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procedimentos peculiares da contabilidade governamental e sua

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aplicação de recursos orçamentários e sim ao consumo de bens e serviços noprocesso de produção – um conceito econômico.Contudo, cabe ressaltar que avanços estão ocorrendo no sentido de registrar eventosdessa natureza nos balaços públicos, conforme Piscitelli, Timbó e Rosa (2002, p.30) nosBalanços Gerais <strong>da</strong> União há registros de avaliação dos investimentos pelo método deequivalência patrimonial e a atualizações dos valores de direitos e obrigações.Observa-se diante do exposto que por conta do orçamento a contabili<strong>da</strong>de pública tempeculiari<strong>da</strong>des especiais não encontra<strong>da</strong>s em qualquer outro ramo <strong>da</strong> Ciência Contábil(MOTA, 2004, p. 222).Para que tal influência não seja um impeditivo para uma gestão de custos eficaz eeficiente os administradores públicos terão que desvincular o que Silva (1997, p.29)denominou de uma "ditadura financeira e orçamentária”.2.3 Regime MistoConsta no Dicionário de Termos de Contabili<strong>da</strong>de Pública abrangente conceito sobre oassunto: “Mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de conceitual estabeleci<strong>da</strong> pela Lei nº 4.320/64, que dispõe sobre asfinanças públicas <strong>da</strong> federação, art. 35 do Título IV - Do Exercício Financeiro, e quedetermina para a execução orçamentária, a combinação do Regime de Caixa para as receitas,ou seja, a realização dessas se <strong>da</strong>rá após o efetivo impacto nas disponibili<strong>da</strong>des financeiras e oRegime de Competência para a despesa, reconhecendo-a em momentos diferentes, quaissejam: 1- A obrigação em potencial ocorre no primeiro estágio, denominado empenho <strong>da</strong>despesa e que resulta em potenciali<strong>da</strong>de passiva, e 2- A obrigação real que ocorre no segundoestágio consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os documentoshábeis que sustentam a efetiva realização <strong>da</strong> despesa correspondente.” (FARIA, 2007, p.90)Pelo conceito acima, Piscitelli, Timbó e Rosa (2002, p.28) explicam que enquanto oreconhecimento <strong>da</strong> despesa se dá desde o estágio do empenho, o <strong>da</strong> receita só ocorre noestágio <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção, isto acentua o caráter conservador <strong>da</strong> contabili<strong>da</strong>de pública.Tal procedimento na concepção de Silva (1997) é inaceitável, posto que deixa de fora<strong>da</strong> contabili<strong>da</strong>de e, portanto, dos resultados to<strong>da</strong>s as receitas a receber que são doconhecimento <strong>da</strong> instituição e, ain<strong>da</strong>, determina textualmente que somente pertencem aoexercício as despesas nele “legalmente” empenha<strong>da</strong>s, quando o tecnicamente correto seria aapropriação <strong>da</strong>s despesas em função <strong>da</strong> ocorrência dos fatos econômicos. Dessa forma,continua o autor, inviabilizaria o sistema contábil como um dos fatores para avaliação dodesempenho dos administradores.Ratificando a proposição exposta acima, ou seja, que o regime misto é incompatívelcom a contabilização de custos, Giacomoni (2003, p.170) relembra “No Brasil, há umaparticulari<strong>da</strong>de especial, já que a contabilização <strong>da</strong> despesa é procedi<strong>da</strong> mediante o empenho,estágio prévio à realização em si <strong>da</strong> despesa (liqui<strong>da</strong>ção). Para calcular adequa<strong>da</strong>mente oscomponentes de custos envolvidos em ca<strong>da</strong> operação, as apropriações de custos quase sempresão feitas a posteriori”.Machado (2002, p.114) argumenta que o foco <strong>da</strong> contabili<strong>da</strong>de <strong>governamental</strong> não é ofluxo de lucros, mas sim o fluxo de recursos financeiros. Nesse prisma o autor conclui que noBrasil pratica-se um regime de competência modificado e que as modificações são o nãolançamento <strong>da</strong> depreciação, a ausência <strong>da</strong> distribuição <strong>da</strong>s despesas financeiras relativas adébitos de dívi<strong>da</strong>s de longo prazo e o reconhecimento de despesas empenha<strong>da</strong>s e nãoliqui<strong>da</strong><strong>da</strong>s (restos a pagar não processados).5

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