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- E então? Não se deve acrescentar que é ter consigo o bem queeles amam?- Deve-se.- E sem dúvida - continuou - não apenas ter, mas sempre ter?- Também isso se deve acrescentar.- Em resumo então - disse ela - é o amor amor de consigo tersempre o bem.- Certíssimo - afirmei-lhe - o que dizes.- Quando então - continuou ela - é sempre isso o amor, de quemodo, nos que o perseguem, e em que ação, o seu zelo eesforço se chamaria amor? Que vem a ser essa atividade? Podesdizer-me?- Eu não te admiraria então, ó Diotima, por tua sabedoria, nemte freqüentaria para aprender isso mesmo.- Mas eu te direi - tornou-me. -É isso, com efeito, um parto embeleza, tanto no corpo como na alma.- É um adivinho - disse-lhe eu - que requer o que estásdizendo: não entendo.- Pois eu te falarei mais claramente, Sócrates, disse-me ela.Com efeito, todos os homens concebem, não só no corpo comotambém na alma, e quando chegam a certa idade, é dar à luzque deseja a nossa natureza. Mas ocorrer isso no que éinadequado é impossível. E o feio é inadequado a tudo o que édivino, enquanto o belo é adequado. Moira então e Ilitia donascimento é a Beleza. Por isso, quando do belo se aproxima oque está em concepção, acalma-se, e de júbilo transborda, e dáà luz e gera; quando porém é do feio que se aproxima, sombrioe aflito contrai-se, afasta-se, recolhe-se e não gera, mas,retendo o que concebeu, penosamente o carrega. Daí é que aoque está prenhe e já intumescido é grande o alvoroço que lhevem à vista do belo, que de uma grande dor liberta o que estáprenhe. É com efeito, Sócrates, dizia-me ela, não do belo oamor, como pensas.40

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