12.07.2015 Views

O Brasil Privatizado II (em PDF)

O Brasil Privatizado II (em PDF)

O Brasil Privatizado II (em PDF)

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

s<strong>em</strong> saída” pela política de terra arrasada a que se deu o nomede Plano Real.S<strong>em</strong> futuroHá cinco anos, as multinacionais instaladas no país r<strong>em</strong>etiamde 600 a 700 milhões de doláres, como lucros e dividendos, parasuas matrizes. Por ano. No mês passado, essas mesmas r<strong>em</strong>essaschegaram aos 580 milhões de doláres, isto é, <strong>em</strong> um único mês,tanto quanto se mandava para o exterior <strong>em</strong> um ano. Resultado:as r<strong>em</strong>essas chegam hoje aos 6 bilhões ou 7 bilhões de doláresanuais, ou dez vezes mais que a cifra de épocas recentes. Um saltoequivalente, de dez vezes, aconteceu com as r<strong>em</strong>essas de dólarespara pagar a “tecnologia” comprada pelas multinacionais, quepassaram dos 160 milhões para 1,7 bilhão de doláres por ano.Todos esses “rombos”, note-se, somente dev<strong>em</strong> crescer nos próximosanos, já que mal começou, por ex<strong>em</strong>plo, a r<strong>em</strong>essa de lucrosdas múltis que compraram as estatais do setor de energia elétricaou telefonia...E já que a recessão reduziu por ora os lucros das múltis quecompraram as Dakos, as redes de supermercados, as pequenasfábricas de rações, de salsichas e outros produtos altamente sofisticadoscomo esses... Enquanto economistas e líderes <strong>em</strong>presariaismergulhavam no falso debate <strong>em</strong> torno da “âncora cambial ede juros”, um fenômeno permanente, a desnacionalização – e oconseqüente estrangulamento cambial –, avançava tragicamente,afundando o país <strong>em</strong> probl<strong>em</strong>as insolúveis. É essa questão quea sociedade, lideranças políticas e <strong>em</strong>presariais precisam discutircom urgência.De mãos atadasAs r<strong>em</strong>essas de dólares, como visto, explod<strong>em</strong>. As importaçõesnão ca<strong>em</strong>, por causa das múltis que compram até as peças defogões populares. As exportações não sob<strong>em</strong>, exatamente porqueas matrizes das multinacionais determinam qual a filial, deAloysio Biondi 16

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!