas emsocalcos ou ainda nas pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> finas lajesdispostas ao longo <strong>dos</strong> trilhos e caminhos<strong>de</strong> terra, sempre acompanha<strong>dos</strong> pela belapaisagem <strong>de</strong> sobrado. Prova do uso ancestral<strong>de</strong>ste mineral, o Tejo possui tambémum importante complexo <strong>de</strong> arte rupestre,constituído por mais <strong>de</strong> 40 mil gravuras,hoje, na sua maioria, submersas pela albufeirada barragem do Fratel.Conhecidas as principais potencialida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>, recupere as energias <strong>de</strong>scansandojunto às margens <strong>de</strong> um rio ouA maior riqueza <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>, as suas gentes simpáticas ehospitaleiras, com muitas e inigualáveis histórias para contar, emexclusivo e na primeira pessoa!Introdução 15


_Termas da Fadagosa <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>, cujas águas <strong>de</strong> carácter sulfuroso são utilizadas com fins medicinais há mais <strong>de</strong> 200 anos.ribeira, ou contemple a paisagem <strong>de</strong>slumbrante a partir <strong>de</strong> um <strong>dos</strong> miradouros naturais.Mas se o que procura é a tranquilida<strong>de</strong> absoluta, a 11 quilómetros da se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho,numa planície on<strong>de</strong> abundam os carvalhos e a vegetação rasteira, encontrará as Termas daFadagosa, cujas águas <strong>de</strong> carácter sulfuroso, aconselhadas no tratamento <strong>de</strong> doenças reumáticase respiratórias, são utilizadas com fins medicinais há mais <strong>de</strong> duzentos anos. Se no finalainda lhe restarem forças e quiser um pouco <strong>de</strong> acção, um mo<strong>de</strong>rno pavilhão <strong>de</strong>sportivo eas piscinas coberta e <strong>de</strong>scoberta da vila são os locais privilegia<strong>dos</strong> para a prática <strong>de</strong> uma série<strong>de</strong> modalida<strong>de</strong>s, que vão da natação à capoeira. Para os mais aventureiros, os <strong>de</strong>sportos <strong>de</strong>natureza, pelas condições i<strong>de</strong>ais <strong>de</strong> que dispõe o concelho, serão, com certeza, uma opçãoa ter em conta.Mas outras surpresas aguardam por si em <strong>Nisa</strong>. Para <strong>de</strong>svendar os segre<strong>dos</strong> da regiãoe <strong>de</strong>sfrutar em pleno do que o concelho tem para lhe oferecer, aventure-se num <strong>dos</strong> percursospe<strong>de</strong>stres que agora lhe propomos, e passeie-se tranquilamente pelas al<strong>de</strong>ias rústicase acolhedoras, on<strong>de</strong> o aguarda aquela que é talvez a maior riqueza <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>: as suas gentessimpáticas e hospitaleiras, com muitas e inigualáveis histórias para contar, em exclusivo ena primeira pessoa!Introdução 16


_ pub


Para <strong>de</strong>svendar os segre<strong>dos</strong> da região e <strong>de</strong>sfrutar em pleno do que o concelho tempara lhe oferecer, aventure-se num <strong>dos</strong> percursos pe<strong>de</strong>stres que agora lhe propomos.PR1_Trilhos das Jans 18


_acesso: NISA > EN 364 > AREZ > EM 528 > AMIEIRA DO TEJOTrilhos das JansP R 1JLgrau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>: MÉDIOextensão: 12,6 KMduração: 3h30Muro <strong>de</strong> Sirga. Rio Tejo.Seguimos paralelamente ao rio, que correapressadamente, comprimido entre as margensxistosas <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se contempla o voo rasante <strong>de</strong>aves como a garça-real ou o corvo-marinho.O percurso tem início em Amieira, freguesiaanterior à fundação do país e uma das doze vilasda Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Malta. Atravesse as estreitasruas <strong>de</strong> calçada <strong>de</strong> pedra, espreite as arcadas<strong>dos</strong> antigos Paços do Concelho e suba ao castelomedieval para contemplar a soberba vistasobre o vale do Tejo. Visite também a igreja doCalvário e a capela <strong>de</strong> S. João Baptista.Saia pela estrada alcatroada, no largo da Junta<strong>de</strong> Freguesia, passando junto a um lagar <strong>de</strong>azeite. Encontrado o caminho <strong>de</strong> terra batida,siga entre muros, na companhia <strong>de</strong> azinheirase oliveiras. Depois <strong>de</strong> uma ligeira subida, instalam-sena paisagem as estevas e as giestas esurgem os primeiros sobreiros e vinhe<strong>dos</strong>.Siga em frente ou amplie o trajecto até Vila Flor,on<strong>de</strong> uma estreita quelha nos leva até às ruí-nas da igreja. Abandone o caminho principal eacompanhe os eucaliptos por um atalho on<strong>de</strong><strong>de</strong>sfrutará <strong>de</strong> uma panorâmica sobre Albarrole a ribeira do Figueiró, que serpenteia vales inclina<strong>dos</strong>antes <strong>de</strong> atravessar uma ponte romanae <strong>de</strong>saguar no Tejo. Após uma ligeira subida,cruzamo-nos <strong>de</strong> novo com os muros <strong>de</strong> xisto ea vegetação selvagem.Os percursos intersectam-se e avançam emdirecção ao Tejo, com uma visão privilegiadasobre o Gar<strong>de</strong>te e a barragem do Fratel, porta<strong>de</strong> entrada na Beira Baixa. Terrenos baldios,on<strong>de</strong> é normal encontrarmos algum gado, iniciam-nosna <strong>de</strong>scida acentuada até à margem.Aqui começam os três quilómetros do muro <strong>de</strong>PR1_Trilhos das Jans 19


sirga, entre a Barca da Amieira e a barragem doFratel. Tenha em atenção que o piso se tornaescorregadio com a humida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vendo evitar-1-se aquando das gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scargas <strong>de</strong> água.Seguimos paralelamente ao rio, que correapressadamente, comprimido entre as margensxistosas <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se contempla o voorasante <strong>de</strong> aves como a garça-real ou o corvo-marinho.Para trás ficam um pontão comarco em xisto e a foz do rio Ocreza, escorrendopor encostas com oliveiras em socalco. Destelado, abundam mortunheiros e medronheiros,substituindo-se ao arvoredo das tapadas. Coma estação da Barca da Amieira <strong>de</strong>fronte, chegamosao cais, em cuja rampa <strong>de</strong>scansam osbarcos <strong>de</strong> pesca característicos da zona.P RSiga a estrada alcatroada, passando pelo parque<strong>de</strong> merendas com vista para o Tejo e paraa praia <strong>dos</strong> ladrões, tomando à direita, juntoàs ruínas <strong>de</strong> um lagar, um caminho <strong>de</strong> terra.A subida acentuada é amenizada pela sombra<strong>de</strong> sobreiros e azinheiras, até à estrada alcatroada,on<strong>de</strong> espreitam o castelo <strong>de</strong> Amieira, aribeira da Maia e, mais adiante, nas hortas davila, velhas picotas.Terminado o percurso, e fazendo justiça aoadágio “o peixe do Figueiró, quem o apanhacome-o só”, prove as sopas <strong>de</strong> peixe ou <strong>de</strong>feijão com couve, o ensopado <strong>de</strong> borrego, asmigas <strong>de</strong> batata com entrecosto frito e as cavacas.Do artesanato local fazem parte os borda<strong>dos</strong>e os artigos em ma<strong>de</strong>ira e cortiça.JGArte RupestreO Tejo possui um importante complexo<strong>de</strong> arte rupestre <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 40mil gravuras, a maior parte <strong>de</strong>las submersas<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1974 pela albufeira dabarragem do Fratel, lugar obrigatóriopara a pesca e os <strong>de</strong>sportos náuticos.A imagem acima integra o núcleo <strong>de</strong>S. Simão, um <strong>dos</strong> que se encontramà superfície, e representa um caçadorcom um veado sobre os ombros.Castelo da AmieiraConstruído no séc. XIV por Álvaro Gonçalves Pereira, prior da Or<strong>de</strong>m<strong>de</strong> Malta, o castelo <strong>de</strong> Amieira fez parte da linha <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa do Tejo.Palco <strong>de</strong> guerra na crise dinástica <strong>de</strong> 1383-85, foi residência <strong>de</strong>alcai<strong>de</strong>s, prisão e cemitério. Junto a um <strong>dos</strong> quatro torreões <strong>de</strong>stemonumento nacional encontra-se a capela <strong>de</strong> S. João Baptista, comum tecto <strong>de</strong>corado em esgrafito.PR1_Trilhos das Jans 20


EM 528Ribeira <strong>de</strong> Figueiró- <strong>de</strong>scida acentuada para o Rio Tejo -Rio Ocreza3Rio Tejoprincipais pontos <strong>de</strong> interesse1_ Castelo da Amieira do Tejo2_ Ruínas <strong>de</strong> Igreja3_ Muro <strong>de</strong> Sirga4_ Barca da Amieira4- subida acentuada -21VILA FLOR(280 m)NISA X C. BRANCO X LISBOAAMIEIRA DO TEJO(240 m)Rainha Santa Isabel e a lenda das JansEntre os muitos passageiros, a barca da Amieira terá transportado o cor-po da infanta aragonesa que casou com D. Dinis, mais tar<strong>de</strong> canonizadae conhecida como rainha Santa Isabel. Falecida em Estremoz e sepultadaem Coimbra, esta foi conduzida pelo caminho que ia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Amieira atéà margem do Tejo, trajando um vestido <strong>de</strong> linho tecido pelas Jans, nomedado às mulheres invisíveis que fiavam um linho muito fino e sem nós.Uma lenda da região conta que quem quisesse uma peça tecida por es-tas fadas, teria <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> noite o linho e um bolo <strong>de</strong> farinha <strong>de</strong> trigo acozer na lareira. Terminado o trabalho, estas <strong>de</strong>sapareciam misteriosamente,levando consigo o petisco.PR1_Trilhos das Jans 21


P R 1Trilhos da Janscontactos úteis:Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong>Amieira do TejoTlf.: 245 457 315_ _ _Associação RumoTlf.: 245 457 295_ _ _Casa do BalcãoTlf.: 245 457 218_ _ _Socieda<strong>de</strong> EducativaAmieirenseTlf.: 245 457 305a ter em conta:Tenha em atenção que opiso do muro <strong>de</strong> sirga setorna escorregadio coma humida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vendoevitar-se durante e imediatamenteapós as gran<strong>de</strong>s<strong>de</strong>scargas <strong>de</strong> água.Amieira do TejoRuínas da igreja <strong>de</strong> Vila Floraspectos <strong>de</strong> interesseBARCA DA AMIEIRAO local tem este nome por haver uma embarcação que faz a ligação entre o apea<strong>de</strong>iro ferroviárioda Barca da Amieira, situado na margem norte do Tejo, na Beira Baixa, e a estradaque conduz à localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Amieira, já no Alentejo, unindo assim os dois cais que entramrio a<strong>de</strong>ntro.MURO DE SIRGAA jusante da barragem do Fratel são visíveis os muros <strong>de</strong> sirga, outrora essenciais à navegaçãoaté Ródão. O nome refere-se ao grosso cabo <strong>de</strong> sisal utilizado para rebocar os barcos apartir da margem. Neste caso, percorra os três quilómetros que se esten<strong>de</strong>m da barca daAmieira à barragem do Fratel, sempre paralelamente ao rio, através <strong>de</strong> um belíssimo exemplar<strong>de</strong>stas construções tradicionais, contemplando a beleza da paisagem envolvente.fauna e flora em <strong>de</strong>staqueESPARGO: Apreciado na culinária e rico em vitaminas C e E, é utilizado no tratamento <strong>de</strong>nevrites, reumatismo, má visão e dores <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes. Com as hastes ver<strong>de</strong>-escuro do espargobravo po<strong>de</strong>m fazer-se omeletas.CARPA: Peixe <strong>de</strong> dorso castanho-esver<strong>de</strong>ado, comum nas albufeiras e cursos <strong>de</strong> correntefraca com vegetação abundante. Alimenta-se <strong>de</strong> invertebra<strong>dos</strong>, plantas e algas. Po<strong>de</strong> chegaraos 120 cm e viver até aos 50 anos.PR1_Trilhos das Jans 22


_acesso: NISA > EM 544 > CM 1159 > CM 1001 > CHÃO DA VELHADescobrir o TejoP R 2JLgrau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>: FÁCILextensão: 4,25 KMduração: 1h30Rio Tejo. Barragem do FratelDesça por um trilho <strong>de</strong> pé posto, serpenteando umcaminho estreito ao longo da encosta, num percurso emterra batida, perdido nas barreiras do Tejo.O percurso inicia-se junto à antiga escolaprimária <strong>de</strong> Chão da Velha, al<strong>de</strong>ia situada noextremo noroeste do concelho <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>, on<strong>de</strong>po<strong>de</strong> observar as casas envelhecidas, com ascaracterísticas chaminés alentejanas. Outrora,a agricultura e o pastoreio <strong>de</strong> vacas e cabraseram as principais fontes <strong>de</strong> subsistência<strong>de</strong>sta povoação, praticamente <strong>de</strong>sertificada.Hoje, a agricultura, a olivicultura, a exploração<strong>de</strong> cortiça e a rentabilização <strong>dos</strong> eucaliptaissão as principais activida<strong>de</strong>s económicas dazona. Assim que calcorreamos os primeirosmetros, verificamos que em redor subsistemalgumas hortas e vinhas, provando que aindahá quem não tenha abandonado <strong>de</strong>finitivamenteestes campos.Percorrendo as matas, povoadas <strong>de</strong> eucaliptos,<strong>de</strong>sça por um trilho <strong>de</strong> pé posto, serpenteandoum caminho estreito ao longo da encosta,num percurso em terra batida, perdido nasbarreiras do Tejo e que nos conduzirá até à suamargem sul. Aprecie a vista privilegiada sobreo rio, avolumado pela albufeira da barragemdo Fratel, e em particular a panorâmica sobrea margem norte, pertencente ao concelho <strong>de</strong>Mação, com a linha da Beira Baixa a recortarpor completo o horizonte. Chega<strong>dos</strong> ao local,on<strong>de</strong> existe um pequeno cais <strong>de</strong> acostagem eum parque <strong>de</strong> merendas, obtém-se uma boaperspectiva daquela bacia hidrográfica, áreaprivilegiada para a observação da avifauna local,em particular <strong>de</strong> aves como a garça-real,PR2_Descobrir o Tejo 23


a cegonha-negra, o milhafre-real, a águia--pesqueira, o abutre-negro, o bufo-real, ocorvo-marinho e o grifo. Este é também o territórionatural do javali, do veado, do coelho,2da raposa, do ginete, da lebre, do saca-rabose do gato-bravo, bem como um <strong>dos</strong> melhoreslocais para a prática da pesca <strong>de</strong>sportiva. NoTejo po<strong>de</strong>m pescar-se o barbo, a boga, a carpa,o achigã, a enguia, o bordalo e a perca.Inicie então a subida, num percurso em terrabatida, passando por entre vários eucaliptais.Atravesse uma vereda até chegar ao ponto maiselevado do trilho, numa eira, acompanhandouma pare<strong>de</strong> <strong>de</strong> xisto com a particularida<strong>de</strong><strong>de</strong> apresentar um remate <strong>de</strong>itado. Antes <strong>de</strong>chegar ao Chão da Velha, passe por uma fonte,P Rpor algumas construções em xisto e junto àsbarrocas, on<strong>de</strong> outrora abundavam os olivais.Em toda esta região, a paisagem reveste-se <strong>de</strong>sobreiros, azinheiras, oliveiras, pinheiros bravose eucaliptos. Junto ao solo são comuns asestevas, as giestas, o rosmaninho, o zimbro,os medronheiros, a urze e o alecrim. Por suavez, nas margens do Tejo abundam o junco, osalgueiro, o choupo e o freixo.Aproveite ainda para visitar a igreja matriz <strong>de</strong>São Matias, no Cacheiro, que conserva umaimagem <strong>de</strong> pedra do século XVI, representandoS. Pedro. Nesta povoação, conheça também asfontes <strong>de</strong> mergulho e os fornos do povo, e nãose esqueça <strong>de</strong> provar o queijo, as cavacas, as tigeladas,os enchi<strong>dos</strong> e o ensopado <strong>de</strong> borrego.Hortas tradicionaisGran<strong>de</strong> parte do concelho <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>tem uma utilização agrícola, dominandoas árvores <strong>de</strong> fruto, os olivaise as tradicionais hortas e vinhas.A maioria das casas das al<strong>de</strong>iastêm um quintal on<strong>de</strong> se cultivamlegumes e vegetais, sendoa agricultura <strong>de</strong> subsistência utilizadatambém pelos reforma<strong>dos</strong> comoterapia ocupacional.EirasNas eiras, espaços amplos em terra batida, laje ou cimento, situadasem zonas soalheiras junto às casas, secavam-se e malhavam-secereais como o trigo, o centeio ou o milho.Entre Julho e Setembro, na época das colheitas, malhavam-se asespigas,fazendo o grão soltar-se <strong>dos</strong> carolos, sacudindo-as <strong>de</strong>pois aovento para libertar a moinha com que se enchia as almofadas.Terminado o processo, o grão era guardado e mais tar<strong>de</strong> moído,servindo a palha <strong>de</strong> alimento a animais.PR2_Descobrir o Tejo 24


Rio Tejo1- <strong>de</strong>scida acentuada -- subida acentuada -23ATProdução <strong>de</strong> azeiteNoutros tempos, para além dasimediações <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>, a maioria daprodução <strong>de</strong> azeite do concelhoprovinha das proximida<strong>de</strong>s doTejo, em particular <strong>dos</strong> arredoresdas povoações <strong>de</strong> S. Simão e <strong>de</strong>S. Matias.Devido ao seu microclima e aotipo <strong>de</strong> azeitona aí existente, oazeite do Norte Alentejano apresentaum sabor frutado e suave.Para além <strong>dos</strong> cozinha<strong>dos</strong>, é tambémutilizado na conservação <strong>de</strong>enchi<strong>dos</strong> e queijos.principais pontos <strong>de</strong> interesse1 _ Cais fluvial2 _ Horta tradicional3 _ EiraCHÃO DA VELHAEM 1001(250 m)PR2_Descobrir o Tejo 25


FAP R 2Descobrir o Tejocontactos úteis:Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong>São MatiasTlf.: 245 469 226_ _ _a ter em conta:Não <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> estabelecercontacto com os poucoshabitantes <strong>de</strong> Chão daVelha, gente simpática ehospitaleira, que <strong>de</strong>vidoao isolamento geográficose mostra especialmentecalorosa para com osvisitantes.Rio TejoMuro em pedra. Chão da Velha.aspectos <strong>de</strong> interesseXISTO E SOCALCOS DE OLIVALHá 670 milhões <strong>de</strong> anos, a região era ocupada por um mar interior <strong>de</strong> águas pouco profundas,on<strong>de</strong> se foram <strong>de</strong>positando sucessivas camadas <strong>de</strong> argila, que mais tar<strong>de</strong> emergiriam,formando colinas xistosas <strong>de</strong> <strong>de</strong>clives acentua<strong>dos</strong>. Esta pedra, abundante e fácil <strong>de</strong> trabalhar,tem sido utilizada na construção <strong>de</strong> muros, abrigos e casas, bem como <strong>de</strong> moinhos eazenhas, alimenta<strong>dos</strong> por rios e ribeiras, e que po<strong>de</strong>m ser aprecia<strong>dos</strong> em todo o concelho<strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>. Neste troço montanhoso do Tejo, num vale encaixado que marca a transição entreo sul do país, quente e seco, e o norte, temperado e húmido, <strong>de</strong>stacam-se os abundantessocalcos <strong>de</strong> olival.fauna e flora em <strong>de</strong>staqueOLIVEIRA: A ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>sta árvore, dispersa no Mediterrâneo por gregos e romanos, é dura ecompacta, sendo óptima para a marcenaria e aquecimento.As folhas são usadas em chás e o azeite, extraído do seu fruto, a azeitona, é utilizado naculinária e em cosméticos e relaxantes.LONTRA: De pêlo espesso, corpo e cauda alonga<strong>dos</strong> e membros curtos,alimenta-se <strong>de</strong> peixes, crustáceos, anfíbios e répteis. Animal <strong>de</strong> hábitos nocturnos,ágil na água, vive na margem <strong>de</strong> rios e lagoas, construindo abrigos na vegetação.Oliveira _ _ _ _ _Olea europaeaSocalcos <strong>de</strong> olivalPR2_Descobrir o Tejo 26


_acesso: NISA > EM 544 > CM 1159 >CM 1001 > CENTRAL ELÉCTRICA DA VELADAOlhar sobre a FozP R 3JLgrau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>: FÁCILextensão: 5,75 KMduração: 2h00Rio Tejo junto à foz da Ribeira <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>Percorra o caminho em terra batida queacompanha a margem direita da ribeira até àfoz, on<strong>de</strong> esta se cruza com o rio Tejo.O percurso inicia-se na central hidroeléctrica daVelada, on<strong>de</strong> po<strong>de</strong> observar atentamente a estrutura<strong>de</strong> canais que a alimentam. Os primei-ros metros do trajecto são calcorrea<strong>dos</strong> aolongo do vale da ribeira <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>, até passarmosjunto a uma azenha. Mais à frente, atravesseo pontão da represa e percorra o caminho emterra batida que acompanha a margem direitada ribeira até à foz, on<strong>de</strong> esta se cruza com o rioTejo. Em redor, à medida que o trilho serpenteiao terreno on<strong>de</strong> abundam as estevas, po<strong>de</strong>mobservar-se ao longe os montes cobertos <strong>de</strong>oliveiras em socalco, outrora importante fonte<strong>de</strong> rendimento para as populações locais. Hoje,a agricultura, a olivicultura e a exploração <strong>de</strong>cortiça e <strong>dos</strong> eucaliptais, que por aqui tambémse <strong>de</strong>stacam, são as principais activida<strong>de</strong>seconómicas.Inicia-se então o ponto mais difícil do percurso.Com os eucaliptos a a<strong>de</strong>nsarem-se, suba até aoalto da colina, on<strong>de</strong> encontrará um miradouroprivilegiado sobre os nós da ribeira <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong> esobre o Tejo. O vale <strong>de</strong>ste rio estabelece a transiçãoentre o sul do país, quente e seco, e onorte, temperado e húmido. No seu troço inicialem território português, são comuns as zonas<strong>de</strong> <strong>de</strong>clive acentuado, ricas em xisto, granito equartzo. Em frente, a linha da Beira Baixa <strong>de</strong>marcaa paisagem, num ponto privilegiado <strong>de</strong>observação <strong>de</strong> aves, como a águia-pesqueira,a garça-real, a cegonha-negra, o milhafre-real,o abutre-negro, o bufo-real, o corvo-marinhoPR3_Olhar sobre a Foz 27


ou o grifo. Este é também o território inato dojavali, do veado, do coelho, da lebre, da raposa,do ginete, do saca-rabos e do gato-bravo. Nesta3região, a paisagem natural é dominada por sobreiro,azinheira, oliveira, pinheiro-bravo, eucalipto,amieiro, choupos branco e negro, bemcomo pela esteva, a giesta, o rosmaninho, ozimbro, o medronheiro, a urze e o alecrim. Umpouco abaixo, nas margens do Tejo, abundam ojunco, os salgueiros branco e comum, o choupoe o freixo.Depois <strong>de</strong> percorri<strong>dos</strong> mais uns metros, surgeuma <strong>de</strong>scida por entre eucaliptais e estevais,que culmina no pontão que liga as duas margensda ribeira <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>, águas que convidama uma pausa para pescar o barbo, a boga, aP Rcarpa, o achigã, a enguia, o bordalo ou a perca,ou apenas a merendar com a família. Termineo percurso junto à central hidroeléctrica da Velada,saciando a se<strong>de</strong> numa fonte com óptimaágua fresca.Aproveite ainda para visitar a igreja matriz <strong>de</strong>São Matias, edificada no monte <strong>de</strong> Cacheiro,que conserva uma imagem <strong>de</strong> pedra, do séculoXVI, representando S. Pedro. Nesta povoação,conheça ainda as fontes <strong>de</strong> mergulho e os fornosdo povo. No final, não se esqueça <strong>de</strong> provaro queijo, as cavacas, as tigeladas, os enchi<strong>dos</strong>e o ensopado <strong>de</strong> borrego, e <strong>de</strong> trazer consigoalguns borda<strong>dos</strong>, artigos em ma<strong>de</strong>ira, barro ecortiça ou mesmo ferrarias.Ribeira <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>Nasce na serra <strong>de</strong> S. Mame<strong>de</strong>, tendocomo afluente a ribeira <strong>de</strong> S. Bento.Atravessa Souto Velho, Vale Gran<strong>de</strong>,Tapada das Nogueiras, Cabeça Gorda,Sobreiras, Hortas, Monte Carvalho,Monte Paleiros, Laranjeiras, QuatroAzenhas, Paulo da Costa, Vargem,Carvalhal das Vinhas, Póvoa e <strong>Nisa</strong>. Nafoz, é acompanhada por oliveiras emsocalco, com miradouros naturais paraa bacia do Tejo, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>sagua.OlivaisDes<strong>de</strong> a fundação <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>, no tempo <strong>de</strong> D. Dinis, que a enxertia <strong>dos</strong>zambujeiros permitiu produzir olivais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, hoje espalha<strong>dos</strong>pelas encostas, chãos e vinhas <strong>de</strong> todo o concelho, Devido àpobreza <strong>dos</strong> solos e ao microclima da região, os olivais prosperaram,apar das árvores <strong>de</strong> fruto e <strong>de</strong> cereais como o trigo, produzindo umaazeitona que proporciona um azeite com um sabor frutado e suave.PR3_Olhar sobre a Foz 28


- subida acentuada -- <strong>de</strong>scida acentuada -Ribeira <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>Rio Tejo- subidaacentuada -21Central hidroeléctrica da VeladaA Central Eléctrica da Velada entrou em funcionamento em1935 e foi construída pela Hidroeléctrica do Alto Alentejo,empresa responsável por outras seis unida<strong>de</strong>s: Póvoa eMeadas, Bruceira e Foz (situadas na ribeira <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>), Cabeçodo Monteiro (rio Ponsul), Pracana (rio Ocreza) eBelver (rio Tejo). Actualmente, a Central Eléctrica da Veladaestá integrada na Hidrotejo – Hidroeléctrica do Tejo, pertencenteao grupo EDP, e que comporta as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Belver,Póvoa e Meadas, Bruceira e Cal<strong>de</strong>irão (rio Almonda).CENTRAL ELÉCTRICADA VELADA(100 m)principais pontos <strong>de</strong> interesse1_ Açu<strong>de</strong> / Azenha2_ Pontão da RepresaEM 1001- <strong>de</strong>scida acentuada -(2 Km)PR3_Olhar sobre a Foz 29


P R 3Olhar sobre a Fozcontactos úteis:Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong>São MatiasTlf.: 245 469 226_ _ _a ter em conta:O ponto mais alto dopercurso é um miradouroprivilegiado sobre a ribeira<strong>de</strong> <strong>Nisa</strong> e o Tejo, com alinha da Beira Baixa a<strong>de</strong>marcar a paisagem.Observe a avifauna emsilêncio e <strong>de</strong> preferênciacom binóculos.Ribeira <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>aspectos <strong>de</strong> interessePescadores tradicionaisLINHONoutros tempos, o linho, hoje parte integrante do artesanato do concelho, era alagado e curtidona ribeira <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>, ao lado <strong>dos</strong> moinhos e <strong>dos</strong> campos semea<strong>dos</strong>.Depois <strong>de</strong> cultivado, preparado e tecido naquela freguesia, o linho era transformado em panosfinos e utilizado na produção <strong>de</strong> borda<strong>dos</strong> e rendas, tradição que em <strong>Nisa</strong> remonta aoséculo XV.Os alinhava<strong>dos</strong> <strong>de</strong>ste concelho, únicos no país, são feitos <strong>de</strong> fios conta<strong>dos</strong>, retira<strong>dos</strong> datrama do pano, e <strong>de</strong> pontos ornamentais <strong>de</strong> crivo enrolado, <strong>de</strong>ixando em aberto o fundo do<strong>de</strong>senho.fauna e flora em <strong>de</strong>staqueBOGA: Espécie ibérica, <strong>de</strong> corpo alongado, focinho proeminente e barbatanas avermelhadas.Vive em locais <strong>de</strong> água corrente e albufeiras <strong>de</strong> águas limpas, alimentando-se <strong>de</strong> moluscos,larvas, vegetais e pequenas algas.FAZAMBUJEIRO: A varieda<strong>de</strong> brava da oliveira encontra-se sobretudo emmatagais e olivais abandona<strong>dos</strong>, proporcionando alimento a tor<strong>dos</strong>, raposas e coelhos.Alinhava<strong>dos</strong><strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>Zambujeiro_ _ _ _ _Olea europaeavar. sylvestrisPR3_Olhar sobre a Foz 30


_acesso: NISA > EN 18 > EM 527 > ARNEIROTrilhos do ConhalP R 4grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>: MÉDIOextensão: 9,8 KMduração: 3h30Portas <strong>de</strong> RódãoNum miradouro panorâmico, varra a paisagem com oolhar, focando ao longe o Tejo, a fonte das virtu<strong>de</strong>s, ocabecinho encostado à foz da ribeira do Vale e o Conhal.O trajecto inicia-se no Arneiro, num caminho<strong>de</strong> terra batida, seguindo em direcção ao limitenorte da Serra <strong>de</strong> S. Miguel. Tendo no horizonteas Portas <strong>de</strong> Ródão, atravesse as hortas comos característicos poços e picotas, e entre napaisagem selvagem recheada <strong>de</strong> zimbros, medronheirose pinheiros, interrompida apenas poralguns montículos <strong>de</strong> pedras roliças. Ultrapassadauma ribeira encaixada num pequeno vale ecumprida a primeira subida acentuada, o olival ésubstituído pelos terrenos agrestes inunda<strong>dos</strong><strong>de</strong> azinheiras, cascalho e muros baixos feitoscom pequenos seixos <strong>de</strong> quartzito.Ao atingir a íngreme entrada na serra, comvegetação mais <strong>de</strong>nsa e muita carqueja, giestae esteva, serpenteie pequenos socalcose pare<strong>de</strong>s que escon<strong>de</strong>m as oliveiras que porali restam. Chega<strong>dos</strong> ao topo, e la<strong>de</strong>a<strong>dos</strong> porpinheiros bravos, seguimos o trilho <strong>de</strong> terra.Mais à frente, e à esquerda, faça uma pausa nopercurso, aproveitando para visitar o buraco daFaiopa (cautelosamente, avance apenas atéaos primeiros metros da fenda). Siga então adireito, com o castelo <strong>de</strong> Ródão espreitando aofundo do corredor vegetal, até encontrar umapequena clareira on<strong>de</strong> po<strong>de</strong> contemplar empleno voo os corpulentos abutres e outras espéciesprotegidas, como a garça-real, a cegonha--negra, o milhafre, a águia-pesqueira, o corvo--marinho e o grifo. Este é também o territórionatural do javali, do veado, do coelho, da lebre,da raposa e do texugo. Uns metros adiante, numPR4_Trilhos do Conhal 31


miradouro panorâmico, varra a paisagem como olhar, da esquerda para a direita, focando aolonge o Tejo, a fonte das virtu<strong>de</strong>s, o cabecinho4encostado à foz da ribeira do Vale e o Conhal,terminando na vista privilegiada sobre Ródão ea centenária ponte que a liga a <strong>Nisa</strong>.Descemos agora por um trilho <strong>de</strong> rocha, encosta<strong>dos</strong>à encosta, acompanha<strong>dos</strong> por zimbrose medronheiros. Contorne então um eucaliptocentenário e avance em direcção aoConhal, parando mais à frente para subir aosenormes montes <strong>de</strong> seixos. Atravesse agora aspequenas hortas, com as suas casas <strong>de</strong> telhamourisca e divididas por muros baixos <strong>de</strong> xisto.Antes do regresso ao Arneiro, pare na fonte doribeiro do Vale, na qual se <strong>de</strong>staca a saliênciaP Ron<strong>de</strong> se apoiavam os cântaros <strong>de</strong> barro.Já na povoação, <strong>de</strong>tenha-se nos poiais remata<strong>dos</strong>com lajes <strong>de</strong> xisto, que convidam a longasconversas nas noites <strong>de</strong> verão, e nas casas baixase geminadas, caiadas com sucessivas camadas<strong>de</strong> cal, únicas pelos seus rodapés e chaminésartísticas ou pelas pequenas portas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iracom minúsculos postigos por on<strong>de</strong> espreita a luz.Visite ainda um <strong>dos</strong> fornos comunitários on<strong>de</strong>outrora se cozia o pão. Como estamos numa al<strong>de</strong>iapiscatória, hoje voltada para a olivicultura e apastorícia, prove ainda a tradicional sopa <strong>de</strong> peixe,o arroz <strong>de</strong> lampreia, o ensopado <strong>de</strong> enguia e apopular tigelada. Quanto ao artesanato, <strong>de</strong>scubraa tarrafa (re<strong>de</strong> <strong>de</strong> pesca), os barcos em ma<strong>de</strong>ira,as rendas <strong>de</strong> bilros e os borda<strong>dos</strong> à mão.Pesca e Barcos típicosOutrora, toda a população doArneiro se <strong>de</strong>dicava à pesca, inclusiveas mulheres. Hoje, restam cerca <strong>de</strong>duas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> pescadores, mas orio permanece a principal fonte <strong>de</strong>rendimentos. Logo pela manhã, osbarcos <strong>de</strong> pinho recolhem as re<strong>de</strong>scom que pescam a boga, a lampreia,a carpa ou o achigã, e as armadihaspara o lagostim, consi<strong>de</strong>rado <strong>dos</strong>melhores crustáceos do país.Buraco da FaiopaNa serra <strong>de</strong> S. Miguel, on<strong>de</strong> combateram mouros e cristãos, está oburaco da Faiopa, que terá sido uma mina <strong>de</strong> ouro explorada por cartaginensese fenícios. Diz a lenda que D. Urraca, esposa <strong>de</strong> um fidalgocristão, se apaixonou por um nobre mouro e utilizou aquela passagematé ao rio para ir ao seu encontro. O marido vingou-se, atirando-a domonte, atada a uma pedra.PR4_Trilhos do Conhal 32


23Rio Tejo- <strong>de</strong>scida acentuada -4principais pontos <strong>de</strong> interesse1_ Buraco da Faiopa2_ Portas <strong>de</strong> Ródão3_ Cais fluvial4_ Conhal5_ Hortas tradicionais51- subida acentuada -ARNEIRO(125 m)Conhal do ArneiroNum vale da margem esquerda do Tejo, a jusante das Portas <strong>de</strong> Ródão, encontra-seo Conhal do Arneiro, uma extensa escombreira formada por gigan-tescos amontoa<strong>dos</strong> <strong>de</strong> seixos, testemunhando a extracção <strong>de</strong> ouro que terá<strong>de</strong>corrido nas épocas romana e medieval. O metal precioso era lavado coma água da ribeira <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>, conduzida <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Senhora da Graça. Provando aqualida<strong>de</strong> do minério alentejano, D. João III terá mandado fazer um ceptro emouro extraído <strong>de</strong>ste rio, e Vasco da Gama uma cruz, mostrando aos venezia-nos que em Portugal havia metal mais precioso que o do Oriente. Ferro, aço eprata são igualmente metais outrora explora<strong>dos</strong> nas margens do Tejo.PR4_Trilhos do Conhal 33


P R 4Trilhos do Conhalcontactos úteis:Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong>SantanaTlf.: 245 469 130_ _ _Casa <strong>de</strong> Pasto«O Túlio»Tlf.: 245 469 129_ _ _Casa <strong>de</strong> Pasto«Café Novo»Tlf.: 245 469 140_ _ _Clube Desp.e Recr. <strong>de</strong> SantanaTlf.: 93 313 94 33a ter em conta:Típica <strong>de</strong>sta al<strong>de</strong>iapiscatória, aproveite paraprovar a famosa sopa <strong>de</strong>peixe do Arneiro,confeccionada compeixe fresco do rio e umasabedoria ancestral quelhe conferem um sabormuito particular.ConhalEmbarcações típicas em ma<strong>de</strong>ira. Rio Tejo.aspectos <strong>de</strong> interessePORTAS DE RÓDÃOEsta imponente crista quartzítica, que irrompe entre dois imensos blocos <strong>de</strong> pedra, resultado atravessamento da Serra das Talhadas pelo rio.Há milhares <strong>de</strong> anos, as águas do Tejo cobriam uma vasta região. A sua acção erosiva <strong>de</strong>uorigem a esta garganta, on<strong>de</strong> o rio atinge uma das maiores profundida<strong>de</strong>s. A zona marcaainda o anterior limite da navegabilida<strong>de</strong> do Tejo, quando este era um canal <strong>de</strong> comunicaçãoentre o interior e o litoral do país.SOPA DE PEIXENo Arneiro po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sfrutar <strong>de</strong> um <strong>dos</strong> tradicionais pratos <strong>de</strong> peixe do rio. Embora aqui tambémse possam encontrar refeições típicas como o arroz <strong>de</strong> lampreia ou o ensopado <strong>de</strong> enguia,na gastronomia esta povoação é conhecida pela popular sopa <strong>de</strong> peixe. O barbo é o segredo<strong>de</strong>ste prato, em cuja confecção também se utiliza a carpa. A sopa é por vezes servidanum recipiente <strong>de</strong> cortiça, com as ovas do peixe no topo, o que lhe confere um paladar muitoparticular. Nesta iguaria não po<strong>de</strong>m faltar o poejo e o pimentão.fauna e flora em <strong>de</strong>staqueABUTRE: Ave <strong>de</strong> rapina que se alimenta quase exclusivamente <strong>de</strong> carne putrefacta. De cabeçae pescoço compri<strong>dos</strong>, <strong>de</strong>sprovi<strong>dos</strong> <strong>de</strong> penas, a sua envergadura po<strong>de</strong> ser superior a2,5 metros.ZIMBRO: Espécie <strong>de</strong> pinheiro, que cresce até cinco metros <strong>de</strong> altura. As bagassão utilizadas em pratos <strong>de</strong> carne e as sementes na aromatização <strong>de</strong> bebidas como o gim.Anti-séptico e calmante, é indicado para problemas digestivos e renais.PR4_Trilhos do Conhal 34


_acesso: NISA > EM 526 > SR. A DA GRAÇA >EM 526 > PÉ DA SERRAÀ <strong>de</strong>scobertaxerx<strong>de</strong> São MiguelP R 5grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>: FÁCIL / MÉDIOextensão: 9,2 KMduração: 3h00Pé da Serra visto da Serra <strong>de</strong> S. MiguelNo ponto mais elevado do concelho <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>,po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sfrutar <strong>de</strong> uma magnífi ca panorâmicasobre gran<strong>de</strong> parte da região.O percurso inicia-se na al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Pé da Serra,com as suas casas caiadas, <strong>de</strong> rodapés amarelose azuis, ou com o tradicional reboco en-crespado e carregado <strong>de</strong> cores vivas. Desçapela Rua Larga, passando junto à igreja <strong>de</strong> SãoSimão, e encontre o primeiro fontanário. Avancepela calçada <strong>de</strong> cascalho até um caminhola<strong>de</strong>ado por muros altos e rectos, ou baixos esinuosos, seguindo as pequenas hortas e asfurdas, on<strong>de</strong> ainda há quem crie o porco-preto.Depois <strong>de</strong> atravessar o Monte Cimeiro, hoje<strong>de</strong>spovoado e com casas em ruínas, siga porum caminho íngreme que contorna a serrae nos conduz ao penouco <strong>de</strong> S.Miguel. Poucoa pouco, as oliveiras dão lugar aos sobreiros.Passe numa eira construída com lajes <strong>de</strong> xistoe cascalho e suba por uma estrada cimentada,passando por entre sobreiros, pinheiros-bravose eucaliptos. Nestas encostas crescemespontaneamente a esteva, a giesta, o medronheiro,a carqueja, o rosmaninho, o junco,a urze, o alecrim e o espargo, num habitatperfeito para aves como a cotovia, o melro, ochapim, o pintassilgo ou o tordo, e que oferececondições i<strong>de</strong>ais à observação da cegonha-negra,do milhafre-real, do abutre-negro, do bufo--real ou do grifo. Para além do javali, do veado,da raposa, do ginete, da lebre, do saca-rabos edo gato-bravo, este é o território do burro, que,apesar <strong>de</strong> pouco requisitado, ainda é visto juntoaos pequenos aglomera<strong>dos</strong> populacionaisda freguesia.PR5_À <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> S. Miguel 35


P RAntes <strong>de</strong> chegar ao ponto mais elevado doconcelho <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>, on<strong>de</strong> po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sfrutar <strong>de</strong>5uma panorâmica integral sobre gran<strong>de</strong> parteda região, passe diante <strong>de</strong> um pequeno poço<strong>de</strong> pedra e <strong>de</strong> um abrigo para gado. Já no ladooeste da serra, a <strong>de</strong>scida faz-se serpenteandoportentosos sobreiros e cascalheiras, vestígios<strong>dos</strong> muros que outrora sustentavamoliveiras. Mais abaixo, palmilhando solos argilosos,atente no pormenor do cascalho dispersoro<strong>de</strong>ando os olivais. Terminada a <strong>de</strong>scida,siga pela estrada alcatroada em direcçãoa Vinagra, on<strong>de</strong> o espera a água das fontes, eaprecie as casas, com as suas portas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>irae os tradicionais ferrolhos e as largas eestreitas chaminés, que superam largamentea altura das habitações.Com a serra a espreitar discretamente ocaminhante, regresse aos percursos <strong>de</strong> terra,seguindo por entre muros altos e remata<strong>dos</strong>com gran<strong>de</strong>s lajes, e que separam hortas ouolivais. Siga por um trilho, eucaliptal a<strong>de</strong>ntro,até surgirem <strong>de</strong> novo as oliveiras, os sobreirose os muros baixos. Já na estrada <strong>de</strong> alcatrão eantes <strong>de</strong> reentrar em Pé da Serra pela Rua daFonte, visite o antigo lagar <strong>de</strong> azeite. Prove assopas <strong>de</strong> afogado e <strong>de</strong> carne fresca, as tigeladase os bolos dormi<strong>dos</strong>. Aproveite ainda paraconhecer os objectos em ferraria característicosda freguesia e, na estrada para <strong>Nisa</strong>, quepassa ao lado da ponte romana, não <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong>visitar a ermida da Senhora da Graça.O topo da Serra <strong>de</strong> S. Miguel, on<strong>de</strong> se situa o penouco, visto do Pé da Serra.VinagraVinagra <strong>de</strong>staca-se pelas suas casasrústicas, com portas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>irae ferrolhos, coberturas com telha<strong>de</strong> canudo e pelas chaminés tipicamentealentejanas, <strong>de</strong>safiandoa simplicida<strong>de</strong> arquitectónica dashabitações.Serra <strong>de</strong> S. Miguel, PenoucoO penouco, marco geodésico situado a 463 metros <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>,no ponto mais elevado do concelho <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>, terá sido construídocom as pedras <strong>de</strong> uma antiga capela que já no século XVI existiana Serra <strong>de</strong> S. Miguel. Neste miradouro obtém-se uma panorâmicaintegral sobre o Pé da Serra, Salavessa, <strong>Nisa</strong>, Monte Claro, Montalvão,Arneiro, Vila Velha <strong>de</strong> Ródão, Castelo Branco, serras daGardunha e Estrela, bem como sobre a Extremadura espanhola.PR5_À <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> S. Miguel 36


21- subida acentuada -ATMONTALVÃO526- <strong>de</strong>scida acentuada -34PÉ DA SERRA(285 m)56SÃO MIGUEL(463 m)NISA X V. V. RÓDÃOVINAGRA526-1NISA526principais pontos <strong>de</strong> interesse1_ Monte Cimeiro (Ruínas)2_ Eira3 _ Poço4 _ Abrigo para gado5 _ Alto <strong>de</strong> São Miguel6 _ Antigo Lagar <strong>de</strong> AzeiteMonte CimeiroUm <strong>dos</strong> últimos redutos da arquitectura rural da região. As casas baixas ou<strong>de</strong> dois pisos <strong>de</strong>ste povoado abandonado eram erigidas com quartzito dazona, pedra escura e acastanhada que contrasta com o laranja amarelado daargamassa <strong>de</strong> barro, cal e areia que as sustenta.Da vintena <strong>de</strong> habitações, resta uma passa<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> rocha la<strong>de</strong>ada por murosaltos e pelas pare<strong>de</strong>s em ruína, já sem as pequenas portas e janelas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira,num amontoado <strong>de</strong> pedras e telhas <strong>de</strong> canudo, on<strong>de</strong> resiste o reboco <strong>de</strong> cal oualgum vestígio da arquitectura interior, como o beirado prolongado com umalaje ou as pilheiras, embutidas na pare<strong>de</strong>, e on<strong>de</strong> se guardava a loiça.PR5_À <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> S. Miguel 37


P R 5À Descoberta<strong>de</strong> São Miguelcontactos úteis:Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong>São SimãoTlf.: 245 743 436_ _ _Centro Recreativo eCultural«Os Amigos doPé-da Serra»_ contacto naJunta <strong>de</strong> Freguesia_ _ _a ter em conta:Observe a transiçãoentre as beiras e oAlentejo.Visite os amigos do “Péda Serra” e aproveitepara tomar contactocom alguns burros,animal que ainda se vêcom frequência porestes sítios.Ruína em Monte CimeiroTulhas, antigo lagar <strong>de</strong> azeiteaspectos <strong>de</strong> interesseBARRO VERMELHOPara além das pedras <strong>de</strong> quartzo que enfeitam as tradicionais peças <strong>de</strong> barro <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>, <strong>dos</strong>contrafortes da serra <strong>de</strong> São Miguel extrai-se o próprio barro vermelho, utilizado na olaria doconcelho, importante indústria artesanal da região.TULHASJunto a Pé da Serra, na estrada que a liga a <strong>Nisa</strong>, encontram-se várias tulhas, construídas nadécada <strong>de</strong>1940 pela família Louro e on<strong>de</strong> se armazenava individualmente a azeitona antes<strong>de</strong>sta entrar no lagar, propriamente dito.fauna e flora em <strong>de</strong>staqueBURRO: Animal <strong>de</strong> anatomia semelhante ao cavalo, mas <strong>de</strong> menor porte, com pelagem predominantementeacinzentada, orelhas compridas e dorso proeminente. Vive entre 15 a 18anos. Outrora transporte <strong>de</strong> pesa<strong>dos</strong> far<strong>dos</strong> por caminhos difíceis, hoje serve sobretudo <strong>de</strong>atracção turística.SOBREIRO: Árvore folhosa, com uma ampla copa e que po<strong>de</strong> atingir os 20 metros. A cortiça, oseu principal produto, protege-a contra o fogo, e o fruto, a bolota, serve <strong>de</strong> alimento a porcos.A ma<strong>de</strong>ira, dura e compacta, é muito utilizada nas lareiras.Burro _ _ _ _ _Equus AsinusSobreiro _ _ _ _ _Quercus suber L.PR5_À <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> S. Miguel 38


_acesso: NISA > EM 526 > PÉ DA SERRA > EM 526 > SALAVESSARota <strong>dos</strong> Açu<strong>de</strong>sP R 6grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>: MÉDIOextensão: 10,6 KMduração: 3h30Açu<strong>de</strong>. Ribeira do Fivelo.Serpenteie as colinas e contemple os açu<strong>de</strong>s, asnoras e os canais <strong>de</strong> rega outrora utiliza<strong>dos</strong> noaproveitamento das águas da ribeira.O percurso inicia-se na al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Salavessa,on<strong>de</strong> sobressaem as casas caiadas <strong>de</strong> brancoou em tons carrega<strong>dos</strong>, com reboco encrespado,graças à mistura <strong>de</strong> areia e cal. Concentre-senos rodapés azuis, amarelos e ver<strong>de</strong>s,e nas altas e corpulentas chaminés brancas,<strong>de</strong> formas arredondadas, com barras azuis eamarelas ou encimadas por cata-ventos.Contrariando o adágio popular “quem passaem Salavessa, é ir <strong>de</strong>vagar e vir <strong>de</strong>pressa”,percorra calmamente as ruas estreitas dapovoação, admirando as janelas e as portas.Faça uma visita à ermida, <strong>de</strong> frontaria simplese torre <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s dimensões, com o altarla<strong>de</strong>ado pelas imagens <strong>de</strong> S. Gregório e <strong>de</strong> S.Jacinto, cuja festa se celebra no terceiro domingo<strong>de</strong> Agosto.Saindo a norte, pelas traseiras <strong>de</strong> Salavessa,on<strong>de</strong> se ergueram as primeiras casas, surpreenda-secom os palheiros <strong>de</strong> xisto, os currais eas furdas. Aqui reina a paisagem <strong>de</strong> montado,com os abundantes muros <strong>de</strong> xisto <strong>de</strong> rematecaracterístico, <strong>de</strong>limitando pequenas proprieda<strong>de</strong>sem <strong>de</strong>clive acentuado e cuja pedra eraextraída em redor, sendo comuns os buracosescava<strong>dos</strong> no solo.Seguimos por trilhos <strong>de</strong>terra e pedra, <strong>de</strong>scendo até ao Tejo pelo antigocaminho para Vila Velha <strong>de</strong> Ródão. O sobreiro, aazinheira, a oliveira, o pinheiro-bravo, o eucalipto,a esteva, a giesta, o rosmaninho, o zimbro, omedronheiro, a urze e o alecrim são a vegetaçãomais comum por estas paragens. No Tejo, juntoPR6_Rota <strong>dos</strong> Açu<strong>de</strong>s 39


P Rao qual abundam o junco, o salgueiro, o choupoe o freixo, po<strong>de</strong>-se pescar o barbo, a boga,a carpa, o achigã, a enguia, o bordalo e a perca.6Neste território vivem animais como o javali, oveado, a raposa, o ginete, a lebre, o saca-rabose o gato-bravo, bem como a garça-real, a cegonha-negra,o milhafre-real, a águia-pesqueira,o abutre-negro, o bufo-real e o grifo.Acompanhando a margem a partir <strong>de</strong> um pontão,siga pelo caminho que termina na Fisgado Tejo, uma escarpa <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>zena <strong>de</strong> metros,feita inicialmente para <strong>de</strong>sviar o cursoda ribeira do Fivelo, e que nos leva até ao primeiroaçu<strong>de</strong> e às entranhas da serra <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>.Lado a lado com o curso <strong>de</strong> água, <strong>de</strong>scubra osegundo açu<strong>de</strong> e, mais adiante, um muro apiário,dissimulado na vegetação. Serpenteie ascolinas e contemple os açu<strong>de</strong>s, as noras e oscanais <strong>de</strong> rega, outrora utiliza<strong>dos</strong> na retençãoda chuva e no aproveitamento das águas daribeira para irrigação das hortas. Transponhaa margem ao quarto açu<strong>de</strong> e continue a subida,passando junto aos muros em socalco quesustentam as oliveiras, úteis contra a erosão<strong>dos</strong> solos.Já com o trilho afastado da ribeira, regresse aSalavessa e não se esqueça <strong>de</strong> provar o típicopão <strong>de</strong> trigo, as tigeladas, os bolos dormi<strong>dos</strong>,bem como as sopas <strong>de</strong> afogado e <strong>de</strong> carnefresca. Aproveite ainda para visitar as antas daTerra do Sobreirão, próximas da al<strong>de</strong>ia, e as doPego do Bispo, junto à foz da ribeira do Fivelo.Muros ApiáriosOs muros apiários são construçõesem pedra que servem para protegeras colmeias das incursões <strong>de</strong>mamíferos como o urso pardo.Alguns <strong>dos</strong> exemplares da região,existentes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Ida<strong>de</strong> Média,continuam em funcionamento.Arquitectura tradicional em SalavessaSobressaem as casas caiadas <strong>de</strong> branco ou com reboco encrespadoe colorido, <strong>de</strong> rodapés azuis, amarelos e ver<strong>de</strong>s. As altas e corpulentaschaminés brancas, <strong>de</strong> formas arredondadas, com barras azuis eamarelas ou encimadas por cata-ventos, cobrem largas lareiras on<strong>de</strong>se <strong>de</strong>fumam enchi<strong>dos</strong> <strong>de</strong> porco. No Verão, o calor é afastado porgrossas pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pedra ou tijolo. Na zona norte da al<strong>de</strong>ia, abundampalheiros, currais, furdas e muros <strong>de</strong> xisto com remate característico.PR6_Rota <strong>dos</strong> Açu<strong>de</strong>s 40


4 5678Anta 23Muro ApiárioATRio TejoRibeira<strong>de</strong> Fivenro1ATSALAVESSA(240 m)Açu<strong>de</strong>s e norasAo longo do curso do Fivelo encontramos uma série <strong>de</strong> açu<strong>de</strong>se noras, que remontam aos perío<strong>dos</strong> medieval, mo<strong>de</strong>rno econtemporâneo, utiliza<strong>dos</strong> no aproveitamento das águas daribeira e das chuvas.Os açu<strong>de</strong>s são muros <strong>de</strong> pedra que retêm a água, conduzindo--a através <strong>de</strong> um canal ao moinho ou azenha, num percurso<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte, por forma a movimentar o rodízio e a mó quetransforma os cereais em farinha.A nora possui um engenho <strong>de</strong> rodas <strong>de</strong>ntadas, discos e alcatruzes,movido por um animal <strong>de</strong> carga, que bombeia a água parauma levada, levando-a <strong>de</strong> volta ao açu<strong>de</strong> por acção da gravida<strong>de</strong>,após a rega das hortas e pomares situa<strong>dos</strong> a nascente.principais pontos <strong>de</strong> interesse1_ Pontão em xisto2_ Fisga do Tejo3>8 _ Açu<strong>de</strong>sPR6_Rota <strong>dos</strong> Açu<strong>de</strong>s 41


FAFAP R 6Rota <strong>dos</strong> Açu<strong>de</strong>scontactos úteis:Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong>Montalvão(Extensão <strong>de</strong> Salavessa)Tlf.: 245 743 280_ _ _GNR - MontalvãoTlf.: 245 743 114_ _ _AssociaçãoMontalvanense<strong>de</strong> Activ. Recr. e Cult.(A. M. A. R. C.)Tlf.: 245 743 132a ter em conta:Perca algum tempocontemplando o vale doTejo em todo o seuesplendor, com a suafauna e flora extremamentericas, e façaquestão <strong>de</strong>provar o muitoapreciado pão <strong>de</strong> trigo<strong>de</strong> Salavessa.Venda ambulante. SalavessaPalheiros <strong>de</strong> xisto e currais. Salavessaaspectos <strong>de</strong> interesseRIBEIRA DO FIVELOA ribeira do Fivelo nasce nas lameiras <strong>de</strong> São Silvestre, no termo <strong>de</strong> Montalvão, entrandonesta vila junto a Pé da Serra. Esta linha <strong>de</strong> água <strong>de</strong>sagua nas margens do Tejo, perto dopego do Bispo.Subindo a colina e acompanhando o curso da ribeira do Fivelo, praticamente seca no Verão,po<strong>de</strong> apreciar-se a engenharia tradicional presente em açu<strong>de</strong>s e noras, com que se fazia oaproveitamento do seu curso <strong>de</strong> água e das chuvas, bem como nos muros <strong>de</strong> sustentaçãodas oliveiras, úteis contra a erosão <strong>dos</strong> solos.fauna e flora em <strong>de</strong>staqueJAVALI: De pêlo acastanhado e hábitos nocturnos, alimenta-se <strong>de</strong> plantas, frutos, insectos,moluscos, pequenos mamíferos e ovos <strong>de</strong> aves. Para se livrar <strong>de</strong> parasitas, chafurda na lamae roça-se nas árvores. Anda em grupos, li<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> por uma fêmea.ESTEVA: Arbusto <strong>de</strong> crescimento rápido, resistente à seca, com folhas compridas e estreitase flor branca. A sua resina inibe o crescimento <strong>de</strong> outras espécies e é usada na perfumaria.Muito abundante no Alentejo, forma matos <strong>de</strong>nsos.Esteva _ _ _ _ _Cistus ladanifer L.PR6_Rota <strong>dos</strong> Açu<strong>de</strong>s 42


_acesso: NISA > EN 359 > MONTALVÃOEntre AzenhasP R 7grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>: FÁCIL / MÉDIOextensão: 6,5 KMduração: 2h30Rio SeverMais abaixo, revelam-se, fi nalmente, por entre o<strong>de</strong>nso arvoredo, as margens escondidas do rio.O percurso inicia-se em Montalvão, povoaçãorural e pitoresca, ro<strong>de</strong>ada pelos rios Tejo eSever, cujas habitações se <strong>de</strong>stacam no alto<strong>de</strong> um monte isolado na paisagem. Observeas ruínas do castelo, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se contemplamas paisagens alentejana, beirã e espanhola, epercorra as ruas da antiga vila, apreciando ascasas caiadas <strong>de</strong> branco e os rodapés azuise amarelos das fachadas. As igrejas Matriz eda Misericórdia, o pelourinho manuelino e ascapelas <strong>de</strong> S. Pedro e do Espírito Santo sãooutros locais <strong>de</strong> visita obrigatória. Na Casa doPovo conheça alguns instrumentos liga<strong>dos</strong> aolinho, outrora importante recurso económicoda povoação. Siga então pelo caminho que nosconduz até às encostas do Sever, passandojunto ao cemitério da al<strong>de</strong>ia e a antigos currais,que há muito <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> dar guarida a gado.Atravesse uma série <strong>de</strong> hortas, percorrendotrilhos <strong>de</strong> pé posto vinca<strong>dos</strong> entre eucaliptose alguns pinheiros. Mais abaixo, revelam-se,finalmente, por entre o <strong>de</strong>nso arvoredo, asmargens escondidas do rio, numa zona <strong>de</strong> <strong>de</strong>clivesacentua<strong>dos</strong>, on<strong>de</strong> abundam as fontes enascentes, e cujos solos foram amplamentecultiva<strong>dos</strong> e rentabiliza<strong>dos</strong> no passado, nomeadamentecom a activida<strong>de</strong> da pastorícia.Depois <strong>de</strong> encontrarmos a margem do Sever,que nasce na encosta norte da serra <strong>de</strong> SãoMame<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sagua no Tejo, servindo <strong>de</strong> fronteiraentre Portugal e Espanha em três quartosdo seu percurso, surge a primeira nascentePR7_Entre Azenhas 43


P R<strong>de</strong>ste trajecto, cujo rasto aponta na direcçãoda submersa azenha do Nogueira, a apenasalguns metros. Nesta área esculpida peloscursos <strong>de</strong> água, as margens enchem-se <strong>de</strong>freixos, choupos e junco, enquanto que noscaminhos abundam a esteva, a giesta, o medronheiro,o mortunheiro e o zambujeiro. Azona é igualmente propícia à observação dafauna local. O veado, o javali, a corja, a garçareal,a cegonha-negra, o melro, a perdiz e opato-bravo são alguns <strong>dos</strong> animais que porali se avistam, com o território espanhol espreitandoem permanência do outro lado. Siga otrilho, passando por entre vegetação <strong>de</strong>nsa, eaprecie as panorâmicas sobre o rio ou os muitospegos, on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> pescar o barbo, a carpaou o achigã. Acompanhe então a margem,em direcção ao norte, até à azenha do Artur,local privilegiado para merendar e on<strong>de</strong> o esperamas fontes férreas e um pequeno abrigoem xisto. Abandonando a margem, iniciamosa subida acentuada, eucaliptal a<strong>de</strong>ntro, acompanha<strong>dos</strong><strong>de</strong> fartas giestas e estevas. Maisacima, impõe-se a paisagem <strong>de</strong> sobro, quenos acompanha no regresso a Montalvão porcaminhos <strong>de</strong> terra batida, la<strong>de</strong>a<strong>dos</strong> por murosbaixos <strong>de</strong> grossas lajes <strong>de</strong> xisto e palmilha<strong>dos</strong>no passado por camponeses e contrabandistas.Procure então nos cafés e tabernas da povoaçãoas sopas <strong>de</strong> peixe e os petiscos <strong>de</strong> javali,e leve para casa algum artesanato, comoos trabalhos em ma<strong>de</strong>ira e ferro.7PR7_Entre Azenhas 44Ermida <strong>de</strong> N. Sra. RemédiosA par das touradas à vara larga, afesta <strong>de</strong> Nossa Senhora <strong>dos</strong>Remédios, que tem lugar a 8 <strong>de</strong>Setembro, é uma das principais manifestaçõesculturais <strong>de</strong> Montalvão.Não muito longe <strong>de</strong>sta ermida, juntoà estrada que liga a povoação àlocalida<strong>de</strong> espanhola <strong>de</strong> Cedillo,existe uma anta, monumentohabitual por estas paragens.Azenhas Artur e NogueiraIntegralmente construídas em xisto, são duas das estruturas on<strong>de</strong>antigamente se fazia a moagem do trigo cultivado nos montesem redor do Sever, hoje totalmente submersas pela barragem<strong>de</strong> Cedillo. Tradicionalmente, a corrente do rio era <strong>de</strong>sviada atéà azenha, movendo a mó ao incidir na roda motriz. O sistemachegou à península no século X através <strong>dos</strong> árabes, precursores <strong>de</strong>engenhos hidráulicos como o açu<strong>de</strong>, o alcatruz, a nora e a picota.


Rio Sever34principais pontos <strong>de</strong> interesse1_ Capela <strong>de</strong> Santa Margarida2_ Abrigo em xisto3_ Azenha do Artur4_ Azenha do Nogueira2- subida acentuada -- <strong>de</strong>scida acentuada -ContrabandoNa década <strong>de</strong> 1930, com a Guerra CivilEspanhola, escasseiam no país vizinhoprodutos como pão, açúcar, sabão, tabacoou sal. Devido à falta <strong>de</strong> emprego e aotrabalho rural mal remunerado, o contrabandotorna-se um meio <strong>de</strong> subsistênciapara muitas famílias da região.De noite e <strong>de</strong> bolsos cheios, homens,mulheres e crianças <strong>de</strong> Montalvão, <strong>Nisa</strong>,Salavessa, Monte do Duque, Pardo e Arneiropassavam a pé o Sever e percorriamtrilhos e veredas até à fronteira,evitando os guardas-fiscais portuguesesou os carabineiros espanhóis, sendo espera<strong>dos</strong>pelos compradores que vinham<strong>de</strong> Cedillo. Este percurso <strong>de</strong>u lugar à Rotado Contrabando.ATMONTALVÃO(340m)1ATNISA526PR7_Entre Azenhas 45


P R 7Entre Azenhascontactos úteis:Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong>MontalvãoTlf.: 245 743 132_ _ _GNR - MontalvãoTlf.: 245 743 114_ _ _Marisqueira«O Rei do Camarão»(tem quartos)Tlf.: 245 743 447_ _ _Café «Fonte Cereja»Tlf.: 245 743 343_ _ _A. M. A. R. C.Tlf.: 245 743 280a ter em conta:Preste atenção, pois seo nível da água estiverbaixo, é possível observaras azenhas a emergirem,ficando-se com umanoção mais aproximada<strong>de</strong>stas construções.Fonte <strong>de</strong> MergulhoRio Severaspectos <strong>de</strong> interesseRIO SEVERO rio Sever nasce na encosta norte da serra <strong>de</strong> São Mame<strong>de</strong>, servindo <strong>de</strong> fronteiraentre Portugal e Espanha ao longo <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> quarenta quilómetros.Três quartos do seu percurso são partilha<strong>dos</strong> entre os dois países, numa extensão que vai<strong>de</strong> El Molino <strong>de</strong> la Negra até à barragem <strong>de</strong> Cedillo, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>sagua no Tejo. O Sever é não sóum <strong>dos</strong> principais cursos <strong>de</strong> água originários do norte alentejano a afluir naquele rio internacional(para além das ribeiras <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>, <strong>de</strong> Sor e <strong>de</strong> Seda), mas também, juntamente com oSorraia, um <strong>dos</strong> principais afluentes da sua margem esquerda.FONTESPor <strong>de</strong>trás do <strong>de</strong>nso arvoredo <strong>de</strong>sta zona <strong>de</strong> <strong>de</strong>clives acentua<strong>dos</strong> revelam-se não só asmargens escondidas do rio Sever, mas também abundantes fontes férreas e nascentes, quebrotam do interior <strong>de</strong> solos outrora ocupa<strong>dos</strong> com searas <strong>de</strong> trigo e rentabiliza<strong>dos</strong> com aactivida<strong>de</strong> da pastorícia.Estas fontes, dispersas ao longo <strong>dos</strong> vários trilhos <strong>de</strong> terra que serpenteiam os montes emredor do Sever, abasteciam não só os lavradores e moleiros que ali trabalhavam diariamente,mas também os pescadores ocasionais que por ali passavam.fauna e flora em <strong>de</strong>staqueCARPA: Peixe <strong>de</strong> dorso castanho esver<strong>de</strong>ado, comum nas albufeiras e cursos <strong>de</strong> correntefraca com vegetação abundante. Alimenta-se <strong>de</strong> invertebra<strong>dos</strong>, plantas e algas. Po<strong>de</strong> chegaraos 120 cm e viver até aos 50 anos.MURTA: As folhas <strong>de</strong>ste arbusto, conhecido por murteira ou murtinheira, eram usadas emprepara<strong>dos</strong> farmacêuticos. As suas flores brancas são utilizadas em perfumaria, enquantoque das bagas azuladas, chamadas murtinhos ou mortunhos, se faz licor.PR7_Entre Azenhas 46


_acesso: NISA > EN 359 > MONTALVÃOTrilhos doxerxMoinho BrancoP R 8FAgrau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>: MÉDIOextensão: 14 KMduração: 4h00Rio SeverPercorra os caminhos <strong>de</strong> terra e pedra, em <strong>de</strong>clivesacentua<strong>dos</strong>, com Espanha sempre do outro lado do Sever.O percurso inicia-se em Montalvão, povoaçãorural e pitoresca, ro<strong>de</strong>ada pelos rios Tejo eSever, que se <strong>de</strong>staca no alto <strong>de</strong> um monte.Entrando por um pórtico quinhentista, visiteas ruínas do castelo, outrora importante ponto<strong>de</strong>fensivo, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se contempla as paisagensalentejana, beirã e espanhola. Percorra as ruasda antiga vila, apreciando as casas caiadas <strong>de</strong>branco, com rodapés azuis e amarelos, bemcomo as igrejas matriz e da Misericórdia, opelourinho manuelino e as capelas <strong>de</strong> S. Pedroe do Espírito Santo. Na Casa do Povo conheçaalguns instrumentos liga<strong>dos</strong> ao linho, noutrostempos importante activida<strong>de</strong> económica dapovoação.Siga a estrada que o leva até às íngremes encostasdo rio Sever, numa <strong>de</strong>scida por trilhos<strong>de</strong> pé posto. Ao atravessar o Alto da Pobreza,passando pela Tapada da Queijeira e pelo Chafariz<strong>de</strong> Palos, aprecie a magnífica vista sobreos montes em redor e a foz da ribeira <strong>de</strong> SãoJoão. Já junto à margem, avance até à azenhado Moinho Branco, local i<strong>de</strong>al para merendarou <strong>de</strong>scansar, refrescando-se primeiro namina da Lagartixa.Percorra os caminhos <strong>de</strong> terra e pedra, em<strong>de</strong>clives acentua<strong>dos</strong>, com Espanha sempredo outro lado do Sever, que nasce na encostanorte da serra <strong>de</strong> São Mame<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sagua noTejo, servindo <strong>de</strong> fronteira entre Portugal eEspanha em três quartos do percurso. Reparenas construções tradicionais em xisto, muitasPR8_Trilhos do Moinho Branco 47


em ruína, servindo hoje <strong>de</strong> abrigo aos pescadores.Nesta área esculpida pelos cursos<strong>de</strong> água, as margens enchem-se <strong>de</strong> freixos,8choupos e junco, e nos caminhos abundama esteva, a giesta, o medronheiro e o zambujeiro.O veado, o javali, a coruja, a garça-real,a cegonha-negra, o melro, a perdiz e o patobravosão algumas das espécies animais quepor ali se avistam. Num <strong>dos</strong> muitos pegos épossível pescar o barbo, a carpa ou o achigã.Os solos fracos e secos junto à foz do Severtestemunham a sua anterior utilização napastorícia, enquanto que nos montes emredor restam as azinheiras e os sobreiros.Repare nas lajes polidas <strong>dos</strong> paredões e naslascas grossas <strong>de</strong> xisto que terminam nasP Rencostas do rio, em cujo leito sobressaem asmarmitas <strong>de</strong> gigante. Ao abandonar a margem,o caminho conduz-nos ao pontão da Ribeirado Lapão, ro<strong>de</strong>ado <strong>de</strong> pequenos montes comoliveiras em sulcos e situado junto ao Retirodo Pescador.No regresso a Montalvão, a subida é feita pelaeira do Ferreira. Interrompa o trajecto e <strong>de</strong>scubrauma anta junto à estrada que liga Montalvãoa Cedillo, já que na zona são comuns ospequenos sepulcros megalíticos, terminandoa escapadinha com uma visita à ermida <strong>de</strong> N. aS. ra <strong>dos</strong> Remédios. Já em Montalvão, procurenos cafés e nas tabernas as sopas <strong>de</strong> peixe eos petiscos <strong>de</strong> javali, e leve algum artesanatolocal, como os trabalhos em ma<strong>de</strong>ira e ferro.«Retiro do pescador»Siga até ao retiro do pescador, on<strong>de</strong>no Outono os medronhos criamum tapete vermelho. Passe entredois muros <strong>de</strong> xisto e repare naspedras alinhadas lado a lado. Maisacima, encontrará um patamar comexcelente vista sobre o rio Sever.Pontão da ribeira do LapãoPara além das casas e <strong>dos</strong> muros, na arquitectura tradicional da zona<strong>de</strong>staca-se o pontão da ribeira do Lapão, totalmente construído em xisto,e cujas pedras encaixadas lado a lado parecem <strong>de</strong>safiar a gravida<strong>de</strong>,lembrando as grossas lascas das encostas. No leito do Sever po<strong>de</strong>mver-se as marmitas <strong>de</strong> gigante, on<strong>de</strong> a pedra, em conjunto com a acçãoda água, foi sendo lentamente escavada por pequenos seixos roliços.PR8_Trilhos do Moinho Branco 48


ATRetiro do pescador6Rio Sever23- <strong>de</strong>scida -Ribeira<strong>de</strong> São JoãoMonte da PobrezaAinda com Montalvão no horizonte,atravesse este localligeiramente sobrelevado,palmilhando a estrada quesegue em direcção às encostasinclinadas do Severe que passa junto à Tapadada Queijeira e ao lado doChafariz <strong>de</strong> Palos. Nestazona erma, outrora coberta<strong>de</strong> searas <strong>de</strong> trigo, azinheirase sobreiros dispersos, eque oferecia pasto a vacase ovelhas, po<strong>de</strong> apreciar amagnífica vista sobre a fozda ribeira <strong>de</strong> São João, bemcomo contemplar a panorâmicasobre as margens dorio, que serve <strong>de</strong> fronteiraentre Espanha e Portugal.5- subida acentuada -Ribeira <strong>de</strong> Lapão41MONTALVÃO(340m)NISA526principais pontos <strong>de</strong> interesse1_ Monte do Estacal2_ Monte da Pobreza3_ Moinho Branco4_ Pontão da Ribeira <strong>de</strong> Lapão5 _ Abrigo em xisto6 _ Capela <strong>de</strong> Santa Margarida (Ruínas)


P R 8Trilhos doMoinho Brancocontactos úteis:Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong>MontalvãoTlf.: 245 743 132_ _ _GNR - MontalvãoTlf.: 245 743 114_ _ _Marisqueira«O Rei do Camarão»(tem quartos)Tlf.: 245 743 447_ _ _Café «Fonte Cereja»Tlf.: 245 743 343_ _ _A. M. A. R. C.Tlf.: 245 743 280a ter em conta:O dono do Retiro doPescador é DomingosPaixão, um curan<strong>de</strong>iro daregião, especialista emtratamentos com plantas,argila e massagens. Visite-oem Montalvão, Ruado Bernardino, n. o 36.Rio SeverAzenha do Moinho Brancoaspectos <strong>de</strong> interesseCHAFARIZ DE PALOSSituado na Tapada da Queijeira, bem perto da ribeira do Lapão, esta fonte <strong>de</strong> bica, com chafarizà volta, po<strong>de</strong> ser alcançada a partir da estrada que nos leva até às íngremes encostasdo rio Sever, atravessando o Alto da Pobreza através <strong>de</strong> trilhos outrora percorri<strong>dos</strong> por camponesese contrabandistas.O Chafariz <strong>de</strong> Palos está localizado nos arredores <strong>de</strong> Montalvão, em montes <strong>de</strong>spovoa<strong>dos</strong>e que em outros tempos se enchiam <strong>de</strong> cereais. Hoje, restam apenas as azinheiras e ossobreiros, mas permanece uma panorâmica privilegiada sobre as margens do Sever.ABRIGOS EM XISTOAo longo das encostas do vale do Sever encontram-se algumas construções tradicionais,antigamente <strong>de</strong>stinadas a albergar os lavradores que por ali trabalhavam, quando esteseram surpreendi<strong>dos</strong> pela chuva ou pelo sol abrasador, e que hoje servem apenas <strong>de</strong> refúgiotemporário a pescadores.São pequenos abrigos rochosos artificiais, <strong>de</strong> aspecto tosco, construí<strong>dos</strong> com lajes <strong>de</strong> xistoirregulares e sobrepostas, seguindo o <strong>de</strong>clive do terreno ou aproveitando a disposição naturaldas rochas. Estas estruturas, formadas por pare<strong>de</strong>s baixas e por uma entrada ampla, sãoencimadas por uma cobertura lajeada.fauna e flora em <strong>de</strong>staqueVEADO: É o maior cerví<strong>de</strong>o da fauna portuguesa, pesando entre 100 e 200 quilos. Herbívoro<strong>de</strong> pelagem castanha avermelhada, vive em bosques e matagais, alimentando-se <strong>de</strong> folhas<strong>de</strong> carvalho, sobreiro e azinheira e <strong>de</strong> bolotas, castanhas e azeitonas.MEDRONHEIRO: Arbusto <strong>dos</strong> matagais e monta<strong>dos</strong>, conhecido pela aguar<strong>de</strong>nte feita com osseus frutos avermelha<strong>dos</strong>, que florescem e amadurecem no Outono. Com os taninos dasfolhas e a casca curtem-se peles e curam-se diarreias e infecções urinárias.PR8_Trilhos do Moinho Branco 50


CONTACTOSÚTEIS<strong>Percursos</strong> pe<strong>de</strong>stres_ ___concelho <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong> //_ __SERVIÇOS PÚBLICOS_ Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>Praça do Munícipe _ 6050-358 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 410 000 // Fax: 245 412 799 // Telm: 966 926 198_ Biblioteca <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>Praça da República _ 6050-350 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 412 806_ Cine-Teatro <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>Praça da República _ 6050-350 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 429 260_ Posto <strong>de</strong> Turismo <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>Praça da República _ 6050-350 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 412 457_ Piscinas Municipais <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong> // Telf: 245 413 654_ Pavilhão Desportivo <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>Rua Casares <strong>de</strong> Caseres _ 6050-346 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 413 639_ Termas da Fadagosa <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong> / BalneárioFadagosa <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong> Arez _ 6050 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 798 133_ TernisaAv. D. Dinis _ 6050-348 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 410 131_ Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> AlpalhãoLargo António T. Sequeira _ 6050-033 AlpalhãoTelf: 245 742 154_ Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Amieira do TejoLargo Do Espírito Santo _ 6050-103 Amieira do TejoTelf: 245 457315_ Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> ArezRossio, 4 _ 6050-201 ArezTelf: 245 748146_ Junta <strong>de</strong> Freguesia do Espírito SantoLargo Heliodoro Salgado, 12/3 _ 6050-342 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 412 219_ Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> MontalvãoRua da Barca n.o29 _ 6050-450 MontalvãoTelf: 245 743 132_ Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> N. a Sr. a da GraçaRua Dr. Francisco Miguéns, 6 _ 6050-359 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 413 490_ Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> SantanaRua Velado, 1 _ 6050-452 Monte do ArneiroTelf: 245 469 130_ Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> S. MatiasLargo da Fonte Nova, 10 _ 6050-474 Monte ClaroTelf: 245 469 226_ Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> S. SimãoRua da Escola _ 6050-492 Pé da SerraTelf: 245 743 436_ Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> TolosaRua Prof. Dr. Gonçalves Proença, 58 _ 6050-501 TolosaTelf: 245 798 168_ GNR <strong>Nisa</strong>Bairro da Ceva<strong>de</strong>ira _ 6050 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 410 116_ GNR AlpalhãoRua Direita, 23 _ 6050-011 AlpalhãoTelf: 245 742 225_ GNR TolosaProf. Dr. Gonçalves Proenço _ 6050-501 TolosaTelf: 245 798 144_ GNR MontalvãoLargo Bernardino, 5 _ 6050-431 MontalvãoTelf: 245 743 114_ Bombeiros Voluntários <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>Rua D. Cruz Malpique _ 6050-341 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 412 303_ Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>Rua Combatentes da Gran<strong>de</strong> Guerra _ 6050-338 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 412 133_ Farmácia Ferreira Pinto – <strong>Nisa</strong>Largo Dr. António Granja _ 6050-302 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 412 335_ Farmácia Martins SeabraLargo 5 <strong>de</strong> Outubro _ 6050-329 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 410 030_ __TRANSPORTES_ Rodoviária do AlentejoRua Júlio Basso _ 6050-315 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 412 354_ Praça <strong>de</strong> Táxis – <strong>Nisa</strong>Praça da República _ 6050-350 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 412 186_ __ALOJAMENTO_ Resi<strong>de</strong>ncial S. Luís – <strong>Nisa</strong> _ Telf: 245 412 471_ Casa das Colunas – <strong>Nisa</strong> _ Tlm: 93 351 67 56_ Lareira – <strong>Nisa</strong> _ Telf: 245 413 558


_ Quinta <strong>dos</strong> Ribeiros – Agro Turismo – AlpalhãoTelf: 245 745 100_ __RESTAURANTES_ A<strong>de</strong>ga Típica Taverna da Vila – <strong>Nisa</strong>Largo Dr. António José D’Almeida, 2 _ 6050-366 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 413 630_ Petisqueira «A Colmeia»Largo Heliodoro Salgado _ 6050-342 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 413 513_ Restaurante Pinto – AlpalhãoRua <strong>de</strong> Santo António, 17 _ 6050-036 AlpalhãoTelf: 245 742 518_ Restaurante Túlio – ArneiroRua Francisco Diogo Pinto, 1 _ 6050-452 SantanaTelf: 245 469 129_ Restaurante «A Churrasqueira» – <strong>Nisa</strong>Rua Prof. João Porto, Lt.1_r/c _ 6050-344 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 413 210_ Restaurante «A Regata» – AlpalhãoEstrada Nacional 18 _ 6050-029 AlpalhãoTelf: 245 742 162_ Restaurante «Flor do Alentejo» – <strong>Nisa</strong>Estrada das Amoreiras, 12 _ 6050-385 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 429 228_ Restaurante «O Alpalhoense»Largo Dr. Alves da Costa, 1 _ 6050-047 AlpalhãoTelf: 245 742 144_ Restaurante «Café Novo» – ArneiroRua Nova, 3 _ 6050-452 SantanaTelf: 245 469 140_ Restaurante «Paraíso Alentejano» – <strong>Nisa</strong>Praça da República, 24 _ 6050-350 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 413 545_ Restaurante «Três Marias»Praça da República,6_r/c _ 6050-350 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 413 741_ Café Central – Pizzaria/HamburgueriaRua Júlio Basso, 37/39 _ 6050-315 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 412 354_ Bico Fino –HamburgueriaRua Dr. Manuel <strong>de</strong> Arriaga, 1 _ 6050-386 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 429 205_ __ARTESANATO_ Olaria António PequitoRua 25 <strong>de</strong> Abril, 72 _ 6050-343 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 412 182_ Olaria Antónia CaritaEstrada <strong>de</strong> Montalvão, 52 _ 6050-326 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 412 673_ Olaria António LouroRua Sidónio Pais, 36 _ 6050-327 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 412 826 _ Loja: 245 413 281_ Grupo <strong>de</strong> Alinhava<strong>dos</strong> <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>Rua da Hidro-Eléctrica Alto Alentejo, 16 _ 6050-320 <strong>Nisa</strong>Telem: 962 450 220 // 965 216 284_ Centro <strong>de</strong> Artesanato <strong>de</strong> <strong>Nisa</strong>Rua Júlio Basso, 45 _ 6050-315 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 412 465_ __PRODUTOS TRADICIONAIS_ Salsicharia Maria José CanilhasLargo da Devesa _ 6050-030 AlpalhãoTelf: 245 742 186_ Salsicharia AlpalhoenseEstrada <strong>de</strong> Castelo <strong>de</strong> Vi<strong>de</strong> _ 6050-019 AlpalhãoTelf: 245 742 604_ Salsicharia Tradicional Bé & Filhas, Lda.Rua do Castelo, 4 _ 6050-031 AlpalhãoTelf: 245 742 315_ Salsicharia Maria José <strong>de</strong> JesusRua <strong>de</strong> São Pedro, 45/47 _ 6050-509 TolosaTelf: 245 798 215_ Salsicharia CrisméliaRua da Catraia, 5/7 _ 6050-523 TolosaTelf: 245 799008_ Queijaria Brígida Maria BispoRua <strong>de</strong> S. João, 4 _ 6050-474 Monte ClaraTelf: 245 469128_ Carloto & Carloto — QueijosRua <strong>de</strong> S. José, Lt. 17 _ 6050-519TolosaTelf: 245 798105_ Belqueijo Lacticínios Lda.Rua do Chabouco, 27 _ 6050-503 TolosaTelf: 245 798167_ Maria Lucinda Semedo Dias — QueijosRua Alexandre Herculano, 65 _ 6050-346 <strong>Nisa</strong>Telf: 245 412176_ Queijos FortunatoRua Da Lúcia Maria Azevedo Enes D’Oliveira, 9 _ 6050-540TolosaTelf: 245 798211_ Sotonisa — QueijosTapada do Vale Bento _ 6050-524TolosaTelf: 245 798185


Ruínas da igreja <strong>de</strong> Vila Flor _ PR 1 _ Trilhos das Jans<strong>Nisa</strong> oferece ao visitante uma viagem fantástica pela natureza, o património, acultura e a alma das gentes da região.Percurso pe<strong>de</strong>stre registado ehomologado pela:MINISTERIODE HACIENDAFundo Europeu <strong>de</strong>Desenvolvimento RegionalINTERREG III A PORTUGAL ESPANHADirecção Geral doDesenvolvimento RegionalAutorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> PagamentoDirección Gral. <strong>de</strong> Fon<strong>dos</strong>Comunitarios y Financiación TerritorialAutorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pagamento

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!