Minério de Ferro e Pelotas, por José Murilo Mourão, 2129KB ... - ABM

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a tendência é de aumentar o uso de pelotas na carga dos seus altos-fornos, sejapara aumento de produtividade e performance ou pelo fato da degradação dequalidade e escassez futura de granulados. O consumo de minério tipo pellet feednas usinas de pelotização não merece maior destaque, haja vista que os produtoresbrasileiros de pelotas encontram solução dentro de seus grupos econômicos, nãohavendo demanda direta no mercado aberto.Nos últimos anos, os consumos efetivos (7,13) de minério de ferro e pelotas nasiderurgia brasileira têm sido os seguintes (valores em milhões de toneladas porano):DESCRIÇÃO 2004 2005 2006Minério de ferro (finos + lump) 55,7 52,6 50,4Pelotas 3,2 4,9 4,8Segundo o Tex Report (22) , a siderurgia brasileira deverá crescer nos próximos anosem razão da expansão marginal da capacidade das usinas e, também, de instalaçãode novas unidades produtoras. O mercado registra os seguintes novos projetos, oque irá aumentar a demanda de minério e pelotas no mercado interno:PROJETOESTADOCAPACIDADE(t x 10 6 )Cia. Siderúrgica de Vitória –CSVCia. Siderúrgica do Atlântico –CSAEspírito Santo 5,0Rio de Janeiro 5,0Expansão USIMINAS-COSIPAMinas Gerais/ SãoPaulo3,0Cia. Siderúrgica do Ceará –CSCCeará 2,5Com a implantação desses projetos, a capacidade de produção de aço brutabrasileira — atualmente 37,1 milhões de toneladas por ano (23) — deverá ultrapassara marca de 50 milhões de toneladas por ano, até 2012. Com isso, haverá, umademanda adicional de minérios e pelotas da ordem de 20 milhões de toneladas porano (não há informação do quanto a Usiminas usará de minério próprio da minaJ.Mendes, recém adquirida).39
Esses novos projetos, principalmente o CSV, CSA e CSC deverão demandar maiorproporção de pelotas, na carga dos reatores de redução. Estimativas preliminaresindicam uma subida potencial de consumo de pelotas para o patamar de 15 milhõesde toneladas por ano, em 2012 (1) .Para dar suporte a essa expansão da siderurgia nacional , assim como atender aocrescente mercado externo, as mineradoras brasileiras têm um ambicioso plano deinvestimentos. Novas empresas têm empreendido um grande trabalho, visando àcaracterização de reservas e definição de rotas de tratamento para os minérios. Osnovos projetos serão implantados, seja para aumento marginal de capacidade deinstalações existentes (brownfield) ou em caráter pioneiro (greenfield). De acordocom o que está anunciado (15) , merecem destaques os planos da Vale (novo SerraSul, na região de Carajás – PA, com capacidade de 90 milhões de toneladas por anoe 10 bilhões de dólares americanos de investimento), da CSN (com grandeexpansão da mineração Casa de Pedra), e da MMX – Minas Rio ( contemplandomineroduto e planta de pelotização). Entre 2008 e 2012, a produção Brasileira deminério de ferro e pelotas deverá evoluir na forma mostrada no Quadro 4.Esse planejamento de investimento mostra o quanto o Brasil está comprometidocom o mercado de minério de ferro, seja interno ou externo. É digno de nota ogrande salto da Vale, que, em 4 anos, agregará ao seu parque de produção acapacidade anual de 125 milhões de toneladas. Destacam-se, também, osprogramas da CSN, MMX e Mhag. Parte desse minério será deslocada para aprodução de pelotas, cujos investimentos das empresas brasileiras, para aumentode capacidade até 2012, serão muito significativos e foram discutidos em capítuloanterior.Quadro 4 - Projeção da evolução da produção de minério de ferro (t x 10 6 )EMPRESA 2008 2009 2010 2011 2012Vale 325 360 400 422 450CSN 29 50 65 65 82MMX 12 22 39 46 46Mhag 1 4 10 10 30MCR - Rio Tinto 2 5 8 8 9Mineração2 2 2 2 6J.MendesV&M Mineração 3 4 4 4 4London Mining 1 3 3 3 5TOTAL 375 450 531 560 63240
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