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2008 - Volume 32 No 2 e 3 - sbmet

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Boletim SBMET ago.-dez. <strong>2008</strong>maneira uniforme. Na melhor das hipóteses, os elementossão representados por funções densidade de probabilidade(PDF), que não descrevem o movimento explicitamente,mas fornecem matematicamente uma representaçãoaproximada da movimentação existente nas cidades, ociclo diurno da atividade urbana. Como exemplo destetipo de representação, a Figura 1 apresenta a aproximaçãorealizada no modelo de mesoescala RAMS (Pielke etal., 1992; Cotton et al., 2003) que, após modificaçõesrealizadas para a representação de centros urbanos(Masson, 2000; Rozzof, 2002; Freitas, 2003; Freitas e SilvaDias, 2005; Freitas et al., 2007) e para a representação deprocessos fotoquímicos (Freitas et al., 2005), é utilizadopara a previsão de tempo e de concentração de poluentesna Região Metropolitana de São Paulo. A Figura 1 mostrauma aproximação para a representação dos fluxos decalor sensível na Região Metropolitana de São Paulo(RMSP). <strong>No</strong> caso, são utilizadas duas distribuiçõesgaussianas para representar os dois horários de máximacirculação de veículos na cidade (horários de Rush). Omesmo tipo de abordagem é utilizado para representar asemissões de poluentes realizadas pelos mesmos veículos.Neste tipo de aproximação, não se sabe exatamente ondeum veículo se encontra, mas assume-se que existe umaprobabilidade que o mesmo esteja em algum ponto dacidade. Para isso, é preciso definir ou identificar os locaisde maior probabilidade de circulação desses veículos, oque constitui outra dificuldade na representação corretadas áreas urbanas em modelos.Figura 1: Tipo de PDF aplicada na representação de atividadesveiculares em áreas urbanas.Fonte: Baseado em Freitas et al. (2007).Em geral, a definição das áreas urbanas emmodelos atmosféricos é feita através da utilização deinformações derivadas de satélites ambientais, quemedem a quantidade de energia radiante emitida ourefletida pelas diferentes superfícies da Terra (vegetaçãonatural, plantações, corpos d’água, solo nu, construçõesde diversos portes, entre outros). Em alguns casos, adeterminação dessas áreas apresenta alguma confusão,pois, dependendo da escala (resolução espacial dasimagens disponíveis), é difícil diferenciar áreas desolo nu de áreas urbanizadas, pois estes dois tiposde uso do solo podem emitir quantidades de energiamuito semelhantes. Dependendo da resolução daimagem, outros aspectos da superfície também podemser confundidos, não havendo a possibilidade de umaboa representação. Boa parte da dificuldade surgeda impossibilidade da representação em resoluçãocompatível. Por exemplo, arquivos globais sobre ouso e classificação do tipo de solo, são fornecidoscom resolução aproximada de 1 km. Nesta resolução émuito difícil, ou mesmo impossível, definir de maneiraadequada as características da superfície. Para ilustrareste fato, na Figura 2 são apresentadas uma imagemcomposta das bandas 3, 4 e 5 do satélite Landsat-5 sobrea RMSP numa resolução espacial de 30 m (Figura 2 a) euma classificação do uso do solo fornecida pelo UnitedStates Geological Survey (USGS), em sua versão 2, emuma resolução de aproximadamente 1 km (Figura 2b). Embora possam ser verificados diferentes aspectosda área urbana na imagem da Figura 2a, o resultadoda classificação do USGS mostra apenas uma grandemancha urbana (região em vermelho no centro da figura),não havendo nenhum tipo de distinção entre áreasresidenciais, industriais, comerciais ou mistas, existenteem grandes regiões urbanas como a RMSP. Neste caso,mesmo que um modelo atmosférico ou de qualidade doar fosse capaz de representar os diferentes aspectos daárea urbana em questão (isto é, possuísse um tratamentofísico para tal representação em suas equações), baseadona classificação do uso do solo apresentada, apenas umtipo de área urbana seria identificado, o que poderiaresultar em emissões de calor e poluentes totalmentediferentes daquelas observadas na região.Como um exemplo, uma verificação maisdetalhada na região urbana apresentada (maiorresolução), mostra que dentro da área da Figura 2bsão possíveis diversos tipos de superfície, que não20

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