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Minério de Ferro e Pelotas, por José Murilo Mourão, 2129KB ... - ABM

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Capítulo 3 – ASPECTOS DA PRODUÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO E PELOTASAs Figuras 4 e 5 mostram dados da produção <strong>de</strong> minério <strong>de</strong> ferro e pelotas. Foramconsi<strong>de</strong>rados, também, aqueles referentes ao aço e ao ferro primário (gusa +DRI/HBI), <strong>de</strong>vido à sua relação direta com a produção <strong>de</strong> minério. As ex<strong>por</strong>taçõesbrasileiras <strong>de</strong> minério foram <strong>de</strong>stacadas, junto com a produção, como forma <strong>de</strong>avaliar o peso e im<strong>por</strong>tância do mercado externo para a mineração brasileira. Osnúmeros que expressam os volumes <strong>de</strong> minério na estatística mundial, <strong>por</strong>convenção, incluem aqueles correspon<strong>de</strong>ntes às pelotas.As indústrias si<strong>de</strong>rúrgicas e <strong>de</strong> mineração <strong>de</strong> ferro encontravam-se num períododifícil e <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rada expansão, entre 1998 a 2001, resultado <strong>de</strong> várias incertezas eafetadas seriamente pela crise financeira da Ásia. As produções mundiais <strong>de</strong>minério <strong>de</strong> ferro e aço atingiam o patamar <strong>de</strong> 1 bilhão e 800 milhões <strong>de</strong> toneladas,respectivamente. A partir <strong>de</strong> 2002, a China faria o mundo extasiar-se, frente àmaior arrancada na produção <strong>de</strong> aço <strong>de</strong> todos os tempos, saindo <strong>de</strong> um nível <strong>de</strong>produção <strong>de</strong> aço bruto <strong>de</strong> 151 milhões <strong>de</strong> toneladas em 2001, para atingir aespetacular marca <strong>de</strong> 488 milhões <strong>de</strong> toneladas, em 2007. Ou seja, em 6 anos, umcrescimento absoluto <strong>de</strong> 337 milhões <strong>de</strong> toneladas (+ 56 milhões <strong>de</strong> toneladas /ano), ou relativo <strong>de</strong> 223%. Consi<strong>de</strong>rando-se o fato <strong>de</strong> que essa expansão chinesase <strong>de</strong>u fundamentalmente na rota Alto forno – BOF, e que seus recursos emminério <strong>de</strong> ferro eram <strong>de</strong> baixo teor, ocorreu um forte impacto na im<strong>por</strong>tação <strong>de</strong>ssamatéria-prima, o que impulsionou com vigor acentuado a mineração <strong>de</strong> ferro, emtodo o mundo. O Brasil, com a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu minério, tem aproveitado <strong>de</strong>ssaexpansão vertiginosa do mercado, com crescimento <strong>de</strong> suas ex<strong>por</strong>tações, <strong>de</strong> 156milhões <strong>de</strong> toneladas, em 2001, para 269 milhões <strong>de</strong> toneladas, em 2007. Umaumento absoluto <strong>de</strong> 113 milhões <strong>de</strong> toneladas, ou relativo <strong>de</strong> 72%. Para fazerfrente ao seu projeto aço, a China foi obrigada a expandir, tambémsignificativamente, a produção <strong>de</strong> minério, lavrando com teores <strong>de</strong>crescentes emferro. Em 2001, o teor lavrado era da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 38 a 40% e, em 2007, caiu para 30a 32% ( 12 ) . Ou seja, volumes crescentes, ano-a-ano, na lavra e com conteúdo <strong>de</strong>ferro em queda. Essa baixa qualida<strong>de</strong> da produção <strong>de</strong> minério <strong>de</strong> ferro chinesajustifica a inflexão mais acentuada da curva <strong>de</strong> produção mundial, da Figura 4(consi<strong>de</strong>rados os dados oficiais do governo Chinês).A produção mundial <strong>de</strong> pelotas também está crescendo. Avançou <strong>de</strong> 235 milhões<strong>de</strong> toneladas, em 2001, para cerca <strong>de</strong> 370 milhões <strong>de</strong> toneladas, em 2007. Umcrescimento absoluto <strong>de</strong> 135 milhões <strong>de</strong> toneladas, ou relativo <strong>de</strong> 57%. Éim<strong>por</strong>tante <strong>de</strong>stacar que a maior parcela <strong>de</strong>ssa produção é consumida <strong>de</strong> formacativa, nos países ou nas regiões on<strong>de</strong> se realiza. Assim, pouco mais <strong>de</strong> um quarto22

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