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Aumento da eficiência nos Processos de Fabricação Mecânica com uso de máquinas CNC: Estudo ambientado no setor de ferramentaria baseado na fabricação de Matrizes de Forjar a Quente

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Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso<br />

Engenharia <strong>de</strong> Produção<br />

2013<br />

<strong>Aumento</strong> <strong>da</strong> <strong>eficiência</strong> <strong><strong>no</strong>s</strong> <strong>Processos</strong> <strong>de</strong> <strong>Fabricação</strong> <strong>Mecânica</strong> <strong>com</strong> <strong>uso</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> <strong>CNC</strong>: <strong>Estudo</strong> <strong>ambientado</strong> <strong>no</strong> <strong>setor</strong> <strong>de</strong> <strong>ferramentaria</strong><br />

<strong>baseado</strong> <strong>na</strong> <strong>fabricação</strong> <strong>de</strong> <strong>Matrizes</strong> <strong>de</strong> <strong>Forjar</strong> a <strong>Quente</strong><br />

Cláudio Marceli<strong>no</strong> <strong>de</strong> Toledo (FEPI) - claudio_marc1@yahoo.<strong>com</strong>.br<br />

ORIENTADOR: Prof. Me. Luís Felipe dos Santos Carollo (FEPI) - felipecarollo@yahoo.<strong>com</strong>.br<br />

Resumo: Em um ambiente <strong>de</strong> trabalho <strong>com</strong> intensa <strong>de</strong>man<strong>da</strong> e mu<strong>da</strong>nças constantes dos<br />

produtos a serem processados, há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> melhorias <strong>no</strong> processo <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong>.<br />

Dentro <strong>de</strong>ste contexto, busca-se melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos produtos, a rapi<strong>de</strong>z <strong>na</strong> execução<br />

dos serviços, redução <strong>de</strong> setup, tempo <strong>de</strong> processamento e baixo custo, a fim <strong>de</strong> satisfazer as<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos clientes. Este artigo tem por objetivo realizar uma <strong>com</strong>paração <strong>da</strong> forma <strong>de</strong><br />

trabalho utilizando máqui<strong>na</strong> <strong>CNC</strong> e convencio<strong>na</strong>l para <strong>fabricação</strong> <strong>de</strong> matrizes <strong>de</strong> forjar a<br />

quente. Descrevem-se também o tipo <strong>de</strong> <strong>CNC</strong>, as vantagens que as <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> <strong>CNC</strong> oferecem<br />

em relação às convencio<strong>na</strong>is, a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>mentos <strong>da</strong> mão-<strong>de</strong>-obra para obter<br />

melhores resultados e os softwares utilizados para mo<strong>de</strong>lar e gerar os programas <strong>CNC</strong>.<br />

Palavras-chave: Gestão por processos; Trei<strong>na</strong>mento <strong>de</strong> Mão-<strong>de</strong>-obra; Máqui<strong>na</strong>s <strong>CNC</strong>;<br />

Matriz <strong>de</strong> <strong>Forjar</strong> a <strong>Quente</strong>; Softwares CAD/CAM.<br />

1. Introdução<br />

As constantes mu<strong>da</strong>nças <strong>no</strong> mercado, o avanço tec<strong>no</strong>lógico e o aumento <strong>da</strong><br />

concorrência entre as empresas <strong><strong>no</strong>s</strong> últimos a<strong><strong>no</strong>s</strong> faz <strong>com</strong> que estas procurem melhorar ca<strong>da</strong><br />

vez mais os processos <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong>. Devem-se rever os conceitos, as formas <strong>de</strong> trabalho e a<br />

maneira <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r os clientes para obter maior <strong>eficiência</strong>. De uma maneira geral, a gestão por<br />

processos proporcio<strong>na</strong> a <strong>de</strong>finição <strong>da</strong> melhor maneira para organizar a sequência e realizar as<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do processo em si (mapeamento dos processos) e <strong>de</strong>finir os indicadores gerenciais<br />

que possibilitarão a medição, análise e melhoria <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> processo (MELLO et al., 2002).<br />

Segundo Sima (1995), para obter melhores resultados <strong>na</strong> busca <strong>de</strong> aperfeiçoar os<br />

processos para produzir uma peça ou lote, <strong>de</strong>ve-se estu<strong>da</strong>r inicialmente os tempos e<br />

movimentos para implementar <strong>no</strong>vos equipamentos tec<strong>no</strong>lógicos <strong>com</strong> o objetivo <strong>de</strong> melhorar<br />

o processo.<br />

Com a chega<strong>da</strong> <strong>da</strong> globalização, as empresas tiveram uma redução <strong>na</strong> margem <strong>de</strong><br />

lucro <strong>de</strong>vido à concorrência, on<strong>de</strong> estas tiveram que buscar <strong>no</strong>vas formas e tec<strong>no</strong>logia para<br />

<strong>com</strong>petir em preço nesse mercado ca<strong>da</strong> vez mais <strong>com</strong>petitivo, tanto inter<strong>no</strong> <strong>com</strong>o exter<strong>no</strong>.<br />

Através <strong>da</strong> implantação <strong>de</strong> <strong>no</strong>vas técnicas administrativas e <strong>com</strong> o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>no</strong>vos equipamentos<br />

consegue-se reduzir os custos e aumentar a <strong>eficiência</strong> <strong>na</strong>s entregas aten<strong>de</strong>ndo melhor os<br />

clientes (LUNDVALL, 1978 apud GASPAR, 2009).<br />

Perante a <strong>no</strong>va reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, as empresas <strong>com</strong>eçaram a se preocupar mais <strong>com</strong> o processo<br />

produtivo, otimizando e i<strong>no</strong>vando-os <strong>com</strong> a aquisição <strong>de</strong> <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> e equipamentos mais<br />

avançados <strong>com</strong>o forma <strong>de</strong> <strong>com</strong>petir, <strong>com</strong>o por exemplo: <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> <strong>CNC</strong> (Comando Numérico<br />

Computadorizado) e softwares (CAD – Desenho Assistido por Computador/CAM –<br />

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Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso<br />

Engenharia <strong>de</strong> Produção<br />

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Manufatura Assisti<strong>da</strong> por Computador) (LUNDVALL, 1978 apud GASPAR, 2009). O<br />

conhecimento do processo é vital para obter melhores resultados, sendo assim, a mão <strong>de</strong> obra<br />

que será utiliza<strong>da</strong> <strong>de</strong>verá ser corretamente trei<strong>na</strong><strong>da</strong> e <strong>de</strong>verá realizar os trabalhos em equipe.<br />

Diante <strong>de</strong>sses fatos, este trabalho apresenta uma análise <strong>da</strong> literatura sobre o aumento<br />

<strong>da</strong> <strong>eficiência</strong> <strong><strong>no</strong>s</strong> processos <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> mecânica <strong>com</strong> o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> máqui<strong>na</strong> <strong>CNC</strong>. O objetivo<br />

<strong>de</strong>ste artigo é realizar uma <strong>com</strong>paração <strong>da</strong> forma <strong>de</strong> trabalho utilizando máqui<strong>na</strong> <strong>CNC</strong> e<br />

convencio<strong>na</strong>l para <strong>fabricação</strong> <strong>de</strong> matrizes <strong>de</strong> forjar a quente.<br />

2. Referencial Teórico<br />

2.1 Gestão por <strong>Processos</strong><br />

Todo produto ou serviço realizado <strong>com</strong> a fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r um cliente necessita <strong>de</strong><br />

um processo para sua concretização. O conceito mais frequente <strong>de</strong> processo engloba um<br />

grupo <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s interliga<strong>da</strong>s e realiza<strong>da</strong>s em uma sequência lógica <strong>com</strong> o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> diversos<br />

recursos <strong>de</strong> organização para obter resultados <strong>de</strong>finidos, cujo objetivo é criar um<br />

produto/serviço que tenha valor para os clientes (HARRINGTON, 1993; CHAMPY, 1994;<br />

JOHANSSON et al., 1995 apud GASPAR, 2009). De acordo <strong>com</strong> Villela (2000), um<br />

processo <strong>de</strong>ve conter entra<strong>da</strong>s (insumos), saí<strong>da</strong>s (resultados), levando em consi<strong>de</strong>ração o<br />

tempo, espaço, organização <strong>com</strong> objetivos e valores interligados seguindo uma sequência<br />

lógica para fornecer produtos/serviços que aten<strong>da</strong>m o cliente e que sejam <strong>de</strong> fácil<br />

<strong>com</strong>preensão e que contribua para o sucesso dos negócios.<br />

Portanto, o entendimento do processo é um conceito fun<strong>da</strong>mental <strong>na</strong> <strong>de</strong>finição dos<br />

meios e métodos utilizados para obter um produto fi<strong>na</strong>l que satisfaça os clientes,<br />

(GONÇALVES, 2000). Desta maneira as organizações <strong>da</strong> área metal/mecânica adotaram<br />

meios a<strong>de</strong>quados para gerenciar as ligações entre os processos existentes.<br />

Po<strong>de</strong>-se então <strong>de</strong>finir a gestão por processos <strong>com</strong>o um método utilizado para avaliar<br />

uma sequência <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s realiza<strong>da</strong>s continuamente buscando aperfeiçoar e a<strong>na</strong>lisar o<br />

<strong>de</strong>sempenho dos processos-chave <strong>da</strong>s organizações ou os que mais influenciam <strong>na</strong> satisfação<br />

dos clientes (MELLO et al., 2002). Inclusive possibilita a medição, análise e melhoria <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />

processo utilizando indicadores gerenciais. Johansson et al. (1995) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que para uma<br />

organização ser efetiva, os seus processos <strong>de</strong>vem ser efetivos e responsáveis para ofertar<br />

produtos aos clientes.<br />

2.2 Trei<strong>na</strong>mento <strong>de</strong> Mão <strong>de</strong> obra<br />

O trei<strong>na</strong>mento <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra é um dos fatores <strong>de</strong> suma importância para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> empresa e o crescimento técnico dos profissio<strong>na</strong>is. As empresas que<br />

proporcio<strong>na</strong>m educação contínua dos seus colaboradores estão bem mais prepara<strong>da</strong>s para<br />

enfrentar os <strong>de</strong>safios do mercado.<br />

Segundo Chiave<strong>na</strong>to (1999), o ato <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>r engloba to<strong>da</strong>s as ações necessárias para<br />

educar e trei<strong>na</strong>r <strong>de</strong>vido às mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong>correntes. Desta maneira as pessoas po<strong>de</strong>m adquirir<br />

<strong>no</strong>vas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s que contribuam para o crescimento pessoal e profissio<strong>na</strong>l. O trei<strong>na</strong>mento<br />

<strong>de</strong>ve ser realizado <strong>de</strong> forma espontânea, os colaboradores <strong>de</strong>vem sentir incentivados e buscar<br />

o auto<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> seus conhecimentos.<br />

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Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso<br />

Engenharia <strong>de</strong> Produção<br />

2013<br />

As empresas que visam manterem-se <strong>com</strong>petitivas <strong>no</strong> mercado atual <strong>de</strong>vem<br />

constantemente melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> seus produtos, reduzir o preço, cumprir as <strong>da</strong>tas <strong>de</strong><br />

entrega, entre outros. Isto só é possível <strong>com</strong> trei<strong>na</strong>mentos e reciclagem dos colaboradores para<br />

que estes possam <strong>de</strong>sempenhar melhor suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Não <strong>de</strong>ve ape<strong>na</strong>s motivar o<br />

empregado. Qualificá-lo também faz parte do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> organização<br />

(CHIAVENATO, 2000).<br />

Para ser realizado o trei<strong>na</strong>mento, <strong>de</strong>ve-se ter o conhecimento <strong>de</strong> quem vai ser trei<strong>na</strong>do<br />

e os recursos (entra<strong>da</strong>); posteriormente <strong>de</strong>ve-se avaliar e planejar o processo (programa <strong>de</strong><br />

trei<strong>na</strong>mento) e aplicar <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> (saí<strong>da</strong>). Consequentemente <strong>de</strong>verá ser<br />

realiza<strong>da</strong> uma avaliação (retroação) (CHIAVENATO, 2000).<br />

“O ato <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>r assemelha-se a um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> sistema aberto, cujos <strong>com</strong>ponentes<br />

são: entra<strong>da</strong>-processo-saí<strong>da</strong>-retroação” (CHIAVENATO, 2000). Conforme Figura 1:<br />

Entra<strong>da</strong><br />

Processo<br />

Saí<strong>da</strong><br />

Trei<strong>na</strong>dos<br />

Recursos<br />

Organizacio<strong>na</strong>is<br />

Programa <strong>de</strong><br />

Trei<strong>na</strong>mentos<br />

<strong>Processos</strong> <strong>de</strong><br />

aprendizagem<br />

individual<br />

Retroação<br />

Avaliação<br />

dos<br />

Resultados<br />

Conhecimento<br />

Atitu<strong>de</strong>s<br />

Habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Eficácia<br />

Organizacio<strong>na</strong>l<br />

Figura 1: Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Sistema Aberto. Fonte: CHIAVENATO (2000)<br />

O objetivo do trei<strong>na</strong>mento é capacitar à mão <strong>de</strong> obra <strong>de</strong> maneira que esta possa<br />

<strong>de</strong>sempenhar suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>com</strong> <strong>eficiência</strong> e precisão <strong>na</strong> realização <strong>de</strong> suas tarefas.<br />

2.3 Máqui<strong>na</strong>s <strong>CNC</strong><br />

A busca para melhorar o <strong>de</strong>sempenho e necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> alia<strong>da</strong> à <strong>com</strong>petitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> fez <strong>com</strong><br />

que as empresas buscassem <strong>no</strong>vas formas <strong>de</strong> trabalho (métodos) para aumentarem a sua<br />

produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e obter me<strong>no</strong>res custos. Em face <strong>de</strong>sta reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, as empresas passaram a<br />

investir em <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> e equipamentos tec<strong>no</strong>logicamente mais avançados <strong>com</strong>o forma <strong>de</strong><br />

<strong>com</strong>petir, por exemplo: o <strong>CNC</strong> (Comando Numérico Computadorizado).<br />

O sucesso do emprego <strong>de</strong> <strong>CNC</strong> <strong><strong>no</strong>s</strong> processos <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> está relacio<strong>na</strong>do ao<br />

trei<strong>na</strong>mento dos colaboradores e aos equipamentos utilizados <strong>na</strong> preparação para fabricar os<br />

produtos.<br />

Segundo Silva (2003), o funcio<strong>na</strong>mento <strong>de</strong> uma máqui<strong>na</strong> <strong>CNC</strong> está relacio<strong>na</strong>do ao<br />

diálogo entre o programador e o equipamento feito através <strong>de</strong> um <strong>com</strong>ando acoplado <strong>na</strong><br />

máqui<strong>na</strong> <strong>CNC</strong>. Esta programação é feita por símbolos e códigos padronizados e recebe o<br />

<strong>no</strong>me <strong>de</strong> linguagem <strong>de</strong> programação.<br />

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Basicamente as funções são dividi<strong>da</strong>s em quatro grupos distintos: Funções sequenciais<br />

(N), Funções preparatórias (G), Funções <strong>de</strong> posicio<strong>na</strong>mento (X, Y, Z) e Funções<br />

<strong>com</strong>plementares (M, S, T). A Tabela 1 <strong>de</strong>monstra o significado <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> código.<br />

Tabela 1- Significado dos códigos <strong>de</strong> programação.<br />

FUNÇÕES<br />

APLICAÇÃO NA PROGRAMAÇÃO<br />

N<br />

Numeração dos Blocos<br />

G00 Posicio<strong>na</strong>mento Rápido dos Eixos X, Y e Z.<br />

G01 Posicio<strong>na</strong>mento Controlado dos Eixos X, Y e Z.<br />

G02<br />

Interpolação Circular <strong>no</strong> Sentido Horário<br />

G03<br />

Interpolação Circular <strong>no</strong> Sentido Anti-Horário<br />

G17<br />

Selecio<strong>na</strong> o Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Trabalho “XY”<br />

G18<br />

Selecio<strong>na</strong> o Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Trabalho “XZ”<br />

G19<br />

Selecio<strong>na</strong> o Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Trabalho “YZ”<br />

G21<br />

Entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> Dados em Milímetros<br />

G40<br />

Cancela a Compensação <strong>de</strong> Raio <strong>de</strong> Ferramenta<br />

G41<br />

Ativa a Compensação <strong>de</strong> Raio <strong>de</strong> Ferramenta à Direita do Perfil<br />

G42<br />

Ativa a Compensação <strong>de</strong> Raio <strong>de</strong> Ferramenta à Esquer<strong>da</strong> do Perfil<br />

G43<br />

Ativa a Compensação do Comprimento <strong>de</strong> Ferramenta<br />

G53<br />

Sistema <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong><strong>na</strong><strong>da</strong>s <strong>de</strong> Máqui<strong>na</strong><br />

G54<br />

Sistema <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong><strong>na</strong><strong>da</strong> <strong>de</strong> Trabalho<br />

G90<br />

Sistema <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong><strong>na</strong><strong>da</strong>s Absolutas<br />

G91<br />

Sistema <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong><strong>na</strong><strong>da</strong>s Incrementais<br />

M98<br />

Chama<strong>da</strong> <strong>de</strong> Subprograma<br />

M30<br />

Fim <strong>de</strong> Programa<br />

M03<br />

Sentido <strong>de</strong> Rotação Horário<br />

M04<br />

Sentido <strong>de</strong> Rotação Anti-Horário<br />

T<br />

Troca <strong>de</strong> Ferramentas<br />

F<br />

Programação do Avanço<br />

S<br />

RPM (Rotação por Minuto)<br />

Fonte: Manual <strong>de</strong> Programação e Operação – ROMI<br />

A ISO (Organização Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l para Normalização) em 1982 estabeleceu os<br />

princípios básicos <strong>da</strong> programação <strong>CNC</strong> (<strong>no</strong>rma ISO 6983). Esta indica o formato básico do<br />

programa, <strong>de</strong> modo que um conjunto <strong>de</strong> <strong>com</strong>andos, <strong>com</strong>posto <strong>de</strong> palavra-chave, possa <strong>da</strong>r<br />

instruções para o funcio<strong>na</strong>mento do sistema.<br />

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2013<br />

Os inconvenientes gerados pelo fator huma<strong>no</strong> (cansaço, lentidão e imprecisão) foram<br />

elimi<strong>na</strong>dos <strong>com</strong> a utilização <strong>da</strong> máqui<strong>na</strong> <strong>CNC</strong>, o que reduziu o tempo <strong>de</strong> usi<strong>na</strong>gem que era<br />

uma gran<strong>de</strong> preocupação dos projetistas <strong>no</strong> <strong>setor</strong> produtivo (DINIZ, 1990 apud GASPAR,<br />

2009).<br />

A máqui<strong>na</strong> <strong>CNC</strong> tem <strong>com</strong>o objetivo corrigir a falta <strong>de</strong> flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> máqui<strong>na</strong><br />

convencio<strong>na</strong>l, a repetibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> movimentos, precisão e rapi<strong>de</strong>z.<br />

2.3.1 Tipos <strong>de</strong> <strong>CNC</strong><br />

Atualmente existem vários tipos <strong>de</strong> <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> <strong>CNC</strong> em acordo <strong>com</strong> a <strong>com</strong>plexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

geometria <strong>da</strong> peça a ser produzi<strong>da</strong>:<br />

Comando Numérico <strong>de</strong> dois Eixos (Tor<strong><strong>no</strong>s</strong> <strong>CNC</strong>);<br />

Comando Numérico <strong>de</strong> três Eixos (Centro <strong>de</strong> Usi<strong>na</strong>gem, Centro <strong>de</strong> Furação,<br />

Centro <strong>de</strong> Torneamento, <strong>com</strong> movimentos simultâneos <strong>de</strong> eixos);<br />

Comando Numérico <strong>de</strong> quatro e cinco Eixos (Afiadoras <strong>CNC</strong>, Máqui<strong>na</strong> <strong>de</strong><br />

Eletro-erosão).<br />

A seguir alguns tipos <strong>de</strong> <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> <strong>CNC</strong>, conforme a figura 2:<br />

Figura 2: Centro <strong>de</strong> Furação KV25 e Centro <strong>de</strong> Usi<strong>na</strong>gem <strong>de</strong> Alta Performance. Fonte: Catálogo HYUNDAI<br />

KIA e ROMI.<br />

2.3.2 Modos <strong>de</strong> Programação para Máqui<strong>na</strong>s <strong>CNC</strong><br />

A programação <strong>de</strong> uma máqui<strong>na</strong> <strong>CNC</strong> para usi<strong>na</strong>gem <strong>de</strong> uma peça po<strong>de</strong> ser elabora<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> duas maneiras: manual e automática, segundo Silva (2003).<br />

Na programação manual o programa po<strong>de</strong> ser elaborado pelo pessoal <strong>de</strong> engenharia e<br />

anexado a ficha <strong>de</strong> processo que o operador <strong>de</strong>ve seguir, ou até mesmo po<strong>de</strong> ser feito pelo<br />

operador que vai executar a operação.<br />

A programação manual é mais lenta e passível <strong>de</strong> erros, visto que ca<strong>da</strong> coor<strong>de</strong><strong>na</strong><strong>da</strong> é<br />

realiza<strong>da</strong> por cálculos. Essa dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> fica mais evi<strong>de</strong>nte quando precisa usi<strong>na</strong>r peças <strong>de</strong><br />

maior <strong>com</strong>plexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> geometria.<br />

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Segundo Silva (2003), o programador precisa calcular o valor <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> cota que está<br />

faltando para termi<strong>na</strong>r a programação <strong>da</strong> peça. Este <strong>de</strong>ve utilizar conhecimentos <strong>de</strong><br />

trigo<strong>no</strong>metria e geometria adquiridos <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> médio.<br />

O operador <strong>de</strong>ve lembrar o formato <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> função a ser programa<strong>da</strong> ou consultar<br />

freqüentemente o manual. Este tipo <strong>de</strong> programação po<strong>de</strong> gerar <strong>da</strong><strong><strong>no</strong>s</strong> <strong>com</strong>o colisão <strong>da</strong><br />

ferramenta contra a peça, afetando a estrutura <strong>da</strong> máqui<strong>na</strong>, <strong>com</strong>prometendo assim sua<br />

precisão e repetibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>vido à <strong>de</strong>satenção do operador (SILVA, 2003).<br />

A programação automática é aquela executa<strong>da</strong> <strong>com</strong> o auxílio <strong>de</strong> <strong>com</strong>putador<br />

(CAD/CAM), também conheci<strong>da</strong> por programação assisti<strong>da</strong> por <strong>com</strong>putador. Esta tem <strong>com</strong>o<br />

objetivo aju<strong>da</strong>r o programador a elimi<strong>na</strong>r as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s que ocorrem <strong>na</strong> programação<br />

manual. Este tipo <strong>de</strong> programação divi<strong>de</strong>-se em três módulos: o Processador, o Pós-<br />

Processador e o Módulo <strong>de</strong> Transmissão (SILVA, 2003).<br />

2.3.3 Processador<br />

Neste módulo o programador <strong>de</strong>ve a<strong>na</strong>lisar o <strong>de</strong>senho e <strong>de</strong>finir os pontos <strong>de</strong><br />

coor<strong>de</strong><strong>na</strong><strong>da</strong>s, as linhas, círculos <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> o perfil <strong>da</strong> peça a ser fabrica<strong>da</strong>. Em segui<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>finir os parâmetros: ponto <strong>de</strong> troca <strong>da</strong>s ferramentas e suas características, sobremetal e<br />

usi<strong>na</strong>gem (DINIZ, 1990 apud GASPAR, 2009). O processador interpreta os parâmetros<br />

inscritos pelo programador, controla a sintaxe (erros <strong>de</strong> formato) e executa os cálculos<br />

necessários, gerando assim, um arquivo para a etapa seguinte.<br />

Para melhor entendimento apresenta-se a seguir um programa automático para<br />

fresamento <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma matriz, representando parte <strong>de</strong> uma programação <strong>com</strong> o <strong>uso</strong><br />

<strong>de</strong> um software <strong>de</strong> CAM (Computer Ai<strong>de</strong>d Manufacturing) :<br />

O0001(FRESAMENTO DA CAVIDADE)<br />

N1 G17 G21 G90 G94<br />

N2 G53 G0 Z0 G49<br />

N3 T2<br />

N4 M6<br />

N4 S700 M3 D2<br />

N5 G90<br />

N6 G54 G0 X-91. Y-40.711<br />

N7 G43 H2 Z25<br />

N7 Z10.<br />

N8 Z5.<br />

N9 G1 Z-0.5 F700.<br />

N10 Y-41.<br />

N11 X-89.989<br />

N12 X-91. Y-40.711<br />

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2013<br />

N13 X-95.<br />

N14 Y-45.<br />

N15 X34.482<br />

N16 G2 X31.133 Y-41.536 I26.202 J28.684<br />

N17 G2 X24.285 Y-38.466 I12.395 J36.822<br />

N18 G1 X-79.004<br />

N19 X-79.013<br />

N20 G1 Z10.<br />

N21 M5<br />

N22 G53 G0 Z0 G49<br />

N23 M30<br />

Ain<strong>da</strong> existe neste módulo, logo após a programação, há a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> verificar<br />

erros <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento através <strong>da</strong> simulação gráfica, que mostra todo o percurso realizado pela<br />

ferramenta (Figura 3). O módulo gráfico po<strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar cerca <strong>de</strong> 90% <strong>de</strong> erros <strong>da</strong><br />

programação. As linhas contínuas mostram os <strong>de</strong>slocamentos <strong>da</strong> ferramenta e as traceja<strong>da</strong>s<br />

mostram os <strong>de</strong>slocamentos rápidos <strong>da</strong> ferramenta.<br />

Figura 3: Simulação Gráfica. Fonte: Elaborado pelo Autor.<br />

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Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso<br />

Engenharia <strong>de</strong> Produção<br />

2013<br />

2.3.4 Pós-Processador<br />

Este é um módulo específico para a<strong>da</strong>ptar as informações forneci<strong>da</strong>s pelo processador<br />

aos diversos tipos <strong>de</strong> <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong>-ferramentas <strong>CNC</strong> <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> Diniz (1990). De uma<br />

maneira geral, este módulo converte a linguagem escrita do software utilizado para linguagem<br />

ISO reconheci<strong>da</strong> pela uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> programação.<br />

2.3.5 Módulo <strong>de</strong> Transmissão (DNC)<br />

Este módulo serve para enviar o programa pós-processado através <strong>de</strong> uma porta serial<br />

RS232C para as <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> <strong>CNC</strong>. Segundo Silva (2003), o envio <strong>de</strong> informações até 10 metros<br />

por ser feito por um cabo paralelo; para as distâncias maiores <strong>de</strong>verá utilizar mo<strong>de</strong>m para não<br />

per<strong>de</strong>r <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> transmissão, <strong>com</strong>o por exemplo, cartão. A <strong>com</strong>unicação po<strong>de</strong> ser feita do<br />

<strong>com</strong>putador para a máqui<strong>na</strong> <strong>CNC</strong> e vice-versa. É muito útil para memorizar as correções<br />

feitas <strong>no</strong> programa durante a usi<strong>na</strong>gem <strong>da</strong>s peças. Veja a figura 4:<br />

Figura 4: Controle Numérico Direto (DNC). Fonte: http://www.directaautomacao.<strong>com</strong>.br/sist_dnc.aspx<br />

2.4 Matriz <strong>de</strong> <strong>Forjar</strong> a <strong>Quente</strong><br />

É uma ferramenta fabrica<strong>da</strong> em aço-liga para trabalho a quente que apresenta alta<br />

dureza, eleva<strong>da</strong> te<strong>na</strong>ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, resistência à fadiga, ao <strong>de</strong>sgaste e alta resistência mecânica<br />

(SCHAEFFER, 2001).<br />

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Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso<br />

Engenharia <strong>de</strong> Produção<br />

2013<br />

Existem dois tipos <strong>de</strong> Matriz <strong>de</strong> <strong>Forjar</strong>:<br />

Matriz <strong>de</strong> <strong>Forjar</strong> Aberta: O material é conformado entre matrizes pla<strong>na</strong>s ou <strong>de</strong> formato<br />

simples, que <strong>no</strong>rmalmente não se tocam, conforme figura 5:<br />

Figura 5: Matriz <strong>de</strong> <strong>Forjar</strong> Aberta. Fonte: CHIAVERINI (1986).<br />

Matriz <strong>de</strong> <strong>Forjar</strong> Fecha<strong>da</strong>: O material é conformado entre duas meta<strong>de</strong>s <strong>de</strong> matriz que<br />

possuem impressões grava<strong>da</strong>s em baixo-relevo <strong>com</strong> o formato <strong>da</strong> peça que se <strong>de</strong>seja<br />

obter. A <strong>de</strong>formação ocorre sob alta pressão em uma cavi<strong>da</strong><strong>de</strong> fecha<strong>da</strong> ou semi-fecha<strong>da</strong>,<br />

permitindo assim obter peças <strong>com</strong> melhor controle dimensio<strong>na</strong>l (Figura 6).<br />

Figura 6- Matriz <strong>de</strong> <strong>Forjar</strong> Fecha<strong>da</strong>. Fonte: CHIAVERINI (1986).<br />

A Matriz <strong>de</strong> <strong>Forjar</strong> a <strong>Quente</strong> é bastante utiliza<strong>da</strong> <strong>na</strong> <strong>fabricação</strong> <strong>de</strong> peças por apresentar<br />

baixo custo, pois se tem a mínima per<strong>da</strong> <strong>de</strong> material.<br />

2.5 Softwares CAD/CAM<br />

Atualmente diversas empresas utilizam os softwares CAD/CAM para <strong>de</strong>senvolver e<br />

fabricar seus produtos. Os softwares CAD Tridimensio<strong>na</strong>l (3D) simulam a peça em três<br />

dimensões permitindo girar o objeto e visualizá-lo em diferentes formas.<br />

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Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso<br />

Engenharia <strong>de</strong> Produção<br />

2013<br />

Segundo Gomes (2009), uma vez concretizado o <strong>de</strong>sign <strong>da</strong> peça, os softwares CAD<br />

também colaboram <strong>com</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> ferramenta. Este aju<strong>da</strong> o projetista <strong>de</strong>senhar e<br />

calcular a forma <strong>da</strong>s gravuras <strong>de</strong> modo bem mais rápido do que <strong>no</strong> passado.<br />

Entre as funções úteis presente <strong>no</strong> CAD, cita-se:<br />

Permite <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r <strong>com</strong> precisão as distâncias entre as superfícies, pontos e linhas<br />

i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s pelo usuário;<br />

Permite checar se não há interferência entre dois objetos;<br />

Animação: permite visualizar um mecanismo em movimento;<br />

Po<strong>de</strong> ser integrado <strong>com</strong> outro sistema <strong>com</strong>o o CAM (Computer Ai<strong>de</strong>d Manufacturing)<br />

para gerar os programas <strong>CNC</strong>.<br />

A mo<strong>de</strong>lagem (3D) é o ingrediente básico utilizado para criar os programas <strong>CNC</strong><br />

através do CAM (Computer Ai<strong>de</strong>d Manufacturing) e permite realizar simulação <strong>da</strong> <strong>fabricação</strong><br />

<strong>da</strong> peça a ser usi<strong>na</strong><strong>da</strong>. Avanços em quaisquer <strong>de</strong>stes campos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> quão bem <strong>de</strong>finidos<br />

estão os mo<strong>de</strong>los geométricos criados (CASACURTA, 1999).<br />

Partindo do mo<strong>de</strong>lo CAD <strong>da</strong> peça a ser usi<strong>na</strong><strong>da</strong>, o CAM é utilizado para calcular os<br />

parâmetros ótimos <strong>de</strong> usi<strong>na</strong>gem <strong>da</strong> peça. Este <strong>de</strong>limita a trajetória <strong>da</strong> ferramenta durante a<br />

usi<strong>na</strong>gem, indica se haverá colisão <strong>da</strong> ferramenta <strong>com</strong> as partes <strong>da</strong> máqui<strong>na</strong> e gera o programa<br />

<strong>CNC</strong> que fabricará a peça.<br />

Assim o CAD e o CAM representam as ferramentas <strong>de</strong> engenharia mo<strong>de</strong>r<strong>na</strong> que<br />

permitem reduzir o custo e tempo para a <strong>fabricação</strong> <strong>de</strong> um produto.<br />

3. Método <strong>de</strong> Pesquisa<br />

3.1 Caracterização do Ambiente em <strong>Estudo</strong><br />

O <strong>de</strong>senvolvimento do estudo foi <strong>ambientado</strong> <strong>no</strong> <strong>setor</strong> <strong>de</strong> produção não seria<strong>da</strong><br />

(Ferramentaria), <strong>baseado</strong> <strong>na</strong> <strong>fabricação</strong> <strong>de</strong> matrizes <strong>de</strong> forjar a quente. Para elaborar o<br />

presente trabalho, faz-se necessário rever a literatura e <strong>com</strong>parar os processos <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong><br />

<strong>de</strong> matrizes <strong>com</strong> o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> convencio<strong>na</strong>is e <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> <strong>CNC</strong>. Este trabalho<br />

<strong>de</strong>monstrará o sequenciamento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s para a <strong>fabricação</strong> <strong>de</strong> matriz <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a preparação<br />

<strong>da</strong> matéria prima.<br />

A partir <strong>da</strong>s informações adquiri<strong>da</strong>s <strong>no</strong> ambiente <strong>de</strong> estudo, i<strong>de</strong>ntificou-se os<br />

benefícios que a utilização <strong>de</strong> <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> <strong>CNC</strong> traz para o processo <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> <strong>de</strong> matrizes.<br />

3.2 Objetivo do <strong>Estudo</strong><br />

O objetivo geral do trabalho é a<strong>na</strong>lisar os processos <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> <strong>de</strong> matrizes<br />

utilizando <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> convencio<strong>na</strong>is e <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> <strong>CNC</strong>. Além disso, foram estabelecidos os<br />

seguintes objetivos específicos: (a) <strong>de</strong>screver as etapas <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> <strong>de</strong> matrizes; (b) as<br />

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Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso<br />

Engenharia <strong>de</strong> Produção<br />

2013<br />

ferramentas que serão utiliza<strong>da</strong>s; (c) a mão <strong>de</strong> obra para realizar as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, e (d) softwares<br />

utilizados para criar os <strong>de</strong>senhos e gerar os programas <strong>CNC</strong>.<br />

4. Desenvolvimento <strong>da</strong> Pesquisa<br />

4.1 Descrição <strong>da</strong>s etapas <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> <strong>de</strong> matrizes<br />

Para melhor enten<strong>de</strong>r os processos <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> <strong>com</strong> o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong><br />

convencio<strong>na</strong>is e <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> <strong>CNC</strong> para a confecção <strong>de</strong> matrizes <strong>de</strong> forjar foi realizado um<br />

estudo <strong>da</strong>s etapas <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> o <strong>de</strong>senho <strong>da</strong>s mesmas. Esta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> serve<br />

para melhor entendimento, possibilita a execução <strong>da</strong> <strong>fabricação</strong> e melhora a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> em<br />

todo o processo.<br />

Por se tratar <strong>de</strong> produção não seria<strong>da</strong>, não existe uma ficha <strong>de</strong> processo para a<br />

confecção <strong>de</strong> matrizes. Sendo assim, este processo está <strong>baseado</strong> essencialmente <strong>na</strong><br />

experiência do supervisor/projetista e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos recursos <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> empresa (<strong>máqui<strong>na</strong>s</strong>,<br />

ferramentas, pessoas). As matrizes <strong>de</strong> forjar a quente são ferramentas fabrica<strong>da</strong>s em aço<br />

especial para trabalho a quente (VILLARES METALS, 2006) <strong>com</strong>o exemplo: Aço VMO.<br />

O processo <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> <strong>da</strong>s matrizes inicia-se <strong>com</strong> a preparação dos blocos (Matéria<br />

Prima) que geralmente são temperados <strong>com</strong> dureza entre 32 a 48 HRC (VILLARES<br />

METALS, 2006). O responsável pelo processo <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> faz o sequenciamento <strong>da</strong>s etapas<br />

<strong>de</strong> confecção <strong>da</strong>s matrizes.<br />

As etapas a seguir relatam os dois processos <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> utilizados para a confecção<br />

<strong>da</strong>s matrizes (ZLUHAN et al.,2012; GASPAR, 2009):<br />

Processo <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> <strong>com</strong> o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> convencio<strong>na</strong>is:<br />

Primeiramente <strong>de</strong>ve-se esquadrejar o bloco e fazer a cau<strong>da</strong> <strong>de</strong> andorinha que será<br />

utiliza<strong>da</strong> para a fixação <strong><strong>no</strong>s</strong> martelos <strong>de</strong> que<strong>da</strong>;<br />

Fresar as cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>s utilizando gabaritos (Fresadora Universal);<br />

Banca<strong>da</strong> - polir as cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>s para obter um melhor acabamento e facilitar a remoção<br />

<strong>da</strong>s peças forja<strong>da</strong>s;<br />

Tirar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gesso e conferir as dimensões <strong>da</strong> peça conforme <strong>de</strong>senho (Máqui<strong>na</strong><br />

<strong>de</strong> medir Tridimensio<strong>na</strong>l). Se a peça estiver conforme, a matriz será envia<strong>da</strong> para o<br />

<strong>setor</strong> <strong>de</strong> forjamento.<br />

Processo <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> <strong>com</strong> o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> <strong>CNC</strong>:<br />

Primeiramente <strong>de</strong>ve-se esquadrejar o bloco e fazer a cau<strong>da</strong> <strong>de</strong> andorinha que será<br />

utiliza<strong>da</strong> para a fixação <strong><strong>no</strong>s</strong> martelos <strong>de</strong> que<strong>da</strong>;<br />

Gerar o programa <strong>CNC</strong> utilizando a mo<strong>de</strong>lagem em 3D (CAD/CAM);<br />

Fazer a transferência do programa <strong>CNC</strong> através do módulo DNC (Controle Numérico<br />

Direto) para a máqui<strong>na</strong> <strong>CNC</strong> (Centro <strong>de</strong> Usi<strong>na</strong>gem <strong>de</strong> Alta Performance);<br />

Fazer o preset, utilizar o renishaw (sistema <strong>de</strong> apalpadores para <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> ferramentas)<br />

e iniciar o fresamento <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> matriz;<br />

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Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso<br />

Engenharia <strong>de</strong> Produção<br />

2013<br />

Banca<strong>da</strong> - polir as cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>s para obter um melhor acabamento e facilitar a remoção<br />

<strong>da</strong>s peças forja<strong>da</strong>s;<br />

Tirar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gesso e conferir as dimensões <strong>da</strong> peça conforme <strong>de</strong>senho (Máqui<strong>na</strong><br />

<strong>de</strong> medir Tridimensio<strong>na</strong>l). Se a peça estiver conforme, a matriz será envia<strong>da</strong> para o<br />

<strong>setor</strong> <strong>de</strong> forjamento.<br />

4.2 Ferramentas utiliza<strong>da</strong>s <strong>no</strong> processo <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong><br />

As ferramentas utiliza<strong>da</strong>s <strong>no</strong> processo <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> <strong>com</strong> o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong><br />

convencio<strong>na</strong>is são as seguintes:<br />

Fresa T-MAX, utiliza<strong>da</strong> para esquadrejar os blocos.<br />

Fresa angular, fabrica<strong>da</strong> em Aço Rápido M2, utiliza<strong>da</strong>s para o fresamento <strong>da</strong> cau<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

andorinha <strong>da</strong> matriz;<br />

Fresa angular <strong>com</strong> topo esférico (Aço M2), utiliza<strong>da</strong>s para o fresamento <strong>da</strong>s cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

As ferramentas utiliza<strong>da</strong>s <strong>no</strong> processo <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> <strong>com</strong> o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> <strong>CNC</strong> são<br />

as seguintes:<br />

Fresa T-MAX, utiliza<strong>da</strong> para esquadrejar os blocos.<br />

Fresas angular, fabrica<strong>da</strong>s em Metal Duro, utiliza<strong>da</strong>s para o fresamento <strong>da</strong> cau<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

andorinha <strong>da</strong> matriz;<br />

Fresa <strong>de</strong> Topo e <strong>de</strong> Topo esférico (Metal Duro), utiliza<strong>da</strong>s para o fresamento <strong>da</strong>s<br />

cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

A seguir alguns mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> ferramentas utiliza<strong>da</strong>s <strong>no</strong> processo <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> <strong>de</strong> matriz<br />

<strong>de</strong> forjar, conforme figura 7:<br />

Figura 7: Fresas T-MAX e Fresas <strong>de</strong> Metal Duro. Fonte: www.arsystem.<strong>com</strong>.br<br />

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Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso<br />

Engenharia <strong>de</strong> Produção<br />

2013<br />

4.3 Mão <strong>de</strong> Obra<br />

A mão <strong>de</strong> obra utiliza<strong>da</strong> em ambos os processos são as mesmas, porém receberam<br />

trei<strong>na</strong>mento para trabalhar <strong>com</strong> os dois tipos <strong>de</strong> <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong>. A única diferença é que o<br />

colaborador quando está operando a máqui<strong>na</strong> <strong>CNC</strong> po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e<br />

quando está operando a máqui<strong>na</strong> convencio<strong>na</strong>l não tem tempo disponível por se tratar <strong>de</strong><br />

operação basicamente manual, a qual requer maior habili<strong>da</strong><strong>de</strong> do operador.<br />

4.4 Softwares utilizados <strong>no</strong> processo <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong><br />

Para <strong>da</strong>r início à <strong>fabricação</strong> <strong>da</strong>s matrizes utiliza-se softwares CAD 3D para criar os<br />

mo<strong>de</strong>los sólidos e gerar os <strong>de</strong>senhos que aju<strong>da</strong>rão <strong>na</strong> confecção. Os mo<strong>de</strong>los sólidos também<br />

servem para gerar os programas <strong>CNC</strong> pelo CAM, que serão utilizados <strong>no</strong> processamento <strong>da</strong>s<br />

matrizes. Para obter um bom resultado <strong>na</strong> <strong>fabricação</strong> <strong>de</strong> uma matriz <strong>de</strong>ve-se fazer um<br />

programa para <strong>de</strong>sbaste, pré-acabamento e acabamento.<br />

A transmissão <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos é realiza<strong>da</strong> via DNC, e o colaborador <strong>de</strong>verá receber os<br />

programas, fazer o preset e iniciar a <strong>fabricação</strong>.<br />

5. Comparação entre os processos <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> <strong>com</strong> o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> convencio<strong>na</strong>is<br />

e <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> <strong>CNC</strong><br />

Os processos <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> <strong>de</strong> matrizes geralmente não obe<strong>de</strong>cem a um esquema<br />

prático (roteiro), este é característico <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> empresa por se tratar <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong><br />

produção não seriado. Basicamente estes processos são dispostos conforme os fluxogramas,<br />

figura 6.<br />

De acordo <strong>com</strong> os estudos realizados, as diferenças entre o processo <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> <strong>com</strong><br />

o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> convencio<strong>na</strong>is e <strong>com</strong> o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> <strong>CNC</strong> estão dispostas <strong>na</strong> tabela 2:<br />

Tabela 2: Comparativo entre os processos convencio<strong>na</strong>is e processos <strong>com</strong> <strong>CNC</strong>.<br />

PROCESSOS CONVENCIONAIS<br />

PROCESSOS COM <strong>CNC</strong><br />

Tempo <strong>de</strong> processo elevado<br />

Alta veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produção<br />

Tempo <strong>de</strong> setup elevado<br />

Tempo <strong>de</strong> setup baixo<br />

Não tem repetibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> movimentos Garantia <strong>de</strong> repetibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> movimentos<br />

Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> duvidosa<br />

Alta quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Baixa produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Alta produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Elevado custo <strong>de</strong> ferramentas<br />

Baixo custo <strong>de</strong> ferramentas<br />

Maior <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> consumíveis<br />

Baixo <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> consumíveis<br />

Mão <strong>de</strong> obra <strong>de</strong>sempenha uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Mão <strong>de</strong> obra <strong>de</strong>sempenha mais ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Fonte: Elaborado pelo Autor.<br />

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Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso<br />

Engenharia <strong>de</strong> Produção<br />

2013<br />

FLUXOGRAMA PARA FABRICAÇÃO DE MATRIZ DE FORJAR<br />

Início <strong>da</strong> <strong>Fabricação</strong><br />

<strong>com</strong> <strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong><br />

convencio<strong>na</strong>is<br />

Início <strong>da</strong> <strong>Fabricação</strong> <strong>com</strong><br />

<strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> <strong>CNC</strong><br />

Receber <strong>de</strong>senho e a<br />

Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> serviço<br />

Receber <strong>de</strong>senho e a<br />

Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> serviço<br />

Fazer a preparação do<br />

processo <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong><br />

Fazer a preparação do<br />

processo <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong><br />

Preparar os blocos<br />

(Matéria Prima)<br />

Gerar o programa<br />

<strong>CNC</strong> (CAD/CAM)<br />

Usi<strong>na</strong>r as cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Preparar os blocos<br />

(Matéria Prima)<br />

Polir as cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e tirar<br />

o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gesso<br />

Fazer o Preset e usi<strong>na</strong>r as<br />

cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Enviar para a Metrologia<br />

conferir as dimensões<br />

Polir as cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e tirar<br />

o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gesso<br />

Aprovado?<br />

Sim<br />

Não<br />

Retrabalhar<br />

Enviar para a Metrologia<br />

conferir as dimensões<br />

Segue para o <strong>setor</strong> <strong>de</strong><br />

forjamento<br />

Aprovado?<br />

Não<br />

Retrabalhar<br />

Sim<br />

Fi<strong>na</strong>l<br />

Segue para o <strong>setor</strong> <strong>de</strong><br />

forjamento<br />

Fi<strong>na</strong>l<br />

Figura 6: Fluxograma dos <strong>Processos</strong> <strong>de</strong> <strong>Fabricação</strong> <strong>de</strong> Matriz <strong>de</strong> <strong>Forjar</strong>. Fonte: Elaborado pelo Autor.<br />

Com a aquisição <strong>de</strong> máqui<strong>na</strong> <strong>CNC</strong> (Alta Performance) para <strong>fabricação</strong> <strong>de</strong> matrizes<br />

po<strong>de</strong>-se reduzir os custos, garantir uma maior <strong>com</strong>petitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e aumentar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos<br />

produtos processados.<br />

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Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso<br />

Engenharia <strong>de</strong> Produção<br />

2013<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Elas oferecem uma gama <strong>de</strong> acessórios que aju<strong>da</strong>m a:<br />

Reduzir o tempo <strong>de</strong> setup;<br />

Garantir a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto através <strong>de</strong> dispositivos utilizados para alinhamento e<br />

zeramento dos blocos;<br />

Aumentam a vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s ferramentas pelo fato <strong>de</strong> possuírem passagem para refrigeração<br />

<strong>no</strong> centro do eixo árvore;<br />

Também possibilita a remoção <strong>de</strong> cavacos <strong>de</strong>vido à pressão <strong>da</strong> refrigeração.<br />

Porém a aquisição <strong>de</strong>ssa máqui<strong>na</strong> envolve um investimento alto e requer um estudo <strong>de</strong><br />

viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> para que a empresa possa adquirir.<br />

6. Consi<strong>de</strong>rações Fi<strong>na</strong>is<br />

Após a realização dos estudos envolvendo o emprego <strong>de</strong> <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong> <strong>CNC</strong> para a<br />

<strong>fabricação</strong> <strong>de</strong> matrizes, po<strong>de</strong>-se concluir que a utilização a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>da</strong>s <strong>máqui<strong>na</strong>s</strong>-ferramentas,<br />

o conhecimento do produto a ser fabricado e do processo <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> aju<strong>da</strong>m reduzir os<br />

custos, a melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, reduz o tempo <strong>de</strong> processamento e também diminui o esforço<br />

físico dos colaboradores.<br />

A falta <strong>de</strong> conhecimento do processo <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> alia<strong>da</strong> a toma<strong>da</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões<br />

precipita<strong>da</strong>s po<strong>de</strong> acarretar sérios prejuízos (Fi<strong>na</strong>nceiros) para a empresa. Antes <strong>de</strong> investir<br />

em <strong>no</strong>vos equipamentos <strong>de</strong>ve-se fazer um estudo <strong>de</strong> viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> para ver se será viável o<br />

investimento.<br />

Um dos pontos mais relevantes observados neste artigo foi a gran<strong>de</strong> falta <strong>de</strong> controle<br />

sobre as informações técnicas/procedimentos para a <strong>fabricação</strong> <strong>de</strong> matrizes por se tratar <strong>de</strong><br />

produção não seria<strong>da</strong> cujas informações são características <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> empresa.<br />

Baseando-se neste artigo, uma proposta para trabalho futuro seria a implantação do<br />

maquinário <strong>CNC</strong> num <strong>setor</strong> <strong>de</strong> produção não seria<strong>da</strong> <strong>com</strong> o intuito <strong>de</strong> obter melhores<br />

resultados operacio<strong>na</strong>is e <strong>com</strong>parar os resultados <strong>com</strong> os aqui apresentados.<br />

Referências<br />

CASACURTA, A. Mo<strong>de</strong>lagem geométrica. São Leopoldo, [1999]. Disponível em: .<br />

Ultimo acesso em 30 <strong>de</strong> Maio.<br />

CHIAVENATO, I. Gestão <strong>de</strong> Pessoas: O <strong>no</strong>vo papel dos recursos huma<strong><strong>no</strong>s</strong> <strong>na</strong>s organizações. 6ª tiragem. Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro: Campus, 1999.<br />

CHIAVENATO, I. Recursos Huma<strong><strong>no</strong>s</strong>. 6ª Ed. São Paulo: Atlas, 2000.<br />

CHIAVERINI, V. Tec<strong>no</strong>logia <strong>Mecânica</strong>: <strong>Processos</strong> <strong>de</strong> <strong>Fabricação</strong> e Tratamento. São Paulo: Makron Books,<br />

1986, 2ª Ed. Vol.II.<br />

DINIZ, A. Z. Máqui<strong>na</strong>s <strong>CNC</strong>, aspectos construtivos, operação e aplicação. Boletim SOBRACON (Socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Brasileira <strong>de</strong> Controle Numérico), nº 48, São Paulo, 1990.<br />

DIRECTA AUTOMAÇÃO - < www.directaautomacao.<strong>com</strong>.br > Ultimo acesso em 23 <strong>de</strong> Maio.<br />

GASPAR, M. P. Melhoria contínua em processos produtivos, <strong>com</strong> a utilização <strong>da</strong> tec<strong>no</strong>logia a cnc, <strong>na</strong> indústria<br />

metal-mecânica. Mo<strong>no</strong>grafia (Tecnólogo em Produção), Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Tec<strong>no</strong>logia <strong>da</strong> Zo<strong>na</strong> Leste, São Paulo,<br />

2009.<br />

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Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso<br />

Engenharia <strong>de</strong> Produção<br />

2013<br />

GOMES, L. F. S.Uso <strong>de</strong> softwares cad <strong>no</strong> <strong>setor</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e melhorias <strong>de</strong> produtos. Projeto <strong>de</strong><br />

Graduação (Tec<strong>no</strong>logia em Produção). Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Tec<strong>no</strong>logia <strong>da</strong> Zo<strong>na</strong> Leste, São Paulo, 2009.<br />

GONÇALVES, J. E. L. Processo, que processo? Revista <strong>de</strong> Administração <strong>de</strong> Empresas (RAE), v. 40, n. 4, p. 8-<br />

19, 2000.<br />

JOHANSSON, H. J.; MCHUGH, P.; PENDLEBURY, A. J.; WHEELER III, W. A. <strong>Processos</strong> <strong>de</strong> negócios:<br />

Como criar sinergia entre a estratégia <strong>de</strong> mercado e a excelência operacio<strong>na</strong>l. São Paulo: Pioneira, 1995.<br />

MELLO, C. H. P.; SILVA, C. E. S.; TURRIONI, J. B.; SOUZA, L. G. M. ISO 9001:2000 – Sistema <strong>de</strong> gestão<br />

<strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> para operações <strong>de</strong> produção e serviço. São Paulo: Atlas, 2002.<br />

NORMA ISO 6983. Princípios básicos <strong>da</strong> programação. ISO – Organização Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l para Organização,<br />

1982.<br />

REVISTA PRODUÇÃO - < www.revistaproducao.net > Ultimo acesso em 23 <strong>de</strong> Maio.<br />

ROMI Indústria S/A- Manual <strong>de</strong> Programação e Operação: Centro <strong>de</strong> usi<strong>na</strong>gem D800, 2009.<br />

SCHAEFFER, L. Forjamento: Introdução ao Processo. Porto Alegre: IL, 2001.<br />

SILVA, S. D. <strong>CNC</strong> Programação <strong>de</strong> Comandos Numéricos Computadorizados: Torneamento. 2 ed., São Paulo:<br />

Ed. Érica, 2003.<br />

SIMA, A. F. "Máqui<strong>na</strong> <strong>de</strong> Controle Numérico". In: Manufatura Integra<strong>da</strong> por Computador: Sistemas Integrados<br />

<strong>de</strong> Produção: Estratégia, Organização, Tec<strong>no</strong>logia e Recursos Huma<strong><strong>no</strong>s</strong>. Ed. Campos, Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1995.<br />

VILELLA, C. S. S. Mapeamento <strong>de</strong> processos e aprendizado organizacio<strong>na</strong>l. Dissertação(Mestrado)- Programa<br />

<strong>de</strong> Pós Graduação em Engenharia <strong>de</strong> Produção, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral De Santa Catari<strong>na</strong>, Florianópolis, 2000.<br />

VILLARES METALS. Aços para trabalho a quente, 2006.<br />

ZLUHAN, G. P.; BERKENBROCK, E.; JUNIOR, J. C. S.; BITTENCOURT, M. Otimização do Fluxograma do<br />

processo <strong>de</strong> <strong>fabricação</strong> <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong> injeção <strong>de</strong> termoplásticos. In: Revista Ferramental, a<strong>no</strong> VIII, Nº43, Set/out<br />

2012.<br />

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