Mensagem final da 17ª assembleia Geral da Conferência ... - CPAL

Mensagem final da 17ª assembleia Geral da Conferência dos Provinciais jesuítasda América Latina"atuar como um corpo universal com uma missão universal"(CG 35, d. 2, n.20)A todos nossos companheiros jesuítas e amigos:Com nossa cordial saudação queremos comunicar-lhes que, de terça-feira 23 a sábado27 de setembro, reunimo-nos na casa de retiros "Laura Vicuña", em Manaus (Brasil),para celebrar a 17ª Assembléia Geral da CPAL.Neste evento, a presença do P. Geral, Adolfo Nicolás, animou nossos trabalhos e nosajudou a olhar a agenda da Assembléia a partir de sua compreensão da CG 35. Ocontato próximo e fraterno com ele em todo momento, assim como suas intervenções,deram a esta Assembléia uma riqueza humana, espiritual e apostólica particular.Como em outras assembléias, tivemos a presença do P. Marcos Recolons, assistente doP. General para a América Latina Meridional. O P. Valentín Menéndez, assistente paraa América Latina Setentrional, não esteve presente por estar a ponto de entregar suamissão. Permanecendo em Roma, foi nomeado Vigário até a volta do P. Geral. O P.Gabriel Ignacio Rodríguez, que está perto de entregar seu cargo de Provincial (COL),também participou da reunião. Pela primeira vez contamos com a presença dos PP.Peter Mc Isaac, superior regional da Jamaica e Christopher Planos, seu sócio; do P.Dermot Preston, superior regional da Guyana. Também estiveram presentes os PP.Daniel Leblond, provincial do Canadá Francês, Miller Lamothe, seu delegado deFormação no Haiti, e Malcolm Rodrigues da região da Guyana, que já participaram deoutras assembléias. Devido a dificuldades para obter seu visto de ingresso no Brasil, nãopôde nos acompanhar o P. Jorge Ambert (PRI).A Assembléia contou com a presença de 6 novos provinciais: Carlos Morfín (MEX),Eugenio Valenzuela (CHL), Fernando Polanco (ANT), Jesus M. Sariego (CAM), RenéCardozo (BOL) e Francisco José do Roux (COL).Foram três os grandes objetivos da 17ª assembléia: primeiro, trocar informação sobrecomo se vem realizando a "recepção" da CG 35 e sobre as eventuais tarefas que sepodem levantar a partir dela; segundo, a elaboração de uma agenda que permitaformular um plano apostólico comum que tome em conta os desafios da região à luz daCG 35; e, terceiro, avançar no discernimento que a CPAL vinha realizando há váriosanos sobre os centros e casas interprovinciais de formação da América Latina para aetapa da Teologia.Quanto à recepção da CG, constatou-se que está sendo muito boa, pelo fato que osmembros da Congregação, além de comunicar os textos dos documentos, conseguiramtransmitir a graça e a experiência espiritual que viveram ali. Em todas as províncias senota o desejo de participar do dinamismo que o Espírito suscitou para a Companhiadurante a Congregação. A "recepção" da CG será possível se houver abertura ao

Espírito ali oferecido à Companhia para renová-la no impulso e no ardor para a missão,de modo que sejamos "fogo capaz de acender outros fogos", como se disse de SãoAlberto Hurtado.No que se relaciona com o planejamento apostólico para as províncias da AméricaLatina, estabeleceram-se agendas claras, simples e inspiradoras que permitirão à equipecentral da CPAL, com a devida assessoria técnica, oferecer na próxima Assembléia umaproposta de planejamento que envolva as Províncias e atenda aos desafios apostólicasque enfrenta nossa missão no continente.Questão decisiva desta assembléia foi o discernimento sobre quantos e quais seriam oscentros e casas interprovinciais de formação em Teologia. A experiência vivida na CG35 e a vontade, em todos, de tomar uma decisão que potencialize nossos recursos etalentos para alcançar maior qualidade na formação acadêmica e religiosa, fortalecerama dinâmica que guiou o discernimento. O intercâmbio sereno, a sinceridade dasintervenções e a escuta mútua foram características no processo. Guiada pelo P.Benjamim González Buelta, a Assembléia deu os passos convenientes para amadurecerespiritualmente uma decisão que não se apresentava fácil. A um primeiro tempodedicado a esclarecer a informação seguiram-se momentos de oração pessoal e espaçospara compartilhar as moções em torno dos pontos que deviam ser definidos.O discernimento conduziu à eleição de 3 centros: as Faculdades Jesuítas de Filosofia eTeologia, em Belo Horizonte, Brasil; a Faculdade de Teologia da Universidade Católicado Santiago do Chile e a Faculdade de Teologia da Universidade Javeriana de Bogotá,na Colômbia. O presidente da Conferência, P. Ernesto Cavassa, em nome daAssembléia, entregou ao P. General o resultado do discernimento. O P. Nicolásexaminará o tema com seus Conselheiros em Roma, tomará uma decisão a respeito efará as considerações que julgue oportunas. Caso a escolha destes Centros for aprovadapelo P. Geral, iniciarão suas atividades em 2010.Além disso, a Assembléia estabeleceu um roteiro para definir pontos chaves naimplementação adequada dos centros e das casas interprovinciais de formação: o planode formação que os orientará; os estatutos que permitirão seu governo; o plano decolaboração com formadores e professores por parte das províncias; o modo definanciamento; uma proposta de relação com as instituições acadêmicas escolhidas, deacordo com seus vínculos com a Companhia e um cronograma para executar estastarefas e o início dos centros. Deste modo, deu-se um passo decisivo que abre uma novaetapa para a CPAL, ao tomar uma decisão que terá influência significativa na vida dasProvíncias.No decurso da Assembléia, foram eleitos membros do Conselho da CPAL os PP. JesusM. Sariego (CAM) e Carlos Morfin (MEX), em substituição de Juan Luis Orozco e deGabriel Ignacio Rodriguez.Nosso agradecimento sincero ao Superior da Região da Amazônia, o P. RobertoJaramillo e aos jesuítas do lugar, que se esmeraram para acolher generosamente estaAssembléia e para nos atender até nos menores detalhes. Menção especial merece aapresentação de sua ação apostólica e dos árduos desafios que enfrentam nesta extensaregião. Agradecimento semelhante é necessário manifestar às Irmãs Salesianas,orientadoras da casa de retiros que nos acolheu e a suas colaboradoras, porque fizeram

todo o possível para que nos sentíssemos bem e tivéssemos todas as condiçõesnecessárias para um bom trabalho.E, finalmente, bem vale apena agradecer, também, aos que nos acompanharam com aoração ao longo destes dias. Estamos convencidos de que essa união espiritual nosajudou a pôr-nos em sintonia com a vontade de Deus Pai.Manaus, Brasil, 27 de setembro de 2008.Aniversário da aprovação da Fórmula da Companhia em 1540.