13.07.2015 Views

2008 - Volume 32 No 2 e 3 - sbmet

2008 - Volume 32 No 2 e 3 - sbmet

2008 - Volume 32 No 2 e 3 - sbmet

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Boletim SBMET ago.-dez. <strong>2008</strong>Na Figura 3a, verifica-se uma regiãopredominantemente vegetada, com alguns corposd´água e uma pequena porção urbanizada no cantosuperior esquerdo. Nesta região, não é esperadogrande aquecimento do ar, pois o alto teor deumidade da superfície reduz o aquecimento (maiorfluxo de calor latente). Na Figura 3b, verifica-se umaárea altamente urbanizada, predominantemente comresidências de pequeno porte e pouco espaçamentoentre as mesmas. Nesta região, a contribuição para osfluxos de calor deve-se, em grande parte, à atividadedoméstica e alguma interação com a radiação solarincidente (absorção e pequeno aprisionamentoentre as paredes das construções), não havendocontribuição veicular ou industrial significativa. Aquantidade de vegetação nesta área é muito pequenae não se verificam corpos d´água, o que favorece ummaior aquecimento do ar na região (maior fluxo decalor sensível). Na Figura 3c, verifica-se uma regiãopredominantemente ocupada por corpos d´água (riosTietê e Pinheiros) e algumas das principais vias detráfego da RMSP (entroncamento entre as marginaisTietê e Pinheiros e Rodovia Castelo Branco). Emboraexistam poucas edificações, a contribuição aos fluxosde calor antropogênico são muito intensas, em virtudeda alta circulação de veículos leves e pesados. <strong>No</strong>shorários de maior circulação de veículos na RMSP,são observados grandes congestionamentos nestaregião. Além disso, em dias de alta incidência deradiação solar, são esperadas contribuições tantona forma de calor sensível como na forma de calorlatente. Além das fontes de calor, fica evidente agrande contribuição em termos de emissões depoluentes de origem veicular nesta área. Finalmente,na Figura 3d verifica-se uma área altamente urbanizada,assim como na Figura 3b. Porém, nesta região sãoencontradas edificações de grande desenvolvimentovertical (edifícios em sua maioria) e vias mais largas,possibilitando a configuração do tipo “canion urbano”,geralmente citada na literatura especializada (Oke,1988; Masson, 2000; Roth, 2000; Freitas, 2003). Nestaregião, além das fontes antropogênicas (veículos,atividade doméstica, comércio, etc), existe um grandeaprisionamento de energia através de reflexõesmúltiplas da radiação (em todos os comprimentos deonda) entre as paredes das construções. Ao contrário daregião apresentada em 3b, esta é uma região para ondeconverge o fluxo de veículos, sendo uma região fontede calor e poluentes. Embora não ocupe uma porçãomuito grande da área apresentada, o parque localizadono centro da imagem constitui uma contribuiçãosignificativa para a alteração dos fluxos em superfície,pois possibilita a evapotranspiração, sombreamento dasuperfície e consequente diminuição no fluxo de calorsensível (aquecimento do ar).Embora não tenham sido apresentadas todas aspossíveis heterogeneidades da área urbana, fica claroo grande erro cometido em considerar-se apenas umtipo de ocupação urbana para a representação de umacidade. Quanto maior a cidade considerada, maiorserá o problema em sua representação, pois grandescentros urbanos tendem a apresentar padrões maisheterogêneos.1.1. Alternativas para uma Melhor Representaçãodas CidadesAs dificuldades apresentadas na seção anteriorresultam em dois problemas principais para osmodelos de previsão de tempo ou qualidade do ar: 1)diferentes caracterísiticas estruturais da área urbana e;2) quantificação e localização das fontes de calor e depoluentes. A primeira está relacionada principalmentecom a forma com que a cidade interage com aradiação e com o escoamento do ar. A segunda estáligada diretamente à contribuição antropogênica parao aquecimento observado nas cidades e à emissãode poluentes. Embora a concentração de poluentestambém tenha efeito significativo sobre o balançoradiativo, este aspecto não será discutido no presentetrabalho.a) Representação da Estrutura UrbanaBoa parte do problema relacionado à representaçãoda estrutura das cidades em modelos numéricos estáligada à resolução espacial que esses modelos utilizamdurante suas integrações. Este problema tem fortedependência tecnológica, pois o aumento da resoluçãorequer uma maior capacidade computacional para queas integrações possam ser realizadas em tempo hábil.22

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!