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Capítulo Institucional e da Sustentabilidade - EDP

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Relatório e Contas 2010negócios282009 (-3,7%). Em termos médios anuais, registou-se uma que<strong>da</strong>marginal do produto de 0,1%. A procura interna contraiu-se em1,2%, tendo o aumento <strong>da</strong> despesa do sector privado, ao nível doconsumo privado e do investimento empresarial, sido insuficientepara compensar a forte retracção na despesa pública. O programade consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>s contas públicas, previa um défice público de9,3% em 2010, que terá sido cumprido.O sector <strong>da</strong> construção e residencial mantém-se em fasede ajustamento face aos excessos do passado, mas menosintensa do que em 2009. As dificul<strong>da</strong>des que impendem sobreimportantes segmentos do sistema financeiro, com forte exposiçãoao mercado imobiliário, constituem novo foco de incerteza.A correcção na procura interna provocou uma redução significativano défice externo (cerca de 25% em termos homólogos),evidenciando alguma flexibili<strong>da</strong>de e capaci<strong>da</strong>de de resposta <strong>da</strong>economia espanhola aos desafios enfrentados.Economia Espanhola2220181614121086420-2-4-61T072T073T074T071T082T083T084T081T092T093T094T091T102T103T104T10Taxa de Desemprego (%)PIB Real (var %)Taxa de Inflação (%)O retrocesso <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de e a incerteza com efeitos de segun<strong>da</strong>ordem no mercado imobiliário e no quadro institucional europeuconstitui uma envolvente que penaliza o emprego, que continuaem retracção há cerca de 3 anos, pese embora o ritmo dedeterioração evidencie moderação. A taxa de desempregoestabilizou em patamares muito elevados (superior a 20%),semelhantes aos valores do período anterior à adesão aoeuro. Neste contexto, as pressões salariais são inexistentes.O aumento <strong>da</strong> tributação indirecta sobre o consumo e a pressãodos preços internacionais, como o preço do petróleo e de outrasmatérias-primas, foram as principais causas do aumento <strong>da</strong> taxade inflação.Os efeitos de contágio <strong>da</strong> crise na Grécia e no sistema financeiroirlandês manifestaram-se sob a forma dum aumento do prémiode risco soberano <strong>da</strong> economia espanhola (o spread face à dívi<strong>da</strong>pública alemã atingiu os 250 p.b.), que prejudicou fortemente odesempenho dos activos mobiliários e a evolução <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>deeconómica em geral, por via do encarecimento do crédito e <strong>da</strong>disponibili<strong>da</strong>de de liquidez. No conjunto de 2010, o principal índiceaccionista espanhol acumulou uma desvalorização de cercade 17%. A desvalorização de activos reais imobiliários ascendea 13% em termos médios desde o valor máximo alcançadono início de 2008, e a redução do investimento em construçãoresidencial ascende a 45% desde 2007.Brasil enfrenta o desafio <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong>de na abundânciaA economia brasileira terá alcançado um crescimentomuito robusto em 2010, na ordem de 7,3% em termos reais,com destaque para o sector agrícola e industrial, cujo bomdesempenho tem vindo a suportar uma eleva<strong>da</strong> propensão àdespesa em investimento. O contributo <strong>da</strong> procura interna parao crescimento de 10 pontos percentuais demonstra a dinâmicainterna e contrasta com o contributo negativo do sector externo.Esta composição e intensi<strong>da</strong>de do crescimento sugere algumsobreaquecimento <strong>da</strong> economia brasileira que começa a justificaruma política económica de maior rigor para 2011. As projecçõessugerem um abran<strong>da</strong>mento significativo, mas ain<strong>da</strong> assim comuma expansão <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de económica robusta na ordem de4 a 5%, destacando-se, em termos sectoriais, as perspectivasfavoráveis para a indústria petrolífera, construção e tecnologias deinformação, associa<strong>da</strong>s a programas governamentais específicos.Economia Brasileira121086420-2-4-61T072T073T074T071T082T083T084T081T092T093T094T091T102T103T104T10Taxa de Desemprego (%)PIB Real (var %)Taxa de Inflação (%)A evolução muito favorável <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de, em parte decorrentedo dinamismo do crédito, as políticas sociais de carácterexpansionista, nomea<strong>da</strong>mente ao nível do mercado habitaçãoe o clima de confiança muito favorável nas famílias e nasempresas, reflecte-se numa eleva<strong>da</strong> propensão ao investimentoe ao emprego. A taxa de desemprego tem vindo a descerestabelecendo-se no valor mais baixo desde 2002 (cerca de 5,5%)e os ganhos salariais tem sido substantivos, em parte alinhadospelos ganhos de produtivi<strong>da</strong>de.Neste contexto, as pressões inflacionistas têm vindo a aumentar.A taxa média anual de inflação para 2010 situou-se em 5,9%, mais1,6 pontos percentuais do que em 2009 e superior em 1,4 pontospercentuais ao valor médio estabelecido para a meta de inflaçãoque serve de orientação para a política monetária. O aumento <strong>da</strong>inflação ocorreu apesar do contexto de moderação decidido paraos preços administrados. Os preços livres aumentaram 7,1% noperíodo, nomea<strong>da</strong>mente no sector dos serviços.Enquadramento energéticoO ano de 2010 fica marcado pelo início <strong>da</strong> recuperação face àsevera quebra na procura de energia a nível mundial verifica<strong>da</strong>em 2009. Com efeito, quer o consumo de electrici<strong>da</strong>de quero consumo de gás apresentaram crescimentos significativosnão só na Europa e Estados Unidos, mas principalmente nospaíses emergentes (China, Índia, Brasil). No entanto, esteaumento <strong>da</strong> procura não foi suficiente para absorver a situaçãode sobrecapaci<strong>da</strong>de nos mercados de electrici<strong>da</strong>de e de gásverifica<strong>da</strong> desde o ano passado.Os preços <strong>da</strong>s principais matérias-primas energéticas (petróleoe carvão) sofreram um aumento médio de cerca de 30% face aosníveis de 2009, sem que no entanto tenham chegado aos valoresde pico verificados em 2008. Estes aumentos de preço estãoassociados à recuperação <strong>da</strong> procura após a recessão económica,em particular nos países emergentes.

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