ENFRENTANDO A COMPLEXIDADE REAL: GEO↔ANTROPUS↔HOMO↔GRAFIA VIRTUAL↔DIGITAL
XIII SIMPURB – SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA URBANA - Grupo de Trabalho 7 - Geografia urbana em uma perspectiva crítica radical - Trabalho rejeitado pelos organizadores do evento.
XIII SIMPURB – SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA URBANA - Grupo de Trabalho 7 - Geografia urbana em uma perspectiva crítica radical - Trabalho rejeitado pelos organizadores do evento.
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XIII SIMPURB – SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA URBANA<br />
Grupo de Trabalho 7<br />
Geografia urbana em uma perspectiva crítica radical<br />
No entanto, os objetivos maiores da universidade (manifestação concreta do "saber<br />
metódico", não necessariamente "cartesiano") devem levar em conta as preocupações com<br />
o primordial interesse da sociedade humana como um todo (manifestação concreta do<br />
"saber ingênuo") que banca indiretamente as suas pesquisas.<br />
Porém, o que se observa é que essas cátedras da Academia Moderna aristotélica<br />
transformaram quer o passeio socrático aleatório quer a Academus de Platão em ilhotas<br />
catedráticas de enxertos acadêmicos em enclaves urbanos.<br />
A empiria contemporânea, consubstanciada nos "trabalhos de campo", tem tido<br />
papel de mero coadjuvante nas teses dos doutores, dissertações de mestres e monografias<br />
de especialistas. Os casos raros da "devolutiva" acrescentam pouco aos que viraram dados<br />
e números estatísticos significativos. E a empiria alardeada pela Geografia Urbana não é<br />
exceção.<br />
Por tudo isso, o pensar de forma metódica, mas livre, transformou-se numa "tortura<br />
acadêmica" de muitos, praticada por tão poucos. Nesse sentido, na dicotomia teoria versus<br />
empiria, o pensar é tanto um ato de rebeldia quanto um ato de pseudo-cidadania!<br />
Desse modo, a ciência "tem ajudado" a (pseudo)democracia alimentando<br />
"fazedores" de (pseudo)política e "prometedores" de (pseudo)bem-estar social! E o<br />
resultado fica evidente em 2013, no Brasil, no fim escaldante do Outono e no início quente<br />
do Inverno... E a Geografia Urbana não deve omitir-se.<br />
Porém, da "ágora" ao "agora", relembro que:<br />
Dos gregos, veio a pólis ou "cidade-estado", que definiu um modo urbano de vida<br />
que seria a base da "civilização ocidental". Ela é formada essencialmente por uma<br />
Acrópole (templos num "espaço divino" para a vida e proteção espiritual de todos), uma<br />
Ágora (uma praça principal, onde pulsava a vida urbana pública, tanto no espaço livre de<br />
edificações, quanto nos seus limites compostos por edifícios de caráter público, mercados<br />
e feiras livres), uma Ástey (a parte mais propriamente urbana, onde moravam os citadinos<br />
e pulsava a vida urbana privada) e uma Khóra (a parte agrícola, onde pulsava a vida rural<br />
privada, com os camponeses e o cultivo dos alimentos que supriam a ástey).<br />
Dos romanos, veio tanto o direito social (o "direito divino" e o "direito humano"<br />
intermediados pela "religião católica" dirigida por um "papa" e suas "bulas"), quanto as<br />
lutas sociais e as conquistas da plebe (classe popular da sociedade romana).<br />
Dos ingleses, chegou a revolução industrial que levou a outras revoluções,<br />
incluindo a revolução urbana. E dos norte-americanos, vem-se impondo a revolução<br />
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