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procedimentos peculiares da contabilidade governamental e sua

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considera<strong>da</strong>s como custo (MACHADO, 2002 e MAUSS e SOUZA, 2008), despesas essasclassifica<strong>da</strong>s como de custeio, com algumas exceções (ver Machado, 2002). Sendo quehavendo a liqui<strong>da</strong>ção força<strong>da</strong> dessas despesas, o órgão público ao desenvolver um sistema decustos aplicado ao setor público deve maquinar uma maneira de identificar dentre os Restos aPagar não processados aqueles que correspondem à prestação do serviço realizado, no entantonão houve tempo hábil do fornecedor entregar o documento de suporte, <strong>da</strong>quele querealmente não ocorreu a entrega do material ou a efetiva prestação do serviço, sendo esteúltimo excluído <strong>da</strong> composição dos custos do período.Outra particulari<strong>da</strong>de relevante trata-se <strong>da</strong> classificação de material <strong>da</strong><strong>da</strong> pelacontabili<strong>da</strong>de pública. A classificação de material permanente (despesa de capital) e materialde consumo (despesa de custeio) sobre a ótica impositiva <strong>da</strong> Lei nº 4.320/64, que determinacomo base para classificação, apenas, o tempo de vi<strong>da</strong> útil do bem, vai de encontro com oprincípio <strong>da</strong> materiali<strong>da</strong>de e pode influenciar na gestão de custos, por excluir ou incluir certosmateriais como despesas correntes (consumo) ou de capital (permanente). E ain<strong>da</strong>, em algunscasos, gerar níveis de custos de controle superiores ao do bem que se deseja controlar.Sobre os enfoques legal e patrimonial, atualmente, as normas brasileiras estão sea<strong>da</strong>ptando as regras internacionais, com isso a contabili<strong>da</strong>de <strong>governamental</strong> começa a <strong>da</strong>rênfase ao impacto no patrimônio. Em 2008, foram publica<strong>da</strong>s as NBCASP (NBC T 16) e osCódigos de Contabili<strong>da</strong>de Pública (Manuais de Receita e Despesa <strong>da</strong> STN) para diferenciar asvisões patrimonial e orçamentária, ou seja, deverá haver o registro <strong>da</strong> receita em função dofato gerador, observando os princípios <strong>da</strong> competência e <strong>da</strong> oportuni<strong>da</strong>de. Ain<strong>da</strong>, no momento<strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> receita, deve haver o registro em contas específicas, demonstrando oregime de caixa exigido no artigo 35 <strong>da</strong> Lei nº 4.320/64. Com isso, observa-se que seriapossível compatibilizar e evidenciar, de maneira harmônica, as alterações patrimoniais e asalterações orçamentárias ocorri<strong>da</strong>s na enti<strong>da</strong>de, cumprindo, assim, os PrincípiosFun<strong>da</strong>mentais de Contabili<strong>da</strong>de e o disposto na Lei nº 4.320/64.Enfatizando as abor<strong>da</strong>gens conceituas, verifica-se que os autores voltados para ainiciativa priva<strong>da</strong> conceituam despesa como o uso do recurso para a obtenção de receitaefetiva ou teórica. Sendo que autores voltados para a administração pública conceituamdespesas como os gastos ligados à execução orçamentária e ao cumprimento <strong>da</strong>s leis, para queo Estado aten<strong>da</strong> a <strong>sua</strong> finali<strong>da</strong>de junto à socie<strong>da</strong>de diferente do conceito apresentado pelosautores voltados para a iniciativa priva<strong>da</strong>.Por fim, quanto à utilização do método de custeio não há no setor público qualquerrestrição legal no tocante ao método de custeio a ser adotado. Na literatura pesquisa<strong>da</strong>,somente, encontrou-se objeção ao método de custeio por absorção (MAUSS e SOUZA,2008), que segundo o autor o serviço público é composto por alto índice de gastos indiretos, oque traria um grau de arbitrarie<strong>da</strong>de muito acentuado para a apropriação dos custos. Machado(2002) defendeu a utilização do custeio direto por ser o método de aloca todos os custos –fixos e variáveis – diretamente a todos os objetos de custos sem a necessi<strong>da</strong>de de rateio.Sendo que a grande maioria dos trabalhos pesquisados neste artigo defende a utilização doABC, entre eles: BACEN (2004), BNDES (2000), Alonso (1999) e Ribeiro Filho (1997).6 CONSIDERAÇÕES FINAISA Contabili<strong>da</strong>de Governamental utiliza-se dos critérios, métodos e técnicas <strong>da</strong> CiênciaContábil com a finali<strong>da</strong>de de avaliar, mensurar e registrar as variações ocorri<strong>da</strong>s nopatrimônio público. Assim sendo, <strong>sua</strong>s particulari<strong>da</strong>des não podem ou devem de maneiraalguma influenciar no alcance de seu objetivo maior, que é o patrimônio.No que tange a contabili<strong>da</strong>de de custos, seus objetivos também não podem diferir <strong>da</strong>spremissas <strong>da</strong> Ciência Contábil, tanto no setor público quanto no setor privado, a contabili<strong>da</strong>de11

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