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Boletim Oficial do Município - Peruíbe - Governo do Estado de São ...

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Ano XI, nº 332, 05 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008Órgão <strong>Oficial</strong> <strong>do</strong> <strong>Município</strong> <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong><strong>Boletim</strong> <strong>Oficial</strong> <strong>do</strong> <strong>Município</strong>Pág.1DISTRIBUIÇÃOGRATUITAP E R U Í B EEDIÇÃOW W W . P E R U I B E . S P . G O V . B R / ANO XI - Nº 332 - 05 DE SETEMBRO DE 2008EXTRAPrefeitura <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> prepara Plano <strong>de</strong> Urbanizaçãopara área <strong>do</strong> TaniguáCom objetivo <strong>de</strong> resolver os conflitos que atualmenteenvolvem a área <strong>do</strong> taniguá, a Prefeitura Municipal<strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> está trabalhan<strong>do</strong> em uma proposta <strong>de</strong>uso compartilha<strong>do</strong> entre a população indígena e ativida<strong>de</strong>seconômicas que possam trazer <strong>de</strong>senvolvimentoao município, manten<strong>do</strong> sua qualida<strong>de</strong>.A Prefeitura elaborou um Plano <strong>de</strong> Urbanizaçãopara a área, que será apresenta<strong>do</strong> para a populaçãoem audiência pública, por envolver alterações <strong>de</strong> PlanoDiretor. A inclusão das alterações propostas garantirãoa possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> promover um uso econômicosustentável para a área, que é praticamente a últimada Baixada Santista com acesso ao mar, ferrovia ero<strong>do</strong>via. Po<strong>de</strong>rão se instalar ali ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>porte, como portos, instalações da Petrobrás, Zonas<strong>de</strong> Processamento <strong>de</strong> Exportação (ZPEs), resorts ououtros empreendimentos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que tragam geração<strong>de</strong> emprego e renda com baixo impacto ambiental.Pelo Plano <strong>de</strong> Urbanização elabora<strong>do</strong> pela Prefeitura,qualquer empreendimento que quiser se instalarna área <strong>do</strong> Taniguá será obriga<strong>do</strong> a reservar áreaspara o prolongamento da Avenida Padre Anchieta atéa Estância Santa Cruz e <strong>de</strong> mais uma via <strong>de</strong> ligaçãoentre <strong>Peruíbe</strong> e Itanhaém <strong>de</strong> cada la<strong>do</strong> da ro<strong>do</strong>via,para a criação <strong>de</strong> um parque público <strong>de</strong> frente para omar, com uso livre da população e estrutura<strong>do</strong>s comequipamentos <strong>de</strong> lazer e centros culturais que promovameducação ambiental, histórica, cultural e turística<strong>de</strong> nosso município. Os centros culturais po<strong>de</strong>rão serutiliza<strong>do</strong>s como ponto <strong>de</strong> partida para roteiros guia<strong>do</strong>sda região ou nos próprios empreendimentos.Exige ainda que nas áreas públicas as lagoas produzidaspela ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mineração sejam recuperadaspelos empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>res para utilização como espaço<strong>de</strong> lazer da população e que ativida<strong>de</strong>s gera<strong>do</strong>ras<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> incômo<strong>do</strong> preservem bolsões <strong>de</strong> áreasver<strong>de</strong>s no seu entorno, afastan<strong>do</strong>-as da manchaurbana.Para discutir os impactos que cada empreendimentotrará ao município toda empresa a se instalar naárea <strong>do</strong> Taniguá <strong>de</strong>verá elaborar para a Prefeituraum Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança (EIV). Estesestu<strong>do</strong>s serão apresenta<strong>do</strong>s sempre após as audiênciaspúblicas finais <strong>do</strong> EIA-RIMA, promovidaspela Secretaria <strong>do</strong> Meio Ambiente, servirão paradiscutir quais as contrapartidas que cada empresa<strong>de</strong>verá oferecer ao município, incluin<strong>do</strong> fornecimento<strong>de</strong> infra-estrutura, construção <strong>de</strong> centrosprofissionalizantes, garantia <strong>de</strong> manutenção da ativida<strong>de</strong>turística, firmamento <strong>de</strong> parcerias para aexecução <strong>do</strong>s projetos elabora<strong>do</strong>s para a própriaárea <strong>do</strong> Taniguá além da a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> programas<strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong> indígena presenteno local.O projeto <strong>de</strong> lei que altera as diretrizes <strong>de</strong>zoneamento da área e institui este Plano <strong>de</strong> Urbanizaçãoserá apresenta<strong>do</strong> em uma audiência pública,para que a população contribua com suassugestões. Além <strong>de</strong> estar disponível neste BOM,o projeto <strong>de</strong> lei e os estu<strong>do</strong>s a ele relaciona<strong>do</strong>sestarão disponíveis para consulta no Paço Municipale no site da Prefeitura para <strong>do</strong>wnload. A Prefeituratambém fará assembléias em diferentesregiões <strong>do</strong> município para tirar as dúvidas dapopulação. Participe da elaboração <strong>de</strong>ste projetocontribuin<strong>do</strong> com suas sugestões para o<strong>de</strong>senvolvimento econômico e sustentável <strong>de</strong>nosso município.Informamos a população que haveráAssembléias Públicas para esclarecer asdúvidas da população nos seguinteslocais, sempre a partir das 18:30 horas:07/10 - EMEF Prefeito José Roberto Preto(Guaraú)09/10 - EMEF Leão Novaes08/10 - EMEF Antonio Novaes10/10 - EMEF Professora TerezinhaRodrigues Kalil13/10 - EMEF Jardim CaraminguavaAudiência PúblicaDia 17 <strong>de</strong> outubro, a partir das 18h30,no Centro <strong>de</strong> Convenções ManoelMarcon<strong>de</strong>s Sodré, situa<strong>do</strong> à Av. <strong>São</strong> João,545, Centro, <strong>Peruíbe</strong> / SP.BOM 332.pmd 105/09/2008, 18:48


Pág.2ADMINISTRAÇÃOMUNICIPALALPREFEITA MUNICIPALDRA. JULIETA FUJINAMI OMUROCHEFE DE GABINETEODAIR NEVES DO PRADOPROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIODR. CÁSSIO LUIZ MUNIZSECRETÁRIO MUNICIPALGERSON ANTÔNIO ARDACHNILZOFFSECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDEJAIME ITCHIRO UEHARASECRETÁRIO MUNICIPAL DE OBRASSÉRGIO AUGUSTO PACHELI LUSVARGHISECRETÁRIO DE GOVERNOJOSÉ FRANCISCO PIRESADMINISTRAÇÃOWALDEMAR RIBEIRO AZEVEDO LAGEAGRICULTURA E MEIO-AMBIENTEVALERIA MARIA BOTTINO VIZZOTTO STEFANIASSESSORIA EXTERNABENEDITO MARCONDES SODRÉCOMUNICAÇÃO, MARKETING E EVENTOSCELSO VERNIZZICULTURA E TURISMOJAN RIESWICKDEFESA SOCIALJURANDIR ALCANTARA CESAREDUCAÇÃOFÁTIMA FACCHINI SERRANOESPORTESPAULO YUKIO CUBOFAZENDAJOSÉ FERREIRA DE SOUZAFUNDO SOCIAL DE SOLIDARIEDADECÁTIA DOS SANTOS GALEANOPRODEPFRANCISCO PUCIO GRECCOTESOUROLÚCIO CÉZAR VAN DER HEIDJETRÂNSITOMARIA INÊS MENDES NEGRÃO VISCONTIPERUIBEPREVANDRÉ LUIZ DA SILVA MENDESCÂMARA MUNICIPALPRESIDENTEMANOEL REIS GUEDESVICE PRESIDENTEJOSÉ PEDRO GOMES DE OLIVEIRA1º SECRETÁRIOMÁRIO OMURO2º SECRETÁRIOALEX PEREIRA DE MATOSVEREADORESAntônio Carlos Bianchi da SilvaAntonio Francisco Ricar<strong>do</strong>Hertes <strong>de</strong> FrançaJosé Ernesto Lessa Maragni JúniorMaria Onira Betioli ContelNelson Gonçalves PintoÓrgão <strong>Oficial</strong> <strong>do</strong> <strong>Município</strong> <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> Ano XI, nº 332, 05 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008Assessoria Comunitária3451-1018Banco <strong>do</strong> Povo <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>3455-7711Centro <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Zoonoses3456-1872Conselho Tutelar3455-3707Casa <strong>do</strong>s Conselhos3453-6088Defesa Social3455-2232 / 3455-2073Departamento <strong>de</strong> Educação3453-7800Escola Municipal <strong>de</strong> Música e Arte“Maestro Zival<strong>do</strong> Ribeiro”Banda e Coral Municipal3455-1917Fun<strong>do</strong> Social / Promoção Social3453-5402Hospital Municipal e Pronto Socorro3451-3044PAT/SINE3454-1088 / 3453-4555 / 3453-4131Procon3453-6102PRODEP3455-2223Regional <strong>do</strong> Caraguava3455-2226Regional <strong>do</strong> Guaraú3457-9270SEBRAE3453-5610Serviço <strong>de</strong> ambulâncias192Jornalista ResponsávelCelso Vernizzi - Mtb 10052Edição e DiagramaçãoErick MartinsColaboraçãoLaudicéia Rodrigues - Mtb 42026FIQUE LIGADOCorpo <strong>de</strong> Bombeiros193 / 3455-4010Ass. Comercial Empresarial <strong>Peruíbe</strong>3455-2507Ass. Eng. Arquitetos <strong>Peruíbe</strong>3455-2357Ass. Estudantes <strong>Peruíbe</strong>3455-8247Câmara Municipal3451-3000Cartório Eleitoral3455-4033CIRETRAN3455-7966Delegacia <strong>de</strong> Polícia Civil3455-2020Fórum3455-5400Núcleo da 3ª Ida<strong>de</strong>3455-5263Polícia Militar Emergência190Ponto Táxi Centro3455-2964Ponto Táxi Ro<strong>do</strong>viária3455-9696SINTRAPE3455 7321Tiro <strong>de</strong> Guerra3453-50031º Distrito Policial <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>3453-5647Vigilância Epi<strong>de</strong>miológica3453-2049Vigilância Sanitaria3455-8403<strong>Boletim</strong> <strong>Oficial</strong> <strong>do</strong> <strong>Município</strong>BOMÓrgão <strong>Oficial</strong> da Estância Balneária <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>, cria<strong>do</strong> pela Lei n.º 1.816 <strong>de</strong> 3/03/98, regulamentadapelo Decreto n.º 1807/98 e alterada pelo Decreto n.º 1959/01.ImpressãoDiário <strong>do</strong> LitoralTiragem:5.000 exemplaresPeriodicida<strong>de</strong>:De 10 em 10 diasou edições extrasPREFEITURA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE PERUÍBERua Nilo Soares Ferreira, 50 - <strong>Peruíbe</strong>-SP - 11750-000 - Fone (13) 3451 1000 - Fax (13) 3451 1034SITE: www.peruibe.sp.gov.brBOM 332.pmd 205/09/2008, 18:48


Ano XI, nº 332, 05 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008Órgão <strong>Oficial</strong> <strong>do</strong> <strong>Município</strong> <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>ATOS OFICIAIS DO PODER EXECUTIVOEDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA AUDIÊNCIA PÚBLICAPROJETO DE LEI COMPLEMENTARPLANO DE URBANIZAÇÃO DO TANIGUÁA Prefeitura Municipal da Estância Balneária <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>,mediante solicitação manifestada por 1% <strong>do</strong>s eleitores <strong>do</strong> município,convoca a população para audiência pública sobre o projeto<strong>de</strong> lei complementar <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Urbanização <strong>do</strong> Taniguá, a serealizar no dia 17 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2008 a partir das 18:30 horas, noCentro <strong>de</strong> Convenções Manoel Marcon<strong>de</strong>s Sodré, situa<strong>do</strong> à Av.<strong>São</strong> João, 545, Centro, <strong>Peruíbe</strong> / SP.Seguem anexos a este Edital minuta <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> leicomplementar, justificativa e estu<strong>do</strong>s relaciona<strong>do</strong>s ao projeto, queestarão também à disposição <strong>do</strong>s interessa<strong>do</strong>s, para consulta, apartir <strong>do</strong> dia 12 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008, nos seguintes locais:· na Prefeitura Municipal da Estância Balneária <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>,Rua Nilo Soares Ferreira, 50, Centro, <strong>Peruíbe</strong>-SP, <strong>de</strong> segunda asexta-feira, das 09h00 às 16h00;· no site oficial da Prefeitura Municipal da Estância Balneária<strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>, para <strong>do</strong>wnload.Informamos que para esclarecer as dúvidas da população haveráassembléias públicas nos seguintes locais, sempre a partir das18:30 horas:· 07/10 - EMEF Prefeito José Roberto Preto (Guaraú)· 09/10 - EMEF Leão Novaes· 08/10 - EMEF Antonio Novaes· 10/10 - EMEF Professora Terezinha Rodrigues Kalil· 13/10 - EMEF Jardim Caraminguava<strong>Peruíbe</strong>, em 05 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2.008.Julieta Fujinami OmuroPrefeita MunicipalMINUTA DE PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° XX / 2008JUSTIFICATIVAFatos novos surgiram na região metropolitana nos últimos <strong>do</strong>isanos que po<strong>de</strong>m trazer oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um bom <strong>de</strong>senvolvimentosócio-econômico da região, diretriz prevista no próprio Plano Diretor aolongo <strong>de</strong> seus artigos 37 a 39, dan<strong>do</strong> novo ritmo à economia municipal etiran<strong>do</strong>-a <strong>do</strong> movimento da economia sazonal característica <strong>do</strong>s turismo<strong>de</strong> veraneio. Entre eles, citamos:· os investimentos fe<strong>de</strong>rais realiza<strong>do</strong>s através <strong>do</strong> PAC - Programa<strong>de</strong> Aceleração <strong>do</strong> Crescimento;· as recentes <strong>de</strong>scobertas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s reservas <strong>de</strong> óleo e gás naBacia <strong>de</strong> Santos, que conseqüentemente <strong>de</strong>mandarão investimentos emterra superiores aos inicialmente anuncia<strong>do</strong>s;· a obtenção <strong>de</strong> grau <strong>de</strong> investimento obti<strong>do</strong> recentemente pelopaís, que possibilita maior captação <strong>de</strong> recursos para investimentos;· a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> captar investimentos em gran<strong>de</strong>s complexoshoteleiros e ativida<strong>de</strong>s correlatas <strong>de</strong>correntes da aproximação da Copa<strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> em 2014;· as condições propícias <strong>do</strong> município e da região metropolitanaem pleitear o licenciamento <strong>de</strong> uma ZPE - Zona <strong>de</strong> Processamento <strong>de</strong>Exportação para si, tornan<strong>do</strong>-o um pólo <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>resque produzam alto valor agrega<strong>do</strong>;· o interesse manifesta<strong>do</strong> por empresas particulares, amplamentenoticia<strong>do</strong>s pela imprensa, sobre o potencial para expansão das ativida<strong>de</strong>sportuárias na região metropolitana em geral.Também ressaltamos o fato <strong>de</strong> que o ZEE - Zoneamento Ecológico-Econômico,elabora<strong>do</strong> pelo Plano estadual <strong>de</strong> Gerenciamento Costeiro,preten<strong>de</strong> ser finaliza<strong>do</strong> em breve e que as diretrizes daquela área,classificadas como Z2 <strong>de</strong>finidas pelo cenário vigente à época, não possibilitariamsequer a discussão <strong>de</strong> alguns <strong>do</strong>s empreendimentos acimacita<strong>do</strong>s. A minuta <strong>de</strong> <strong>de</strong>creto apresentada em audiência pública peloCONSEMA sofreu diversas manifestações da socieda<strong>de</strong> civil requeren<strong>do</strong>um uso que trouxesse maior benefício econômico à região. Estasmanifestações serão analisadas pelo Grupo Setorial, que se orienta-sebasicamente pelas diretrizes <strong>do</strong> Plano Diretor municipal.É fato que a FUNAI realizou estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong> TerraIndígena para a área em 2002, ainda não homologa<strong>do</strong>. A Prefeitura temprocura<strong>do</strong> respeitar os prazos necessários pelo órgão fe<strong>de</strong>ral para conclusão<strong>de</strong> seus estu<strong>do</strong>s, porém o atraso <strong>do</strong> órgão em se manifestar apósa conclusão <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s e sua conseqüente in<strong>de</strong>finição sobre a futura<strong>de</strong>stinação da área está acarretan<strong>do</strong> sobrecarga adicional <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>fiscalização <strong>de</strong> ocupações irregulares na área e colocan<strong>do</strong> em risco apossibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> município obter no Zoneamento Ecológico-Econômicoestadual um uso que traga <strong>de</strong>senvolvimento econômico para a região emelhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida aos seus cidadãos.O projeto <strong>de</strong> lei apresenta<strong>do</strong> possibilita que diversas oportunida<strong>de</strong>sque estão surgin<strong>do</strong> na região possam ter seus projetos <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>s eanalisa<strong>do</strong>s pelo Po<strong>de</strong>r Público e pela população. Assegura-se, no Plano<strong>de</strong> Urbanização, que boas soluções urbanísticas sejam aproveitadas paraquaisquer projetos que se apresentem para a área, e exige-se medidascomplementares preparan<strong>do</strong> o município para o crescimento populacionaldas próximas décadas.JULIETA FUJINAMI OMUROPREFEITA MUNICIPAL____________________________________________________________MINUTA DE PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº ... DE ...DE ....DE 2008Institui Plano <strong>de</strong> Urbanização Específico <strong>do</strong> Taniguá, alteradiretrizes <strong>de</strong> macrozoneamento <strong>do</strong> Plano Diretor e dá outrasprovidênciasArt. 1°. É objetivo <strong>de</strong>sta lei estipular um Plano <strong>de</strong> Urbanização Específicopara a região <strong>do</strong> Taniguá, possibilitan<strong>do</strong> o estabelecimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>scapazes <strong>de</strong> impulsionar e/ou revitalizar a economia regional, com <strong>de</strong>senvolvimentosustentável através da aplicação <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> compensação.Art. 2°. O parágrafo 2° <strong>do</strong> Art. 90 da Lei Complementar n° 100, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong>março <strong>de</strong> 2007, passa a vigorar com a seguinte redação:§ 2° Enten<strong>de</strong>-se por Zonas Especiais as áreas <strong>do</strong> território para fins <strong>de</strong>expansão urbana que exigem tratamento especial na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>parâmetros regula<strong>do</strong>res <strong>de</strong> usos e ocupação <strong>do</strong> solo.Art. 3°. A Zona Especial <strong>de</strong> Reserva Florestal e Biológica, referida nosartigos 115 e 116 <strong>do</strong> Título IV, Capítulo I, Seção II, Subseção I da LeiComplementar n° 100, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2007, passa a se <strong>de</strong>nominarZona Especial <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico Sustentável - ZEDES,fican<strong>do</strong> altera<strong>do</strong>s os referi<strong>do</strong>s dispositivos com a seguinte redação:Seção IIDas Zonas EspeciaisSubseção IDa Zona Especial <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico SustentávelArt. 115. A Zona Especial <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico Sustentável écaracterizada por ser uma região:I. cortada pela Ro<strong>do</strong>via SP-55;II. com áreas <strong>de</strong>gradas por ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mineração;III. com áreas com presença <strong>de</strong> vegetação significativa;IV. com ocupação indígena;V. com ocupação <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada.Art. 116. A Zona Especial <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico Sustentáveltem como objetivos mínimos orientar as políticas públicas no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong>:I. promover a instalação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e empreendimentos que fortaleçame revitalizar a base econômica municipal e regional;II. promover o <strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico sustentável da região;III. promover a implantação <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> macro-ocupação;IV. incentivar a instalação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que gerem alto valor agrega<strong>do</strong> egran<strong>de</strong> massa salarial;V. incentivar a instalação <strong>de</strong> indústrias <strong>de</strong> alta tecnologia e <strong>de</strong> baixoimpacto ambiental;VI. compatibilizar a infra-estrutura urbana existente <strong>do</strong> município aos impactosprovoca<strong>do</strong>s pelos equipamentos a serem nela instala<strong>do</strong>s, atravésda aplicação <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> compensação;VII. orientar e conter a ocupação urbana visan<strong>do</strong> salvaguardar áreas <strong>de</strong>preservação;VIII. promover a conservação ambiental <strong>de</strong> restinga e várzea, no quecouber;IX. harmonizar o <strong>de</strong>senvolvimento local com eventuais ocupações étnicastradicionais;X. recuperar a qualida<strong>de</strong> ambiental da sub-bacia <strong>do</strong> Rio Preto;XI. harmonizar o <strong>de</strong>senvolvimento local com a preservação <strong>do</strong>s patrimônioshistórico-cultural e paisagístico.Art. 4°. Passam a vigorar os Anexos I e II da presente lei, em substituiçãoaos Anexos I e II, respectivamente, da Lei Complementar n° 100, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong>março <strong>de</strong> 2007.Art. 5°. O §2°, ao Art. 8° da Lei Complementar n° 121, <strong>de</strong> 03 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong>2008, passa a vigorar com a seguinte redação:Art. 8°. ...§ 2° O perímetro das vias classificadas <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s parâmetros <strong>do</strong>sincisos I e II fica <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> pelos lotes que possuem testada <strong>de</strong> frente para avia pública <strong>de</strong>finida como Corre<strong>do</strong>r, respeitan<strong>do</strong>-se:I. os limites da Zona Especial <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico-Sustentável,nos imóveis nela conti<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o acesso principal seja feitopelos corre<strong>do</strong>res <strong>de</strong> alto tráfego;II. a profundida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> 100m (cem metros), nos <strong>de</strong>mais casos,Pág.3conta<strong>do</strong>s a partir <strong>do</strong> alinhamento predial, ou até a primeira via paralela,a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong>-se sempre o limite que apresenta menor dimensão.SEÇÃO IDO PLANO DE URBANIZAÇÃOArt. 6°. Para cumprir as diretrizes estabelecidas nesta lei, fica estabeleci<strong>do</strong>o Plano <strong>de</strong> Urbanização Específico <strong>do</strong> Taniguá, cujo perímetro coinci<strong>de</strong>com a ZEDES - Zona Especial <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico Sustentávelestabelecida por esta lei.Art. 7°. To<strong>do</strong>s os empreendimentos a serem instala<strong>do</strong>s na ZEDES <strong>de</strong>verãocontemplar minimamente as exigências <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho urbano <strong>de</strong>sta leicontidas <strong>de</strong>ntro da área <strong>do</strong> empreendimento, mais os projetos públicosconstantes <strong>de</strong>sta lei estipula<strong>do</strong>s pelo Po<strong>de</strong>r Executivo como condiçãopara liberar os licenciamentos urbanos, após a discussão <strong>de</strong> cada EIV -Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança em audiência pública, nos termos da Lei<strong>de</strong> Uso <strong>do</strong> Solo.Subseção IDas ativida<strong>de</strong>s proibidas e permitidasArt. 8°. Fica proibida a instalação das seguintes ativida<strong>de</strong>s:I. Empreendimentos para fins resi<strong>de</strong>nciais;II. Galpões, <strong>de</strong>pósitos e áreas <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> materiais oucontainers, quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>svincula<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s industriais ou <strong>de</strong> geração<strong>de</strong> renda localizadas <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> próprio município;III. Indústrias <strong>de</strong> base <strong>de</strong> alto impacto ambiental.Art. 9°. É permitida a instalação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s como:I. Hotéis e complexos hoteleiros;II. Resorts não-resi<strong>de</strong>nciais;III. Universida<strong>de</strong>s e centros <strong>de</strong> pesquisa;IV. Parques priva<strong>do</strong>s, clubes <strong>de</strong> campo e parques temáticos;V. Ginásios, estádios e complexos poliesportivos;VI. Complexos ecoturísticos;VII. Terminais portuários;VIII. Complexos industriais <strong>de</strong> alto valor agrega<strong>do</strong> e baixo impactoambiental;IX. Zonas <strong>de</strong> Processamento <strong>de</strong> Exportação;X. Centros comerciais e empresariais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte.Subseção IIDo <strong>de</strong>senho urbanoArt. 10. Quaisquer empreendimentos para serem aprova<strong>do</strong>s na área<strong>de</strong>verão aten<strong>de</strong>r minimamente as seguintes exigências:I. efetuar os percentuais legais <strong>de</strong> reservas <strong>de</strong> áreas ver<strong>de</strong>s,áreas institucionais e sistema viário, nos mol<strong>de</strong>s da legislação sobreparcelamento <strong>de</strong> solo;II. reservar faixa <strong>de</strong> <strong>do</strong>mínio público, <strong>de</strong>stinada a prolongamento daAv. Padre Anchieta, entre o Baln. Maria Helena Novaes e a Est. SantaCruz, com no mínimo 50m (cinqüenta metros) <strong>de</strong> largura;III. reservar faixas <strong>de</strong> <strong>do</strong>mínio público, <strong>de</strong>stinadas a sistema viário,fora das áreas <strong>de</strong> <strong>do</strong>mínio da ro<strong>do</strong>via SP-55, em ambos os la<strong>do</strong>s eparalela a mesma, com no mínimo 50m (cinqüenta metros) <strong>de</strong> larguracada uma, <strong>de</strong>stinadas à interligação:a) das avenidas marginais da ferrovia <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> e <strong>de</strong> Itanhaém;b) da Est. Antonio Novaes com o Baln. Gaivota, em Itanhaém;IV. reservar faixa <strong>de</strong> <strong>do</strong>mínio público, <strong>de</strong>stinada a sistemas <strong>de</strong>lazer, em toda a extensão da zona especial, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a linha <strong>do</strong> jundú até afaixa <strong>de</strong> <strong>do</strong>mínio público <strong>de</strong>stinada ao prolongamento da Av. PadreAnchieta, e incluin<strong>do</strong> a linha <strong>do</strong> telégrafo;V. reservar áreas ver<strong>de</strong>s no entorno <strong>do</strong>s empreendimentos, paracontenção da evolução das manchas urbanas <strong>de</strong> ambos os municípios;VI. recuperar as lagoas existentes <strong>de</strong>correntes da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mineração,que forem preservadas nos projetos, para utilização públicacomo espaços <strong>de</strong> lazer;VII. reservar as faixas mínimas ao longo <strong>do</strong>s corpos d´água e nascentesexistentes na região;VIII. reservar as faixas institucionais em áreas <strong>de</strong> acesso público,preferencialmente próximas aos aglomera<strong>do</strong>s urbanos existentes no entorno;IX. efetuar o resgate <strong>do</strong>s sítios arqueológicos da área, com transferênciadas peças para local a critério <strong>do</strong> órgão competente <strong>do</strong> própriomunicípio;X. os lotes ou unida<strong>de</strong>s autônomas resultantes <strong>de</strong> parcelamentos<strong>de</strong> solo <strong>de</strong>verão ter área mínima <strong>de</strong> 20.000m2 (vinte mil metros quadra<strong>do</strong>s).§ 1°. A faixa <strong>de</strong> <strong>do</strong>mínio público contígua à praia po<strong>de</strong>rá ter sistema viáriotranspon<strong>do</strong>-a somente em <strong>de</strong>snível, para acesso a estruturas marítimas.§ 2°. As áreas institucionais po<strong>de</strong>rão ser reservadas em outros locais <strong>do</strong>BOM 332.pmd 305/09/2008, 18:48


Pág.4Órgão <strong>Oficial</strong> <strong>do</strong> <strong>Município</strong> <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> Ano XI, nº 332, 05 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008perímetro urbano <strong>do</strong> município, para melhor atendimento da <strong>de</strong>manda social, a critério <strong>do</strong> Executivo.§ 3°. O traça<strong>do</strong> das vias po<strong>de</strong>rá ser adapta<strong>do</strong> às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> projeto, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que interligadas às vias citadase autoriza<strong>do</strong> pelo Po<strong>de</strong>r Público, no momento <strong>do</strong> parcelamento <strong>do</strong> solo.Subseção IIIDos Projetos PúblicosArt. 11. Ficam <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s, para a Zona Especial <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico-Sustentável, os seguintesprojetos públicos:I. A interligação das marginais da ferrovia entre <strong>Peruíbe</strong> e Itanhaém;II. A interligação entre <strong>Peruíbe</strong> e Itanhaém pelo la<strong>do</strong> direito da ro<strong>do</strong>via SP-55, para quem trafega no senti<strong>do</strong>da BR-116;III. O prolongamento da Av. Padre Anchieta até a divisa com Itanhaém;IV. Criação <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s à capacitação e requalificação profissional <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res;V. A implantação <strong>de</strong> um parque municipal aberto à visitação pública, na faixa em frente à praia, <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> <strong>de</strong>:a) áreas <strong>de</strong> lazer e equipamentos <strong>de</strong> apoio;b) estacionamentos com acesso a partir <strong>do</strong> prolongamento da Av. Padre Anchieta;c) centro <strong>de</strong> visitantes aos equipamentos da área pública e, opcionalmente, aos empreendimentos presentes nolocal;d) museus ou centros culturais que resgatem o patrimônio histórico, arqueológico, ambiental e cultural da área;e) recuperação da linha <strong>do</strong> telégrafo (Caminho <strong>do</strong> Impera<strong>do</strong>r) e sua consolidação como ponto turístico.§ 1°. A criação <strong>do</strong>s Parques Públicos só será efetuada após a transferência das áreas para o Po<strong>de</strong>r Público,efetuadas as obras exigidas <strong>de</strong> cada empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r.§ 2°. Os equipamentos localiza<strong>do</strong>s no parque municipal cita<strong>do</strong> neste artigo po<strong>de</strong>rão funcionar <strong>de</strong> forma integrada,compartilhan<strong>do</strong> os mesmos edifícios, a critério <strong>do</strong> Executivo.Art. 12. Os projetos po<strong>de</strong>rão ser implanta<strong>do</strong>s:I. integralmente pelo Po<strong>de</strong>r Executivo;II. em parceria com a iniciativa privada e/ou governos estadual e fe<strong>de</strong>ral;III. integralmente pela iniciativa privada, <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> medidas mitiga<strong>do</strong>ras e/ou compensatóriasestabelecidas em cada EIV elabora<strong>do</strong> na região.Subseção IVDos Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança,medidas mitiga<strong>do</strong>ras e compensatóriasArt. 13. Toda ativida<strong>de</strong> a se estabelecer nesta área <strong>de</strong>verá formular um EIV - Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança,nos mol<strong>de</strong>s <strong>do</strong> estabeleci<strong>do</strong> pelo Plano Diretor e pela Lei <strong>de</strong> Uso <strong>do</strong> Solo.Art. 14. Quan<strong>do</strong> a ativida<strong>de</strong> licenciada requerer elaboração <strong>de</strong> EIA-RIMA no âmbito estadual ou fe<strong>de</strong>ral, o EIV<strong>de</strong>verá ser discuti<strong>do</strong> posteriormente à emissão da licença prévia <strong>do</strong> órgão competente, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> aproveitarestu<strong>do</strong>s feitos para o primeiro.Art. 15. Além <strong>do</strong> estipula<strong>do</strong> pela Lei <strong>de</strong> Uso <strong>do</strong> Solo, os EIVs elabora<strong>do</strong>s para a área <strong>de</strong>verão contemplar nomínimo os seguintes estu<strong>do</strong>s:I. Cronograma <strong>de</strong> contratação <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra <strong>de</strong>talha<strong>do</strong> por profissão;II. Expectativa <strong>de</strong> acréscimo populacional no município gera<strong>do</strong> pelos empreendimentos;III. Programas <strong>de</strong> capacitação profissional para absorção da mão-<strong>de</strong>-obra local a ser utilizada na construçãoe na operação <strong>do</strong>s empreendimentos;IV. Programa <strong>de</strong> <strong>de</strong>stinação da mão-<strong>de</strong>-obra não absorvida após a finalização da construção <strong>do</strong>s empreendimentos;V. Volume <strong>de</strong> tráfego <strong>de</strong> cargas e pessoas gera<strong>do</strong> pelos empreendimentos, na construção e na operação,relacionan<strong>do</strong>-os com a capacida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s sistemas viário, cicloviário e ferroviário existentes;VI. Atendimento da <strong>de</strong>manda social <strong>de</strong>corrente <strong>do</strong> acréscimo populacional municipal gera<strong>do</strong> pelo empreendimento;VII. Soluções a<strong>de</strong>quadas para tratamento e disposição <strong>do</strong>s resíduos líqui<strong>do</strong>s e sóli<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>s pelosempreendimentos;VIII. Isolamento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s classificadas como incômo<strong>do</strong> 1 ou 2 em relação à área urbana utilizada parafins <strong>de</strong> moradia.Art. 16. Po<strong>de</strong>rão ser exigi<strong>do</strong>s complementarmente nos EIVs, conforme as ativida<strong>de</strong>s e área <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong>cada empreendimento, os seguintes estu<strong>do</strong>s:I. Incidência <strong>de</strong> patologias e aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho relaciona<strong>do</strong>s às ativida<strong>de</strong>s que serão <strong>de</strong>sempenhadasna área, relacionan<strong>do</strong>-os com a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento da infra-estrutura regional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;II. Programas <strong>de</strong> auto-sustentabilida<strong>de</strong> das famílias indígenas na região;III. Programas <strong>de</strong> restrição ao tráfego no retorno <strong>de</strong> datas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> movimento turístico;IV. Programa <strong>de</strong> remoção completa das famílias assentadas em áreas a serem <strong>de</strong>stinadas ao <strong>do</strong>míniopúblico.Art. 17. O total <strong>de</strong> exigências e obras exigidas <strong>de</strong> cada empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r será proporcional ao tamanho e ao impacto<strong>de</strong> cada empreendimento localiza<strong>do</strong> na área, a ser discuti<strong>do</strong> no EIV - Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança.Art. 18. Depen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> das ativida<strong>de</strong>s que ali se instalarem, <strong>de</strong>verá ser estudada a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se exigir parao licenciamento <strong>de</strong> cada empreendimento:I. O estabelecimento <strong>de</strong> programa turístico <strong>de</strong> visitação aos empreendimentos que ali se instalarem;II. A <strong>do</strong>ação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>stinadas à implantação <strong>de</strong> habitações <strong>de</strong> interesse social;III. A produção <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s habitacionais <strong>de</strong> interesse social - HIS;IV. Mo<strong>de</strong>rnização <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> gestão municipal;V. Implantação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> monitoramento <strong>de</strong> áreas públicas;VI. A execução <strong>de</strong> infra-estrutura básica e complementar no município;VII. A implantação, a<strong>de</strong>quação ou reestruturação <strong>de</strong> trechos <strong>do</strong> sistema viário e/ou cicloviário <strong>do</strong> município;VIII. A otimização <strong>do</strong> transporte sobre trilhos e <strong>do</strong> sistema cicloviário <strong>do</strong> município, com possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>interligação entre ambos;IX. A construção <strong>de</strong> acessos próprios <strong>de</strong>svincula<strong>do</strong>s da malha urbana existente;X. Estruturação da administração pública para o exercício da fiscalização e controle;XI. A implantação <strong>de</strong> parques públicos abertos à visitação;XII. Outras medidas a serem discutidas em audiência pública.SEÇÃO IIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIASArt. 19. Todas as certidões <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> solo emitidas para a área da ZEDES <strong>de</strong>verão referir-se às condiçõescolocadas por esta lei.Art. 20. Para levantamento cartográfico <strong>de</strong> exigências estipuladas nesta lei, será utiliza<strong>do</strong> como base o levantamentoaerofotogramétrico realiza<strong>do</strong> e disponibiliza<strong>do</strong> pela AGEM - Agência Metropolitana da Baixada Santista em2002.Art. 21. O cumprimento das exigências <strong>de</strong>sta lei não <strong>de</strong>sobriga o atendimento ao arcabouço jurídico urbanístico,ambiental e indígena vigente.Art. 22. <strong>São</strong> Anexos a esta lei:I. Anexo I - Mapa <strong>do</strong> Macrozoneamento <strong>do</strong> Plano Diretor;II. Anexo II - Mapa <strong>do</strong> Perímetro Urbano <strong>do</strong> <strong>Município</strong>;III. Anexo III - Intervenções <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho urbano.Parágrafo Único. Os perímetros das intervenções constantes <strong>do</strong> Anexo III são aproxima<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>vem ser<strong>de</strong>talha<strong>do</strong>s na elaboração <strong>de</strong> cada EIV para a área.Art. 23. Esta Lei entrará em vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.PERUÍBE, [DATA]___________________________________________________________________________________________PLANO DE URBANIZAÇÃO DO TANIGUÁ1. INTRODUÇÃOO presente estu<strong>do</strong> visa apontar alternativas e soluções para o aproveitamento sustentável, que traga <strong>de</strong>senvolvimentoeconômico para o município sem comprometimento <strong>de</strong> sua estrrutura urbana.Este relatório está estrutura<strong>do</strong> da seguinte forma:· Finalida<strong>de</strong> e interesse público;· Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança;· Plano <strong>de</strong> Operacionalização, conten<strong>do</strong> programa básico <strong>de</strong> ocupação da área, com <strong>de</strong>limitação da área<strong>de</strong> intervenção e influência, reservas <strong>de</strong> espaços públicos, projetos públicos <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s, estu<strong>do</strong>s complementaresnecessários, programas <strong>de</strong> atendimento social para a população diretamente afetada pela operação, garantia <strong>de</strong>preservação <strong>de</strong> bens com especial valor cultural e ambiental, proposição <strong>de</strong> contrapartidas a serem exigidas<strong>do</strong>s proprietários e propostas <strong>de</strong> alteração da legislação urbanística vigente.2. FINALIDADE E INTERESSE PÚBLICODeseja-se permitir para a área usos que tragam alto valor agrega<strong>do</strong> e produzam massa salarial consistente nomunicípio, que possibilitem tirá-lo <strong>do</strong> ritmo da economia sazonal atualmente existente.O interesse público é garanti<strong>do</strong>, prioritariamente, na viabilização das diretrizes previstas nos Artigos 37 a 39 <strong>do</strong>Plano Diretor, a saber:· diversificação das ativida<strong>de</strong>s econômicas rurais e urbanas, priorizan<strong>do</strong> sistemas produtivos perenesque <strong>de</strong>senvolvam as potencialida<strong>de</strong>s locais oportunizan<strong>do</strong> melhorias sociais e competitivida<strong>de</strong> da economialocal (Art. 38, I);· capacitação profissional da mão-<strong>de</strong>-obra local, direcionada as potencialida<strong>de</strong>s da economia municipal(Art. 38, II);· incentivo para produção direta e comercialização <strong>de</strong> bens e serviços, a partir da i<strong>de</strong>ntificação dasvocações econômicas <strong>do</strong> <strong>Município</strong> (Art. 38, III);· compatibilização da conservação com a utilização <strong>do</strong> patrimônio cultural, histórico e ambiental visan<strong>do</strong>o <strong>de</strong>senvolvimento sócio-econômico <strong>do</strong> <strong>Município</strong> (Art. 38, IV);· assegurar as condições <strong>de</strong> suporte a<strong>de</strong>quadas para os investimentos <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r multiplica<strong>do</strong>r (Art. 39, I).Pelo último censo populacional promovi<strong>do</strong> pelo IBGE em 2007, a população <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> é <strong>de</strong> 54.457 habitantes,número abaixo <strong>do</strong> espera<strong>do</strong> pelo próprio instituto. De acor<strong>do</strong> com o apura<strong>do</strong> junto ao escritório regional emItanhaém, no caso específico <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> as pesquisas <strong>de</strong> campo registraram com freqüência relatos <strong>de</strong> pessoasem ida<strong>de</strong> economicamente ativa, principalmente jovens, que têm <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> a cida<strong>de</strong> na procura <strong>de</strong> emprego nosgran<strong>de</strong>s centros.Tabela 1Distribuição <strong>do</strong> IDH total <strong>de</strong> alguns municípios da regiãoFonte: BNDESSegun<strong>do</strong> o IBGE, o PIB municipal <strong>de</strong> 2005 foi <strong>de</strong> aproximadamente R$ 410 milhões anuais, distribuí<strong>do</strong>s da seguinte forma:Fonte: IBGETabela 2Composição <strong>do</strong> PIB municipal segun<strong>do</strong> ramo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>Empreendimentos <strong>de</strong> porte têm condições <strong>de</strong> multiplicar este PIB por várias vezes, mas o real <strong>de</strong>safioé elevar o IDH-M, transforman<strong>do</strong> o acréscimo <strong>de</strong> PIB em distribuição <strong>de</strong> renda.Consi<strong>de</strong>ram-se empreendimentos viabiliza<strong>do</strong>res <strong>de</strong>stas expectativas aqueles que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente dascondições climáticas da região, possam movimentar, ao longo <strong>do</strong> ano a economia municipal, se possívelcrian<strong>do</strong> uma nova ca<strong>de</strong>ia produtiva. Possuem estas características aqueles volta<strong>do</strong>s à produção industrial e, nocaso da Baixada Santista, também aqueles volta<strong>do</strong>s à ativida<strong>de</strong> portuária.Em menor porte, mas também com caráter atrator, estão os empreendimentos turísticos e ecoturísticos. MasBOM 332.pmd 405/09/2008, 18:48


Ano XI, nº 332, 05 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008Órgão <strong>Oficial</strong> <strong>do</strong> <strong>Município</strong> <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>Pág.5vale a pena lembrar que, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> ali instalada,sua operação é fortemente afetada pelos fatores climáticos.Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que empreendimentos <strong>de</strong> alto po<strong>de</strong>r atrator possuem riscosque po<strong>de</strong>m trazer efeito contrário à melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida planejada,torna-se obrigação <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Público direcionar este <strong>de</strong>senvolvimentoeconômico para promover inclusão social, aumento <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vidalocal e contenção <strong>do</strong> crescimento <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>, cumprin<strong>do</strong> uma série <strong>de</strong>diretrizes previstas no Plano Diretor através <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s mais aprofunda<strong>do</strong>s<strong>do</strong>s impactos no meio urbano e ambiental e a cobrança <strong>de</strong> medidasmitiga<strong>do</strong>ras ou compensatórias <strong>do</strong>s empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>res, previstas nas leisestaduais e municipais. Trata-se <strong>do</strong> principal objetivo que Plano <strong>de</strong> Urbanizaçãovisa alcançar.2.1. Oportunida<strong>de</strong>s recentes no cenário metropolitano<strong>Peruíbe</strong> <strong>de</strong>lineou, no macrozoneamento <strong>do</strong> Plano Diretor elabora<strong>do</strong> em2006, uma Zona Especial <strong>de</strong> Reserva Florestal e Biológica em umagran<strong>de</strong> área a nor<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> município, na divisa com Itanhaém, on<strong>de</strong>consta um estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>limitação realiza<strong>do</strong> pela FUNAI em 2002.A <strong>de</strong>limitação foi contestada e estu<strong>do</strong>s adicionais foram solicita<strong>do</strong>s no final<strong>de</strong> 2007, porém até o momento não existe uma posição oficial <strong>do</strong> órgãosobre os estu<strong>do</strong>s que, por portaria publicada pelo próprio órgão no Diário<strong>Oficial</strong> da União, <strong>de</strong>veriam ter si<strong>do</strong> entregues em mea<strong>do</strong>s <strong>de</strong> março <strong>de</strong>2008. A in<strong>de</strong>finição sobre a futura <strong>de</strong>stinação da área tem acarreta<strong>do</strong>sobrecarga adicional <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> fiscalização <strong>de</strong> ocupações irregularesna área.Nestes últimos <strong>do</strong>is anos, fatos novos surgiram na região e é <strong>do</strong> <strong>de</strong>sejo <strong>do</strong>município dar <strong>de</strong>stinação econômica à área. Ao continuar aguardan<strong>do</strong>uma posição oficial <strong>do</strong> órgão, o município corre risco <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r posteriormenteoportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> promover um bom <strong>de</strong>senvolvimento sócio-econômicoda região, diretriz prevista no próprio Plano Diretor, dan<strong>do</strong> novoritmo à economia municipal e tiran<strong>do</strong>-a <strong>do</strong> movimento da economia sazonalcaracterística <strong>do</strong>s turismo <strong>de</strong> veraneio. Destacamos a seguir alguns<strong>de</strong>stes fatos:o investimentos fe<strong>de</strong>rais realiza<strong>do</strong>s através <strong>do</strong> PAC - Programa <strong>de</strong>Aceleração <strong>do</strong> Crescimento, prioritariamente para a área logística e <strong>de</strong>habitação;o obtenção <strong>de</strong> grau <strong>de</strong> investimento obti<strong>do</strong> recentemente pelo país,que possibilita maior captação <strong>de</strong> recursos para investimentos;o recentes <strong>de</strong>scobertas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s reservas <strong>de</strong> óleo e gás naBacia <strong>de</strong> Santos, que conseqüentemente <strong>de</strong>mandarão investimentos emterra superiores aos inicialmente anuncia<strong>do</strong>s;o oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> captar investimentos em gran<strong>de</strong>s complexoshoteleiros e ativida<strong>de</strong>s correlatas <strong>de</strong>correntes da aproximação da Copa<strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> em 2014;o condições propícias <strong>do</strong> município e da região metropolitana empleitear o licenciamento <strong>de</strong> uma ZPE - Zona <strong>de</strong> Processamento <strong>de</strong> Exportaçãopara si, tornan<strong>do</strong>-o um pólo <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>res queproduzam alto valor agrega<strong>do</strong>;o interesse manifesta<strong>do</strong> por empresas particulares, amplamentenoticia<strong>do</strong>s pela imprensa, sobre o potencial para expansão das ativida<strong>de</strong>sportuárias na região metropolitana em geral, incluin<strong>do</strong> o caso <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>.Também observa-se o fato <strong>de</strong> que o ZEE - Zoneamento Ecológico-Econômico,em elaboração para a Baixada Santista, ten<strong>de</strong> a ser finaliza<strong>do</strong> embreve e que as diretrizes daquela área, <strong>de</strong>finidas pelo Grupo Setorial comoZ2T (acertadas pela própria Prefeitura, pelo cenário vigente à época), nãopossibilitariam a discussão <strong>de</strong> novos empreendimentos como os queestão surgin<strong>do</strong> para a região. A minuta <strong>de</strong> <strong>de</strong>creto apresentada em audiênciapública pelo CONSEMA sofreu diversas manifestações da socieda<strong>de</strong>civil requeren<strong>do</strong> a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso que trouxesse maior benefícioeconômico à região, assim como requereu que o empreendimento oraanuncia<strong>do</strong> pela imprensa fosse melhor discuti<strong>do</strong>. Estas manifestaçõesserão analisadas pelo Grupo Setorial, que por sua vez se orienta pelasdiretrizes da legislação municipal.O projeto <strong>de</strong> lei apresenta<strong>do</strong> possibilita que tanto os investimentos priva<strong>do</strong>sanuncia<strong>do</strong>s na imprensa nacional e outros mais que se interessaremem ocupar a região com a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trazer <strong>de</strong>senvolvimento econômicosutentável ao município possam ter seus projetos <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>s eanalisa<strong>do</strong>s pelo Po<strong>de</strong>r Público e população. Assegura-se, no Plano <strong>de</strong>Urbanização, que bons <strong>de</strong>talhes urbanísticos sejam aproveita<strong>do</strong>s paraquaisquer projetos que se apresentem para a área, e exige-se medidascomplementares preparan<strong>do</strong> o município para o crescimento populacionaldas próximas décadas.2.2. ZPE - Zona <strong>de</strong> Processamento <strong>de</strong> ExportaçãoEncontra-se à espera <strong>de</strong> sanção presencial a alteração da Lei 11.508/07,que regulamenta o funcionamento das ZPEs - Zonas <strong>de</strong> Processamento<strong>de</strong> Exportação.Em uma ZPE, a importação <strong>de</strong> matérias-primas e exportação fica dispensada<strong>de</strong> impostos fe<strong>de</strong>rais, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a produção seja no mínimo 80%voltada ao merca<strong>do</strong> externo. Trata-se <strong>de</strong> solução empregada em diversaspartes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> que atraem gran<strong>de</strong>s empresas.O governo fe<strong>de</strong>ral cria as ZPEs através <strong>de</strong> <strong>de</strong>creto presi<strong>de</strong>ncial, mediantesolicitação <strong>de</strong> municípios ou esta<strong>do</strong>s. A partir daí, o projeto <strong>de</strong> cadaempresa a se instalar <strong>de</strong>ntro da ZPE está sujeita à aprovação presi<strong>de</strong>ncial.Conforme noticia<strong>do</strong> na imprensa nacional, é <strong>do</strong> interesse nacionallicenciar apenas uma ZPE por Esta<strong>do</strong>. <strong>Peruíbe</strong> e a Região Metropolitanada Baixada Santista possuem condições favoráveis para este tipo <strong>de</strong>empreendimento, pela proximida<strong>de</strong> e possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> estruturasportuárias e aeroportuárias.É possível, mas não obrigatório, que Esta<strong>do</strong>s e municípios dispensem osempreendimentos da cobrança <strong>de</strong> impostos. Deve-se atentar para o fato<strong>de</strong> que isenções proporcionadas nos níveis estadual e municipal po<strong>de</strong>mcomprometer o equilíbrio financeiro municipal com o aumento <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda<strong>de</strong> serviços públicos, mesmo contan<strong>do</strong> com o aumento da arrecadaçãoindireta.3. ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇAOs estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> impacto foram <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s por técnicos da administraçãomunicipal, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> implantação <strong>de</strong> empreendimentos <strong>de</strong> porteque utilizasse integralmente a área ocupada.Pela gama <strong>de</strong> empreendimentos que se <strong>de</strong>seja permitir instalar na área,não será possível, somente através <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong>, <strong>de</strong>limitar com clarezaos impactos positivos e negativos que cada empreendimento trará aomunicípio. Dessa forma, será necessário a cada empreendimento que seinstalar na área a elaboração <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s complementares, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> sebasear das informações municipais aqui disponibilizadas, <strong>de</strong>vidamenteatualizadas.Os estu<strong>do</strong>s complementares po<strong>de</strong>m ser elabora<strong>do</strong>s nos processos <strong>de</strong>licenciamento ambiental, quan<strong>do</strong> couber, ou nos EIVs - Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Impacto<strong>de</strong> Vizinhança, para os licenciamentos urbanos.De forma geral, o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> impacto está estrutura<strong>do</strong> por áreas da administração,mostran<strong>do</strong> a situação atual, possíveis impactos provoca<strong>do</strong>spor gran<strong>de</strong>s empreendimentos, estu<strong>do</strong>s que <strong>de</strong>vem ser melhoraprofunda<strong>do</strong>s e medidas que po<strong>de</strong>m ser tomadas para mitigá-los.3.1. Planejamento Urbano<strong>Peruíbe</strong> conta com legislação urbanística recém-aprovada, engloban<strong>do</strong>Plano Diretor, Código <strong>de</strong> Obras e Edificações, Lei <strong>de</strong> Uso <strong>do</strong> Solo eCódigo <strong>de</strong> Posturas, em substituição ao antigo Plano Diretor, a lei 733/79.Esta nova legislação incorpora conceitos mais mo<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentosustentável e possibilita uma análise mais <strong>de</strong>talhada <strong>de</strong> empreendimentos<strong>de</strong> porte, através <strong>do</strong>s EIVs - Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Vizinhança,instrumento similar ao EIA-RIMA, porém volta<strong>do</strong> ao licenciamento urbanístico.<strong>Peruíbe</strong> possui hoje 65km2 <strong>de</strong> área urbana, pelo perímetro urbano estabeleci<strong>do</strong>no novo Plano Diretor, a Lei Complementar n°100/07. Boa parte <strong>do</strong>município é ocupa<strong>do</strong> ora por Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação <strong>de</strong> ProteçãoIntegral ao norte e ao sul <strong>do</strong> município, ora por Áreas <strong>de</strong> Proteção Ambiental,também ao sul <strong>do</strong> município. A área objeto <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Urbanização éuma extensa área plana, a nor<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> município, com aproximadamente30km2. É a área restante para a implantação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empreendimentos,que simultaneamente:· não possui urbanização realizada;· é significativamente plana, sem aci<strong>de</strong>ntes topográficos significativos;· possui acesso por gran<strong>de</strong>s vias, ao sistema ferroviário (atualmente<strong>de</strong>sativa<strong>do</strong>) e às praias;· não está incluída <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nenhuma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conservação<strong>de</strong>finida em lei.Por estes motivos, é a área geograficamente mais indicada para o aproveitamentodas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scritas anteriormente neste estu<strong>do</strong>. Talpotencial <strong>de</strong>ve ser aproveita<strong>do</strong> a favor <strong>do</strong> município.3.2. Acréscimo populacionalEstu<strong>do</strong>s mostram que municípios beneficia<strong>do</strong>s com gran<strong>de</strong>s empreendimentospo<strong>de</strong>m sofrer fenômenos sociais como: crescimento <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>,favelização, especulação imobiliária, danos ao meio ambiente e aumento<strong>de</strong> violência, <strong>de</strong>semprego estrutural (uma vez que os gera<strong>do</strong>s foram paramão <strong>de</strong> obra qualificada), crescimento <strong>de</strong>mográfico intenso, invasões <strong>de</strong>áreas <strong>de</strong> preservação ambiental, bolsões <strong>de</strong> miséria e aumento nosíndices <strong>de</strong> criminalida<strong>de</strong>, etc..., De forma geral, o crescimento populacionalintenso e não absorvi<strong>do</strong> "legalmente" traz reflexos nos serviços públicosoferta<strong>do</strong>s, principalmente nas áreas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, educação, assistênciasocial e habitação.O fluxo migratório proporciona<strong>do</strong> pela construção e posteriormente pelaoperação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empreendimentos impacta diretamente a <strong>de</strong>mandapor serviços públicos, exigin<strong>do</strong> aparelhamento da estrutura municipalpara o atendimento da <strong>de</strong>manda social e o aumento das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>fiscalização e controle.Por ser um município sustenta<strong>do</strong> pelo turismo <strong>de</strong> veraneio, a infra-estrutura<strong>de</strong> transportes e <strong>de</strong> saneamento básico é dimensionada para umvalor intermediário entre o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> baixa e o <strong>de</strong> alta temporada. Issosignifica dizer que fica em parte ociosa na baixa temporada esobrecarregada na alta. Já no que diz respeito à infra-estrutura <strong>de</strong> atendimentosocial, ela é sempre sobrecarregada, por aten<strong>de</strong>r uma <strong>de</strong>mandasocial incapaz <strong>de</strong> se manter nos perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> baixa temporada.O nível <strong>de</strong> qualificação profissional exigi<strong>do</strong> influenciará diretamente oimpacto da migração na região. O fluxo migratório <strong>de</strong> classe média po<strong>de</strong>ser absorvi<strong>do</strong> com menor impacto no funcionamento da infra-estruturamunicipal, pelo excesso <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> imóveis <strong>de</strong> veraneio e pela menor<strong>de</strong>pendência <strong>do</strong>s serviços <strong>de</strong> atendimento social. Já a população <strong>de</strong>baixa renda adicional não absorvida pelo merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho exercerápressão para a ocupação <strong>de</strong> áreas irregulares e sobrecarregará o sistema<strong>de</strong> atendimento público.Por este motivo, os estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>vem aprofundar a questão <strong>de</strong>talhan<strong>do</strong> ocronograma <strong>de</strong> contratação <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra para cada construção e operaçãoe a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> programas específicos para:· capacitação profissional da mão-<strong>de</strong>-obra local;· mitigar e compensar o fluxo migratório não-<strong>de</strong>manda<strong>do</strong> para aconstrução, <strong>de</strong> caráter espontâneo e motiva<strong>do</strong> pela publicida<strong>de</strong> dada aosempreendimentos;· o fluxo migratório que após o término <strong>de</strong> cada construção nãoconseguir reposicionamento profissional.Depen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong> porte <strong>do</strong> empreendimento, <strong>de</strong>ve se estudar também oefeito da migração sobre as machas urbanas conurbadas nos municípiosvizinhos, principalmente em Itariri, que sobrecarrega o atendimento <strong>do</strong>sistema público da região <strong>do</strong> Caraguava, em <strong>Peruíbe</strong>.Não haven<strong>do</strong> uma política urbana bem articulada na região, a tendência éque <strong>Peruíbe</strong> concentre <strong>de</strong>masiadamente os ônus e conseqüentemente osproblemas sociais <strong>de</strong>sta concentração. Deve se avaliar um crescimentomais espalha<strong>do</strong> entre os municípios da região, basea<strong>do</strong> em um sistema<strong>de</strong> transporte metropolitano realmente eficiente como forma <strong>de</strong> diminuir apressão populacional sobre <strong>Peruíbe</strong> e distribuir a geração <strong>de</strong> massasalarial <strong>de</strong> forma mais uniforme.3.3. Qualificação ProfissionalA mão-<strong>de</strong>-obra peruibense é, via <strong>de</strong> regra, <strong>de</strong> baixa qualificação, concentradano atendimento da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> serviços e para a construção civil,volta<strong>do</strong>s ao atendimento <strong>do</strong> turista / veranista. Atualmente consta nocadastro <strong>do</strong> SINE (PAT/SIGAE) 6197 escritos, sen<strong>do</strong> que <strong>de</strong>ste total <strong>de</strong>stacam-seas seguintes profissões:Tabela 3Principais profissionais cadastra<strong>do</strong>s no PAT/SIGAEO merca<strong>do</strong> atual tem <strong>de</strong>manda pelos cursos para pizzaiolos, garçons,qualida<strong>de</strong> no atendimento, pa<strong>de</strong>iros e confeiteiros, cozinheiros, barman,costureiras, camareiras, marceneiros, eletricistas e serralheiros.Diversas áreas da administração apontam a gran<strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sepromover, em qualquer tipo <strong>de</strong> empreendimento diferencia<strong>do</strong> para a região,a qualificação da mão-<strong>de</strong>-obra local, que age em <strong>do</strong>is pontos fundamentaisna estrutura urbana: a redução <strong>do</strong> fluxo migratório e a geraçãointerna <strong>de</strong> massa salarial, movimentan<strong>do</strong> indiretamente toda a economiamunicipal e <strong>de</strong>soneran<strong>do</strong> os custos <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda social.Após a reestruturação produtiva que o merca<strong>do</strong> sofreu nas décadas <strong>de</strong>1980 e 1990, não se <strong>de</strong>ve esperar a geração <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s volumes <strong>de</strong>emprego perenes. A tendência é que a operação <strong>de</strong> empreendimentosnovos seja altamente informatizada reduzin<strong>do</strong> a mão-<strong>de</strong>-obra necessária,e que não seja possível, em alguns casos, a absorção da mão-<strong>de</strong>-obralocal com cursos simples <strong>de</strong> capacitação, visto que muitos <strong>de</strong>stes empreendimentospo<strong>de</strong>rão exigir altos níveis <strong>de</strong> especialização. Por este la<strong>do</strong>,a população local <strong>de</strong>ve ser mais beneficiada indiretamente, com a movimentação<strong>do</strong> comércio local e a geração <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandas básicas (serviçosbásicos, alimentação, construção civil, entre outros) provocada pela instalação<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empreendimentos.Po<strong>de</strong>rá ser feita uma capacitação profissional para os serviços indiretamente<strong>de</strong>manda<strong>do</strong>s pelos empreendimentos, visan<strong>do</strong> a garantia <strong>de</strong> ummelhor atendimento e a prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> melhor qualida<strong>de</strong> aosBOM 332.pmd 505/09/2008, 18:48


Pág.6Órgão <strong>Oficial</strong> <strong>do</strong> <strong>Município</strong> <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> Ano XI, nº 332, 05 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008contratantes. Programas <strong>de</strong> inclusão digital e capacitação tecnológica, <strong>de</strong> atendimento ao cidadão e <strong>de</strong> controle<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> são temas possíveis entre tantos outros.Essa capacitação po<strong>de</strong>-se dar através <strong>de</strong> programas geri<strong>do</strong>s pela própria Prefeitura, ou em parceria como nocaso da Escola SENAI que atualmente opera através <strong>do</strong> sistema PROA (Programa Regional <strong>de</strong> OperaçõesArticuladas), oferecen<strong>do</strong> cursos diversos em sistema <strong>de</strong> rodízio, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as necessida<strong>de</strong>s verificadas.Com a instalação <strong>de</strong> pólos atratores, <strong>Peruíbe</strong> po<strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar o interesse <strong>de</strong> diversas instituições <strong>de</strong> ensino.Há necessida<strong>de</strong> ainda <strong>de</strong> fomentar a oferta <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> alfabetização - EJA para inclusão social das classesmenos favorecidas no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho.Já para a contratação da mão-<strong>de</strong>-obra a ser empregada, é <strong>de</strong> vital importância que seja centralizada pelo Pat/SIGAE, para avaliação e controle da real situação <strong>de</strong> empregabilida<strong>de</strong> no município. Deve-se estudar também areestruturação <strong>do</strong> local para eficácia <strong>do</strong> atendimento aos munícipes.3.4. Situação fundiária e tributáriaAtualmente não há condições <strong>de</strong> precisar a titularida<strong>de</strong> <strong>do</strong>minial, pois há inúmeros conflitos <strong>de</strong> posse na áreaindicada no projeto. Paralelamente, a SPU (Secretaria <strong>do</strong> Patrimônio da União) informa que, <strong>de</strong>ntro da área objeto<strong>do</strong> projeto, existem áreas <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> da União (vagas e cedidas a terceiros) e áreas <strong>de</strong> particulares. Nasáreas da União é possível a outorga <strong>de</strong> uso para to<strong>do</strong>s os empreendimentos previstos, observa<strong>do</strong> o interesse <strong>do</strong><strong>Governo</strong> Fe<strong>de</strong>ral.Sobre a área existem estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>marcação <strong>de</strong> Terra Indígena, por parte da FUNAI. Em 23 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong>2002, publicou-se <strong>do</strong> DOU (Diário <strong>Oficial</strong> da União) estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>limitação da Terra Indígena Piaçaguera, cujoslimites coinci<strong>de</strong>m com os limites da área em questão. Houve questionamentos sobre a referida <strong>de</strong>limitação e umoutro estu<strong>do</strong> foi solicita<strong>do</strong> pela FUNAI, através da portaria 1.170 <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2007. Por esta portaria,tais estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>veriam ser concluí<strong>do</strong>s até mea<strong>do</strong>s <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2008, a partir <strong>do</strong>s quais a FUNAI emitiria umparecer <strong>de</strong>finitivo. Até a elaboração <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong>, não havia manifestação conclusiva <strong>do</strong> órgão a respeito <strong>do</strong>assunto.Para fins <strong>de</strong> cadastramento tributário existe um titular que necessariamente não representa a situação <strong>de</strong> fato, ouseja, o lançamento tributário po<strong>de</strong> tanto levar em conta o título apresenta<strong>do</strong>, como outros elementos <strong>de</strong> fato quenão aparecem em nenhum título (artigos 16, 17 e 18, da Lei 692/77).As glebas 01 a 09 encontram-se cadastradas na Prefeitura e sobre elas inci<strong>de</strong> uma dívida ativa <strong>de</strong> aproximadamenteR$ 416 milhões <strong>de</strong> reais, <strong>do</strong>s quais R$ 313 milhões correspon<strong>de</strong>m ao valor principal, ou seja, livre <strong>de</strong>multas e juros. Quanto às glebas G1 a G4, também contidas parcialmente na área, não consta cadastro nosistema tributário municipal.Não é possível prever precisamente a arrecadação <strong>de</strong> impostos municipais <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> empreendimentosque funcionarem na área. Isso porque após a aprovação <strong>de</strong> projetos para a área as alíquotas seriam alteradas e<strong>de</strong>terminadas, pelos padrões atuais, pelo volume <strong>de</strong> área construída. Paralelamente, a Prefeitura iniciou umtrabalho <strong>de</strong> revisão <strong>de</strong> sua Planta Genérica <strong>de</strong> Valores que po<strong>de</strong> tanto alterar os valores e as fórmulas <strong>de</strong> cálculo.Existe lei municipal <strong>de</strong> incentivo fiscal à instalação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empreendimentos, que permite, sob avaliação <strong>do</strong>Po<strong>de</strong>r Público, isentar empreendimentos <strong>do</strong> pagamento <strong>do</strong> IPTU pelo prazo <strong>de</strong> até 10 anos. Este procedimento<strong>de</strong>ve ser analisa<strong>do</strong> com cautela para não comprometer o equilíbrio financeiro <strong>do</strong> município. <strong>Peruíbe</strong> po<strong>de</strong> serbeneficiada indiretamente com a instalação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empreendimentos, mas a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimentoem ifnra-estrutura e o aumento da <strong>de</strong>manda social po<strong>de</strong>rá comprometer a receita <strong>do</strong> município para os próximosanos.As isenções po<strong>de</strong>m se restringir a empresas que tenham eleva<strong>do</strong> grau <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ambiental, como forma <strong>de</strong>induzir a ocupação da referida área com empreendimentos não-poluentes que geram produtos ou serviços <strong>de</strong> altovalor agrega<strong>do</strong> e baixo impacto ambiental, empregan<strong>do</strong> profissionais <strong>de</strong> alta qualificação técnica e produzin<strong>do</strong>boa massa salarial.O município po<strong>de</strong> buscar soluções simples para maximizar sua arrecadação <strong>de</strong> impostos, como uma fiscalizaçãoe/ou incentivo ao emplacamento da frota utilizada no município, e um fomento ao consumo da <strong>de</strong>manda <strong>do</strong>sempreendimentos <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> próprio município, estimulan<strong>do</strong>, por exemplo, a competitivida<strong>de</strong> das empresas locaisque possam forneçam produtos e serviços diretamente à construção <strong>do</strong>s empreendimentos.3.5. Sistema Viário<strong>Peruíbe</strong> possui um sistema viário intra-urbano bem estrutura<strong>do</strong> para seu porte, basea<strong>do</strong> em vias arteriaisdistribuídas paralelamente à orla complementa<strong>do</strong> por vias <strong>de</strong> acesso transversais que fazem a ligação entre asmesmas. Em números, apresentam as seguintes estimativas <strong>de</strong> VDMs (Volume Diário Médio):· Av. Luciano <strong>de</strong> Bona (marginal esquerda da linha férrea): 2.600 veículos/dia· Av. Padre Anchieta: 3.900 veículos/dia· Av. João Abel (acesso principal): 6.500 veículos/diaO sistema aten<strong>de</strong> bem as necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> município na baixa temporada. Entretanto, na alta temporada, a Av.Padre Anchieta já começa a dar sinais <strong>de</strong> saturação, em função <strong>de</strong> uma única faixa em cada senti<strong>do</strong> e eleva<strong>do</strong>tráfego <strong>de</strong> veículos. Possui elevada ativida<strong>de</strong> comercial e sua duplicação é praticamente inviável, já que exigiriaa completa eliminação <strong>do</strong> estacionamentos ao longo <strong>do</strong> meio-fio, prejudican<strong>do</strong> a ativida<strong>de</strong> comercial. Nestesenti<strong>do</strong>, a Av. Luciano <strong>de</strong> Bona e a marginal direita da ferrovia mostram-se as vias mais propícias para absorção<strong>do</strong> tráfego adicional <strong>do</strong> município, configuran<strong>do</strong>-se em importante alternativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento.Estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s em 1999 apontavam que 40% da população utilizava a bicicleta como meio <strong>de</strong> transporte.Este alto percentual é possibilita<strong>do</strong> pela ampla área plana <strong>do</strong> município, mas em gran<strong>de</strong> parte por conta da poucacondição financeira da população.Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que a proposta <strong>de</strong> ocupação urbana <strong>de</strong> toda a área <strong>do</strong> Taniguá concretiza a conurbação entre<strong>Peruíbe</strong> e Itanhaém, há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prever o crescimento da mancha urbana <strong>de</strong> ambos os municípios e aalteração significativa <strong>do</strong>s fluxos <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento entre ambos.Com a ocupação maciça da área, é previsível que mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Itanhaém comecem a realizar ou buscarativida<strong>de</strong>s e serviços em <strong>Peruíbe</strong>, e vice-versa. O fluxo intenso <strong>de</strong> automóveis teria, nas condições atuais,somente a ro<strong>do</strong>via SP-55 para se <strong>de</strong>slocar entre os <strong>do</strong>is municípios, transforman<strong>do</strong>-se em via <strong>de</strong> ligação urbana.Se a situação hoje é perfeitamente controlável, em um cenário <strong>de</strong> intensa conurbação para as próximas décadashaverá a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abertura <strong>de</strong> novos eixos viários. Evitan<strong>do</strong>-se futuros gastos com a<strong>de</strong>quações e oestrangulamento da capacida<strong>de</strong> da ro<strong>do</strong>via para transporte interurbano, <strong>de</strong>ve se assegurar espaço para investimentosfuturos através da reserva <strong>de</strong> áreas públicas <strong>de</strong>stinadas a implantação oportuna <strong>de</strong> vários eixos viáriosparalelos à ro<strong>do</strong>via e interligan<strong>do</strong> os municípios <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> e Itanhaém:· prolongamento da Av. Padre Anchieta;· prolongamento das marginais da ferrovia;· interligação das áreas a norte da ro<strong>do</strong>via SP-55.Também há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se potencializar o transporte cicloviário pelo município. A tendência é que,haven<strong>do</strong> efetivo ganho <strong>de</strong> massa salarial no município, o número <strong>de</strong> automóveis circulan<strong>do</strong> seja maior, mesmosem acréscimo <strong>de</strong> população.Recomenda-se na elaboração <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s complementares <strong>do</strong>s empreendimentos interessa<strong>do</strong>s contemplar aa<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> facilitação e indução a utilização <strong>de</strong> transporte coletivo e meios não-poluentes, como abicicleta. Como este meio <strong>de</strong> transporte per<strong>de</strong> atrativida<strong>de</strong> para <strong>de</strong>slocamentos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> distância, coloca-secomo alternativa a conjugação <strong>do</strong> transporte <strong>de</strong> bicicletas sobre vagões plataforma corren<strong>do</strong> pelos trilhos daferrovia, interliga<strong>do</strong> a um sistema <strong>de</strong> ciclovias perpendiculares à mesma. Este sistema, se funcionar regionalmente,po<strong>de</strong> diminuir eventuais pressões populacionais sobre <strong>Peruíbe</strong>.Depen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong>s empreendimentos a serem instala<strong>do</strong>s, po<strong>de</strong> ser necessário o reforço nas equipamentos <strong>de</strong>operação <strong>de</strong> trânsito, bem como da sinalização viária, para conter e inibir o tráfego <strong>de</strong> caminhões <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>sistema viário municipal, já que o mesmo não é dimensiona<strong>do</strong> para tal e a instalação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s complementaresaos empreendimentos, em outras áreas <strong>do</strong> município, po<strong>de</strong>ria aumentar em muito o tráfego <strong>de</strong> caminhõesnas avenidas da cida<strong>de</strong>.Ativida<strong>de</strong>s que movimentem eleva<strong>do</strong> número <strong>de</strong> cargas <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>talhar o fluxo logístico das mesmas, emnúmeros absolutos. Ativida<strong>de</strong>s que gerem gran<strong>de</strong>s volumes <strong>de</strong> tráfego <strong>de</strong>vem prever em seus estu<strong>do</strong>s programas<strong>de</strong> restrição <strong>de</strong> tráfego em feria<strong>do</strong>s, para não comprometer o ramo da economia <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> veranismo.3.6. Habitação<strong>Peruíbe</strong> possui um déficit habitacional em área <strong>de</strong> risco / áreas <strong>de</strong> proteção ambiental ocupadas irregularmenteestima<strong>do</strong> em aproximadamente 1.000 famílias, sen<strong>do</strong> que, 840 foram i<strong>de</strong>ntificadas no ano <strong>de</strong> 2.005.Existe um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> famílias que ocupam na forma <strong>de</strong> posse (lotes <strong>de</strong> outros proprietários em loteamentosaprova<strong>do</strong>s ou terrenos <strong>de</strong> outros proprietários em loteamentos clan<strong>de</strong>stinos). As ocupações irregulares situamseem locais planos, sen<strong>do</strong> poucos os casos existentes em áreas <strong>de</strong> encostas. O déficit habitacional <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>concentra-se em:· Produção <strong>de</strong> Habitações para remoção <strong>de</strong> habitações em área <strong>de</strong> risco;· Produção <strong>de</strong> Habitações para o atendimento a famílias <strong>de</strong> baixa renda;· Produção <strong>de</strong> lotes urbaniza<strong>do</strong>s para o atendimento a famílias <strong>de</strong> baixa renda;· Regularização Fundiária - em áreas públicas, particulares e loteamentos clan<strong>de</strong>stinos passíveis <strong>de</strong>regularização, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a Legislação vigente, exigin<strong>do</strong> serviços <strong>de</strong> levantamento topográfico e cadastral.Há procura expressiva na Prefeitura por Programas <strong>de</strong> Habitação <strong>de</strong> interesse Social. Embora parte <strong>do</strong>s númerosmostra<strong>do</strong>s abaixo possam ser coinci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> um programa para outro, fornecem um panorama da <strong>de</strong>mandahabitacional <strong>do</strong> município:· Para o Programa Morar Legal (Concessão especial <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> lotes urbaniza<strong>do</strong>s): aproximadamente1400 fichas <strong>de</strong> inscrição, em 2004, 2006 e 2007.· Para o Programa PAR (Programa <strong>de</strong> Arrendamento Resi<strong>de</strong>ncial da CAIXA): aproximadamente 3000fichas <strong>de</strong> inscrição, em 2004, 2005, 2006 e 2007.· Para o Cadastro <strong>de</strong> intenções entre funcionários públicos: aproximadamente 120 fichas <strong>de</strong> inscrição,em 2007.· Para o Empreendimento <strong>Peruíbe</strong> C da CDHU: aproximadamente 1500 fichas <strong>de</strong> inscrição, apenas 15dias em 2005No projeto FNHIS 2.007, serão atendidas 320 famílias para <strong>de</strong>socupação <strong>de</strong> Área <strong>de</strong> Proteção Ambiental,margens <strong>do</strong> Rio Preto. Iniciar-se-á em breve a elaboração <strong>de</strong> um Plano Municipal <strong>de</strong> Habitação, <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> aefetuar um diagnóstico mais preciso <strong>do</strong> déficit habitacional municipal bem como propor linhas <strong>de</strong> ação para oenfrentamento <strong>do</strong>s problemas aponta<strong>do</strong>s. Existem atualmente recursos disponíveis pelo FNHIS para continuar oritmo <strong>de</strong> investimentos, porém ele <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> prioritariamente <strong>de</strong> contrapartidas fornecidas pela Prefeitura, que sãovia <strong>de</strong> regra escassas.O avanço da ocupação irregular po<strong>de</strong> ser verificada nas bordas da mancha urbana, especialmente nas áreaspróximas ao Taniguá. A Prefeitura <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> está intensifican<strong>do</strong> a fiscalização em áreas irregulares, agin<strong>do</strong>conjuntamente com a Polícia Ambiental, autuan<strong>do</strong> e requeren<strong>do</strong> a <strong>de</strong>molição <strong>de</strong> obras irregulares.A pressão imobiliária <strong>de</strong>corrente <strong>do</strong> aquecimento e da especulação imobiliária po<strong>de</strong> expulsar as camadas <strong>de</strong>menor po<strong>de</strong>r aquisitivo para áreas irregulares. O município <strong>de</strong>ve monitorar esta situação e aplicar, <strong>de</strong>ntro dassuas competências, to<strong>do</strong>s os instrumentos urbanísticos disponíveis para minimizá-la.Gran<strong>de</strong>s empreendimentos sempre trazem mão-<strong>de</strong>-obra externa para sua construção, que acaba permanecen<strong>do</strong>na cida<strong>de</strong> após o início das operações. Sem ativida<strong>de</strong> formal que lhe permita ocupar regularmente imóvelmunicipal, estes operários ten<strong>de</strong>m a ocupar as áreas irregulares. Nos estu<strong>do</strong>s complementares a seremexigi<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>ve sempre se exigir programas <strong>de</strong> direcionamento da mão-<strong>de</strong>-obra após o término <strong>de</strong> cada etapa <strong>de</strong>construção. Compensatoriamente, <strong>de</strong>ve se estudar:· uma melhor estruturação das equipes <strong>de</strong> fiscalização e a execução <strong>de</strong> programas;· cadastramento <strong>de</strong> ocupações basea<strong>do</strong> em fotos aéreas existentes;· produção <strong>de</strong> habitações em local a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>;· recuperação ambiental <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>socupadas;· programas <strong>de</strong> fiscalização conjunta com órgãos <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>;· programas <strong>de</strong> educação ambiental para áreas <strong>de</strong> proteção ambiental, proteção permanente, áreaspúblicas e áreas não loteadas;· criação <strong>de</strong> parques públicos municipais nas bordas <strong>do</strong> perímetro urbano, cerca<strong>do</strong>s e efetivamenteimplanta<strong>do</strong>s, com equipamentos <strong>de</strong> lazer, a fim <strong>de</strong> conter o avanço das ocupações urbanas irregulares.Além <strong>do</strong>s problemas sociais, muito <strong>de</strong>sta ocupação irregular é fruto da falta <strong>de</strong> consciência e <strong>de</strong> conhecimento<strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res sobre as normas rígidas <strong>de</strong> legislação ambiental e urbanística. Esta questão é agravada nosfluxos migratórios pela falta <strong>de</strong> laços afetivos com a região e pelo <strong>de</strong>sconhecimento das rígidas normas <strong>de</strong>ocupação e <strong>de</strong>smatamento <strong>do</strong> entorno <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação e <strong>do</strong> Bioma da Mata Atlântica. Programas<strong>de</strong> educação ambiental e urbanística direcionada aos fluxos migratórios a serem utiliza<strong>do</strong>s na construção eoperação <strong>do</strong>s empreendimentos po<strong>de</strong>m diminuir a sensação <strong>de</strong> impunida<strong>de</strong> e mitigar o impacto da pressãopopulacional sobre áreas ambientalmente frágeis <strong>do</strong> município <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>.3.7. Saneamento BásicoApesar <strong>de</strong>, institucionalmente a concessionária SABESP respon<strong>de</strong>r pelas quatro áreas afetas ao saneamentobásico, a empresa atua somente em duas áreas, ou seja: o sistema <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água (98%) e o sistema<strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> esgoto (16%). A empresa não atua nas <strong>de</strong>mais áreas: sistema <strong>de</strong> micro e macro drenagemurbana e sistema <strong>de</strong> coleta e <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> resíduos sóli<strong>do</strong>s.3.7.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA<strong>Peruíbe</strong> possui atualmente 98% <strong>de</strong> mora<strong>do</strong>res atendi<strong>do</strong>s por re<strong>de</strong> <strong>de</strong> água pública e 16% <strong>de</strong> coleta e tratamento<strong>de</strong> esgoto, ambos os serviços presta<strong>do</strong>s pela SABESP.BOM 332.pmd 605/09/2008, 18:48


Ano XI, nº 332, 05 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008Órgão <strong>Oficial</strong> <strong>do</strong> <strong>Município</strong> <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>Pág.7O sistema <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> água compõe-se <strong>de</strong> duas fontes <strong>de</strong> produção:· Captação por pequenas barragens no Morro <strong>do</strong>s Itatins, com 2 reservatórios <strong>de</strong> 5000 m³ e <strong>de</strong>sinfecçãopor aplicação direta <strong>de</strong> cloro gasoso. Esse sistema é vulnerável pois per<strong>de</strong> até 80% <strong>de</strong> sua capacida<strong>de</strong> emapenas 30 dias <strong>de</strong> estiagem.· Captação superficial com tratamento completo <strong>do</strong> Sistema Mambú <strong>de</strong> Itanhaém, componente <strong>do</strong> SistemaSantos-<strong>Peruíbe</strong>. Sen<strong>do</strong> <strong>Peruíbe</strong> uma extremida<strong>de</strong> <strong>do</strong> sistema, fica vulnerável à queda da pressão dinâmicanos perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> temporada e feria<strong>do</strong>s. Existe um reservatório <strong>de</strong> 5000 m³ no "Morro da Torre", componente <strong>de</strong>ssesistema.Estan<strong>do</strong> esse sistema dimensiona<strong>do</strong> para aten<strong>de</strong>r população flutuante variável, o incremento populacionalprevisto po<strong>de</strong> ser suporta<strong>do</strong> pelo sistema existente. Para acréscimos significativos <strong>de</strong> população, <strong>de</strong>ve-seestudar a ampliação na ETA Mambú em Itanhaém, pois os recursos hídricos superficiais em <strong>Peruíbe</strong>, nãopossuem vazão para a instalação <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> tratamento local para atendimento <strong>de</strong> uma população fixa altaacrescida <strong>de</strong> um fluxo sazonal na alta temporada.3.7.2. COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTOSJá no sistema <strong>de</strong> coleta e tratamento <strong>de</strong> esgoto espera-se, com o projeto "Sanba", financia<strong>do</strong> pelo JBIC, ainda nãoinicia<strong>do</strong>, atingir-se 85% da população até 2012. Os investimentos previstos pela concessionária, com construção<strong>de</strong> 287 km <strong>de</strong> re<strong>de</strong> coletora e duas ETEs, <strong>de</strong>verão ser concluí<strong>do</strong>s daqui a 3 anos.Este acréscimo <strong>de</strong> re<strong>de</strong> seria então suficiente para suprir as necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> acréscimo populacional na região,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que os empreendimentos a ali se instalarem não provoquem gran<strong>de</strong> aumento populacional nas áreaslin<strong>de</strong>iras ao norte da ferrovia, que não foram contempladas nesta etapa <strong>do</strong> projeto. Deve-se estudar então acomplementação <strong>de</strong>stas re<strong>de</strong>s e sua interligação às Estações <strong>de</strong> Tratamento que <strong>de</strong>vem ser concluídas <strong>de</strong>ntro<strong>do</strong> prazo <strong>de</strong> 3 anos.Os efluentes <strong>de</strong> algumas indústrias, entre eles os provenientes das indústrias <strong>de</strong> carnes e alimentos, mesmotrata<strong>do</strong>s em nível secundário, não po<strong>de</strong>m ser suporta<strong>do</strong>s pelos receptores <strong>do</strong> sistema hídrico local. Neste caso,<strong>de</strong>ve-se prever, além das águas <strong>de</strong> reuso, tratamento terciário para esses efluentes, utilizan<strong>do</strong> toda a tecnologiaexistente não só para os efluentes líqui<strong>do</strong>s, como também para os efluentes gasosos e particula<strong>do</strong>s.Ocupan<strong>do</strong>-se a área com complexos industriais <strong>de</strong> porte, <strong>de</strong>ve-se estudar a reestruturação da Vigilância Sanitáriapara que o município possa monitorar e gerir a<strong>de</strong>quadamente seus recursos hídricos, manten<strong>do</strong> a sustentabilida<strong>de</strong><strong>do</strong>s seus ecossistemas. Entre outras medidas:· Estruturar a Vigilância Sanitária municipal com recursos físicos e humanos para atendimento das<strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> gestão <strong>do</strong> serviço <strong>de</strong> saneamento básico.· Constituir Comissão Permanente <strong>de</strong> Monitoramento, Normatização e Gestão Sanitário-Ambiental.· Instalar laboratório <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> água para os principais parâmetros indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> contaminação.3.7.3. DRENAGEM URBANAO esgotamento atual é feito por um caótico e assorea<strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> canais, em parte naturais e em parteconstruí<strong>do</strong>s até a década <strong>de</strong> 80. A prefeitura, através <strong>de</strong> 2 contratos com recursos próprios e <strong>do</strong> FEHIDRO,executa os projetos executivos para aten<strong>de</strong>r o centro e to<strong>do</strong>s os bairros da margem esquerda <strong>do</strong> Rio Preto. Po<strong>de</strong>seestudar como contrapartida a contratação da terceira etapa <strong>do</strong> projeto executivo e a execução <strong>de</strong> obrasprojetadas nas três fases para solucionar/mitigar os graves problemas <strong>de</strong> inundações que ocorrem sistematicamenteem vários pontos da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao assoreamento <strong>do</strong>s canais, além das regiões baixias <strong>do</strong> Rio Preto.3.7.4. COLETA E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOSO sistema <strong>de</strong> coleta convencional opera com boa logística e aten<strong>de</strong> 100% da população.O sistema <strong>de</strong> coleta seletiva não está implanta<strong>do</strong>, no entanto operam na cida<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 150 carrinheiroscata<strong>do</strong>res <strong>de</strong> lixo seco não organiza<strong>do</strong>s oficialmente.O aterro sanitário enquadra-se na categoria <strong>de</strong> "controla<strong>do</strong>" pela CETESB e está no fim <strong>de</strong> sua vida útil, porém jáexiste recursos próprios, projeto básico e relatório ambiental protocola<strong>do</strong>s na CETESB/SMA <strong>de</strong>s<strong>de</strong> janeiro/08.O projeto <strong>do</strong> novo aterro prevê vida útil <strong>de</strong> 40 anos, para as taxas <strong>de</strong> crescimento atualmente verificadas. Deveseestudar o impacto <strong>do</strong>s empreendimentos sobre a vida útil <strong>do</strong> aterro a partir <strong>do</strong> incremento populacional e <strong>do</strong>aumento da produção <strong>de</strong> lixo por habitante, em função <strong>do</strong> acréscimo <strong>de</strong> massa salarial. Medidas mitiga<strong>do</strong>raspo<strong>de</strong>m ater-se ao projeto e implantação <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> coleta seletiva no município, com gerenciamento <strong>de</strong>resíduos, centros <strong>de</strong> triagem e reciclagem e usinas <strong>de</strong> compostagem <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> poda, além da fornecimento<strong>de</strong> equipamentos a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s à coleta e operação <strong>do</strong> aterro para atendimento da <strong>de</strong>manda gerada.3.8. Saú<strong>de</strong>Na área da saú<strong>de</strong>, os impactos ambientais oriun<strong>do</strong>s da instalação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empreendimentos tem umainfluência menor e <strong>de</strong> longo prazo na saú<strong>de</strong> da população. Já os impactos no meio sócio-econômico afetam acurto prazo e são mais significativos, pois <strong>de</strong>mandam infra-estrutura adicional, a qual já se encontra atualmenteaquém das necessida<strong>de</strong>s atuais. Investimentos são necessários para aten<strong>de</strong>r a aumento da população e adiversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua atenção.Entre os impactos indiretos que afetam o sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> está o acréscimo das áreas <strong>de</strong> ocupação irregular,que trazem consigo problemas sociais diversos (falta <strong>de</strong> esgotamento sanitário, acréscimo <strong>de</strong> violência, <strong>de</strong>snutriçãoou má alimentação) que aumentam a <strong>de</strong>manda pelo serviço público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Apenas como exemplo,citamos que "índices <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil em geral caem 21% quan<strong>do</strong> são feitos investimentos em saneamentobásico" (FSP- Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública, 17/<strong>de</strong>z/99) e que "a eficácia <strong>do</strong>s programas fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> combate àmortalida<strong>de</strong> infantil esbarra na falta <strong>de</strong> saneamento básico" (FSP, 17/<strong>de</strong>z/99).3.8.1. AVALIAÇÃO DO SERVIÇO DE SAÚDEA Portaria MS (Ministério da Saú<strong>de</strong>) n.º 1101/GM <strong>de</strong> 12/06/2002 estabelece parâmetros <strong>de</strong> cobertura assistencialno âmbito <strong>do</strong> SUS - Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, sen<strong>do</strong> esta a nossa referência para a presente avaliação <strong>do</strong> serviço<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> município <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>, bem como das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong> aumento da população.Segun<strong>do</strong> o IBGE, o município <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> em 2007 possui uma população estimada <strong>de</strong> 54.457 habitantes. Combase nessa população temos alguns parâmetros da cobertura assistencial.Tabela 4Comparativo entre a estimativa <strong>de</strong> leitos prevista e a quantida<strong>de</strong> atualFonte: DATASUSCom relação ao número <strong>de</strong> leitos previstos para a população atual <strong>do</strong> município verifica-se que a estrutura atualestá aquém da necessida<strong>de</strong>.Com o aumento da população há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incorporação <strong>de</strong> tecnologia mais avançada para aten<strong>de</strong>r a<strong>de</strong>manda <strong>de</strong> diagnose e terapia, a legislação <strong>de</strong>fine alguns parâmetros populacionais para essa incorporação.Tabela 5Parâmetros para cálculo da necessida<strong>de</strong>, da produtivida<strong>de</strong> ou da cobertura<strong>de</strong> alguns equipamentos <strong>de</strong> diagnose e terapiaFonte: DATASUSAlgumas ativida<strong>de</strong>s produzem patologias e aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho que não po<strong>de</strong>m ser atendi<strong>do</strong>s atualmente pelosistema público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> municipal. Os estu<strong>do</strong>s complementares <strong>de</strong> cada empreendimento <strong>de</strong>vem contemplarao menos a estimativa da incidência <strong>de</strong> patologias relacionadas às ativida<strong>de</strong>s que serão <strong>de</strong>sempenhadas naárea, bem como <strong>do</strong>s aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho e contingências <strong>de</strong>rivadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sastres não naturais relaciona<strong>do</strong>s aosempreendimentos durante as fases <strong>de</strong> implantação e operação.3.9. Promoção SocialPara a elaboração <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s da área da promoção social, os seguintes instrumentos legais foram utiliza<strong>do</strong>s:LOAS - Lei Orgânica <strong>de</strong> Assistência Social, PNAS - Política Nacional <strong>de</strong> Assistência Social, NOB - SUAS e RH- Normas Operacionais Básicas <strong>do</strong> Sistema Único <strong>de</strong> Assistência Social e Recursos Humanos, ECA - Estatutoda Criança e <strong>do</strong> A<strong>do</strong>lescente, Estatuto <strong>do</strong> I<strong>do</strong>so, Política Nacional para a Integração da Pessoa Porta<strong>do</strong>ra <strong>de</strong>Deficiências, Plano Nacional <strong>de</strong> Promoção, Proteção e Defesa <strong>do</strong> Direito <strong>de</strong> Crianças e A<strong>do</strong>lescentes à Convivênciafamiliar e comunitária, <strong>de</strong>liberações da V e VI Conferências Municipal <strong>de</strong> Assistência Social, e o PlanoMunicipal <strong>de</strong> Assistência Social - 2008.Para a avaliação da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> assistência social Municipal são apresenta<strong>do</strong>s os principais indica<strong>do</strong>res sociaislevanta<strong>do</strong>s pelos órgãos oficiais <strong>de</strong> pesquisa estatística, a saber: Fundação SEADE, IBGE e IPVS - ÍndicePaulista <strong>de</strong> Vulnerabilida<strong>de</strong> Social.Tabela 6Perfil Municipal - <strong>Peruíbe</strong>*Obs: O IDH-M - Índice <strong>de</strong> Desenvolvimento Humano pertence ao Grupo 2 que correspon<strong>de</strong> aos municípios queexibem níveis <strong>de</strong> riqueza eleva<strong>do</strong>s, mas não exibem bons indica<strong>do</strong>res sociais.O IPVS - Índice Paulista <strong>de</strong> Vulnerabilida<strong>de</strong> Social - 2000, cujas fontes <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s são a FundaçãoSEADE e o IBGE, apresenta os grupos <strong>de</strong> maior e menor vulnerabilida<strong>de</strong> social às quais a população se encontraexposta, a partir das condições socioeconômicas e <strong>do</strong> perfil <strong>de</strong>mográfico, é um instrumento <strong>de</strong> mensuração dapobreza sob o enfoque multissetorial.A seguir <strong>de</strong>screvemos os grupos populacionais <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>, que encontram-se em situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong>alta e muito alta.Vulnerabilida<strong>de</strong> alta: Grupo 5 - 17.220 pessoas (33,5% <strong>do</strong> total). No espaço ocupa<strong>do</strong> por esses setorescensitários, o rendimento nominal médio <strong>do</strong>s responsáveis pelo <strong>do</strong>micílio era <strong>de</strong> R$ 400 e 70,2% <strong>de</strong>les auferiamrenda <strong>de</strong> até três salários mínimos. Em termos <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, os chefes <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios apresentavam, emBOM 332.pmd 705/09/2008, 18:48


Pág.8Órgão <strong>Oficial</strong> <strong>do</strong> <strong>Município</strong> <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> Ano XI, nº 332, 05 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008média, 4,7 anos <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>, 84,3% <strong>de</strong>les eram alfabetiza<strong>do</strong>s e 23,6% completaram o ensino fundamental. Comrelação aos indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong>mográficos, a ida<strong>de</strong> média <strong>do</strong>s responsáveis pelos <strong>do</strong>micílios era <strong>de</strong> 46 anos eaqueles com menos <strong>de</strong> 30 anos representavam 16,1%. As mulheres chefes <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios correspondiam a20,7% e a parcela <strong>de</strong> crianças <strong>de</strong> 0 a 4 anos equivalia a 11,0% <strong>do</strong> total da população <strong>de</strong>sse grupo.Vulnerabilida<strong>de</strong> muito alta: Grupo 6 - 12.199 pessoas (23,7% <strong>do</strong> total). No espaço ocupa<strong>do</strong> por esses setorescensitários, o rendimento nominal médio <strong>do</strong>s responsáveis pelo <strong>do</strong>micílio era <strong>de</strong> R$ 355 e 74,6% <strong>de</strong>les auferiamrenda <strong>de</strong> até três salários mínimos. Em termos <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, os chefes <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios apresentavam, emmédia, 4,4 anos <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>, 84,4% <strong>de</strong>les eram alfabetiza<strong>do</strong>s e 18,9% completaram o ensino fundamental. Comrelação aos indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong>mográficos, a ida<strong>de</strong> média <strong>do</strong>s responsáveis pelos <strong>do</strong>micílios era <strong>de</strong> 42 anos eaqueles com menos <strong>de</strong> 30 anos representavam 23,0%. As mulheres chefes <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios correspondiam a23,0% e a parcela <strong>de</strong> crianças <strong>de</strong> 0 a 4 anos equivalia a 13,6% <strong>do</strong> total da população <strong>de</strong>sse grupo.Tabela 7Indica<strong>do</strong>res que compõe o Índice Paulista <strong>de</strong> Vulnerabilida<strong>de</strong> Social - <strong>Peruíbe</strong>Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> os índices aponta<strong>do</strong>s no IPVS, 57,2% da população resi<strong>de</strong>nte no município (29.419 pessoas - base2000), encontrava-se em situação <strong>de</strong> alta e muito alta vulnerabilida<strong>de</strong> social, sen<strong>do</strong> portanto, <strong>de</strong>stinatária daPolítica Municipal <strong>de</strong> Assistência Social.Os maiores problemas sociais aponta<strong>do</strong>s no Plano Municipal <strong>de</strong> Assistência Social para 2008 foram:· Desemprego;· Precária Inserção no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho formal e informal;· Baixa qualificação profissional;· Baixa escolarida<strong>de</strong>;· Dependência química em adultos e a<strong>do</strong>lescentes;· Migração;· Crianças e a<strong>do</strong>lescentes em situação <strong>de</strong> rua;· Mães a<strong>do</strong>lescentes.O município <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> possui benefícios, projetos, programas e serviços oferta<strong>do</strong>s através da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimentodireta e indireta. Salientamos que a população resi<strong>de</strong>nte na Zona Rural, Guaraú e Barra <strong>do</strong> Una, praticamentenão tem acesso a esses serviços, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a oferta insuficiente <strong>de</strong> vagas e a carência <strong>de</strong> equipamentossociais e <strong>de</strong> pessoal para atuarem nessas regiões.Segmento I<strong>do</strong>so (total 290 vagas)· Asilo: 18 vagas· Grupos <strong>de</strong> Convivência: 242 vagas· Centro - Dia: 30 vagasSegmento Criança/A<strong>do</strong>lescente (total 1.107 vagas)· Abrigo para crianças: 20 vagas· Abrigo para a<strong>do</strong>lescentes: 12 vagas· VIVA-LEITE: 512 vagas· Erradicação <strong>do</strong> Trabalho Infantil: 63 vagas· Ações Extra-escolares: 325 vagas· Transferência <strong>de</strong> renda: 175 vagasSegmento Pessoas Porta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> Deficiências (total 98 vagas)· Centro <strong>de</strong> Convivência: 98 vagasSegmento: Família (total 2.999 famílias)· Programas <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> renda: 2.599 famílias· Plantão Social: 400 famíliasO número estima<strong>do</strong> <strong>de</strong> pessoas atendidas pelo município é <strong>de</strong> 13.490 pessoas, aproximadamente 45% dapopulação em situação <strong>de</strong> alta e muito alta vulnerabilida<strong>de</strong> social anteriormente informada (base-2000).O município possui um Plano Decenal elabora<strong>do</strong> em 2005, para o qual estão previstas até 2015 a execução dasseguintes ações:· Implantar projeto que atenda a<strong>do</strong>lescentes cumprin<strong>do</strong> liberda<strong>de</strong> assistida e prestan<strong>do</strong> serviços à comunida<strong>de</strong>em parceria com o <strong>Governo</strong> Estadual;· Implantar 01 CRAS - Centro <strong>de</strong> Referência <strong>de</strong> Assistência Social no Jardim <strong>do</strong>s Pra<strong>do</strong>s;· Realizar parcerias com SEBRAE, SERT, Banco <strong>do</strong> Povo, MT - Ministério <strong>do</strong> Trabalho, com a finalida<strong>de</strong><strong>de</strong> implantar projetos <strong>de</strong> associativismo e cooperativismo para população da zona urbana e rural; visan<strong>do</strong> autosustentaçãoe autonomia;· Firmar convênios com entida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> município e da região, que ofereçam atendimento e tratamento para<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes químicos, <strong>do</strong> sexo feminino e masculino, a<strong>do</strong>lescentes e adultos;· Implantar 01 CRAS na Zona rural;· Firmar Convênios com municípios da região que tenham albergue para aten<strong>de</strong>r população <strong>de</strong> rua;· Implantar Secretaria Executiva para apoio às ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Conselho Municipal <strong>de</strong> Assistência Social;· Disponibilizar equipe para aten<strong>de</strong>r e acompanhar beneficiários <strong>do</strong> BPC - Benefício <strong>de</strong> Prestação Continuada;· Firmar Convênios ou criar cursos profissionalizantes em nível técnico aos a<strong>do</strong>lescentes e jovensadultos com o SESI, SENAI, SESC, ETE - Escola Técnica Estadual;· Implantar 01 CRAS que atenda população <strong>do</strong> Guaraú e Barra <strong>do</strong> Una;· Oferecer atendimento especializa<strong>do</strong> à Crianças e A<strong>do</strong>lescentes vítimas <strong>de</strong> abuso e exploração sexual;· Oferecer atendimento especializa<strong>do</strong> a mulheres vítimas <strong>de</strong> violência <strong>do</strong>méstica;· Oferecer à população serviço <strong>de</strong> Ouvi<strong>do</strong>ria para atendimento <strong>de</strong> reclamações <strong>de</strong> violação <strong>de</strong> direitossociais;· Implantar 01 CREAS - Centro <strong>de</strong> Referência Especializa<strong>do</strong> <strong>de</strong> Assistência Social.No que diz respeito aos impactos provoca<strong>do</strong>s por gran<strong>de</strong>s empreendimentos, algumas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>porte po<strong>de</strong>m atrair e incentivar a prática <strong>de</strong> prostituição, inclusive infanto-juvenil, o que implicará em <strong>do</strong>isfenômenos a serem enfrenta<strong>do</strong>s com Programas Sociais especiais, com equipes especializadas.Neste senti<strong>do</strong>, os estu<strong>do</strong>s complementares <strong>de</strong>vem assegurar o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> políticas voltadas à garantia <strong>de</strong> direitose <strong>de</strong> condições dignas <strong>de</strong> vida, sempre levan<strong>do</strong> em conta a projeção <strong>de</strong> migração com a vinda <strong>do</strong> empreendimento.Acredita-se que com a a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> qualificação profissional os piores fenômenos sociais(<strong>de</strong>semprego, baixa escolarida<strong>de</strong> e qualificação profissional) serão minimiza<strong>do</strong>s.3.10. EducaçãoA re<strong>de</strong> Municipal <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> possui atualmente 8.242 alunos matricula<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong>:· 1.966 crianças na Educação Infantil· 5.458 alunos <strong>de</strong> 1º ao 5º ano <strong>do</strong> Ensino Fundamental (etapa inicial)· 427 alunos <strong>de</strong> 6º ao 9º ano <strong>do</strong> Ensino Fundamental (etapa final)· 83 alunos <strong>de</strong> com Necessida<strong>de</strong>s Educacionais Especiais· 308 alunos <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Jovens e AdultosA re<strong>de</strong> ainda possui 19 classes nas escolas <strong>de</strong> Educação Infantil po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> disponibilizar 380 novas vagas paracrianças <strong>de</strong> 03 a 05 anos, no Ensino Fundamental temos 21 classes po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> disponibilizar 630 novas vagas,estas vagas estão distribuídas pelos bairros da cida<strong>de</strong> excluin<strong>do</strong> o bairro <strong>do</strong> Jardim Ribamar.As regiões <strong>do</strong>s bairros Jardim Ribamar, <strong>São</strong> João Batista, Perola Negra, Oásis, <strong>São</strong> José e Josedy nãopossuem escolas construídas, sen<strong>do</strong> que os alunos <strong>de</strong>stes locais utilizam transporte para as escolas on<strong>de</strong>possuem vagas. Atualmente estamos transportan<strong>do</strong> 28 crianças <strong>de</strong>stes bairros com veículos <strong>do</strong> <strong>de</strong>partamento<strong>de</strong> educação e em 2006, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o Quadro <strong>de</strong> Origem, tínhamos aproximadamente 104 alunos <strong>de</strong> 1º ao5º ano <strong>de</strong>sta região.O município ainda não aten<strong>de</strong> crianças <strong>de</strong> 0 a 2 anos, pois as escolas <strong>de</strong>vem possuir uma infra-estruturadiferenciada para aten<strong>de</strong>r esta faixa etária. A prefeitura firmou parceria com três Entida<strong>de</strong>s Filantrópicas paraaten<strong>de</strong>r estes alunos <strong>de</strong> creche. Ampliaremos através <strong>do</strong> projeto Pro infância, <strong>do</strong> <strong>Governo</strong> Fe<strong>de</strong>ral, as instalaçõesda EMEF Antonio Novaes, bairro Recreio Santista, para aten<strong>de</strong>rmos crianças em ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> creche.Atualmente constatamos uma diminuição no atendimento <strong>do</strong>s alunos <strong>do</strong> Ensino Fundamental - ciclo II (5ª a 8ªsérie) e Ensino Médio que estão sob a responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Governo</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo, com relação aosque completam o Ensino Fundamental - ciclo I (1º ao 5º ano). Também observamos que o governo estadual nãotem amplia<strong>do</strong> o atendimento no ciclo II.O município não conta com um local a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para formação, cursos e palestras, para os profissionais na áreada educação.A implantação <strong>de</strong> novos empreendimentos trazem impactos diretos no Departamento <strong>de</strong> Educação apenasrelativos ao acréscimo populacional. A cada 5.000 mil novos habitantes provavelmente 320 novas matriculas<strong>de</strong>verão ser disponibilizadas nos diversos níveis <strong>de</strong> ensino. Para o funcionamento <strong>de</strong> uma escola, é necessárioo funcionamento <strong>do</strong> seguinte corpo efetivo:· De 0 a 03 anos - <strong>de</strong> 08 a 15 alunos por professor, mais uma equipe <strong>de</strong> apoio· De 04 a 05 anos - 20 a 25 alunos por professor· De 06 ao 11 anos - 25 a 35 alunos por professorPara cada escola construída, o quadro escolar <strong>de</strong>verá contar com no mínimo 01 diretor, 02 faxineiros, 01 agente<strong>de</strong> organização escolar, 02 meren<strong>de</strong>iras, 02 inspetores <strong>de</strong> alunos, 01 zela<strong>do</strong>r, 02 recreacionista (no caso <strong>de</strong>educação Infantil) e 01 Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r Pedagógico.Apontam-se como possibilida<strong>de</strong>s a discutir nos estu<strong>do</strong>s complementares:· Construção <strong>de</strong> um local para formações <strong>do</strong>s profissionais da educação que po<strong>de</strong>rá compartilhar com olocal <strong>de</strong> atendimento <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Educação.· Construção <strong>de</strong> um complexo escolar (Creche, Educação Infantil e Ensino Fundamental 1º ao 9º ano)na região <strong>do</strong> Perola Negra, Josedy, Oásis e <strong>São</strong> José.· Ampliação das EMEFs Delcelia Joselita Macha<strong>do</strong> Bezerra e Fernan<strong>do</strong> Nepomuceno Filho.· Construção <strong>de</strong> creches e ampliar parcerias.· Buscar parcerias para ampliar o Ensino Técnico e Universitário na própria cida<strong>de</strong>.· Construção <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong> escolar no Bairro Santa Cruz, a longo prazo.3.11. Meio AmbienteA área ambiental é suficientemente abrangida e <strong>de</strong>talhada na elaboração <strong>do</strong>s EIA-RIMA para os licenciamentosambientais que se fazem nos níveis estadual e fe<strong>de</strong>ral. Nesse senti<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> os empreendimentos exigirem olicenciamento ambiental, o município <strong>de</strong>ve acompanhar os processos <strong>de</strong> licenciamento nas <strong>de</strong>mais esferasadministrativas on<strong>de</strong> os estu<strong>do</strong>s têm condições <strong>de</strong> ser bem mais aprofunda<strong>do</strong>s e analisa<strong>do</strong>s.A área possui, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o Plano Diretor <strong>de</strong> Meio Ambiente elabora<strong>do</strong> em 2002, a parte <strong>de</strong> sua área maispróxima à praia com vegetação <strong>de</strong> restinga e o restante com vegetação ombrófila <strong>de</strong>nsa.As áreas <strong>de</strong> preservação permanente (cursos d'água, lagoas, jundú) são merece<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> especial proteção ecomo tal, alterações e supressões cabíveis são apenas aquelas previstas em lei. A intervenção em área <strong>de</strong>preservação permanente é, em regra, proibida. O Código Florestal admite uma única exceção quan<strong>do</strong> aintervenção convier ao interesse social ou busca atingir finalida<strong>de</strong> pública. Sobre a vegetação Ombrófila Densainci<strong>de</strong> a Lei Fe<strong>de</strong>ral 11.428/07, que dispõe sobre o Bioma da Mata Atlântica.Fazem parte <strong>do</strong> entorno da área as seguintes unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação:· Parque Estadual da Serra <strong>do</strong> Mar;· Estação Ecológica Juréia-Itatins, posteriormente altera<strong>do</strong> para um Mosaico <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação;BOM 332.pmd 805/09/2008, 18:48


Ano XI, nº 332, 05 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008Órgão <strong>Oficial</strong> <strong>do</strong> <strong>Município</strong> <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>Pág.9· Área <strong>de</strong> Proteção Ambiental Cananéia-Iguape-<strong>Peruíbe</strong>;· Estação Ecológica <strong>do</strong>s Tupinquins (ilhas oceânicas).Á época da produção <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong>, encontrava-se em elaboração na região o Zoneamento Ecológico-Econômicoda Baixada Santista e a criação <strong>de</strong> APAs marinhas no Litoral Paulista. Todas as consi<strong>de</strong>rações acima <strong>de</strong>vem serlevadas em conta no momento da apresentação <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s.Para a realização <strong>de</strong> intervenções <strong>de</strong> engenharia na parte marítima, estu<strong>do</strong>s oceanográficos <strong>de</strong>vem ser maisaprofunda<strong>do</strong>s, principalmente no tocante à alteração <strong>do</strong>s fluxos <strong>de</strong> marés e à circulação da fauna marinha.Nos processos <strong>de</strong> licenciamento, o município <strong>de</strong>ve angariar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter recursos volta<strong>do</strong>s àimplementação <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Conservação <strong>de</strong> Proteção Integral no âmbito municipal, bem como contribuição narecuperação ambiental (cercamento, reflorestamento e manutenção, entre outros) das áreas ver<strong>de</strong>s públicas<strong>de</strong>gradadas.Eventuais programas <strong>de</strong> reflorestamento (provavelmente exigi<strong>do</strong>s, pois a área encontra-se bastante arborizadaexigin<strong>do</strong>-se <strong>de</strong>smatamento) <strong>de</strong>vem na medida <strong>do</strong> possível ser direciona<strong>do</strong>s para programas municipais <strong>de</strong>arborização urbana, contribuin<strong>do</strong> para a melhoria <strong>do</strong> micro-clima local.Quadro 1Sítios Arqueológicos localiza<strong>do</strong>s na área <strong>do</strong> Taniguá3.12. TurismoA economia <strong>do</strong> município <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> estabeleceu ao longo <strong>do</strong>s anos uma relação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência como turismo. Deste mo<strong>do</strong>, o <strong>de</strong>sempenho da ativida<strong>de</strong> influencia a geração <strong>de</strong> empregos no município e o sucesso<strong>de</strong> muitos estabelecimentos comerciais, liga<strong>do</strong>s direta ou indiretamente ao turismo.A atrativida<strong>de</strong> turística <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> está intimamente relacionada às suas praias e atrativos naturais. Os atrativosculturais <strong>do</strong> <strong>de</strong>stino agem mais como complementares à visitação <strong>de</strong>stas praias e atrativos naturais <strong>do</strong> que comogera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda. O município possui ampla re<strong>de</strong> hoteleira par seu porte, com cerca <strong>de</strong> 5.000 leitos, quefica ociosa nos perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> baixa temporada.As praias <strong>do</strong> município ainda são seu principal atrativo, utiliza<strong>do</strong> por gran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong>s turistas que visitam <strong>Peruíbe</strong>.Dentre estas praias tem <strong>de</strong>staque a Praia <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>, utilizada por 68% <strong>do</strong>s veranistas e 61% <strong>do</strong>s turistas eexcursionistas em suas visitas ao município. <strong>Peruíbe</strong> i<strong>de</strong>ntifica-se como uma típica localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sol e praia, comgran<strong>de</strong> parte da <strong>de</strong>manda recebida influenciada pela possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> práticas relacionadas a lazer em ambientelitorâneo. No entanto, conta ainda com ampla varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> atrativos naturais que conferem à localida<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>diferencial.Além <strong>de</strong> praias com ampla estrutura <strong>de</strong> apoio à visitação, como a Praia <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>, o <strong>de</strong>stino conta com praiasmenos urbanizadas, com oferta restrita <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> apoio e maior níveis <strong>de</strong> conservação na flora original,como a Praia <strong>do</strong> Guaraú e da Barra <strong>do</strong> Una. Ainda possui praias praticamente <strong>de</strong>sertas, com acesso feitoexclusivamente por trilhas e fauna e flora quase intocadas, como a Praia <strong>do</strong> Caramborê e Desertinha.Trilhas, cachoeiras, rios e piscinas naturais também formam o amplo conjunto <strong>de</strong> atrativos naturais <strong>do</strong> município,que inclui pontos visitáveis em unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong> importante relevância no panorama nacional, comoo Parque Estadual <strong>do</strong> Itinguçu.A união <strong>de</strong> sol e praia e natureza numa só <strong>de</strong>stinação é o maior trunfo da oferta original <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> e fazem comque a localida<strong>de</strong> tenha posicionamento diferencia<strong>do</strong> no merca<strong>do</strong> turístico frente a muitos <strong>de</strong> seus concorrentes,especialmente aqueles localiza<strong>do</strong>s na região da Baixada Santista. Embora poucos <strong>do</strong>s atrativos da cida<strong>de</strong> comcaracterísticas marcantes <strong>de</strong> áreas naturais sejam utiliza<strong>do</strong>s freqüentemente pela <strong>de</strong>manda, a mesma i<strong>de</strong>ntificano contato com a natureza um <strong>do</strong>s pontos fortes <strong>do</strong> município.A localização <strong>de</strong> atrativos no entorno <strong>de</strong> importante unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conservação - a Estação Ecológica Juréia-Itatins(EEJI) - somada à presença <strong>de</strong> praias <strong>de</strong> variadas características paisagísticas fazem <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> um <strong>de</strong>stinodiferencia<strong>do</strong> no litoral sul. No entanto, a cida<strong>de</strong> é conhecida apenas como mais um <strong>de</strong>stino <strong>do</strong> litoral paulista, comampla faixa <strong>de</strong> praia, somente. É necessário agregar a esta imagem consolidada a idéia <strong>de</strong> conjunção entre praiae natureza conservada, aproveitan<strong>do</strong> a presença da EEJI em parte <strong>do</strong> território <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>.Os aspectos culturais <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>, nota<strong>do</strong>s em atrativos já estrutura<strong>do</strong>s, como as Ruínas <strong>do</strong> Abarebebê, ou emrecursos ainda não visita<strong>do</strong>s amplamente, como os al<strong>de</strong>amentos indígenas, são também características a seremutilizadas no posicionamento <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> como um <strong>de</strong>stino único no litoral paulista. O <strong>de</strong>stino, que tem em suaspraias e diversida<strong>de</strong> natural característica principal, po<strong>de</strong> se utilizar da presença <strong>de</strong> importantes recursos em seuterritório para agregar valor ao produto ofereci<strong>do</strong>. Por exemplo, os eventos realiza<strong>do</strong>s no município, aos mol<strong>de</strong>sdaqueles que ocorrem em outras localida<strong>de</strong>s, funcionam como equipamento <strong>de</strong> entretenimento para população evisitantes e atraem fluxos interessa<strong>do</strong>s especificamente nestas opções. De maneira similar, a Lama Negra, comseu uso direciona<strong>do</strong> com fins estéticos e <strong>de</strong> bem estar, vem constituin<strong>do</strong> importante elemento atrativo <strong>de</strong><strong>de</strong>manda específica para <strong>Peruíbe</strong>, assim como elemento diferencial das <strong>de</strong>mais cida<strong>de</strong>s litorâneas.Os impactos positivos da ativida<strong>de</strong> turística no município <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> estão relacionadas a utilização <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>obralocal na gran<strong>de</strong> maior parte <strong>do</strong>s postos <strong>de</strong> trabalho das estruturas ligadas direta ou indiretamente à ativida<strong>de</strong>.Esta é uma característica fundamental ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> município, proporcionan<strong>do</strong> o envolvimento e ainserção da população na ativida<strong>de</strong> turística e uma melhor distribuição <strong>do</strong>s benefícios gera<strong>do</strong>s pelo turismo.Os veranistas que freqüentam <strong>Peruíbe</strong> são responsáveis pela movimentação <strong>do</strong> comércio local e, além disso,geram receitas municipais com o pagamento <strong>de</strong> impostos para a manutenção <strong>de</strong> suas segundas residências em<strong>Peruíbe</strong>.Outro impacto positivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque refere-se à preocupação com os recursos naturais e culturais <strong>do</strong> município.O intuito <strong>do</strong> município <strong>de</strong> se estabelecer como <strong>de</strong>stino turístico tem proporciona<strong>do</strong> interesse na melhoria dasestruturas e recursos locais, o que beneficia sua manutenção, otimiza seu uso e contribui para sua preservação.Ten<strong>do</strong> em vista a importância da balneabilida<strong>de</strong> das praias, uma vez que ela é gera<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>mandaturística em nossa cida<strong>de</strong>, solicita-se que os EIVs complementares apresentem estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s impactos causa<strong>do</strong>sàs áreas <strong>de</strong> entorno, principalmente com relação às praias. É importante criar mecanismos para minimizar osimpactos negativos e proporcionar estu<strong>do</strong>s da balneabilida<strong>de</strong> das praias por perío<strong>do</strong> contínuo, a fim <strong>de</strong> melhorinformar os banhistas.Empreendimentos <strong>de</strong> porte estruturante po<strong>de</strong>m por si só tornarem-se atrativos turísticos para a visitação <strong>de</strong>grupos organiza<strong>do</strong>s, com potencial para se tornar um diferencial para a atração <strong>de</strong> novas <strong>de</strong>mandas turísticas.Os estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>vem consi<strong>de</strong>rar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>manda, com infra-estrutura <strong>de</strong> atendimentomonitora<strong>do</strong> para turistas aos finais <strong>de</strong> semana e para grupos escolares durante a semana.3.13. CulturaA área <strong>do</strong> Taniguá, mais propriamente a que fica entre a ferrovia e a praia, possui diversos sítios arqueológicosque <strong>de</strong>vem ser analisa<strong>do</strong>s na realização <strong>de</strong> quaisquer obras.O município <strong>de</strong>ve garantir que as peças resgatadas fiquem sob posse <strong>do</strong> próprio município, expostas em locala<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>, para resgate da cultura local aos seus mora<strong>do</strong>res.A seguir são lista<strong>do</strong>s os sítios i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s.BOM 332.pmd 905/09/2008, 18:48


Ano XI, nº 332, 05 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008Órgão <strong>Oficial</strong> <strong>do</strong> <strong>Município</strong> <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>Pág.11BOM 332.pmd 1105/09/2008, 18:49


Pág.12Órgão <strong>Oficial</strong> <strong>do</strong> <strong>Município</strong> <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> Ano XI, nº 332, 05 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008BOM 332.pmd 1205/09/2008, 18:49


Ano XI, nº 332, 05 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008Órgão <strong>Oficial</strong> <strong>do</strong> <strong>Município</strong> <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>Pág.13BOM 332.pmd 1305/09/2008, 18:49


Pág.14Órgão <strong>Oficial</strong> <strong>do</strong> <strong>Município</strong> <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> Ano XI, nº 332, 05 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008Trânsito <strong>de</strong> ônibus e caminhões na Estrada <strong>do</strong>Una é normaliza<strong>do</strong> pela PrefeituraA Prefeitura Municipal <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> informa que já está normaliza<strong>do</strong> otrânsito <strong>de</strong> caminhões e ônibus sobre o rio Perequê. A Secretaria <strong>de</strong> obrasacaba <strong>de</strong> entregar uma alternativa lateral a ponte <strong>do</strong> Perequê, limitada aveículos leves por causa <strong>de</strong> problemas em sua estrutura. Essa varianterestabelece as condições <strong>de</strong> trânsito <strong>de</strong> veículos pesa<strong>do</strong>s no local, <strong>de</strong>volvetranqüilida<strong>de</strong> ao <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> pessoas e merca<strong>do</strong>rias na Estrada<strong>do</strong> Una, e vai permanecer em funcionamento até a completa reforma e recuperaçãoda ponte <strong>do</strong> rio Perequê,o que <strong>de</strong>ve acontecer até o final <strong>do</strong> mês<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro.A ponte e a Estrada <strong>do</strong> Una não recebiam melhorias significativas hácerca <strong>de</strong> 20 anos. Agora, através <strong>de</strong> convênio entre a Administração Municipale o <strong>Governo</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, através da Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ria Estadual da DefesaCivil, serão executadas importantes obras nessa que é a única ligaçãoentre o Guaraú é a Estação Ecológica Juréia-Itatins.______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Estão abertas as inscrições para matrícula <strong>do</strong> ensino fundamental <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>As inscrições para o cadastramento das matrículas <strong>de</strong> alunos na Educação Infantil e no Ensino Fundamental da re<strong>de</strong> Municipal <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> já estãoabertas e vão até o dia 29 <strong>de</strong> setembro. Para se inscrever, na Educação Infantil, é preciso que a criança esteja com 03 anos completos ou a completar até 30/06 <strong>de</strong> 2009; e no Ensino Fundamental, esteja com 06 anos completos ou a completar até 30 junho 2009.No ato da inscrição, que <strong>de</strong>ve ser feita na escola mais próxima da residência da criança, os pais ou responsáveis <strong>de</strong>verão apresentar os seguintes<strong>do</strong>cumentos originais: certidão <strong>de</strong> nascimento ou RG <strong>do</strong> aluno, comprovante <strong>de</strong> residência em nome <strong>do</strong> pai ou responsável.Os pais ou responsáveis pelos candidatos a vagas <strong>de</strong>verão retornar ao local da inscrição, a partir <strong>de</strong> 28/11, para saber em qual unida<strong>de</strong> escolar <strong>de</strong>verãoefetivar a matricula para o próximo ano.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________PERUÍBE RECEBE TROFÉU PRÓ-VIDA 2008 POR REDUÇÃO NA MORTALIDADE INFANTIL<strong>Peruíbe</strong> recebeu na última quinta-feira, dia 4, no Centro <strong>de</strong> ConvençõesRebouças, em <strong>São</strong> Paulo , o TROFÉU PRÓ-VIDA 2008, uma das maisimportantes conquistas da cida<strong>de</strong> no setor da saú<strong>de</strong>. Dos 645 municípios<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo, foram seleciona<strong>do</strong>s, criteriosamente, 164 municípios,e <strong>Peruíbe</strong> obteve sua indicação por ter <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> políticas <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> que contribuíram para a diminuição <strong>do</strong> índice <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil.No balanço da Fundação <strong>do</strong> Sistema Estadual <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s (SEADE),com base em da<strong>do</strong>s da Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Saú<strong>de</strong>, <strong>Peruíbe</strong> obteve omelhor resulta<strong>do</strong> entre to<strong>do</strong>s os municípios da região na redução da mortalida<strong>de</strong>infantil, cain<strong>do</strong> <strong>de</strong> 23,3 mortes por mil crianças nascidas vivas para16 entre os anos <strong>de</strong> 2006 e 2007.Esse índice só foi possível <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> o aprimoramento da assistênciaao parto com a presença <strong>de</strong> neonatalogista na sala <strong>de</strong> parto, programa <strong>de</strong>atendimento à saú<strong>de</strong> da gestante e <strong>do</strong> bebê, ampliação <strong>do</strong> acesso ao prénatale a participação da equipe <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (PSF)que tem contribuí<strong>do</strong> <strong>de</strong>cisivamente para o alcance <strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>s cada vezmelhores. Com as freqüentes visitas <strong>do</strong>s agentes às residências, levan<strong>do</strong>orientações preventivas, conduzin<strong>do</strong> as mães e filhos a outros programas<strong>de</strong> proteção a saú<strong>de</strong>, a tendência é que os índices sejam ainda mais significativosnos próximos anos.O TROFÉU PRÓ-VIDA 2008, uma iniciativa da Sanex Public, empresaprivada com escopo em eventos, tem o objetivo <strong>de</strong> valorizar agentespúblicos, que estatisticamente avançam em políticas sociais, sobretu<strong>do</strong> nasrelacionadas às Metas <strong>do</strong> Milênio, assinadas por 191 países, inclusive oBrasil. E uma <strong>de</strong>ssas políticas é justamente a mortalida<strong>de</strong> infantil, aon<strong>de</strong><strong>Peruíbe</strong> vem se <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> a cada ano com redução <strong>de</strong> índices.BOM 332.pmd 1405/09/2008, 18:49


Ano XI, nº 332, 05 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008Órgão <strong>Oficial</strong> <strong>do</strong> <strong>Município</strong> <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>Pág.15BOM 332.pmd 1505/09/2008, 18:49


Pág.16Órgão <strong>Oficial</strong> <strong>do</strong> <strong>Município</strong> <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> Ano XI, nº 332, 05 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008BOM 332.pmd 1605/09/2008, 18:49

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