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procedimentos peculiares da contabilidade governamental e sua

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Nesse sentido, buscou-se na literatura nacional a terminologia utiliza<strong>da</strong> na sistemáticade apuração de custos, a saber:• Gasto: Compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro paraenti<strong>da</strong>de (desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa deentrega de ativos. São to<strong>da</strong>s as ocorrências de pagamentos ou de recebimentos deativos, custos ou despesas.• Investimento: Gasto ativado em função de <strong>sua</strong> vi<strong>da</strong> útil ou benefícios atribuíveis afuturos períodos. São os gastos efetuados em ativos ou despesas e custos que serãoimobilizados ou diferidos.• Custo: Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens eserviços. São os gastos, que não são investimentos, necessários para fabricar osprodutos <strong>da</strong> empresa.• Despesa: Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para obtenção dereceitas. São os gastos necessários para vender e distribuir os produtos.• Desembolso: Pagamento resultante <strong>da</strong> aquisição de bem ou serviço (MARTINS, 2006e PADOVEZE, 2006).A partir desses conceitos investigou-se as possíveis equivalências e exceções quepudesse haver entre as contabili<strong>da</strong>des. No que tange as fases <strong>da</strong>s despesas públicas e <strong>sua</strong>spossíveis correlações com os conceitos aplicados à contabili<strong>da</strong>de de custos, Machado (2002,p.119) traçou um paralelo entre a terminologia utiliza<strong>da</strong> na contabili<strong>da</strong>de de custos com autiliza<strong>da</strong> na <strong>governamental</strong> e descreveu, resumi<strong>da</strong>mente, o que se segue:• A Fixação, em termos genéricos, pode ser compreendi<strong>da</strong> e pratica<strong>da</strong> <strong>da</strong> mesma formaque o estabelecimento do custo padrão;• A fase do empenho não encontra correspondências com os conceitos <strong>da</strong> contabili<strong>da</strong>dede custos;• A fase <strong>da</strong> liqui<strong>da</strong>ção equivale ao conceito de gasto, uma vez que a despesa liqui<strong>da</strong><strong>da</strong>representa o sacrifício financeiro <strong>da</strong> enti<strong>da</strong>de para obter um produto ou serviço; e• A fase do pagamento equivale ao conceito de desembolso.Ain<strong>da</strong> na tentativa de aproximar as terminologias contábeis, Machado (2002, p.121)explica que na contabili<strong>da</strong>de pública, conforme Lei 4.320/64, a classificação <strong>da</strong>s despesasorçamentárias divide-se em Despesas Correntes (Despesa de Custeio e TransferênciasCorrentes) e em Despesas de Capital (Investimentos, Inversões Financeiras e Transferênciasde Capital), e a partir <strong>da</strong> despesa liqui<strong>da</strong><strong>da</strong> (correspondente ao gasto) pode-se fazer acorrelação de conceitos de:• Investimentos para as Despesas de Capital; e• Custos para as Despesas Correntes.A partir desse ponto, segundo Machado (2002, p.122) bastaria realizar algumas ajustespara as Despesas Correntes (custos) e classificá-las como investimentos, como: gastos comconservação e a<strong>da</strong>ptação de imóveis, material para estoque, as liqui<strong>da</strong>ções força<strong>da</strong>s e asdespesas de exercícios anteriores.Mauss e Souza (2008, p.25) ressaltaram que “as organizações públicas sãoconsidera<strong>da</strong>s enti<strong>da</strong>des sem fins lucrativos”, sendo assim, “elas não são remunera<strong>da</strong>sdiretamente pelos serviços que prestam, ou seja, não vendem serviços; logo não há despesas(gastos ligados à obtenção de receitas)”. Ratificando a posição de Machado (2002, p.121) queem <strong>sua</strong> tese salientava que “no setor público, diferentemente do privado, não há necessi<strong>da</strong>desde se distinguir entre o custo dos produtos ou serviços <strong>da</strong> despesa do período”.7

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