METAS CURRICULARES DO ENSINO BÁSICO - MATEMÁTICAO presente <strong>do</strong>cumento descreve o conjunto das metas <strong>curriculares</strong> da disciplina de Matemática que osalunos devem atingir durante o <strong>Ensino</strong> Básico, ten<strong>do</strong>-se privilegia<strong>do</strong> os elementos essenciais que constam<strong>do</strong> Programa em vigor. Os objetivos gerais, completa<strong>do</strong>s por descritores mais precisos, encontram-seorganiza<strong>do</strong>s em cada ano de escolaridade, por <strong>do</strong>mínios e sub<strong>do</strong>mínios, segun<strong>do</strong> a seguinte estrutura:Sub<strong>do</strong>mínio1. Objetivo geral1. Descritor2. Descritor………..DomínioOs diferentes descritores estão redigi<strong>do</strong>s de forma objetiva, numa linguagem rigorosa destinada aoprofessor, deven<strong>do</strong> este selecionar uma estratégia de ensino adequada à respetiva concretização,incluin<strong>do</strong> uma adaptação da linguagem aos diferentes níveis de escolaridade. O significa<strong>do</strong> preciso decertos verbos com que se iniciam alguns descritores («saber», «reconhecer», «identificar», «designar»,«provar», «demonstrar») depende <strong>do</strong> ciclo a que se referem, encontran<strong>do</strong>-se uma descrição <strong>do</strong> que épretendi<strong>do</strong> explicitada nos parágrafos intitula<strong>do</strong>s «Leitura das metas <strong>curriculares</strong>». Em particular, astécnicas de argumentação e de demonstração, que constituem a própria natureza da Matemática, vãosen<strong>do</strong>, de forma progressiva, requeridas a to<strong>do</strong>s os alunos.A prática letiva obriga, naturalmente a frequentes revisões de objetivos gerais e descritorescorrespondentes a anos de escolaridade anteriores. Estes pré-requisitos não se encontram explicita<strong>do</strong>s notexto, deven<strong>do</strong> o professor identificá-los consoante a necessidade, a pertinência e as característicaspróprias de cada grupo de alunos.Os temas transversais referi<strong>do</strong>s no Programa, como a Comunicação ou o Raciocínio matemático,referem-se a capacidades estruturais indispensáveis ao cumprimento <strong>do</strong>s objetivos elenca<strong>do</strong>s, estan<strong>do</strong>contempla<strong>do</strong>s neste <strong>do</strong>cumento de forma explícita ou implícita em to<strong>do</strong>s os descritores.Optou-se por formar uma sequência de objetivos gerais e de descritores, dentro de cada sub<strong>do</strong>mínio,que corresponde a uma progressão de ensino adequada, poden<strong>do</strong> no entanto optar-se por alternativascoerentes que cumpram os mesmos objetivos e respetivos descritores. Existem em particular algumascircunstâncias em que se torna necessário cumprir alternadamente descritores que pertencem asub<strong>do</strong>mínios ou mesmo a <strong>do</strong>mínios distintos; com efeito, a arrumação <strong>do</strong>s tópicos por <strong>do</strong>míniostemáticos, e simultaneamente respeitan<strong>do</strong> dentro de cada <strong>do</strong>mínio uma determinada progressão a issopode levar, dada a própria natureza e interligação <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s e capacidades matemáticas.Será disponibiliza<strong>do</strong> aos professores um caderno de apoio às presentes metas <strong>curriculares</strong> conten<strong>do</strong>suportes teóricos aos objetivos e descritores bem como exemplos de concretização de alguns deles. Domesmo mo<strong>do</strong>, os níveis de desempenho espera<strong>do</strong>s serão, sempre que possível, objeto de especificação eincluirão o material a disponibilizar brevemente.Introdução Página 1
1.º cicloNo 1.º ciclo os diversos temas em estu<strong>do</strong> são introduzi<strong>do</strong>s de forma progressiva, começan<strong>do</strong>-se porum tratamento experimental e concreto e caminhan<strong>do</strong>-se faseadamente para uma conceção maisabstrata e sistematizada <strong>do</strong>s diferentes conteú<strong>do</strong>s e procedimentos.No <strong>do</strong>mínio Números e Operações são apresentadas as quatro operações sobre os números naturais,cuja extensão aos números racionais não negativos se inicia a partir <strong>do</strong> 3º ano. É fundamental que osalunos adquiram durante estes anos fluência de cálculo e destreza na aplicação <strong>do</strong>s quatro algoritmos,próprios <strong>do</strong> sistema decimal, associa<strong>do</strong>s a estas operações. Na escolha <strong>do</strong>s problemas deve atender-se aonúmero de passos necessários às resoluções, aumentan<strong>do</strong>-se a respetiva complexidade ao longo <strong>do</strong> ciclo.As frações são introduzidas geometricamente a partir da decomposição de um segmento de reta emsegmentos de igual comprimento e desde logo utilizadas para exprimir medidas de diferentes grandezas,fixadas unidades. O subsequente tratamento das frações, assim como a construção <strong>do</strong>s números racionaispositivos que elas representam, devem ser efetua<strong>do</strong>s com o possível rigor e de forma cuida<strong>do</strong>sa,garantin<strong>do</strong>-se, por exemplo, que os alunos interpretem corretamente as dízimas finitas como uma merarepresentação de um tipo muito particular de frações, deven<strong>do</strong> evitar o recurso sistemático às dízimassempre que pretenderem efetuar cálculos. Nomeadamente, a introdução no final <strong>do</strong> ciclo <strong>do</strong>s algoritmosgerais da multiplicação e divisão de números representa<strong>do</strong>s na forma de dízima não deve alienar osignifica<strong>do</strong> das diferentes operações <strong>do</strong> ponto de vista das frações, as quais constituem o mo<strong>do</strong> básicoa<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> para definir e representar números racionais positivos enquanto medidas de grandezas. Ainiciação ao estu<strong>do</strong> das frações constitui um tema chave <strong>do</strong> presente ciclo, deven<strong>do</strong> procurar-se que osalunos assimilem solidamente os diferentes aspetos relaciona<strong>do</strong>s com esta temática.São apresentadas as noções básicas da Geometria, começan<strong>do</strong>-se pelo reconhecimento visual deobjetos e conceitos elementares como pontos, colinearidade de pontos, direções, retas, semirretas esegmentos de reta, paralelismo e perpendicularidade, a partir <strong>do</strong>s quais se constroem objetos maiscomplexos como polígonos, circunferências, sóli<strong>do</strong>s ou ângulos. Por outro la<strong>do</strong>, a igualdade de distânciasentre pares de pontos, obtida primitivamente por deslocamentos de objetos rígi<strong>do</strong>s com <strong>do</strong>is pontosneles fixa<strong>do</strong>s, preside aos princípios genéricos que assistem às operações de medição de comprimentosconduzin<strong>do</strong> ao conceito de fração e posteriormente à medição de outras grandezas. A igualdade deângulos é apresentada, inicialmente, por deslocamentos rígi<strong>do</strong>s de três pontos levan<strong>do</strong> à noção deigualdade de amplitude, associan<strong>do</strong>-se a este princípio um importante critério geométrico prático decongruência de ângulos, basea<strong>do</strong> em igualdade entre segmentos de reta, que servirá de fundamento aoestu<strong>do</strong> da medida de amplitude de ângulos nos ciclos posteriores.No <strong>do</strong>mínio Organização e Tratamento de Da<strong>do</strong>s é dada ênfase a diversos processos e meto<strong>do</strong>logiasque permitem repertoriar e interpretar informação recolhida em contextos varia<strong>do</strong>s, aproveitan<strong>do</strong>-separa fornecer algum vocabulário básico da Teoria <strong>do</strong>s Conjuntos, necessário à compreensão <strong>do</strong>sprocedimentos efetua<strong>do</strong>s. No 3.º ano é apresentada a noção de frequência absoluta e, no 4.º ano, a defrequência relativa bem como a representação de números racionais sob forma de percentagem. Asquestões relativas a processos aleatórios foram propositadamente deixadas de la<strong>do</strong> por se entender queapresentam um grau de complexidade demasia<strong>do</strong> eleva<strong>do</strong> para este nível de ensino, por falta de critériossuficientemente simples que conduzam os alunos a utilizar adequadamente a linguagem associada àinterpretação <strong>do</strong>s fenómenos regi<strong>do</strong>s pelo acaso.1.º ciclo Página 2
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