literatura mundial. Granulado, sinter e pelota constituem, então, os elementosbásicos para alimentação dos reatores <strong>de</strong> redução si<strong>de</strong>rúrgicos, na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>produção <strong>de</strong> aço, segundo as 2 rotas consolidadas em escala global:Alto Forno (AF) – Conversor a Oxigênio (BOF) eRedução Direta (RD) – Forno Elétrico a Arco (FEA)Enquanto na primeira o ferro primário é obtido na forma líquida no alto-forno, paraalimentação do BOF, na segunda, o ferro é gerado em estado sólido nos reatores <strong>de</strong>redução direta, para carga do FEA. Essas particularida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>ntre outras, sãofundamentais na <strong>de</strong>finição das cargas metálicas <strong>de</strong>sses reatores, <strong>de</strong> forma que namineração são tomados todos os cuidados para que os produtos <strong>de</strong> minério <strong>de</strong> ferrotenham performance a<strong>de</strong>quada nesses reatores si<strong>de</strong>rúrgicos. De maneira geral, ascargas metálicas típicas dos altos-fornos e reatores <strong>de</strong> redução direta são:REATORCARGA TÍPICA (Tamanho)ALTO-FORNOGranulado, Sinter (4 a 50 mm), Pelota (8 a 18 mm)REDUÇÃO DIRETAGranulado, Pelota (8 a 18 mm)Diferentes minérios <strong>de</strong> ferro, <strong>de</strong>vido às variadas gêneses, apresentam proprieda<strong>de</strong>stotalmente distintas e, em conseqüência, com<strong>por</strong>tamentos muito variados, não sónas operações <strong>de</strong> lavra e beneficiamento, como também nos reatores dosprocessos si<strong>de</strong>rúrgicos. Essa evidência da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, própria dos minérios <strong>de</strong> ferroe sua diversida<strong>de</strong>, clama <strong>por</strong> avanços na área <strong>de</strong> geometalurgia (2) , <strong>de</strong> forma aotimizar a performance dos minérios nos processos mínero-si<strong>de</strong>rúrgicos. Damesma forma, aglomerados como as pelotas apresentam características eperformance na redução, também, muito particulares e variadas, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo dotipo <strong>de</strong> pellet feed, fun<strong>de</strong>ntes, grau <strong>de</strong> moagem, etc., utilizados na sua fabricação.Dentro <strong>de</strong>ssas constatações e evidências <strong>de</strong> que os minérios <strong>de</strong> ferro e as pelotastêm i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> própria, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> sua gênese e outros fatores, não seriaconcebível aventar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que esses materiais pu<strong>de</strong>ssem serclassificados como uma “Commodity”. As Figuras 2 (3) e 3 (1) elucidam com bastanteclareza como os minérios <strong>de</strong> ferro têm proprieda<strong>de</strong>s e performances que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m<strong>de</strong> sua natureza. Na Figura 2, há uma gran<strong>de</strong> diferença <strong>de</strong> moabilida<strong>de</strong> entre finos<strong>de</strong> procedências diversas, significando com<strong>por</strong>tamentos muito distintos em11
operações <strong>de</strong> moagem, intensivas em consumo <strong>de</strong> energia e <strong>de</strong> alto custooperacional. Por outro lado, a Figura 3 mostra como os aspectos estruturais dosminérios finos, função <strong>de</strong> sua gênese, impactam as operações <strong>de</strong> sinterização e aqualida<strong>de</strong> do sinter, influenciando parâmetros <strong>de</strong> performance, tais como:produtivida<strong>de</strong>, consumo <strong>de</strong> combustível, resistência do sinter, RDI, etc. Em suma,cada tipo <strong>de</strong> minério <strong>de</strong> ferro tem o seu valor <strong>de</strong> uso na si<strong>de</strong>rurgia (“value in use”)conhecido ou ainda a <strong>de</strong>finir, cabendo à geometalurgia um papel relevante nessacaracterização individual.Figura 2 - Variação da moabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diferentes minérios <strong>de</strong> ferro (3)Figura 3 – Influência da estrutura <strong>de</strong> diferentes finos <strong>de</strong> minério <strong>de</strong> ferrona sinterização (performance operacional e qualida<strong>de</strong> do sinter ) ( 1 )12