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Revista política e prosa ed. 01

Agosto de 2015

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“<br />

Queremos colocar uma incidência<br />

mais transparente, ou seja, retirar<br />

o efeito cascata de cobrança, que<br />

é o chamado tributo sobre tributo.<br />

Além disso, a legenda quer que<br />

um dispositivo seja colocado<br />

dentro da reforma para que não<br />

haja um aumento real do imposto<br />

para a população“<br />

Deputado f<strong>ed</strong>eral Hugo Leal (PROS-RJ)<br />

Há, hoje, muitos tributos incidentes sobre a mesma<br />

base. O problema é especialmente relevante no<br />

caso dos tributos indiretos sobre bens e serviços. Enquanto<br />

a maior parte dos países tem apenas um ou<br />

dois tributos indiretos, o Brasil conta com seis, com<br />

diferentes legislações (veja mais na tabela ao lado) e<br />

que estão em permanente alteração. Ou seja, no atual<br />

cenário, os princípios da estabilidade e simplicidade<br />

não são respeitados e consumidores e agentes econômicos<br />

tendem a viver em um mar de incertezas quanto<br />

ao que realmente pagam de impostos ao Estado,<br />

bem como em relação às alterações futuras.<br />

Esse modelo implica altos custos burocráticos<br />

para as empresas apurarem e pagarem seus impostos,<br />

além de um enorme contencioso com os fiscos.<br />

Levantamento do Banco mundial apontou que o Brasil<br />

é recordista em tempo despendido pelas empresas<br />

para cumprimento das obrigações tributárias, gastando<br />

em média 2.600 horas/ano, enquanto na Suíça,<br />

por exemplo, são gastas 63 horas.<br />

Já as incidências cumulativas, nas quais o impos-<br />

to pago em uma etapa de cadeia produtiva não gera<br />

crédito para as etapas seguintes, resultam em<br />

uma série de distorções na economia, como a<br />

organização ineficiente da estrutura produtiva; a<br />

diminuição dos investimentos e das<br />

exportações e favorecimento às importações. Além<br />

disso, a cumulatividade fere gravemente o princípio da<br />

transparência fiscal, não permitindo aos cidadãos ou<br />

empresas terem clareza acerca do grau de incidência<br />

tributária sobre produtos e serviços no país.<br />

Um estudo do ministério da Fazenda mostra que,<br />

apesar de termos avançado nos últimos anos, ainda há<br />

uma série de tributos cumulativos no sistema tributário<br />

brasileiro. O problema torna-se ainda maior para alguns<br />

setores e categorias de empresas, cuja tributação<br />

do PIS/Cofins é feita pelo regime cumulativo.<br />

Por isso, o PROS defende que, para dar início a uma<br />

reforma tributária real, deve-se iniciar com a simplificação<br />

tributária, m<strong>ed</strong>iante a retirada da cumulatividade<br />

dos impostos indiretos sobre o consumo.<br />

Nesse sentido, o deputado Hugo Leal (PROS-RJ) encabeça<br />

o posicionamento do partido em relação aos tributos<br />

PIS e Cofins, especificamente, junto ao governo e<br />

defende que sejam retiradas as distorções do atual modelo<br />

de cobrança. “Queremos colocar uma incidência<br />

mais transparente, ou seja, retirar o efeito cascata de<br />

cobrança, que é o chamado tributo sobre tributo. Além<br />

disso, a legenda quer que um dispositivo seja colocado<br />

dentro da reforma para que não haja um aumento real<br />

do imposto para a população“, relata o deputado.<br />

www.pros.org.br 23

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