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Cartilha Olho Vivo - Controle Social - Controladoria-Geral da União

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<strong>Controladoria</strong>-<strong>Geral</strong> <strong>da</strong> UniãoSecretaria de Prevenção <strong>da</strong> Corrupçãoe Informações Estratégicas<strong>Controle</strong> <strong>Social</strong>Orientações aos ci<strong>da</strong>dãos para participação nagestão pública e exercício do controle socialColeção <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong>Brasília, DF2010


SumárioApresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9Parte I . A Participação Popular no Estado Brasileiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11O princípio <strong>da</strong> soberania popular na Constituição de 1988 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12Organização do Estado Democrático de Direito no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13Os recursos públicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14Parte II . O <strong>Controle</strong> <strong>da</strong>s Ações Governamentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15O controle institucional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16O controle social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16O controle social no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17Mecanismos de exercício do controle social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18Formas de exercício do controle social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21O direito à informação e o controle social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26Parte III . O Programa <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> no Dinheiro Público . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33Parte IV . O Encaminhamento de Denúncias aos Órgãos R esponsáveis . . . . . . . . . . . . .35Anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39Anexo I – Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40Aenxo II – Formulário de denúncia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41Anexo III – <strong>Controladoria</strong>-<strong>Geral</strong> <strong>da</strong> União (CGU) nos estados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42


ApresentaçãoCom a elaboração desta cartilha sobre controle social, a <strong>Controladoria</strong>-<strong>Geral</strong> <strong>da</strong>União (CGU) quer contribuir para a formação de uma nova cultura política,fun<strong>da</strong><strong>da</strong> na democracia participativa, em que ca<strong>da</strong> ci<strong>da</strong>dão, individualmente, oureunido em associações civis, é convi<strong>da</strong>do a exercer o seu papel de sujeito noplanejamento, gestão e controle <strong>da</strong>s políticas públicas.A CGU deseja compartilhar com o ci<strong>da</strong>dão o conhecimento que possui sobreplanejamento orçamentário, execução de despesas e outros assuntos relacionadosaos recursos públicos, com o objetivo de estimular a formação de uma infini<strong>da</strong>dede fiscais do dinheiro público que, consequentemente, irá aju<strong>da</strong>r a combater eprevenir a corrupção e trabalhar em favor <strong>da</strong> aplicação correta e transparente dosimpostos arreca<strong>da</strong>dos.Com esse material, o ci<strong>da</strong>dão terá a oportuni<strong>da</strong>de de aprender como seorganiza politicamente o Estado brasileiro, terá explicações sobre afun<strong>da</strong>mentação jurídica que garante a ca<strong>da</strong> um de nós o direito de exercer ocontrole social e receberá orientações de como se organizar e participarefetivamente.7 Coleção <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> – <strong>Controle</strong> <strong>Social</strong> e Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia


IntroduçãoO controle social, entendido como a participação do ci<strong>da</strong>dão na gestãopública, é um mecanismo de prevenção <strong>da</strong> corrupção e de fortalecimento <strong>da</strong>ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia. No Brasil, a preocupação em se estabelecer um controle socialforte e atuante torna-se ain<strong>da</strong> maior, em razão <strong>da</strong> sua extensão territorial edo grande número de municípios que possui.Assim, o controle social revela-se como complemento indispensável aocontrole institucional, exercido pelos órgãos fiscalizadores. Para que osci<strong>da</strong>dãos possam desempenhá-lo de maneira eficaz, é necessário que sejammobilizados e recebam orientações sobre como podem ser fiscais dos gastospúblicos.Nesta cartilha são discutidos temas como democracia participativa, asformas e mecanismos de controle do planejamento e <strong>da</strong> execução <strong>da</strong>s açõesdo governo, o direito à informação e ao exercício de prerrogativas quepermitam ao ci<strong>da</strong>dão contribuir para a correta aplicação do dinheiro público.9 Coleção <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> – <strong>Controle</strong> <strong>Social</strong> e Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia


Parte IA Participação Popularno Estado Brasileiro


O princípio <strong>da</strong> soberania popular na Constituição de 1988Na história sociopolítica do ocidente, as constituições evoluíram ao reconhecer os direitossociais, ao lado dos direitos individuais civis e políticos, e ao promover a abertura do Estado àefetiva participação do povo em sua gestão e controle. Isso porque o povo é o titular legítimo dopoder estatal, cujo exercício pode ser direto ou por meio de representantes.O povo brasileiro, na vanguar<strong>da</strong> dessa história sociopolítica, decidiu que o Brasil deve ser umEstado Democrático de Direito. Esta decisão está impressa no Preâmbulo e no art. 1º de nossaConstituição Federal (CF), promulga<strong>da</strong> em 5 de outubro de 1988.Parte I • A Participação Popular no Estado BrasileiroPor essa razão, aparecem como fun<strong>da</strong>mentos de nossa República a soberania, a ci<strong>da</strong><strong>da</strong>niae a digni<strong>da</strong>de <strong>da</strong> pessoa humana, nos incisos I, II e III desse mesmo dispositivo, cujo parágrafoúnico finaliza, consagrando o princípio <strong>da</strong> soberania popular: "todo poder emana do povo,que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos destaConstituição".Em suma, nossa democracia é participativa. Vale dizer, o povo brasileiro decidiu participar<strong>da</strong> gestão e do controle do Estado brasileiro. Mas não podemos exercer a gestão e o controledo que não conhecemos. Vejamos, portanto, como o Estado brasileiro se constitui e seorganiza.12


Organização do Estado Democrático de Direito no BrasilO povo brasileiro decidiu que nossa forma de governo é republicana, que nosso sistema degoverno é presidencialista e que a forma de nosso Estado é federativa.Enquanto Republicano, o Estado brasileiro deve priorizar os direitos fun<strong>da</strong>mentais, não deveadmitir que o interesse privado se sobreponha ao interesse público, deve fun<strong>da</strong>r-se na ética e nadivisão e equilíbrio entre os poderes. Deve também se empenhar na realização dos seguintes objetivos,firmados no art. 3º de nossa CF:• construir uma socie<strong>da</strong>de livre, justa e solidária;• garantir o desenvolvimento nacional;• erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigual<strong>da</strong>des sociais e regionais;• promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, i<strong>da</strong>de e quaisqueroutras formas de discriminação.Enquanto presidencialista, o Estado brasileiro é dirigido por um Presidente <strong>da</strong> República, chefedo poder Executivo, eleito para man<strong>da</strong>to de quatro anos, a ser exercido com o auxílio de Ministrosde Estado, escolhidos dentre brasileiros maiores de 21 anos e no exercício dos direitos políticos.Enquanto federativo, nosso Estado é formado por quatro componentes autônomos, a saber:a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.No entanto, para que o exercício dessa autonomia não afronte a soberania popular, o povobrasileiro decidiu que aqueles que executam as leis não devem ser os mesmos que legislam, bemcomo aqueles que executam as leis e legislam não devem ser os mesmos que julgam.Desse modo, não basta que a autonomia seja exerci<strong>da</strong> pelas uni<strong>da</strong>des federativas. É necessárioque haja a separação dos poderes em Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário, ca<strong>da</strong>um com a missão de exercer, de modo predominante, uma função do Estado.Os Três Poderes <strong>da</strong> RepúblicaPoder Executivo Poder Legislativo Poder Judiciário13Coleção <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> – <strong>Controle</strong> <strong>Social</strong> e Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia


O Poder Executivo deve praticar atos de chefia de Estado, de chefia de governo e deadministração. O Poder Legislativo deve legislar e realizar a fiscalização contábil, financeira,orçamentária e patrimonial <strong>da</strong> União. O Poder Judiciário deve julgar, dizer o direito no casoconcreto.No entanto, nenhum desses poderes é soberano. Isto porque o poder popular é uno eindivisível. O povo, único titular legítimo do Estado, apenas atribui competências paraca<strong>da</strong> poder, que devem ser exerci<strong>da</strong>s com eficiência e dentro dos parâmetros éticojurídicos.Parte I • A Participação Popular no Estado Brasileiro14Os recursos públicosPara que os fins do Estado sejam cumpridos e que o direito a uma vi<strong>da</strong> justa alcance a todossem distinção, é necessário que todos trabalhem com zelo e honesti<strong>da</strong>de. Por essa razão, o Estadodeve estimular ou mesmo exercer a ativi<strong>da</strong>de econômica e, a partir dela, prover o funcionamentode seus órgãos para que realizem bem suas funções.Ou seja, a partir do mundo econômico, que é o mundo do trabalho, desenvolve-se umconjunto de ativi<strong>da</strong>des estatais, volta<strong>da</strong>s para canalizar recursos para o financiamento <strong>da</strong>spolíticas sociais, a fim de que os objetivos fun<strong>da</strong>mentais <strong>da</strong> República sejam alcançados.Portanto, o Estado precisa do ingresso de recursos públicos para que seus órgãos e agentespotencializem sua missão constitucional de construir uma vi<strong>da</strong> justa e livre para todo o povobrasileiro, origem e fim de to<strong>da</strong> a ativi<strong>da</strong>de estatal.Nenhum povo almeja sustentar-se com recursos de terceiros, por meio de empréstimos, mascom recursos próprios. Esses recursos são as receitas, que podem ser originárias e deriva<strong>da</strong>s.Quando originárias, são obti<strong>da</strong>s do patrimônio do próprio Estado, por meio <strong>da</strong> ven<strong>da</strong> de bens eserviços. Quando deriva<strong>da</strong>s, do patrimônio privado, por exemplo, por meio <strong>da</strong>s reparações deguerra, <strong>da</strong>s penali<strong>da</strong>des e dos tributos.Então, para que o Estado funcione é necessário que arrecade receitas. Essas receitas, namedi<strong>da</strong> em que possibilitam a realização de programas, projetos e ações do Estado, setransformam em despesas. Para que esse processo seja eficaz, é preciso planejarantecipa<strong>da</strong>mente, a fim de que não se estimem receitas abaixo <strong>da</strong>s despesas necessárias e nemse arrecade além do necessário, causando sacrifícios à socie<strong>da</strong>de.Para garantir que esses recursos sejam, de fato, destinados a atender as necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>população, além de participar <strong>da</strong> elaboração do orçamento, aju<strong>da</strong>ndo a definir as priori<strong>da</strong>despara os gastos do governo, a socie<strong>da</strong>de deve também fiscalizar a aplicação desse dinheiro,zelando pela boa e correta destinação do dinheiro público.A socie<strong>da</strong>de, portanto, deve acompanhar a realização <strong>da</strong>s despesas, atenta para que osrecursos não sejam desviados ou mal gerenciados.Ou seja, é preciso que, além de participar <strong>da</strong> gestão e do acompanhamento <strong>da</strong>s políticaspúblicas, a socie<strong>da</strong>de exerça o CONTROLE dos recursos públicos, envolvidos nas realizações dosfins do Estado.Mas como se dá o controle dos gastos públicos e como a socie<strong>da</strong>de se insere nesse contexto?


Parte IIO <strong>Controle</strong> <strong>da</strong>sAções Governamentais


O controle institucionalControlar significa verificar se a realização de uma determina<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de não se desvia dosobjetivos ou <strong>da</strong>s normas e princípios que a regem.Na Administração Pública, o ato de controlar possui significado similar, na medi<strong>da</strong> em quepressupõe examinar se a ativi<strong>da</strong>de governamental atendeu à finali<strong>da</strong>de pública, à legislação e aosprincípios básicos aplicáveis ao setor público.A forma de controle exerci<strong>da</strong> pela própria Administração Pública e por organizações priva<strong>da</strong>sé chama<strong>da</strong> de controle institucional. No Governo Federal, é exerci<strong>da</strong> por órgãos que têm acompetência legal para fiscalizar a aplicação dos recursos públicos.Parte II • O <strong>Controle</strong> <strong>da</strong>s Ações GovernamentaisOs artigos 70, 71 e 74 <strong>da</strong> Constituição Federal brasileira estabelecem que o controleinstitucional cabe essencialmente ao Congresso Nacional, responsável pelo controle externo,realizado com o auxílio do Tribunal de Contas <strong>da</strong> União, e a ca<strong>da</strong> Poder, por meio de um sistemaintegrado de controle interno.Dessa forma, o controle externo deve ser realizado pelo Poder Legislativo com auxílio dostribunais de contas. No caso do Governo Federal, conforme o man<strong>da</strong>mento constitucional, oTribunal de Contas <strong>da</strong> União – TCU é o responsável por auxiliar o Congresso Nacional no exercíciodo controle externo, ativi<strong>da</strong>de que deve ser apoia<strong>da</strong> pelo sistema de controle interno de ca<strong>da</strong>poder.Quanto ao controle interno, na esfera federal, a <strong>Controladoria</strong>-<strong>Geral</strong> <strong>da</strong> União – CGU é o órgãocentral do Sistema de <strong>Controle</strong> Interno do Poder Executivo Federal. À CGU compete desenvolverfunções de controle interno, correição, ouvidoria, além <strong>da</strong>s ações volta<strong>da</strong>s para a promoção <strong>da</strong>transparência e para a prevenção <strong>da</strong> corrupção.Outros órgãos públicos também atuam na prevenção, controle, investigação e repressão <strong>da</strong>corrupção: o Ministério Público Federal, os Ministérios Públicos Estaduais, o Tribunal de Contas <strong>da</strong>União, os Tribunais de Contas dos Estados e dos Municípios, as <strong>Controladoria</strong>s dos Estados, aPolícia Federal, as Polícias Estaduais, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário, apenas para citar osórgãos mais evidentes.16Entretanto, tendo em vista a complexi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s estruturas político-sociais de um país e dopróprio fenômeno <strong>da</strong> corrupção, o controle <strong>da</strong> Administração Pública não se deve restringir aocontrole institucional. É fun<strong>da</strong>mental para to<strong>da</strong> a coletivi<strong>da</strong>de que ocorra a participação dosci<strong>da</strong>dãos e <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de organiza<strong>da</strong> no controle do gasto público, monitorandopermanentemente as ações governamentais e exigindo o uso adequado dos recursosarreca<strong>da</strong>dos. A isto se denomina "controle social".O controle socialO controle social pode ser entendido como a participação do ci<strong>da</strong>dão na gestão pública, nafiscalização, no monitoramento e no controle <strong>da</strong>s ações <strong>da</strong> Administração Pública. Trata-se deimportante mecanismo de prevenção <strong>da</strong> corrupção e de fortalecimento <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia.No Brasil, a preocupação em se estabelecer um controle social forte e atuante torna-se ain<strong>da</strong>maior, em razão <strong>da</strong> extensão territorial do país e <strong>da</strong> descentralização geográfica dos órgãos


públicos integrantes dos diversos níveis federativos – União, estados, Distrito Federal e municípios.No caso destes, há que considerar, ain<strong>da</strong>, o seu grande número. Por isso, a fiscalização <strong>da</strong>aplicação dos recursos públicos precisa ser feita com o apoio <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de.O controle social é um complemento indispensável ao controle institucional realizado pelosórgãos que fiscalizam os recursos públicos. Essa participação é importante porque contribui paraa boa e correta aplicação dos recursos públicos, fazendo com que as necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>desejam atendi<strong>da</strong>s de forma eficiente.No entanto, para que os ci<strong>da</strong>dãos possam desempenhar de maneira eficaz o controle social,é necessário que sejam mobilizados e recebam orientações sobre como podem ser fiscais dosgastos públicos.O controle social no BrasilPara se entender a evolução do controle social no Brasil, faz-se necessário mencionar aspectosocorridos na história recente do país, especialmente no processo de redemocratização posteriorao fim do regime militar.Nesse sentido, a déca<strong>da</strong> de 80 é um marco importante, pois se caracterizou por ummovimento intenso de luta pela ampliação dos mecanismos institucionais de diálogo entre oEstado e os ci<strong>da</strong>dãos. A Constituição de 1988, elabora<strong>da</strong> sob forte influência <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de civilpor meio de emen<strong>da</strong>s populares, definiu a descentralização e a participação popular comomarcos no processo de elaboração <strong>da</strong>s políticas públicas, especialmente nas áreas de políticassociais e urbanas.17 Coleção <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> – <strong>Controle</strong> <strong>Social</strong> e Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia


Assim, a Constituição de 1988, também chama<strong>da</strong> de "Constituição Ci<strong>da</strong>dã" por ser o textoconstitucional mais democrático que o País já possuiu, consagrou um contexto favorável àparticipação dos ci<strong>da</strong>dãos nos processos de toma<strong>da</strong> <strong>da</strong>s decisões políticas essenciais ao bem-estar<strong>da</strong> população.Entre essas iniciativas podemos citar a instituição dos conselhos de políticas públicas. Nessesconselhos os ci<strong>da</strong>dãos não só participam do processo de toma<strong>da</strong> de decisões <strong>da</strong> AdministraçãoPública, mas, também, do processo de fiscalização e de controle dos gastos públicos, bem como<strong>da</strong> avaliação dos resultados alcançados pela ação governamental.Parte II • O <strong>Controle</strong> <strong>da</strong>s Ações Governamentais18Portanto, o controle social é tema atual, de interesse tanto do Estado quanto <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de.Mais do que isso, o controle social tornou-se atitude concreta em muitas instâncias. Há umadiversi<strong>da</strong>de de iniciativas acontecendo, seja no interior <strong>da</strong>s instituições civis, seja nos organismospúblicos, que procuram mostrar ao ci<strong>da</strong>dão a necessi<strong>da</strong>de de zelar pelo que é de interessecomum, pelo que é de todos.Mecanismos de exercício do controle socialO controle social pode ocorrer tanto no planejamento como na execução <strong>da</strong>s ações dogoverno.<strong>Controle</strong> social do planejamento orçamentárioO povo brasileiro decidiu que o Estado deve planejar suas políticas públicas em conjunto comos segmentos representativos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de civil. Os instrumentos desse planejamento, definidosna Constituição Federal, são:a) Plano Plurianual(PPA)b) Lei de DiretrizesOrçamentárias(LDO)c) Lei OrçamentáriaAnual(LOA)A partir desse referencial normativo, o PPA faz um planejamento <strong>da</strong>s políticas públicas eprogramas de governo para o período de 4 anos (quadriênio). A LDO orienta ano a ano comoessas políticas e programas devem ser realizados e a LOA aloca os recursos necessáriosanualmente para a concretização <strong>da</strong>s metas estabeleci<strong>da</strong>s. Portanto, a LDO e a LOA sãoelabora<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong> ano, vincula<strong>da</strong>s ao PPA, cuja elaboração é quadrienal.Os projetos de lei do PPA, <strong>da</strong> LDO e <strong>da</strong> LOA são elaborados pelo Poder Executivo eencaminhados ao Poder Legislativo. Esses projetos são discutidos, apreciados e votados pelas duascasas do Congresso Nacional. Em segui<strong>da</strong>, são encaminhados ao Executivo para sanção ou veto.


O PPA apresenta os critérios de ação e decisão que devem orientar os gestores públicos(Diretrizes); estipula os resultados que se busca alcançar na gestão (Objetivos), inclusive expressandoosem números (Metas) e delineia o conjunto de ações a serem implementa<strong>da</strong>s (Programas).O PPA também indica os meios para se atingir os objetivos de um programa, podendo assumira forma de projetos, ativi<strong>da</strong>des ou operações especiais (Ações). Projetos são trabalhos específicos,com prazo e produto final. Ativi<strong>da</strong>des são operações de um trabalho continuado, a fim de manterações já desenvolvi<strong>da</strong>s. Operações especiais são ações que, em tese, não contribuem para amanutenção <strong>da</strong>s ações do governo, como, por exemplo, o pagamento de servidores inativos.A LDO dispõe sobre as metas e priori<strong>da</strong>des para a Administração Pública, os critérios para aelaboração <strong>da</strong> LOA, as alterações <strong>da</strong> legislação tributária e as formas de financiamento doorçamento. Dispõe ain<strong>da</strong> sobre política salarial e concursos públicos e estabelece os percentuaisde recursos que serão descentralizados para os Poderes e Administração Indireta, comofun<strong>da</strong>ções, autarquias e socie<strong>da</strong>des de economia mista. Elege, a partir do PPA, os programas emetas físicas a serem executados, sempre no exercício seguinte ao de sua elaboração.A LOA se ocupa de definir as fontes de arreca<strong>da</strong>ção, estimar as receitas e prever as despesaspara o ano seguinte ao de sua elaboração. É nela que o Programa de Trabalho do governo seapresenta de forma mais detalha<strong>da</strong> e objetiva, a ponto de seu não encaminhamento aoCongresso Nacional até 31 de agosto implicar em crime de responsabili<strong>da</strong>de do Presidente <strong>da</strong>República, conforme previsto no inciso III do § 2º do art. 35 do Ato <strong>da</strong>s DisposiçõesConstitucionais Transitórias (ADCT), combinado com o art. 10 <strong>da</strong> Lei 1.079/50. Esses dispositivostambém atingem os governadores e prefeitos.O manejo <strong>da</strong> Lei Orçamentária Anual (LOA) deve obedecer aos princípios, definidos na Lei nº4.320/64, conheci<strong>da</strong> como Lei <strong>da</strong>s Finanças Públicas, que são: uni<strong>da</strong>de, universali<strong>da</strong>de,anuali<strong>da</strong>de, equilíbrio, publici<strong>da</strong>de, especialização, exclusivi<strong>da</strong>de e orçamento bruto.De acordo com esses princípios, em ca<strong>da</strong> exercício financeiro deve haver apenas um orçamento(uni<strong>da</strong>de) para ca<strong>da</strong> ente federativo, o qual deve abranger to<strong>da</strong>s as receitas a serem arreca<strong>da</strong><strong>da</strong>se to<strong>da</strong>s as despesas a serem realiza<strong>da</strong>s (universali<strong>da</strong>de). O orçamento deve tratar apenas dereceitas e despesas, sendo permiti<strong>da</strong> autorização de abertura de créditos suplementares e19 Coleção <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> – <strong>Controle</strong> <strong>Social</strong> e Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia


contratação de operações de crédito (exclusivi<strong>da</strong>de). Deve ter vigência de um ano (anuali<strong>da</strong>de) ecui<strong>da</strong>r para que as despesas não ultrapassem as receitas (equilíbrio). Deve ser publicado nosdiários oficiais (publici<strong>da</strong>de), discriminar as receitas e despesas (especialização) e apresentar-sesem deduções (orçamento bruto).A socie<strong>da</strong>de tem o direito e o dever de participar <strong>da</strong> elaboração desses instrumentos deplanejamento <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> do Estado. No PPA, pode participar <strong>da</strong>s reuniões de elaboração eapreciação, para que sejam contempla<strong>da</strong>s suas necessi<strong>da</strong>des no quadriênio a que oplanejamento se refere.Na LDO, igualmente, pode e deve participar <strong>da</strong> decisão que elege os programas a seremexecutados no exercício seguinte, pois somente assim será garanti<strong>da</strong> uma governançademocrática, que melhor aten<strong>da</strong> às necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de.Parte II • O <strong>Controle</strong> <strong>da</strong>s Ações Governamentais20A socie<strong>da</strong>de deve também participar <strong>da</strong> deliberação que aloca os recursos públicos para aexecução do programa de trabalho do governo de sua uni<strong>da</strong>de federativa. Como vimos, essadecisão é impressa na LOA, a peça orçamentária mais concreta.A socie<strong>da</strong>de deve participar não apenas <strong>da</strong> elaboração dos instrumentos de planejamento(PPA, LDO e LOA), mas, inclusive, do processo de apreciação e votação nas casas legislativas.<strong>Controle</strong> social <strong>da</strong> execução <strong>da</strong>s despesas públicasEncerra<strong>da</strong> a fase de elaboração, apreciação, votação e aprovação <strong>da</strong>s peças orçamentárias,inicia-se a fase de execução. É o momento <strong>da</strong> realização dos fins públicos estabelecidos naConstituição. Por isso, a socie<strong>da</strong>de deve se organizar para participar <strong>da</strong> gestão desses recursos,em conjunto com os agentes públicos.Nosso ordenamento jurídico estabelece algumas regras para que as despesas não se realizemarbitrariamente. Essas regras estão conti<strong>da</strong>s, principalmente, na Lei <strong>da</strong>s Finanças Públicas, a Lei nº4.320/64, na Lei <strong>da</strong>s Licitações, a Lei nº 8.666/93 e na Lei de Responsabili<strong>da</strong>de Fiscal, a LeiComplementar nº 101/2000.A Lei nº 8.666/93 estabelece, por sua vez, que as despesas devem ser efetua<strong>da</strong>s, sem privilegiarum ou outro fornecedor dos produtos, obras ou serviços. Isto é, o gestor público deve observaro princípio constitucional <strong>da</strong> isonomia (igual<strong>da</strong>de de todos perante a lei). Por outro lado, devesempre selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração, conjugando comrazoabili<strong>da</strong>de os critérios de preço e técnica.Assim, as obras, serviços, compras, alienações, concessões, permissões e locações <strong>da</strong>Administração Pública, quando contrata<strong>da</strong>s com terceiros, devem ser, em regra, precedidos delicitação, que deve ser processa<strong>da</strong> e julga<strong>da</strong> em estrita conformi<strong>da</strong>de com os princípios básicos<strong>da</strong> legali<strong>da</strong>de, <strong>da</strong> impessoali<strong>da</strong>de, <strong>da</strong> morali<strong>da</strong>de, <strong>da</strong> igual<strong>da</strong>de, <strong>da</strong> publici<strong>da</strong>de, <strong>da</strong> probi<strong>da</strong>deadministrativa, <strong>da</strong> vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhessão correlatos.Segundo a Lei nº 4.320/64, to<strong>da</strong> despesa efetua<strong>da</strong> na Administração Pública, de qualquer dosentes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) deve seguir três estágios:empenho, liqui<strong>da</strong>ção e pagamento.


O art. 58 desse estatuto informa que empenho é "o ato emanado de autori<strong>da</strong>de competenteque cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição".EmpenhoLiqui<strong>da</strong>çãoPagamentoSe o empenho é obrigação de pagamento, não é o pagamento propriamente dito. É precisoque a despesa empenha<strong>da</strong> seja liqui<strong>da</strong><strong>da</strong>. Conforme o art. 68 <strong>da</strong> Lei nº 4.320/64, liqui<strong>da</strong>ção é a"verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentoscomprobatórios do respectivo crédito".Somente após essa fase o pagamento deve ser efetuado, mas não por qualquer pessoa,apenas por despacho de autori<strong>da</strong>de competente, em documentos processados pela contabili<strong>da</strong>dedo órgão realizador <strong>da</strong> despesa.Por isso, após participar <strong>da</strong> elaboração <strong>da</strong>s peças orçamentárias, a socie<strong>da</strong>de deve acompanharde perto a execução <strong>da</strong>s despesas públicas, nas três fases descritas acima, para evitar desvio edesperdício dos recursos públicos.Formas de exercício do controle socialO controle social pode ser exercido pelos conselhos de políticas públicas ou diretamente pelosci<strong>da</strong>dãos, individualmente ou de forma organiza<strong>da</strong>.O controle social exercido pelos conselhosConforme citado, os conselhos são instâncias de exercício <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, que abremespaço para a participação popular na gestão pública. Nesse sentido, os conselhospodem ser classificados conforme as funções que exercem. Assim, os conselhos podemdesempenhar conforme o caso, funções de fiscalização, de mobilização, de deliberaçãoou de consultoria.A função fiscalizadora dos conselhos pressupõe o acompanhamento e o controle dos atospraticados pelos governantes.A função mobilizadora refere-se ao estímulo à participação popular na gestão pública e àscontribuições para a formulação e disseminação de estratégias de informação para a socie<strong>da</strong>desobre as políticas públicas.A função deliberativa, por sua vez, refere-se à prerrogativa dos conselhos de decidir sobre asestratégias utiliza<strong>da</strong>s nas políticas públicas de sua competência, enquanto a função consultivarelaciona-se à emissão de opiniões e sugestões sobre assuntos que lhes são correlatos.A legislação brasileira prevê a existência de inúmeros conselhos de políticas públicas,alguns com abrangência nacional e outros cuja atuação é restrita a estados e municípios.21 Coleção <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> – <strong>Controle</strong> <strong>Social</strong> e Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia


A instituição de conselhos e o fornecimento <strong>da</strong>s condições necessárias para o seufuncionamento são condições obrigatórias para que estados e municípios possam receberrecursos do Governo Federal para o desenvolvimento de uma série de ações.No caso dos municípios, os conselhos foram criados para auxiliar a prefeitura na tarefa deutilizar bem o dinheiro público. A seguir, alguns exemplos de conselhos que devem serconstituídos pelos municípios:Conselho de Alimentação EscolarO que fazQuem faz parteParte II • O <strong>Controle</strong> <strong>da</strong>s Ações Governamentais• Controla o dinheiro para a meren<strong>da</strong>.Parte <strong>da</strong> verba vem do GovernoFederal. A outra parte vem <strong>da</strong>prefeitura.• Verifica se o que a prefeitura comprouestá chegando às escolas.• Analisa a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> meren<strong>da</strong>compra<strong>da</strong>.• Examina se os alimentos estão bemguar<strong>da</strong>dos e conservados.• Deve se reunir frequentemente.Para saber mais:• Ministério <strong>da</strong> Educação - 0800 616161Conselho Municipal de SaúdeO que faz• Representante(s) <strong>da</strong> prefeitura.• Representante(s) <strong>da</strong> câmara municipal.• Representante(s) dos professores.• Representante(s) de pais de alunos.• Representante(s) de um sindicato ouassociação rural (ca<strong>da</strong> órgão ouenti<strong>da</strong>de indica seu representante).Quem faz parte22• Controla o dinheiro destinado àsaúde.• Acompanha as verbas que chegampelo Sistema Único de Saúde (SUS) eos repasses de programas federais.• Participa <strong>da</strong> elaboração <strong>da</strong>s metaspara a saúde.• Controla a execução <strong>da</strong>s ações nasaúde.• Deve se reunir frequentemente.• Representante(s) <strong>da</strong>s pessoas queusam o Sistema Único de Saúde.• Profissionais <strong>da</strong> área de saúde(médicos, enfermeiras).• Representante(s) de prestadores deserviços de saúde (hospitaisparticulares).• Representantes <strong>da</strong> prefeitura.Para saber mais:• Disque-Saúde - 0800 61 1997


Conselho do Fundo <strong>da</strong> Educação Básica (Fundeb)O que faz• Examina os gastos realizados comrecursos do Programa.• Supervisiona o censo escolar anual e aelaboração <strong>da</strong> proposta orçamentáriaanual, com o objetivo de concorrerpara o regular e tempestivotratamento e encaminhamento dos<strong>da</strong>dos estatísticos e financeiros.• Acompanha a aplicação dos recursosfederais referentes ao ProgramaNacional de Apoio ao Transporte doEscolar (Pnate) e ao Programa deApoio aos Sistemas de Ensino paraAtendimento à Educação de Jovens eAdultos, e, ain<strong>da</strong>, recebe e analisa asprestações de contas referentes a essesProgramas, formula pareceresconclusivos sobre a aplicação dessesrecursos e encaminha-os ao FundoNacional de Desenvolvimento <strong>da</strong>Educação (FNDE).Quem faz parte• Representantes do Poder ExecutivoMunicipal (Prefeitura), dos quais pelomenos 1 (um) deve ser <strong>da</strong> SecretariaMunicipal de Educação ou de órgãoeducacional equivalente.• Representante dos professores <strong>da</strong>educação básica pública.• Representante dos diretores <strong>da</strong>sescolas básicas públicas.• Representante dos servidores técnicoadministrativos<strong>da</strong>s escolas básicaspúblicas.• Representante(s) dos pais de alunos <strong>da</strong>educação básica pública.• Representante(s) dos estu<strong>da</strong>ntes <strong>da</strong>educação básica pública, um éindicado pela enti<strong>da</strong>de de estu<strong>da</strong>ntessecun<strong>da</strong>ristas.• Representante(s) do respectivoConselho Municipal de Educação.• Representante do Conselho Tutelar <strong>da</strong>Criança e do Adolescente, indicadospor seus pares, quando houver nomunicípio.Para saber mais:• Prefeitura de sua ci<strong>da</strong>de.• Departamento de Desenvolvimento de Políticas de Financiamento <strong>da</strong> Educação Básica -Defineb Esplana<strong>da</strong> dos Ministérios, bloco L, 5º an<strong>da</strong>r, sala 510 - CEP 70047-900 - Brasília-DF.• Ligação gratuita: 0800-616161• Endereço Eletrônico: fundeb@mec.gov.br23 Coleção <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> – <strong>Controle</strong> <strong>Social</strong> e Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia


Conselho de Assistência <strong>Social</strong>(Os programas são voltados para as crianças (creches), idosos, portadoresde deficiências físicas)O que fazQuem faz parteParte II • O <strong>Controle</strong> <strong>da</strong>s Ações Governamentais24• Acompanha a chega<strong>da</strong> do dinheiro ea aplicação <strong>da</strong> verba para osprogramas de assistência social.• Aprova o plano de assistência socialfeito pela prefeitura.Para saber mais:• Prefeitura• Representantes indicados pelaprefeitura e pelas enti<strong>da</strong>des quefazem assistência social no município,como creches, associações de apoioao adolescente, ao idoso, associaçõescomunitárias.• Conselho Estadual de Assistência <strong>Social</strong> (funciona na capital do seu estado). O ConselhoNacional de Assistência <strong>Social</strong>, em Brasília, informa os telefones dos conselhosestaduais: (61) 3433-2431/3433-2422.• Ministério do Desenvolvimento <strong>Social</strong> e Combate à Fome - www.mds.gov.br.• Conselho Nacional de Assistência <strong>Social</strong> – www.mds.gov.br/cnas.• MDS - 0800 707 2003 (ligação gratuita)Nos Municípios, também podem existir outros conselhos, voltados para diferentes programasde Governo. Essa informação deve ser busca<strong>da</strong> na Prefeitura ou na Câmara de Vereadores. Ca<strong>da</strong>ci<strong>da</strong>dão deve procurar saber quem são os conselheiros e discutir com eles os problemas do seumunicípio. A participação de todos evita desvios e mau uso do dinheiro público.Outras formas de exercer o controle socialMesmo sem participar dos conselhos, ca<strong>da</strong> ci<strong>da</strong>dão ou grupo de ci<strong>da</strong>dãos, isola<strong>da</strong>mente ou emconjunto com enti<strong>da</strong>des ou organizações <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de civil, pode ser fiscal <strong>da</strong>s contas públicas. Ca<strong>da</strong>um desses atores sociais pode, por exemplo, verificar se o município, o Distrito Federal, o estado e aUnião realizaram, na prática, as obras <strong>da</strong>s escolas conforme previsto ou se os valores <strong>da</strong>s notas fiscaise valores <strong>da</strong>s compras e obras realiza<strong>da</strong>s são compatíveis com os preços de mercado.No caso dos municípios, por exemplo, a Constituição Federal assegura, no § 3º do Artigo 31,que suas contas ficarão à disposição de qualquer contribuinte para exame e apreciação durante60 dias, anualmente, sendo possível o questionamento <strong>da</strong> legitimi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s contas nos termos <strong>da</strong>lei. O ci<strong>da</strong>dão também tem o direito de ter acesso aos processos de compras e ao conteúdo doscontratos celebrados pela Administração Pública, podendo acompanhar, por exemplo, a sessãopública de julgamento de propostas em uma licitação.


O ci<strong>da</strong>dão, no exercício docontrole social, deve estar atentoao cumprimento dos objetivos <strong>da</strong>spolíticas públicas, denunciandopossíveis irregulari<strong>da</strong>des encontra<strong>da</strong>saos diversos órgãos quepossuem competência para atuar.Conforme o caso, podem ser contatadosórgãos como a <strong>Controladoria</strong>-<strong>Geral</strong><strong>da</strong> União (CGU), oMinistério Público Estadual, o MinistérioPúblico Federal, os Tribunaisde Contas do Município, doEstado e <strong>da</strong> União; as Câmaras deVereadores e Assembléias Legislativase os Conselhos responsáveispelo acompanhamento <strong>da</strong> respectivapolítica.A efetivi<strong>da</strong>de dos mecanismos de controle social depende essencialmente <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>dede mobilização <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de e do seu desejo de contribuir. É de fun<strong>da</strong>mental importância queca<strong>da</strong> ci<strong>da</strong>dão assuma a tarefa de participar <strong>da</strong> gestão governamental, de exercer o controlesocial <strong>da</strong> despesa pública. Somente com a participação <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de será possível um controleefetivo dos recursos públicos, o que permitirá uma utilização mais adequa<strong>da</strong> dos recursosfinanceiros disponíveis.A importância <strong>da</strong> participação dos educadores no controle socialOs educadores, agentes formadoresde consciências, têmpapel importante no incentivo aocontrole social. Desse modo, elespodem atuar:a) como membros de conselhosformalmente constituídos,a exemplo <strong>da</strong>quelesque são pré-requisitopara o repasse de recursosfederais aos municípios,como: Conselho de AlimentaçãoEscolar – CAE, Conselhode Acompanhamentodo Fundeb, Conselho doPrograma Bolsa Família,Uni<strong>da</strong>des Executoras doPrograma de Dinheiro Diretona Escola - PDDE;25 Coleção <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> – <strong>Controle</strong> <strong>Social</strong> e Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia


) como colaboradores diretos dos conselhos existentes, subsidiando-os com informações epercepções obti<strong>da</strong>s a partir <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s escolas onde lecionam; ec) como colaboradores indiretos, disseminando, entre seus alunos, informações sobre aexistência e as finali<strong>da</strong>des dos conselhos e aproximando os conselhos do principal públicoalvo<strong>da</strong>s políticas de educação. Tais informações podem também ser leva<strong>da</strong>s aos pais dealunos e demais servidores <strong>da</strong> escola (auxiliares administrativos, merendeiras, vigias etc.).A contribuição dos educadores é essencial na divulgação <strong>da</strong>s formas de controle social juntoà comuni<strong>da</strong>de escolar na qual atuam, mostrando que essas possibili<strong>da</strong>des foram cria<strong>da</strong>s paraauxiliar na boa gestão dos recursos públicos.Parte II • O <strong>Controle</strong> <strong>da</strong>s Ações GovernamentaisEm algumas situações, o educador pode medir o real alcance de uma ação de governo econtribuir para a correção de rumos. Exemplo: readequação de materiais para aquisição ouserviços, a partir de reais necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> escola.Conselheiros, educadores, alunos e pais desempenham importante papel nos conselhosmunicipais, contribuindo com suas experiências e vivências para a sedimentação <strong>da</strong>s instâncias decontrole e para o aprimoramento <strong>da</strong> execução <strong>da</strong>s políticas públicas.Os ci<strong>da</strong>dãos em geral podem e devem deman<strong>da</strong>r ações dos conselhos municipais, parceirosfun<strong>da</strong>mentais do controle social. Para tanto, devem entrar em contato, por telefone oucorrespondência escrita. A depender <strong>da</strong> situação a ser trata<strong>da</strong>, é recomendável, inclusive, que sefaça um registro por escrito. Exemplo: os alunos em sala reclamam <strong>da</strong> falta de meren<strong>da</strong>rotineiramente ou que determinado equipamento adquirido apresenta defeitos regularmente. Osconselhos podem ser convi<strong>da</strong>dos a visitar a escola, conhecendo suas dependências, identificandoas necessi<strong>da</strong>des, verificando no local a execução <strong>da</strong> ação de governo a eles relaciona<strong>da</strong>.26O direito à informação e o controle social:A participação ativa do ci<strong>da</strong>dão no controle social pressupõe a transparência <strong>da</strong>s açõesgovernamentais. No subitem 2.6.3 falaremos sobre o Portal <strong>da</strong> Transparência. Esse portal reúneinformações sobre o uso do dinheiro público pelo Governo Federal e os disponibiliza para todo o


ci<strong>da</strong>dão brasileiro, privilegiando uma relação governo-socie<strong>da</strong>de fun<strong>da</strong><strong>da</strong> na transparência e naresponsabili<strong>da</strong>de social. O governo deve propiciar ao ci<strong>da</strong>dão a possibili<strong>da</strong>de de entender osmecanismos de gestão, para que ele possa influenciar no processo de toma<strong>da</strong> de decisões. Oacesso do ci<strong>da</strong>dão à informação simples e compreensível é o ponto de parti<strong>da</strong> para uma maiortransparência.A transparência <strong>da</strong> gestão pública e <strong>da</strong>s ações do governo depende, portanto:• <strong>da</strong> publicação de informações;• de espaços para a participação popular na busca de soluções para problemas na gestãopública;• <strong>da</strong> construção de canais de comunicação e de diálogo entre a socie<strong>da</strong>de civil e ogovernante;• do funcionamento dos Conselhos, órgãos coletivos do poder público e <strong>da</strong>socie<strong>da</strong>de civil com o papel de participar <strong>da</strong> elaboração, execução e fiscalização <strong>da</strong>spolíticas públicas;• <strong>da</strong> modernização dos processos administrativos, que, muitas vezes, dificultam a fiscalizaçãoe o controle por parte <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de civil;• <strong>da</strong> simplificação <strong>da</strong> estrutura de apresentação do orçamento público, aumentando assim atransparência do processo orçamentário.Para que o controle social possa ser efetivamente exercido, é preciso, portanto, que os ci<strong>da</strong>dãostenham acesso às informações públicas. Essa transparência implica, no entanto, um trabalhosimultâneo do governo e <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de: o governo, levando a informação à socie<strong>da</strong>de; a socie<strong>da</strong>de,buscando essa informação consciente de que tudo o que é público é de ca<strong>da</strong> um de nós.O direito à informação sobre os recursos públicosÉ dever de todo ente público informar a população, com clareza, sobre como gasta odinheiro e prestar contas dos seus atos. Essas informações devem ser <strong>da</strong><strong>da</strong>s com uma linguagemclara, que possa ser compreendi<strong>da</strong> pelos ci<strong>da</strong>dãos de uma forma simples.Da mesma forma, os entes públicos devem incentivar a participação popular na discussão <strong>da</strong>sestratégias utiliza<strong>da</strong>s para colocar em prática as políticas públicas, na elaboração do seu planejamentoe de seus orçamentos.Isso porque o orçamento é a lei na qual os governos (municipal, estadual ou federal)deixam claro o que pretendem fazer com o dinheiro público. Nos municípios, essa lei évota<strong>da</strong> uma vez por ano na câmara municipal. Esse é um bom momento para participar.Em muitas ci<strong>da</strong>des do Brasil, a população participa ativamente do processo do orçamento.Nessas ci<strong>da</strong>des, os moradores decidem como será utilizado o dinheiro <strong>da</strong> prefeitura eacompanham de perto os gastos.Para saber mais sobre o dinheiro público, ca<strong>da</strong> ci<strong>da</strong>dão também pode procurar os vereadores deseu município. Eles têm o dever de fiscalizar o uso dos recursos públicos e de prestar informaçõessobre a gestão governamental. A câmara municipal fiscaliza a prefeitura. O vereador deve acompanharde perto os gastos <strong>da</strong> prefeitura. A prefeitura presta contas à câmara municipal. O ci<strong>da</strong>dãofiscaliza todos.27 Coleção <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> – <strong>Controle</strong> <strong>Social</strong> e Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia


É importante destacar que os órgãos federais também comunicam às câmaras municipais asverbas transferi<strong>da</strong>s aos municípios. Por sua vez, a prefeitura deve comunicar por escrito aospartidos políticos, sindicatos de trabalhadores e enti<strong>da</strong>des empresariais com sede no município achega<strong>da</strong> <strong>da</strong> verba federal.Onde encontrar informações sobre o uso do dinheiro públicoMeren<strong>da</strong>Parte II • O <strong>Controle</strong> <strong>da</strong>s Ações Governamentais28Saúde• Conselho de Alimentação Escolar• Secretarias de educação (do estado e do município)• Vereadores• Partidos políticos e sindicatos• www.fnde.gov.br - para saber quanto o seu município recebeu,clique no botão "Serviços", em segui<strong>da</strong> no botão "Consultas on-line" ecoloque o nome do seu município.• MEC - 0800 616161 - Fala-Brasil. Central de Atendimento doMinistério <strong>da</strong> Educação (ligação gratuita)• Conselho Municipal de Saúde• Secretarias <strong>da</strong> saúde (do estado e do município)• Vereadores• Partidos políticos e sindicatos• www.saude.gov.br - para saber quanto o seu município recebeu, escolhao assunto "Repasses Fundo a Fundo" na área "Índice de Serviços"• 0800 644 8001 - Central de Atendimento do Fundo Nacional deSaúde (ligação gratuita)• 0800 611997 - Disque-saúde. Central de Teleatendimento doMinistério <strong>da</strong> Saúde (ligação gratuita).Recursos <strong>da</strong> educação• Conselho do Fundeb• Prefeitura e secretarias de educação (do estado e do município)• Vereadores• Partidos políticos e sindicatos• www.stn.fazen<strong>da</strong>.gov.br/estados_municipios/transferencias_constitucionais.asp• 0800 616161 - Fala-Brasil. Central de Atendimento do Ministério <strong>da</strong>Educação (ligação gratuita)


Recursos <strong>da</strong> assistência social (Creches e idosos)• Conselhos de Assistência <strong>Social</strong>• Prefeitura• Vereadores• Partidos políticos e sindicatosEstra<strong>da</strong>s, poços, barragens e obras em geral• Prefeitura• Vereadores• Partidos políticos e sindicatos• www.cgu.gov.br/conveniosBolsa Família• Prefeitura de sua ci<strong>da</strong>de (informa sobre as famílias que estão ca<strong>da</strong>stra<strong>da</strong>spara receber o benefício)• www.mds.gov.br/bolsafamilia• 0800 7260101 - Caixa Econômica Federal (ligação gratuita)• 0800 7072003 - Central de Relacionamento Fome-Zero (ligação gratuita)O Portal <strong>da</strong> Transparência (www.portal<strong>da</strong>transparencia.gov.br)A Administração Pública deve trabalhar paraincrementar ca<strong>da</strong> vez mais a transparência pública.Assim, a ampliação <strong>da</strong> divulgação <strong>da</strong>s ações governamentaisa milhões de brasileiros, além de contribuirpara o fortalecimento <strong>da</strong> democracia, valoriza e desenvolveas noções de ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia.www.portal<strong>da</strong>transparencia.gov.br29 Coleção <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> – <strong>Controle</strong> <strong>Social</strong> e Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia


Quanto mais bem informado o ci<strong>da</strong>dão, melhores condições ele tem de participar dosprocessos decisórios e de apontar falhas. Isso possibilita a eficiência <strong>da</strong> gestão pública e contribuipara o combate à corrupção.Parte II • O <strong>Controle</strong> <strong>da</strong>s Ações Governamentais30Para alcançar essa reali<strong>da</strong>de, o Governo Federal criou um portal que possibilita ao ci<strong>da</strong>dão oacompanhamento <strong>da</strong> execução financeira dos seus programas e ações: o Portal <strong>da</strong> Transparência.Por meio dele, qualquer ci<strong>da</strong>dão pode ser um fiscal <strong>da</strong> correta aplicação dos recursos públicos,sobretudo no que diz respeito às ações destina<strong>da</strong>s à sua comuni<strong>da</strong>de. Basta acessar, na internet,o endereço: www.portal<strong>da</strong>transparencia.gov.br.No Portal, o ci<strong>da</strong>dão encontra informações sobre os recursos públicos federais transferidos aEstados, municípios e Distrito Federal e sobre os recursos transferidos diretamente aos ci<strong>da</strong>dãos,como o Bolsa Família.Também estão disponíveis <strong>da</strong>dos sobre os gastos realizados pelo próprio Governo Federal emcompras ou contratação de obras e serviços, por exemplo, incluindo os gastos de ca<strong>da</strong> órgão comdiárias, material de expediente, compra de equipamentos e obras e serviços, e também os gastosrealizados por meio de Cartões de Pagamentos do Governo Federal.No Portal pode-se, por exemplo, consultar o valor que foi repassado pelo Fundo deManutenção e Desenvolvimento <strong>da</strong> Educação Básica (Fundeb) do Ministério <strong>da</strong> Educação paraqualquer município do País ou mesmo quem são os beneficiários do Bolsa Família, quantoreceberam e em que meses.O Portal é uma poderosa ferramenta de apoio ao exercício do controle social, pois permite aoci<strong>da</strong>dão saber como o dinheiro público está sendo utilizado, ampliando as condições de controledesse dinheiro.


No Portal, as informações estão disponíveis ao usuário em linguagem simples e comnavegação amigável, podendo ser acessado sem qualquer restrição ou necessi<strong>da</strong>de de uso desenhas, em uma versão "ci<strong>da</strong>dã" e compreensível, inclusive, por pessoas sem familiari<strong>da</strong>de com osistema orçamentário-financeiro brasileiro.Ao acessar o Portal <strong>da</strong> Transparência o ci<strong>da</strong>dão poderá fazer três tipos de consultas:• Gastos Diretos do Governo - Por essa consulta, o ci<strong>da</strong>dão pode obter informações sobre osgastos diretos do Governo Federal em compras ou contratação de obras e serviços. Apesquisa pode ser feita por órgão ou por tipo de despesa, como diárias, material de expediente,compra de equipamentos, obras e serviços, e, ain<strong>da</strong>, podem ser consultados os gastosrealizados por meio de Cartões de Pagamentos do Governo Federal.• Transferências de Recursos - Esta consulta permite que o ci<strong>da</strong>dão confira como é feita atransferência do dinheiro público federal a Estados, Municípios, Distrito Federal e direto aoci<strong>da</strong>dão. Aqui é possível consultar a distribuição de recursos de programas como o BolsaFamília, a meren<strong>da</strong> escolar e a aplicação de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS),entre outros.Além dessas duas formas de consultas, o Portal <strong>da</strong> Transparência também permite conhecerinformações sobre os convênios firmados pelo Governo Federal, o que torna possível verificarjunto às enti<strong>da</strong>des municipais, estaduais ou priva<strong>da</strong>s o an<strong>da</strong>mento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des realiza<strong>da</strong>s comrecursos federais repassados via convênio. Essas informações podem ser conheci<strong>da</strong>s por meio <strong>da</strong>opção Consulta a Convênios.Além disso, o Portal oferece a seção Apren<strong>da</strong> Mais, na qual o ci<strong>da</strong>dão poderá aprender sobreos diversos programas do Governo Federal. Nela, o usuário do Portal <strong>da</strong> Transparência encontrainformações gerais, formali<strong>da</strong>des e cui<strong>da</strong>dos que devem ser observados relativos a ca<strong>da</strong> programado Governo. Com o objetivo de facilitar a compreensão dos assuntos, as informações estãodisponíveis em apresentações, elabora<strong>da</strong>s de forma simples e clara. Tudo isso com o objetivo defornecer instrumentos para o ci<strong>da</strong>dão poder participar do controle do gasto público.31 Coleção <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> – <strong>Controle</strong> <strong>Social</strong> e Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia


Parte IIIO Programa<strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> no Dinheiro Público


O incentivo à participação <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>dena prevenção e no combate à corrupção temsido uma preocupação constante <strong>da</strong> CGU.Parte III • O Programa <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> no Dinheiro Público34Em razão disso, a CGU realizou estudos queculminaram com o desenvolvimento deativi<strong>da</strong>des educativas e de estímulo ao controlesocial e idealizou o Programa <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> noDinheiro Público, ação que tem a intenção deestimular o controle social, por meio <strong>da</strong>sensibilização e <strong>da</strong> capacitação de conselheiros de políticas públicas, agentes públicos municipais,lideranças locais, professores, estu<strong>da</strong>ntes e ci<strong>da</strong>dãos em geral.Assim, o Programa <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> no Dinheiro Público busca envolver a socie<strong>da</strong>de numa mu<strong>da</strong>nçapela educação, pelo acesso à informação e pela mobilização social, utilizando as metodologias doconstrutivismo, <strong>da</strong> educação de adultos e <strong>da</strong> educação continua<strong>da</strong>.O objetivo é fazer com que o ci<strong>da</strong>dão atue para a melhor aplicação dos recursos públicos. Coma iniciativa, a CGU busca sensibilizar e orientar conselheiros municipais, lideranças locais, agentespúblicos municipais, professores, alunos sobre a importância <strong>da</strong> transparência na administraçãopública, <strong>da</strong> responsabilização e <strong>da</strong> importância do cumprimento dos dispositivos legais.Como participar do Programa <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> no Dinheiro Público?Os ci<strong>da</strong>dãos podem participar do Programa de diversas formas.1) Se residirem em um município que receberá o evento de educação presencial, as pessoaspodem participar dos seguintes módulos.• módulo de lideranças, se forem membros de associações civis ou ci<strong>da</strong>dãos que desejamparticipar.• módulo de conselheiros, se forem membros de algum conselho municipal de políticapública.• módulo de agentes públicos municipais, se forem servidores <strong>da</strong> prefeitura.• ativi<strong>da</strong>des para professores.• ativi<strong>da</strong>des para estu<strong>da</strong>ntes, realiza<strong>da</strong> pelos professores ou pelos parceiros do Programa<strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong>.2) Para as pessoas que não moram nos municípios que receberão os eventos, o Programa<strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> no Dinheiro Público divulga as publicações, bem como realiza ações de educaçãoa distância com o objetivo de mobilizar e de capacitar os ci<strong>da</strong>dãos para o controlesocial.Acompanhe as notícias no site do Programa (www.cgu.gov.br/olhovivo) e fique por dentrodos municípios que receberão as ações de sensibilização para o controle social


Parte IVO Encaminhamento deDenúncias aos Órgãos Responsáveis


Parte IV • O Encaminhamento de Denúncias aos Órgãos Responsáveis36O objetivo do controle social é verificar se o dinheiro está sendo usado adequa<strong>da</strong>mente ou seestá sendo desviado para outras finali<strong>da</strong>des. Mas os agentes desse controle não podem julgarnem punir, afastando ou prendendo os responsáveis por irregulari<strong>da</strong>des. Esse papel, nos paísesdemocráticos, cabe à Justiça, que precisa ser aciona<strong>da</strong> pelo Ministério Público (promotor) oumesmo por qualquer ci<strong>da</strong>dão.Assim, pode haver casos em que o ci<strong>da</strong>dão, ao exercer o controle social, se depare comirregulari<strong>da</strong>des na gestão dos recursos ou com outras situações em que seja necessárioencaminhar denúncias aos órgãos responsáveis.Nesses casos, recomen<strong>da</strong>-se que a denúncia seja encaminha<strong>da</strong> <strong>da</strong> forma mais fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong>possível, o que poderá ser feito de várias formas, dentre as quais destacamos as seguintes:Cópia de documentosFotosCaso haja acesso aos documentos e processos, deve-se copiaraquelas partes que comprovam as informações denuncia<strong>da</strong>s eencaminhá-las junto com o formulário de denúncias. Taisdocumentos podem ser, por exemplo, notas fiscais, contratos,orçamentos, cópias de cheques.O registro fotográfico é importante para comprovar a divergênciaentre uma situação deseja<strong>da</strong> e uma situação real. As fotos sãorecomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s, por exemplo, no caso de obras declara<strong>da</strong>s comoconcluí<strong>da</strong>s e que estão inacaba<strong>da</strong>s ou que sequer foram inicia<strong>da</strong>s.Também podem comprovar a existência de estoques inadequados(de alimentos, de medicamentos); a utilização indevi<strong>da</strong> deequipamentos, veículos e máquinas ou, ain<strong>da</strong>, a realização depromoção pessoal do agente público. Da mesma forma, quandoverificado que uma empresa fornecedora ou participante de umalicitação não existe no endereço informado nos documentos,pode-se fotografar o local informado para auxiliar na comprovaçãodeste fato.Informações obti<strong>da</strong>s por pesquisaO denunciante pode obter informações relevantes e também anexá-lasà denúncia. Por exemplo, <strong>da</strong>dos ca<strong>da</strong>strais <strong>da</strong>s empresas contrata<strong>da</strong>spodem ser pesquisados no site www.sintegra.gov.br. Já os <strong>da</strong>dos sobrerecursos federais transferidos aos estados e municípios ou informaçõessobre os convênios firmados podem ser obtidos no Portal <strong>da</strong>Transparência: www.portal<strong>da</strong>transparencia.gov.br.


Declarações e entrevistasPode-se entrevistar ou solicitar declarações <strong>da</strong> população comrelação ao fato denunciado. A população pode, por exemplo,informar quando uma determina<strong>da</strong> obra foi inicia<strong>da</strong>, se foiexecuta<strong>da</strong> pela empresa que venceu a licitação, quais foram ascaracterísticas <strong>da</strong> construção. Há também a possibili<strong>da</strong>de de seentrevistar os funcionários que executaram determina<strong>da</strong> obrapública para verificar se eles realmente trabalharam na empresavencedora <strong>da</strong> licitação.Da mesma forma, os vizinhos dos endereços informados pelasempresas fornecedoras e participantes de licitações podem serentrevistados para confirmar se elas realmente existem naquelelocal.Outra possibili<strong>da</strong>de é coletar declarações assina<strong>da</strong>s de pessoas quedeveriam ser beneficia<strong>da</strong>s com ações do poder público, mas quenão foram corretamente assisti<strong>da</strong>s. No caso do Bolsa Família, porexemplo, a população também pode informar se os beneficiáriospossuem o perfil necessário para receber os recursos do programa(situação de pobreza ou de extrema pobreza).No corpo <strong>da</strong> denúncia deve ser informado o número de pessoasentrevista<strong>da</strong>s. As declarações devem conter a identificação dequem as assina e devem ser envia<strong>da</strong>s juntamente com o formuláriode denúncia.Conheça algumas instituições parceiras <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de civil, as quais têm o dever de receber eprocessar as denúncias, formula<strong>da</strong>s por qualquer ci<strong>da</strong>dão ou associação:<strong>Controladoria</strong>-<strong>Geral</strong> <strong>da</strong> União (CGU)A CGU recebe denúncias relativas à defesa do patrimônio público, ao controle sobre a aplicaçãodos recursos públicos federais.A denúncia pode ser apresenta<strong>da</strong> <strong>da</strong>s seguintes maneiras:• por meio do preenchimento e envio do formulário eletrônico de denúncia disponível no site<strong>da</strong> CGU (www.cgu.gov.br/denuncias)• por correspondência envia<strong>da</strong> para o seguinte endereço: <strong>Controladoria</strong>-<strong>Geral</strong> <strong>da</strong> União, SASQd.1, Bloco "A" - Edifício Darcy Ribeiro - Brasília (DF) CEP 70070-905 ou para uma <strong>da</strong>s suasuni<strong>da</strong>des regionais (ver Anexos II e III).Tribunal de Contas <strong>da</strong> União (TCU)Ao TCU cabe a fiscalização dos atos que envolvam a utilização de recursos públicos federais.Para irregulari<strong>da</strong>des que envolvam a utilização de recursos públicos estaduais ou municipais, deveseoferecer denúncia ao Tribunal de Contas do Estado ou ao Tribunal de Contas do Município,quando existir.37Coleção <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> – <strong>Controle</strong> <strong>Social</strong> e Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia


As denúncias que cabem ao TCU podem ser encaminha<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s seguintes maneiras:• Denúncia formal – mediante entrega <strong>da</strong> documentação junto ao protocolo do TCU, noEdifício Sede ou nas Secretarias RegionaisParte IV • O Encaminhamento de Denúncias aos Órgãos Responsáveis38• Reclamação via Ouvidoria – mediante preenchimento de formulário eletrônico, disponívelno site do TCU, www.tcu.gov.br, link "Ouvidoria"• Central de Atendimento (0800-6441500)• Correspondência (SAFS, Q. 04, Lote 1, ed. Sede, 2º an<strong>da</strong>r, sala 221, CEP: 70042-900).Tribunais de Contas dos Estados (TCE)Existem em todos os estados. Fazem fiscalizações e auditorias, por iniciativa própria ou porproposta do Ministério Público, além de examinar e julgar a regulari<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s contas dos gestorespúblicos estaduais e municipais (nos estados onde não existem Tribunais de Contas deMunicípios). Esses gestores podem ser governadores, prefeitos, secretários estaduais e municipais,ordenadores de despesas e dirigentes de autarquias, fun<strong>da</strong>ções, empresas públicas ou socie<strong>da</strong>desde economia mista.Tribunais de Contas dos Municípios (TCM)Existem apenas em quatro estados (Bahia, Ceará, Goiás e Pará) e em dois municípios específicos(Rio de Janeiro e São Paulo). Analisam e julgam anualmente as contas <strong>da</strong>s prefeituras.Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público Federal (MPF)Os promotores de justiça, integrantes do Ministério Público, defendem os interesses <strong>da</strong>socie<strong>da</strong>de, portanto também recebem e investigam denúncias de desvios de dinheiro público edenunciam os envolvidos à Justiça para o julgamento e a punição. A diferença entre os dois é oâmbito de atuação: o MPF atua nos casos que envolvem recursos federais e o MPE, quando osrecursos forem estaduais.Câmaras de Vereadores e Assembléias LegislativasFiscalizam as prefeituras e os governos estaduais, recebem e apuram denúncias epodem até afastar administradores envolvidos em corrupção (prefeitos, governadores,secretários, etc.).Poder Judiciário (juízes e Tribunais de Justiça)São eles que dão a última palavra: decidem quem vai ou não para a cadeia, quem perde ounão o man<strong>da</strong>to, etc. Mas eles só podem agir se forem acionados por alguém, pelo promotor deJustiça, por exemplo, ou por qualquer pessoa, mas neste caso precisa ser assisti<strong>da</strong> por um advogado.


Anexos


Anexo IReferênciasBiblioteca Virtual sobre Corrupção: bvc.cgu.gov.brBRASIL. Constituição <strong>da</strong> República Federativa do Brasil: promulga<strong>da</strong> em 5 de outubro de 1988.Disponível em: www.planalto.gov.brCGU. <strong>Cartilha</strong> <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> no Dinheiro Público: Um guia para o ci<strong>da</strong>dão garantir os seus direitos.2. ed. Brasília: 2009.CGU. Gestão de Recursos Federais: Manual para os Agentes Municipais. Brasília: 2005.CGU. Programa <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> no Dinheiro Público: www.cgu.gov.br/olhovivoCGU. Portal <strong>da</strong> Transparência: www.portal<strong>da</strong>transparencia.gov.brDOUBOR, Ladislau. O que é o poder local. São Paulo: Brasiliense, 1999.IBGE. Perfil dos Municípios Brasileiros: Gestão Pública 2001. Rio de Janeiro: 2003.PINSKY, Jaime & PINSKY, Carla. História <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia. 1. ed. São Paulo: Contexto, 2003.• Anexos40


Anexo III<strong>Controladoria</strong>-<strong>Geral</strong> <strong>da</strong> União (CGU) nos estadosSede Brasília – SAS - Quadra 1 - Bloco A - 7º An<strong>da</strong>r - Sala s 722/724 - Asa SulEdifício Darcy Ribeiro – CEP: 70.070-905 – Brasília - DFTel.: (61) 2020-6727; (61) 2020-7268 – gfoco@cgu.gov.br / publicacoescgu@cgu.gov.brAcre – Rua Marechal Deodoro, nº 340 - 7º An<strong>da</strong>r - CentroEdifício do Ministério <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> – CEP: 69.900-210 - Rio Branco - ACTel.: (68) 3223-2901; (68) 3224-4748 – cguac@cgu.gov.brAlagoas – Aveni<strong>da</strong> Comen<strong>da</strong>dor Gustavo Paiva, nº 2.789, Salas 409 a 414 - MangabeirasEdifício Norcon Empresarial – CEP: 57.038-000 - Maceió - ALTel.: (82) 3311-2500; (82) 3311-2510 – cgual@cgu.gov.brAmapá – Aveni<strong>da</strong> Iracema Carvão Nunes, nº 93 - Centro – CEP: 68.900-099 – Macapá - APTel.: (96) 3223-7031 – cguap@cgu.gov.brAmazonas – Aveni<strong>da</strong> Japurá, nº 329 - CentroCEP: 69.025-020 - Manaus - AMTel.: (92) 3233-6628; (92) 3233-6252 – cguam@cgu.gov.brBahia – Aveni<strong>da</strong> Frederico Pontes, s/nº - 2º An<strong>da</strong>r - Sala 200 - ComércioEdifício Ministério <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> – CEP: 40.015-902 - Salvador - BATel.: (71) 3254-5211; (71) 3254-5212 – cguba@cgu.gov.brCeará – Rua Barão de Aracati, nº 909 - 8º An<strong>da</strong>r - Aldeota – CEP: 60.115-080 - Fortaleza - CETel.: (85) 3878-3800 – cguce@cgu.gov.brEspírito Santo – Rua Pietrangelo de Biase, nº 56 - 4º An<strong>da</strong>r - Sala 404 - CentroCEP: 29.010-190 – Vitória - ES – Tel.: (27) 3211-5262 – cgues@cgu.gov.br• Anexos42Goiás – Rua 02, n° 49 - Centro, Edifício Walter Bittar – CEP: 74.013-020 - Goiânia - GOTel.: (62) 3901-4360; (62) 3901-4400 – cgugo@cgu.gov.brMaranhão – Aveni<strong>da</strong> dos Holandeses - Lote 08 - Quadra 35 – 1º, 2º e 3º PavimentosCalhau – CEP: 65.071-380 - São Luís - MA – Tel.: (98) 3268-4117; (98) 3268-4088cguma@cgu.gov.brMinas Gerais – Rua Timbiras, nº 1.778 - Lourdes – CEP: 30.140-061 – Belo Horizonte - MGTel.: (31) 3239-7200; (31) 3239-7210 – cgumg@cgu.gov.brMato Grosso do Sul – Aveni<strong>da</strong> Joaquim Murtinho, nº 65 - Centro – CEP: 79.002-100Campo Grande - MS – Tel.: (67) 3384-7777 (Ramal 20) – cgums@cgu.gov.brMato Grosso – Aveni<strong>da</strong> Vereador Juliano Costa Marques, nº 99 - 2º An<strong>da</strong>rBosque <strong>da</strong> Saúde – Prédio do Ministério <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> – CEP: 78.050-250 - Cuiabá - MTTel.: (65) 3644-7473; (65) 3615-2243 – cgumt@cgu.gov.brPará – Rua Gaspar Viana, nº 485 - 7º an<strong>da</strong>r – CEP: 66.010-903 – Belém - PATel.: (91) 3222-9446; (91) 3218-3333 – cgupa@cgu.gov.brParaíba – Aveni<strong>da</strong> Presidente Epitácio Pessoa, nº 1.705 - 2º PavimentoEdifício Sede dos Órgãos Fazendários – CEP: 58.030-900 - João Pessoa - PBTel.: (83) 3244-2164; (83) 3216-4431 – cgupb@cgu.gov.br


Paraná – Rua Marechal Deodoro, nº 555 - 5º An<strong>da</strong>r – CEP: 80.020-911 - Curitiba - PRTel.: (41) 3320-8385; (41) 3320-8386 – cgupr@cgu.gov.brPernambuco – Aveni<strong>da</strong> Conde <strong>da</strong> Boa Vista, nº 800 - 11º An<strong>da</strong>r - Boa VistaEdifício Apolônio Sales – CEP: 50.060-004 – Recife - PETel.: (81) 3222-4460; (81) 3423-5277 – cgupe@cgu.gov.brPiauí – Praça Marechal Deodoro s/nº - 2º An<strong>da</strong>rEdifício Ministério <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> – CEP: 64.000-160 - Teresina - PITel.: (86) 3221-5080; (86) 3215-8126 – cgupi@cgu.gov.brRio de Janeiro – Aveni<strong>da</strong> Presidente Antônio Carlos, nº 375 - 7º An<strong>da</strong>r - Sala 711 - CentroEdifício Palácio <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> – CEP: 20.020-010 – Rio de Janeiro - RJTel.: (21) 3805-3700; (21) 3805-3702; (21) 3805-3707 – cgurj@cgu.gov.brRio Grande do Norte – Esplana<strong>da</strong> Silva Jardim, nº 109 - 2º An<strong>da</strong>r - RibeiraCEP: 59.012-090 - Natal - RNTel.: (84) 3220-2260, (84) 3220-2360, (84) 3220-3209 – cgurn@cgu.gov.brRio Grande do Sul – Aveni<strong>da</strong> Loureiro <strong>da</strong> Silva, nº 445 - 7° An<strong>da</strong>r - Sala 704Ministério <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> – CEP: 90.013-900 - Porto Alegre - RSTel.: (51) 3455-2762; (51) 3455-2770; (51) 3455-2771 – cgurs@cgu.gov.brRondônia – Aveni<strong>da</strong> Calama, nº 3775 - Embratel – CEP: 76.820-781 - Porto Velho - ROTel.: (69) 3217-5600; (69) 3217-5647; (69) 3217-5639 – cguro@cgu.gov.brRoraima – Aveni<strong>da</strong> Capitão Ene Garcez, nº 1.024 - São FranciscoCEP: 69.305-135 - Boa Vista - RRTel.: (95) 3624-4310; (95) 3624-2114; (95) 3624-5581 – cgurr@cgu.gov.brSanta Catarina – Rua Nunes Machado, nº 192 - 3º An<strong>da</strong>r - CentroCEP: 88.010-460 - Florianópolis - SCTel.: (48) 3251-2000; (48) 3251-2015 – cgusc@cgu.gov.brSergipe – Praça Graccho Cardoso, nº 44 - São José – CEP: 49.015-180 - Aracaju - SETel.: (79) 3214-3156; (79) 3214-5509; (79) 3214-3855 – cguse@cgu.gov.brSão Paulo – Aveni<strong>da</strong> Prestes Maia, nº 733 - 14º An<strong>da</strong>r - Sala 1.403 - CentroCEP: 01.031-001 - São Paulo - SPTel.: (11) 3227-8834; (11) 2113-2501; (11) 3227-8769 – cgusp@cgu.gov.brTocantins – Aveni<strong>da</strong> JK - Quadra 103 Norte, Rua NO, nº 05 - Lote 13Ed. Ranzi - Salas 3, 5 e 7 - Centro – CEP: 77.001-020 - Palmas - TOTel.: (63) 3901-2231; (63) 3901-2236 – cguto@cgu.gov.br43 <strong>Cartilha</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Social</strong> e Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia


Conheça também os demais títulos<strong>da</strong> Coleção <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong>Desenvolvimento AgrárioFundebBolsa Famíliae as outras publicações <strong>da</strong> CGU emwww.cgu.gov.br/publicacoes/45 Coleção <strong>Olho</strong> <strong>Vivo</strong> – <strong>Controle</strong> <strong>Social</strong> e Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia

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