12.07.2015 Views

Revista - CREA-Pa

Revista - CREA-Pa

Revista - CREA-Pa

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

São muitos os projetos que prometemdesafogar o trânsito no horário do rush,principalmente no calcanhar de Aquilesda Avenida Almirante Barroso. E no meiodisso tudo os mais penalizados são osmilhares de cidadãos que dependem dotransporte público em Belém que, alémdo infortúnio dos engarrafamentos aindaconvivem com ônibus sujos, prestadoresde serviços despreparados e insegurançapela ausência ou ineficácia da sinalização.Qual a saída, mesmo a longo prazo? Qualo papel de cada um? E a parcela de culpado cidadão comum ao desobedecer as leisde trânsito?<strong>Pa</strong>ra Maysa Tobias, superintendenteda Amub - Autarquia de MobilidadeUrbana de Belém (antiga CTBel) –, oimportante é pontuar as linhas de açõesda atual administração municipal. “Temosmuito o que fazer, prefiro falar sobrenossos principais projetos para começar otrabalho. Vamos priorizar a sinalização dacidade, em especial nos pontos mais críticoscomo cruzamentos movimentadosou em frente a escolas”, destaca Maysa aoressaltar que irá iniciar um trabalho juntoàs escolas municipais que são polos geradoresde tráfego. Ela diz ainda que umadas ações prevê a fiscalização, inclusivecom investimento na fiscalização eletrônica,mais moderna. “Além disso, faremosa implantação do Plano de MobilidadeUrbana, com medidas efetivas na área desegurança de trânsito”, informa.Sobre os gargalos do trânsito nacapital, a exemplo dos congestionamentose falta de sinalização em algumasvias importantes, Maysa Tobias diz quecongestionamento não é um problemalocal, mas sistêmico. “É uma realidadeem todos os grandes centros. Medidascomo o BRT servem exatamente paraamenizar este problema. Já a falta desinalização é resolvida com projetosde sinalização de pontos mais críticos,mas só funciona se houver a conscientizaçãodo condutor no respeito àsregras previstas pelo Código de TrânsitoBrasileiro e o respeito à vida”, ressalta.Atualmente a frota de ônibus na RegiãoMetropolitana de Belém é de 1953 veículos,sendo 1371 somente em Belém.O tão discutido e polêmico BRTmerece atenção especial da autarquia:“o projeto precisa ser todo repensado ereplanejado, porque foi construído deforma equivocada. Temos que retomar asnegociações de financiamento que forammal direcionadas e temos que consertaro passado para que possamos atenderaos requisitos técnicos exigidos pelosórgãos financiadores”, esclarece Maysa aoressaltar que a Amub só poderá tocar oprojeto se tiver financiamento e, para isso,precisam estar adequados. “O tempo paraa retomada da obra é o tempo necessáriopara fazer todas essas readequações emuitas dessas medidas são de alçada metropolitana,o que demanda uma uniãode mais órgãos envolvidos para resolver oproblema”, explica.Educação no trânsito é o primeiro passoA superintendente da Amub afirmaque está sendo finalizado projeto paramanter um trabalho de educação notrânsito intensivo junto às escolas, associaçõese comunidades, estabelecendoparcerias para garantir a obediência àsinalização de trânsito. “O respeito àsregras só vem com educação”.A respeito das críticas de que aentidade é uma fábrica de multa, Maysalembra que a multa vem de um comportamentoinadequado. “<strong>Pa</strong>ra vivermosem sociedade é preciso respeitar asregras estabelecidas ou responder porelas quando as descumprimos. Se hámulta é porque as pessoas estão erradas.Uma cidade é uma ‘indústria de multas’em consequência de ser uma cidade demotoristas infratores”, rebate a titular daAmub ao destacar que existem aspectospara melhorar essa situação, a exemploda intensificação das ações educativas.“Já estamos trabalhando para colocarestas ações em prática. Mesmo assim,isso não acabará com as multas. Multaré a instância extrema, mas ao deixarde fazê-lo estaríamos descumprindo asexigências da lei”, esclarece.Ela ressalta também que semáforoé um instrumento que exige critériosde instalação e a Amub não tem comodefinir onde serão instalados sem umestudo sobre a sinalização da cidadecomo um todo, o que, segundo ela, jáestá sendo feito. “O semáforo sozinhonão vai resolver problemas de comportamento.Caso contrário não teríamostantos acidentes em vias onde há sinalização.O semáforo está ali e a pessoavai continuar atravessando fora dafaixa, ou o condutor avançando o sinal.Sua implantação é uma das soluções,mas não vai resolver problemas de maucomportamento no trânsito. <strong>Pa</strong>ra isso épreciso educação”, enfatiza.FOTO: CRISTINO MARTINS/AG. PARÁAltamira no olho do furacãoO município de Altamira, o maior emextensão territorial do mundo, vive umboom com a construção da hidrelétricade Belo Monte. A população passou de 99mil habitantes, em 2010, para algo entre143 e 148 mil pessoas em 2012 por contada instalação do canteiro de obras dahidrelétrica. Esse inchaço, claro, incidiudiretamente na vida de seus habitantes,sendo o trânsito atingido bruscamentepelas mudanças.O município vê aumentando a cadadia o número de moradores e, por consequência,pedestres, motoristas, automóveise tudo mais que envolve trânsito etransporte urbano. Segundo o secretáriode Viação, Obras e Infraestrutura – SEO-VI, Pedro Barbosa, por terem assumido ogoverno municipal há somente dois meses,ainda estão em processo de organizaçãoe levantamento de dados em todas asáreas, inclusive as de trânsito e transporte.“Alguns projetos se encontram em fasede implantação, com aspectos iniciais,analisando os problemas, as necessidades,a viabilidade, a regularização, pois omunicípio não se preparou para recebero dobro de seus moradores e o dobro detodos os problemas ocasionados por essefenômeno”, disse Pedro, que atua em parceriacom a Secretaria de Planejamento eo Departamento Municipal de Trânsito– Demutran.No entanto, todos são unânimes emafirmar que há projetos em todas as instânciasda área de transporte urbano e detrânsito e que todos serão atendidos apósanálise de cada caso. “É intenção trabalharo transporte público com linha de ônibusurbano e da zona rural, regularização devans e mototáxis e projetos de educaçãono trânsito”.O secretário fala ainda em possíveisparcerias com os governos estadual efederal, assim como empresas privadaspara viabilizar a construção de estradas,pontes, duplicação de vias, sinalização,entre outras necessidades.Ausência de sistema transporte públicoAltamira não possui sistema detransporte público coletivo e nem frotade ônibus privada que atenda a comunidade.O que existe são alguns veículosque atendem ao transporte escolare programas do governo, algo em tornode 20 veículos e uma frota própria daNorte Energia – Consórcio Construtorde Belo Monte. Existe tramitando naCâmara Municipal um projeto para acriação de frota coletiva para atender apopulação, mas até agora ainda está emfase de discussão.No entanto o que não falta nacidade são os mototaxistas que atuamem três cooperativas organizadas elegalizadas que mantém cerca de 480motocicletas para atender a populaçãourbana e rural. Muito pouco parauma cidade que vem passando poralterações estruturais significativas nosúltimos anos.<strong>Revista</strong>16 PA<strong>Revista</strong>PA17

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!