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Análise das reclamações de clientes e da tratativa de problemas de uma empresa fabricante de autopeças por meio da aplicação da metodologia MASP e ferramentas da qualidade

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<strong>Análise</strong> <strong><strong>da</strong>s</strong> <strong>reclamações</strong> <strong>de</strong> <strong>clientes</strong> e <strong>da</strong> <strong>tratativa</strong> <strong>de</strong> <strong>problemas</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>uma</strong> <strong>empresa</strong> <strong>fabricante</strong> <strong>de</strong> <strong>autopeças</strong> <strong>por</strong> <strong>meio</strong> <strong>da</strong> <strong>aplicação</strong> <strong>da</strong><br />

<strong>metodologia</strong> <strong>MASP</strong> e <strong>ferramentas</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Karine <strong>de</strong> Cassia Pereira (kacapereira@live.com)<br />

Marianna Lucin<strong>da</strong> <strong>de</strong> Oliveira (marifepi2012@yahoo.com.br)<br />

Orientador: MSc. Flavia Apareci<strong>da</strong> Souza<br />

Resumo: As <strong>empresa</strong>s do setor automotivo requerem investimentos em quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, segurança e<br />

inovação para garantir sua manutenção e posição <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque no mercado. O presente<br />

trabalho teve como propósito i<strong>de</strong>ntificar as principais <strong>reclamações</strong> <strong>de</strong> <strong>clientes</strong> <strong>de</strong> <strong>uma</strong> <strong>empresa</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>autopeças</strong> e avaliar, através <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> caso, a <strong>aplicação</strong> do <strong>MASP</strong> e outras<br />

<strong>ferramentas</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> para a <strong>tratativa</strong> <strong>de</strong> <strong>problemas</strong>. Com o intuito <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar on<strong>de</strong><br />

suce<strong>de</strong> a maior recorrência <strong>de</strong> falhas, utilizou-se o Diagrama <strong>de</strong> Pareto. Quanto aos<br />

resultados, traduzidos em <strong>problemas</strong> com maior acionamento <strong>de</strong> <strong>clientes</strong>, está o visual (45%)<br />

e <strong>de</strong>ntre os <strong>problemas</strong> visuais, a origem Métodos e Processos é responsável pela maior taxa <strong>de</strong><br />

<strong>reclamações</strong> (59%). Nesse sentido, foi <strong>de</strong>monstra<strong>da</strong> a solução <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sses <strong>problemas</strong>,<br />

concluindo-se que a <strong>aplicação</strong> <strong><strong>da</strong>s</strong> <strong>ferramentas</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> para solução <strong>de</strong> não<br />

conformi<strong>da</strong><strong>de</strong>s é eficaz, pois apoia a <strong>empresa</strong> no alcance do seu principal objetivo, a satisfação<br />

do cliente.<br />

Palavras-chave: Diagrama <strong>de</strong> Pareto; <strong>MASP</strong>; Setor automotivo; Reclamações <strong>de</strong> <strong>clientes</strong>.<br />

1. Introdução<br />

O nível <strong>de</strong> competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong><strong>da</strong>s</strong> organizações <strong>de</strong>fine sua sobrevivência no mercado. Com<br />

a busca <strong>por</strong> maior lucrativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, as <strong>empresa</strong>s necessitam <strong>de</strong> processos mais eficientes para<br />

contra<strong>por</strong> os altos custos <strong>de</strong> produção, utilizando <strong>da</strong> melhor forma seus recursos disponíveis.<br />

Essas <strong>empresa</strong>s contemplam a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> como um fator crucial na tentativa <strong>de</strong> <strong>uma</strong> melhor<br />

posição no mercado. (BRESSAN et al., 2015)<br />

A abor<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, conforme Mendonça, São José e Costa (2004) tem como<br />

principal foco as características <strong>de</strong> satisfação que um produto ou serviço geram em seus<br />

stakehol<strong>de</strong>rs em geral. Segundo os mesmos autores, caso tais características apresentem falhas<br />

é necessária a realização <strong>de</strong> troca ou correção do produto para que o mesmo aten<strong>da</strong> às<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e expectativas dos <strong>clientes</strong>, isso também ocorre para os serviços não aceitos pelo<br />

cliente, tendo o responsável que refazê-lo até que se alcance a satisfação <strong>de</strong>seja<strong>da</strong>.<br />

1


Nas <strong>empresa</strong>s do ramo automotivo a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> não se difere <strong><strong>da</strong>s</strong> <strong>de</strong>mais organizações,<br />

sendo necessária a otimização dos processos produtivos, inovação, quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e investimento<br />

em tecnologia para manter, bem como expandir sua atuação no mercado.<br />

O presente trabalho tem <strong>por</strong> finali<strong>da</strong><strong>de</strong>, i<strong>de</strong>ntificar as principais <strong>reclamações</strong> <strong>de</strong> <strong>clientes</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>uma</strong> <strong>empresa</strong> provedora <strong>de</strong> <strong>autopeças</strong>, situa<strong>da</strong> no Sul do estado <strong>de</strong> Minas Gerais e<br />

<strong>de</strong>monstrar, através <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> caso, a eficácia do Método <strong>de</strong> <strong>Análise</strong> e Solução <strong>de</strong><br />

Problemas (<strong>MASP</strong>), assim como <strong>de</strong> outras <strong>ferramentas</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, ambas utiliza<strong><strong>da</strong>s</strong> pela<br />

<strong>empresa</strong> na <strong>tratativa</strong> <strong>de</strong> não conformi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, conforme exigências <strong>da</strong> especificação técnica ISO<br />

TS/16949.<br />

A<strong>de</strong>mais, a norma exprime que:<br />

A organização <strong>de</strong>ve ter um processo <strong>de</strong>finido para a solução <strong>de</strong> <strong>problemas</strong>,<br />

direcionado para a i<strong>de</strong>ntificação e eliminação <strong>da</strong> raiz <strong>da</strong> causa. Se existir um formato<br />

para a solução <strong>de</strong> <strong>problemas</strong> prescrito pelo cliente, a organização <strong>de</strong>ve usar o formato<br />

prescrito. (ABNT, 2010, P. 40)<br />

Nesse sentido, para esse estudo foram traçados os seguintes objetivos específicos:<br />

realizar a estratificação do banco <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> <strong>empresa</strong>, no qual to<strong><strong>da</strong>s</strong> as <strong>reclamações</strong> são<br />

registra<strong><strong>da</strong>s</strong>; analisar os <strong>da</strong>dos através do Diagrama <strong>de</strong> Pareto para priorizar as não<br />

conformi<strong>da</strong><strong>de</strong>s com maior impacto; analisar um problema já solucionado pela <strong>empresa</strong> para<br />

verificar a <strong>aplicação</strong> do <strong>MASP</strong> e <strong>de</strong> outras <strong>ferramentas</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> nesse processo.<br />

2. Referencial teórico<br />

2.1 Diagrama <strong>de</strong> Pareto<br />

Slack, Chambers e Johnston (2009) afirmam que em qualquer método <strong>de</strong> melhoria, é<br />

interessante diferenciar o grau <strong>de</strong> im<strong>por</strong>tância <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> item sobre avaliação, e que a proposta<br />

do Diagrama <strong>de</strong> Pareto é diferenciar pontos relevantes, com menor número <strong>de</strong> itens, <strong>de</strong> pontos<br />

pouco relevantes, on<strong>de</strong> se situa a maioria dos itens avaliados. Os autores ain<strong>da</strong> certificam que<br />

o Diagrama <strong>de</strong> Pareto é <strong>uma</strong> prática que classifica os tipos <strong>de</strong> <strong>problemas</strong> ou suas causas <strong>por</strong><br />

or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> im<strong>por</strong>tância, permitindo concentrar as ações <strong>de</strong> melhorias nas áreas on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong><br />

obter maior ganho.<br />

Batalha (2008) cita em seu trabalho que Juran, um dos gurus <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, interpretou<br />

a teoria <strong>de</strong> Pareto aplicando-a à quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, conheci<strong>da</strong> <strong>por</strong> regra 80-20, on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>fine que 20%<br />

2


Ocorrências<br />

Porcentagem<br />

<strong><strong>da</strong>s</strong> causas relevantes são responsáveis <strong>por</strong> 80% dos <strong>de</strong>feitos. O mesmo ocorre para 80% <strong><strong>da</strong>s</strong><br />

causas pouco relevantes, responsáveis <strong>por</strong> 20% dos <strong>de</strong>feitos. O diagrama representa <strong>de</strong> forma<br />

<strong>de</strong>crescente, a frequência ocorri<strong>da</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> problema avaliado.<br />

O Diagrama <strong>de</strong> Pareto também é utilizado para diferir <strong>problemas</strong> relativos às<br />

<strong>reclamações</strong> <strong>de</strong> <strong>clientes</strong> <strong>de</strong> maior impacto, dos <strong>de</strong> menor impacto para a organização, <strong>de</strong> acordo<br />

com a regulari<strong>da</strong><strong>de</strong> que os mesmos ocorrem, possibilitando a priorização <strong>de</strong> <strong>problemas</strong> através<br />

<strong>da</strong> sua classificação. Esse método também faz a anteposição <strong>de</strong> projetos a serem <strong>de</strong>senvolvidos<br />

pela <strong>empresa</strong>.<br />

A Figura 1 <strong>de</strong>monstra um exemplo <strong>de</strong> Diagrama <strong>de</strong> Pareto que me<strong>de</strong> a frequência <strong>de</strong><br />

<strong>problemas</strong> em serviço <strong>de</strong> distribuição e entrega.<br />

200<br />

100<br />

80<br />

100<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

0<br />

Figura 1 – Diagrama <strong>de</strong> Pareto simples<br />

Fonte: Batalha (2008)<br />

2.2 Ciclo PDCA<br />

O método <strong>de</strong> análise <strong>empresa</strong>rial utilizando o ciclo PDCA consiste em realizar<br />

melhorias contínuas na sistemática adota<strong>da</strong> pela <strong>empresa</strong>, com a análise <strong><strong>da</strong>s</strong> possíveis falhas no<br />

processo e aplicando as <strong>de</strong>cisões toma<strong><strong>da</strong>s</strong> sobre as falhas, se verificado <strong>uma</strong> solução satisfatória,<br />

ocorre a padronização com a melhoria obti<strong>da</strong>, aperfeiçoando assim o processo e evitando falhas<br />

recorrentes.<br />

3


Segundo Campos (2004), o ciclo PDCA é constituído <strong>por</strong> quatro fases: PLAN (planejar),<br />

DO (fazer), CHECK (verificar) e ACTION (agir). A Figura 2 <strong>de</strong>screve o que <strong>de</strong>ve ser feito em<br />

ca<strong>da</strong> <strong>uma</strong> <strong><strong>da</strong>s</strong> etapas.<br />

Figura 2 – Ciclo PDCA<br />

Fonte: Campos (2004, p.34)<br />

O ciclo PDCA compreen<strong>de</strong> processos fun<strong>da</strong>mentados que possuem <strong>uma</strong> continui<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

O ciclo é embasado em informações e ocorrências, cujo objetivo é encontrar a causa raiz <strong>de</strong><br />

<strong>uma</strong> não conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> para em sequência, excluí-la. Os instrumentos utilizados para coleta,<br />

processamento e disposição dos <strong>da</strong>dos são constituídos <strong>por</strong> <strong>meio</strong> do avanço <strong><strong>da</strong>s</strong> etapas,<br />

permitindo tomar <strong>de</strong>cisões assertivas. (GOMES, 2006)<br />

2.3 Método <strong>de</strong> <strong>Análise</strong> e Solução <strong>de</strong> Problemas (<strong>MASP</strong>)<br />

Santos et al. (2012) afirmam que a ferramenta <strong>MASP</strong> é composta <strong>por</strong> oito etapas que<br />

estão conti<strong><strong>da</strong>s</strong> no ciclo do PDCA, dividi<strong><strong>da</strong>s</strong> entre suas quatro fases. As oito etapas do <strong>MASP</strong><br />

estão <strong>de</strong>scritas posteriormente. As quatro primeiras etapas constituem a etapa PLAN do PDCA.<br />

Em segui<strong>da</strong>, a etapa DO equivale à ação, CHECK à verificação e <strong>por</strong> fim, a padronização e a<br />

conclusão referem-se à etapa ACTION.<br />

4


As aplicações <strong><strong>da</strong>s</strong> oito etapas <strong>MASP</strong> são avalia<strong><strong>da</strong>s</strong> <strong>por</strong> Campos (2004) com os seguintes<br />

preceitos:<br />

• I<strong>de</strong>ntificação do problema: compreen<strong>de</strong> a <strong>de</strong>scrição exata do problema e qual é a sua<br />

relevância;<br />

• Observação: o problema <strong>de</strong>ve ser observado or<strong>de</strong>na<strong>da</strong>mente, coletando-se to<strong><strong>da</strong>s</strong> as<br />

informações pertinentes para a sua solução;<br />

• <strong>Análise</strong>: baseia-se em encontrar as causas principais do problema;<br />

• Plano <strong>de</strong> ação: permite explanar um projeto ou procedimento que possibilite a solução<br />

do problema;<br />

• Ação: <strong>de</strong>ve-se praticar o plano <strong>de</strong> ação, inibindo as causas raízes do problema;<br />

• Verificação: está relacionado à avaliação <strong>da</strong> eficiência do plano <strong>de</strong> ação, verificando se<br />

com a ação toma<strong>da</strong> se o problema foi resolvido efetivamente;<br />

• Padronização: se a verificação foi efetua<strong>da</strong> e o problema sanado, <strong>de</strong>ve-se adotar como<br />

padrão o procedimento executado através do plano <strong>de</strong> ação;<br />

• Conclusão: concluir a <strong>aplicação</strong> do método para o problema e consoli<strong>da</strong>r as lições<br />

adquiri<strong><strong>da</strong>s</strong>.<br />

A <strong>aplicação</strong> <strong>da</strong> ferramenta <strong>MASP</strong>, e todos os seus <strong>de</strong>sdobramentos <strong>de</strong>vem ser feitos em<br />

equipe. Sendo assim, os integrantes selecionados para a <strong>aplicação</strong> <strong>da</strong> <strong>metodologia</strong> precisam ter<br />

o domínio <strong><strong>da</strong>s</strong> <strong>ferramentas</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> que são aplica<strong><strong>da</strong>s</strong> <strong>de</strong> acordo com o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do método, enten<strong>de</strong>r as vantagens <strong>de</strong>ssa <strong>metodologia</strong>, bem como sua eficiência para a <strong>tratativa</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>problemas</strong>, garantindo <strong>de</strong>ssa forma, a capacitação dos envolvidos. O <strong>MASP</strong> é utilizado no<br />

âmbito gerencial para melhoria e controle dos padrões <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, resolvendo <strong>problemas</strong> que<br />

afetam os custos <strong>de</strong> produção e processos produtivos.<br />

2.4 Ferramentas <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

As <strong>ferramentas</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenham um papel im<strong>por</strong>tante para a compreensão<br />

<strong>da</strong> gestão <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Ga<strong>de</strong>lha e Morais (2015) afirmam que elas auxiliam no entendimento<br />

<strong>de</strong> to<strong>da</strong> teoria conti<strong>da</strong> na gestão <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Para os autores, as <strong>ferramentas</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

quantificam e qualificam os <strong>problemas</strong> e suas causas <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> <strong>empresa</strong>, com o propósito <strong>de</strong><br />

5


<strong>de</strong>terminar as priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s e ressaltar o que <strong>de</strong>ve ser melhorado. Essas <strong>ferramentas</strong>, segundo<br />

Vieira Filho (2003), permitem analisar os fatos e tomar <strong>de</strong>cisões com base em <strong>da</strong>dos, resultando<br />

na afirmação <strong>de</strong> que a <strong>de</strong>cisão é efetivamente correta.<br />

A seguir, encontram-se alg<strong>uma</strong>s <strong><strong>da</strong>s</strong> principais <strong>ferramentas</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> que, além <strong>de</strong><br />

utiliza<strong><strong>da</strong>s</strong> <strong>por</strong> muitas organizações, têm sido aplica<strong><strong>da</strong>s</strong> no processo <strong>de</strong> solução <strong>de</strong> <strong>problemas</strong><br />

pela <strong>empresa</strong>, objeto <strong>de</strong>sse estudo. Porém, não será <strong>de</strong>monstra<strong>da</strong> a <strong>aplicação</strong> prática <strong>de</strong> to<strong><strong>da</strong>s</strong> as<br />

<strong>ferramentas</strong>, apenas <strong><strong>da</strong>s</strong> que foram utiliza<strong><strong>da</strong>s</strong> no tópico <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstração <strong>da</strong> <strong>tratativa</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>problemas</strong>, através <strong>da</strong> <strong>aplicação</strong> do <strong>MASP</strong>.<br />

2.4.1 Estratificação<br />

A Estratificação é um método útil para análise e observação <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos. Essa ferramenta<br />

constitui em dividir um grupo em vários subgrupos com base em características particulares ou<br />

<strong>de</strong> estratificação. Para a análise dos <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> maneira sedimenta<strong>da</strong>, é necessário i<strong>de</strong>ntificar a<br />

origem dos <strong>da</strong>dos, assim como registrar todos os fatores que sofreram alterações durante o<br />

período <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos. É im<strong>por</strong>tante que a coleta seja feita em um período <strong>de</strong> tempo não<br />

muito curto para que seja possível analisar os <strong>da</strong>dos em função do tempo. (CARPINETTI, 2012)<br />

2.4.2 Brainstorming<br />

Brainstorming é <strong>uma</strong> ferramenta participativa, on<strong>de</strong> todos possuem o<strong>por</strong>tuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

expressar sua opinião. Vieira Filho (2003) afirma que o Brainstorming foi criado com o intuito<br />

<strong>de</strong> pro<strong>por</strong>cionar participação <strong><strong>da</strong>s</strong> pessoas em um ambiente <strong>de</strong> reuniões ou quando se preten<strong>de</strong><br />

ter i<strong>de</strong>ias para levantar possíveis causas <strong>de</strong> <strong>problemas</strong> ou suscitar os <strong>problemas</strong>.<br />

2.4.3 Diagrama <strong>de</strong> Causa e Efeito<br />

O Diagrama <strong>de</strong> Causa e Efeito, conhecido também como Diagrama <strong>de</strong> Ishikawa ou<br />

Espinha <strong>de</strong> Peixe, <strong>de</strong> acordo com Vieira Filho (2003) é <strong>uma</strong> ferramenta utiliza<strong>da</strong> para retratar<br />

a relação existente entre um resultado <strong>de</strong> um processo, chamado <strong>de</strong> efeito, e os fatores do<br />

processo, <strong>de</strong>nominado causas. O autor também afirma que, além <strong>de</strong> exprimir as possíveis causas<br />

do problema, o Diagrama <strong>de</strong> Causa e Efeito atua como um guia para i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong> causa<br />

principal e a <strong>de</strong>cisão <strong><strong>da</strong>s</strong> ações que <strong>de</strong>verão ser adota<strong><strong>da</strong>s</strong>.<br />

6


Com isso, Batalha (2008) explica que o Diagrama <strong>de</strong> Causa e Efeito, retratado na Figura<br />

3, é <strong>uma</strong> re<strong>de</strong> lógica que analisa as causas e efeitos dos <strong>problemas</strong>, <strong>por</strong> <strong>meio</strong> dos seguintes<br />

passos:<br />

• I<strong>de</strong>ntificação dos <strong>problemas</strong> e inserção à direita do diagrama;<br />

• Utilização do Brainstorming para elencar as causas <strong>de</strong>sse problema, po<strong>de</strong>ndo adotar os<br />

6M’s (materiais, métodos; máquinas; mão-<strong>de</strong>-obra; medição e <strong>meio</strong> ambiente);<br />

• Aplicação <strong><strong>da</strong>s</strong> primeiras causas nos ramos à direita do diagrama;<br />

• Repetição do processo para as subcausas, e assim, gra<strong>da</strong>tivamente.<br />

Figura 3 – Exemplo do Diagrama <strong>de</strong> Causa e Efeito<br />

Fonte: A<strong>da</strong>ptado <strong>de</strong> Batalha (2008)<br />

2.4.4 Folha <strong>de</strong> Verificação<br />

A Folha <strong>de</strong> Verificação é emprega<strong>da</strong> quando surgem necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> coletar <strong>da</strong>dos para<br />

análise futura, essa coleta é realiza<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma simples e organiza<strong>da</strong>, excluindo a precisão <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>nar os <strong>da</strong>dos posteriormente. A Folha <strong>de</strong> Verificação é, em geral, um formulário já<br />

preenchido com os itens a serem investigados e com os campos para preenchimento<br />

pre<strong>de</strong>terminados. É utiliza<strong>da</strong>, usualmente, para controle <strong>de</strong> processo e categorização <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>feitos. (CARPINETTI, 2012)<br />

De acordo com Vieira Filho (2003) a Lista <strong>de</strong> Verificação ou Folha <strong>de</strong> Verificação é<br />

<strong>uma</strong> pesquisa realiza<strong>da</strong> in loco para averiguar a ocorrência <strong>de</strong> <strong>problemas</strong> ou suas causas, bem<br />

7


como i<strong>de</strong>ntificar qual a frequência em que ocorrem. Um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Lista <strong>de</strong> Verificação é<br />

apresentado a seguir, conforme o Quadro 1.<br />

2.4.5 Histograma<br />

Quadro 1 – Exemplo <strong>de</strong> Lista <strong>de</strong> Verificação<br />

Lista <strong>de</strong> Verificação<br />

Assunto: Falhas <strong>de</strong> Embalagem Final<br />

Período <strong>da</strong> Coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos: 10 a 20/07/98 - 1⁰e 2⁰ turnos<br />

Responsável: Ronaldo Luiz <strong>de</strong> Lima<br />

Defeito Contagem Soma<br />

1 - Embalagem estraga<strong>da</strong> ////////// 10<br />

2 - Peso Inferior /// 03<br />

3 - Peso Superior /////////////// 15<br />

4 - Conteúdo <strong>da</strong>nificado //////// 08<br />

5 - Rótulo errado // 02<br />

SOMA<br />

38<br />

Fonte: Vieira Filho (2003, p. 53)<br />

Histograma é <strong>uma</strong> forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver <strong>da</strong>dos quantitativos graficamente, agrupando-os<br />

em classes <strong>de</strong> frequência. Carpinetti (2012) apresenta o Histograma como um gráfico <strong>de</strong> barras,<br />

no qual o eixo horizontal, dividido em vários intervalos, exibe os valores atribuídos a <strong>uma</strong><br />

variável <strong>de</strong> interesse. Nesses intervalos, são construí<strong><strong>da</strong>s</strong> barras verticais, que representam a área<br />

pro<strong>por</strong>cional ao número <strong>de</strong> amostras, cujos valores pertencem ao intervalo equivalente.<br />

Portanto, o Histograma possibilita analisar a forma <strong>da</strong> distribuição dos <strong>da</strong>dos, o valor central e<br />

a dispersão dos <strong>da</strong>dos em torno do valor central, como exemplifica a Figura 4.<br />

Figura 4 – Histograma<br />

Fonte: A<strong>da</strong>ptado <strong>de</strong> Carpinetti (2012)<br />

8


2.4.6 5W2H<br />

O 5W2H é <strong>uma</strong> ferramenta <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> em que se faz uso <strong>de</strong> perguntas provenientes<br />

do inglês com o propósito <strong>de</strong> formar soluções esclarecedoras do problema ou convicções para<br />

um possível resultado. A <strong>aplicação</strong> <strong>de</strong>ssa ferramenta viabiliza a divisão em fases <strong>de</strong> execução<br />

do processo que propicia encontrar as falhas ocorrentes. É um método <strong>de</strong> exposição <strong>de</strong> possíveis<br />

falhas, não indica <strong>de</strong> forma evi<strong>de</strong>nte a causa. (SELEME e STADLER, 2010)<br />

O Quadro 2 traduz o significado <strong><strong>da</strong>s</strong> perguntas representa<strong><strong>da</strong>s</strong> pelo 5W2H bem como sua<br />

interpretação.<br />

Quadro 2 – Mo<strong>de</strong>lo conceitual dos 5 Ws e 2 Hs<br />

5<br />

W<br />

2<br />

H<br />

Pergunta Significado Pergunta instigadora Direcionador<br />

What? O quê? O que <strong>de</strong>ve ser feito? O objeto<br />

Who? Quem? Quem é o responsável? O sujeito<br />

Where? On<strong>de</strong>? On<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser feito? O local<br />

When? Quando? Quando <strong>de</strong>ve ser feito? O tempo<br />

Why? Por quê? Porque é necessário fazer? O motivo<br />

How? Como? Como será feito? O método<br />

How much? Quanto custa? Quanto vai custar? O valor<br />

Fonte: A<strong>da</strong>ptado <strong>de</strong> Seleme e Stadler (2010)<br />

2.4.7 Cinco Porquês<br />

A técnica dos 5 Porquês, conforme Seleme e Stadler (2010) integra a análise <strong>da</strong> causa<br />

raiz do problema, é <strong>uma</strong> ferramenta <strong>de</strong> fácil aplicabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, repetindo <strong>de</strong> forma sequencia<strong>da</strong> a<br />

pergunta (<strong>por</strong> quê) até encontrar a causa real do problema. De acordo com os mesmos autores,<br />

existem situações em que é dispensável a utilização <strong>de</strong> todos os cinco <strong>por</strong>quês, sendo<br />

encontra<strong>da</strong> a causa logo nas primeiras perguntas.<br />

3. Mercado automotivo<br />

O setor automotivo dispõe <strong>de</strong> eleva<strong>da</strong> im<strong>por</strong>tância <strong>por</strong> ser um dos setores que atingiram<br />

gran<strong>de</strong> progresso no século XX. A indústria automobilística trouxe um produto inovador que<br />

mudou radicalmente os hábitos e costumes <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Esse produto, <strong>por</strong> sua vez, possibilitou<br />

maior mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas e bens. (MADRUGA, NASCIMENTO e ZAWISLAK, 1999)<br />

No Brasil, segundo Pereira et al. (2012), esse seguimento tem se <strong>de</strong>stacado, <strong>de</strong>vido ao<br />

mercado, à competência produtiva e à sóli<strong>da</strong> base <strong>de</strong> engenharia automotiva. Ain<strong>da</strong>, segundo<br />

9


os autores, <strong>de</strong>vido à concentração <strong>de</strong> investimentos em tecnologia e à capacitação <strong>de</strong><br />

profissionais, esse setor exprime <strong>uma</strong> posição <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque, <strong>por</strong> <strong>meio</strong> do diferencial competitivo.<br />

Com isso, vê-se que o setor automotivo possui gran<strong>de</strong> im<strong>por</strong>tância econômica no<br />

mercado brasileiro. Segundo a ALFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes <strong>de</strong> Veículos<br />

Automotores (2016), o setor automotivo está presente em to<strong><strong>da</strong>s</strong> as regiões brasileiras e<br />

atualmente, são mais <strong>de</strong> 130 mil colaboradores diretos e 1,5 milhões <strong>de</strong> empregos na ca<strong>de</strong>ia<br />

produtiva, além <strong><strong>da</strong>s</strong> ex<strong>por</strong>tações que já chegaram a um nível <strong>de</strong> 900 mil uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s negocia<strong><strong>da</strong>s</strong><br />

em todo o país.<br />

Portanto, <strong>por</strong> ser a maior ca<strong>de</strong>ia produtiva que envolve fornecedores, montadoras,<br />

concessionárias, agentes <strong>de</strong> financiamentos, oficinas, etc., há um gran<strong>de</strong> movimento no<br />

montante <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong>ste setor, que impacta positivamente na geração <strong>de</strong> ren<strong>da</strong> e emprego<br />

para o país. (SANTOS, 2011)<br />

4. Metodologia<br />

4.1 Método<br />

O método utilizado para o <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho é classificado como estudo <strong>de</strong><br />

caso. Essa <strong>metodologia</strong> é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> como <strong>uma</strong> análise teórica com o objetivo <strong>de</strong> averiguar um<br />

estado real <strong>por</strong> <strong>meio</strong> <strong>de</strong> evidências <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos.<br />

Para Berto e Nakano (1998) essa <strong>metodologia</strong> se faz <strong>por</strong> intermédio <strong>de</strong> investigações<br />

cujo resultado apresenta um estudo relevante e completo a respeito <strong>de</strong> um fato, pessoa, grupo<br />

ou organização e que possibilita o entendimento específico do objeto <strong>de</strong> pesquisa.<br />

A Figura 5 <strong>de</strong>monstra a sistemática metodológica em que o estudo foi <strong>de</strong>senvolvido,<br />

com o intuito <strong>de</strong> facilitar a leitura e o entendimento do trabalho.<br />

Figura 5 – Sistemática metodológica<br />

10


4.2 Objeto <strong>de</strong> estudo<br />

O estudo <strong>de</strong> caso foi realizado em <strong>uma</strong> <strong>empresa</strong> multinacional do setor automotivo,<br />

estabeleci<strong>da</strong> no Sul <strong>de</strong> Minas Gerais, fun<strong>da</strong><strong>da</strong> em 1920 com se<strong>de</strong> na Alemanha. A companhia<br />

atua como fornecedora <strong>de</strong> componentes e sistemas para acionamentos automotivos e aplicações<br />

industriais e atualmente conta com 76.000 colaboradores distribuídos em 170 locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

produção e 15 gran<strong>de</strong>s centros <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

A <strong>empresa</strong>, objeto <strong>de</strong>sse estudo, é subdividi<strong>da</strong> <strong>por</strong> mini-fábricas, sendo elas: peças sem<br />

cobertura, peças com cobertura, peças <strong>de</strong> aço nitretado, peças <strong>de</strong> aço 3 peças, buchas, bronzinas,<br />

pré-usinagem, fundição, ferramentaria e máquinas. A organização possui <strong>de</strong>partamentos que<br />

abrangem diversas áreas aten<strong>de</strong>ndo a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s varia<strong><strong>da</strong>s</strong>. Esse estudo, no entanto, envolve<br />

a área <strong>de</strong> Assistência Técnica a Cliente (ATC), fun<strong>da</strong>mental para a operação <strong>da</strong> <strong>empresa</strong>,<br />

consi<strong>de</strong>rando que o seu principal objetivo é a satisfação do cliente. A função do <strong>de</strong>partamento<br />

ATC consiste em <strong>da</strong>r su<strong>por</strong>te técnico aos <strong>clientes</strong>, auxiliá-los na <strong>aplicação</strong> <strong>de</strong> peças e nos<br />

procedimentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>smontagem e montagem <strong>de</strong> motores, e ain<strong>da</strong> oferecer soluções <strong>de</strong><br />

<strong>problemas</strong> relacionados ao funcionamento do sistema e dos produtos adquiridos pelo cliente.<br />

As informações utiliza<strong><strong>da</strong>s</strong> para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sse estudo <strong>de</strong> caso, basea<strong><strong>da</strong>s</strong> no<br />

banco <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> <strong>empresa</strong>, referem-se às <strong>reclamações</strong> <strong>de</strong> <strong>clientes</strong> recebi<strong><strong>da</strong>s</strong> pela ATC durante<br />

o período <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2014 a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2015. Os <strong>da</strong>dos compreen<strong>de</strong>m as seguintes<br />

especificações: <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> ocorrência, categoria do produto, <strong>de</strong>scrição <strong>da</strong> falha, origem do<br />

problema, cliente e tipo <strong>de</strong> problema.<br />

5. <strong>Análise</strong> do problema<br />

5.1 Priorização do problema<br />

Para averiguar a <strong>aplicação</strong> do Método <strong>de</strong> <strong>Análise</strong> e Solução <strong>de</strong> Problemas (<strong>MASP</strong>)<br />

realiza<strong>da</strong> pela <strong>empresa</strong> foi selecionado um problema, <strong>de</strong>ntre os que foram classificados como<br />

prioritário através <strong>da</strong> <strong>aplicação</strong> do Diagrama <strong>de</strong> Pareto e outras <strong>ferramentas</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Inicialmente, foi realiza<strong>da</strong> <strong>uma</strong> análise dos tipos <strong>de</strong> <strong>problemas</strong> encontrados pela<br />

<strong>empresa</strong>, tais como: Visual, Dimensional, Pintura, Rótulo, Mistura, Embalagem, Operacional,<br />

Oxi<strong>da</strong>ção, Material e Outros. A verificação do tipo <strong>de</strong> problema com maior número <strong>de</strong><br />

<strong>reclamações</strong> foi feita <strong>por</strong> <strong>meio</strong> <strong>da</strong> análise do Diagrama <strong>de</strong> Pareto, como apresenta a Figura 6.<br />

11


100%<br />

90%<br />

80%<br />

70%<br />

60%<br />

50%<br />

40%<br />

30%<br />

20%<br />

10%<br />

0%<br />

45%<br />

68% 74% 79% 85% 90% 95% 96%<br />

98% 100%<br />

Figura 6 – Tipos <strong>de</strong> <strong>problemas</strong><br />

Analisando o gráfico, as <strong>reclamações</strong> <strong>de</strong> <strong>clientes</strong> relaciona<strong><strong>da</strong>s</strong> a produtos com <strong>problemas</strong><br />

<strong>de</strong>tectados <strong>de</strong> forma visual são responsáveis <strong>por</strong> 45% <strong><strong>da</strong>s</strong> <strong>reclamações</strong> totais realiza<strong><strong>da</strong>s</strong> durante<br />

o período <strong>de</strong> verificação.<br />

Dando continui<strong>da</strong><strong>de</strong> ao uso <strong>da</strong> ferramenta Diagrama <strong>de</strong> Pareto, realizou-se <strong>uma</strong> análise<br />

dos <strong>de</strong>partamentos responsáveis pela origem dos <strong>problemas</strong> visuais, e conforme a Figura 7 foi<br />

averiguado que a área <strong>de</strong> Métodos e Processos é responsável pela maior <strong>por</strong>centagem (59%)<br />

<strong><strong>da</strong>s</strong> <strong>reclamações</strong> aciona<strong><strong>da</strong>s</strong>.<br />

100%<br />

90%<br />

80%<br />

70%<br />

60%<br />

50%<br />

40%<br />

30%<br />

20%<br />

10%<br />

0%<br />

Métodos e<br />

Processos<br />

59%<br />

88%<br />

96% 100%<br />

Fábrica Fornecedor Desenvolvimento<br />

Figura 7 – Origem dos <strong>problemas</strong> visuais.<br />

O Quadro 3 <strong>de</strong>monstra as <strong>reclamações</strong> <strong>de</strong> <strong>clientes</strong> cuja origem dos <strong>problemas</strong>, sendo<br />

estes do tipo visual, foram i<strong>de</strong>ntificados no <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Métodos e Processos.<br />

12


Cliente<br />

Cliente A<br />

Cliente B<br />

Cliente C<br />

Cliente D<br />

Cliente E<br />

Data <strong>da</strong> reclamação<br />

Fev/2014<br />

Out/2014<br />

Nov/2014<br />

Fev/2015<br />

Jun/2015<br />

Ago/2015<br />

Mar/2014<br />

Mar/2014<br />

Mar/2014<br />

Mar/2014<br />

Mar/2015<br />

Jan/2014<br />

Fev/2014<br />

Fev/2014<br />

Abr/2014<br />

Jul/2014<br />

Mar/2014<br />

Set/2014<br />

Mar/2015<br />

Mar/2015<br />

Mar/2014<br />

Out/2014<br />

Ago/2015<br />

Quadro 3 – Descrição <strong><strong>da</strong>s</strong> falhas<br />

Categoria do<br />

produto<br />

Anéis<br />

Anéis<br />

Anéis<br />

Anéis<br />

Buchas<br />

Cliente F Fev/ 2015 Buchas<br />

Descrição <strong>da</strong> falha do produto<br />

Rebarba no GAP<br />

Porosi<strong>da</strong><strong>de</strong> na cama<strong>da</strong> metaliza<strong>da</strong><br />

Resíduo <strong>de</strong> escova no canal <strong>da</strong> mola<br />

Bati<strong>da</strong> na face <strong>de</strong> contato<br />

Bati<strong>da</strong> na face lateral<br />

Lasca na face <strong>de</strong> contato<br />

Lasca<br />

Defeitos Visuais<br />

Oxi<strong>da</strong>ção<br />

Lasca<br />

Porosi<strong>da</strong><strong>de</strong> na face lateral<br />

Lasca na face <strong>de</strong> contato<br />

Ausência <strong>de</strong> rebaixo interno<br />

Oxi<strong>da</strong>ção<br />

Lasca no GAP<br />

Falha no furo <strong>de</strong> gás<br />

Lasca na face <strong>de</strong> contato<br />

Lasca na face <strong>de</strong> contato<br />

Porosi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Lasca no canto lateral<br />

Rebarbas no furo <strong>de</strong> lubrificação<br />

Canal interrompido<br />

Marca <strong>de</strong> cavaco na superfície externa<br />

Defeito no diâmetro interno e rebarbas<br />

nos furos oblongos<br />

Cliente G Abr/2014 Anéis Rebarba na fen<strong>da</strong><br />

Cliente H Jul/2015 Buchas Bati<strong><strong>da</strong>s</strong> no chanfro interno<br />

Cliente I Mar/2014 Arruelas Garra quebra<strong>da</strong><br />

Cliente J Jan/2015 Buchas Trinca no escareado do furo<br />

Cliente K Fev/2014 Anéis Oxi<strong>da</strong>ção<br />

As <strong>reclamações</strong> <strong>de</strong> <strong>clientes</strong> são trata<strong><strong>da</strong>s</strong> pela <strong>empresa</strong> <strong>de</strong> imediato e não são classifica<strong><strong>da</strong>s</strong><br />

<strong>de</strong> acordo com o grau <strong>de</strong> im<strong>por</strong>tância. Assim, logo que recebem a reclamação já se inicia a<br />

<strong>aplicação</strong> do <strong>MASP</strong>, juntamente com outras <strong>ferramentas</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, para a <strong>tratativa</strong> do<br />

problema em questão. Das <strong>reclamações</strong> apresenta<strong><strong>da</strong>s</strong> no Quadro acima, 76% referem-se a<br />

<strong>problemas</strong> nos anéis e 21% em buchas.<br />

É possivel analisar, através <strong>da</strong> Figura 8, que <strong>de</strong>ntre os <strong>clientes</strong> com maior <strong>por</strong>centagem<br />

<strong>de</strong> reclamação estão os <strong>clientes</strong> A, B e C, com 21%, 17% e 14%, respectivamente. To<strong><strong>da</strong>s</strong> as<br />

<strong>reclamações</strong> <strong>de</strong>sses <strong>clientes</strong> têm anéis como a categoria <strong>de</strong> produto. Os <strong>clientes</strong> <strong>de</strong> F a K<br />

registraram os menores índices <strong>de</strong> <strong>problemas</strong>, abrangendo arruelas, anéis e buchas.<br />

13


25%<br />

20%<br />

15%<br />

10%<br />

21%<br />

17%<br />

14%<br />

10%<br />

5%<br />

3%<br />

0%<br />

Figura 8 – Reclamações <strong>por</strong> cliente<br />

Como o intuito <strong>de</strong>sse artigo é avaliar a <strong>metodologia</strong> na <strong>tratativa</strong> <strong>de</strong> <strong>problemas</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificados <strong>por</strong> <strong>clientes</strong>, foi <strong>de</strong>signado o problema “bati<strong>da</strong> na face lateral”, sendo acionado<br />

pelo cliente A, para <strong>de</strong>monstrar a <strong>metodologia</strong> <strong>MASP</strong>.<br />

5.2 Demonstração <strong>da</strong> <strong>tratativa</strong> <strong>de</strong> <strong>problemas</strong><br />

Para exemplificar a <strong>tratativa</strong> <strong>de</strong> <strong>problemas</strong> adota<strong>da</strong> pela <strong>empresa</strong>, selecionou-se <strong>uma</strong> não<br />

conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> específica: bati<strong>da</strong> na face lateral. Tal problema foi encontrado no produto anel<br />

<strong>de</strong> óleo do pistão, cuja a <strong>aplicação</strong> <strong>da</strong> <strong>metodologia</strong> <strong>MASP</strong> é <strong>de</strong>monstra<strong>da</strong> nas etapas a seguir.<br />

5.2.1 I<strong>de</strong>ntificação<br />

O problema <strong>de</strong>nominado: bati<strong>da</strong> na face lateral, ocorreu próximo ao diâmetro interno<br />

do anel e foi <strong>de</strong>tectado <strong>de</strong> forma visual em <strong>uma</strong> <strong><strong>da</strong>s</strong> operações realiza<strong>da</strong> pelo Cliente A. Com a<br />

finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver o problema a ser analisado, utilizou-se a ferramenta 5W2H,<br />

representa<strong>da</strong> no Quadro 4.<br />

Quadro 4 – Descrição <strong>da</strong> reclamação<br />

Descrição do problema<br />

O que? Anel com bati<strong>da</strong> na face lateral próximo ao diâmetro interno<br />

Quem? Operador responsável pela montagem do conjunto (*) no motor<br />

5W On<strong>de</strong>? Linha <strong>de</strong> montagem do cliente<br />

Quando? Junho <strong>de</strong> 2015<br />

Por Quê? Não aplicável<br />

2H<br />

Como? Durante a inspeção do componente antes <strong>da</strong> montagem do motor<br />

Quanto? Não aplicável<br />

Obs: (*) conjunto abrange os anéis e o pistão que são montados no motor<br />

14


Na <strong>aplicação</strong> <strong>da</strong> ferramenta <strong>MASP</strong> para a análise <strong>de</strong> <strong>uma</strong> reclamação e sua solução, se<br />

faz necessário o uso <strong>da</strong> ação <strong>de</strong> contenção para que não ocorra o mesmo problema enquanto se<br />

analisa a causa raiz. Essa etapa age como <strong>uma</strong> barreira, não permitindo, <strong>por</strong> <strong>meio</strong> <strong>de</strong> inspeções<br />

efetua<strong><strong>da</strong>s</strong> nos lotes que ain<strong>da</strong> serão entregues ao cliente, que possíveis <strong>problemas</strong> prossigam<br />

para a linha <strong>de</strong> montagem do cliente final.<br />

A ação é realiza<strong>da</strong> fazendo-se inspeções nos lotes presentes no estoque do cliente final,<br />

no estoque do cliente intermediário, nos lotes que estão sendo trans<strong>por</strong>tados <strong>da</strong> <strong>empresa</strong> para o<br />

cliente intermediário, no estoque <strong>da</strong> <strong>empresa</strong> e ain<strong>da</strong> nas peças que estão sendo processa<strong><strong>da</strong>s</strong>.<br />

Após a ação <strong>de</strong> contenção verificou-se que não havia mais peças que apresentavam<br />

bati<strong>da</strong> na face lateral, como no anel reclamado.<br />

Para a resolução do problema foi necessária a formação <strong>de</strong> <strong>uma</strong> equipe composta pelos<br />

responsáveis <strong><strong>da</strong>s</strong> áreas <strong>de</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, Produção, Controle <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, Engenharia <strong>de</strong><br />

Processo, Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Cliente e Engenharia <strong>de</strong> Métodos e Processos, além do apoio do<br />

operador <strong>da</strong> máquina <strong>de</strong> retífica, bem como do responsável pela Inspeção Final.<br />

O Quadro 5 <strong>de</strong>monstra a <strong>aplicação</strong> <strong>da</strong> ação <strong>de</strong> contenção para a reclamação em questão<br />

e seus resultados.<br />

Quadro 5 – Ação <strong>de</strong> contenção<br />

Local Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> Itens inspecionados Reprovação<br />

Estoque do cliente final<br />

666 kits<br />

(contendo o anel <strong>de</strong> óleo)<br />

376 Kits inspecionados entre os<br />

dias 12 <strong>de</strong> junho 2015 e 16 <strong>de</strong><br />

junho <strong>de</strong> 2015;<br />

290 Kits inspecionados entre os<br />

dias 16 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2015 e 18 <strong>de</strong><br />

junho <strong>de</strong> 2015.<br />

Zero<br />

Estoque Cliente<br />

100 % inspecionados no dia 12 <strong>de</strong><br />

5794 anéis<br />

Intermediário<br />

junho <strong>de</strong> 2015.<br />

Zero<br />

Trânsito entre <strong>empresa</strong><br />

e cliente<br />

Zero peças - -<br />

Estoque <strong>empresa</strong> Zero peças - -<br />

Processo <strong>da</strong> <strong>empresa</strong><br />

Aproxima<strong>da</strong>mente 7000<br />

peças<br />

Itens foram acompanhados pela<br />

Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e Engenharia <strong>de</strong><br />

Processo, para que não ocorresse a<br />

mesma falha durante o processo<br />

Zero<br />

15


5.2.2 Observação e análise<br />

Na fase <strong>de</strong> observação não foram <strong>de</strong>monstra<strong><strong>da</strong>s</strong> as informações pertinentes para a<br />

solução do problema, seguindo-se diretamente para a fase <strong>de</strong> análise <strong><strong>da</strong>s</strong> causas potenciais.<br />

A etapa <strong>de</strong> análise foi composta <strong>por</strong> quatro análises subsequentes com o objetivo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>finir a causa raiz geradora do problema. A seguir, são <strong>de</strong>scritas essas etapas.<br />

a. <strong>Análise</strong> visual<br />

A primeira análise realiza<strong>da</strong> foi a avaliação visual do anel recebido pela área <strong>de</strong> ATC<br />

com o intuito <strong>de</strong> averiguar se a bati<strong>da</strong> encontra<strong>da</strong> pelo operador, durante inspeção do conjunto,<br />

foi <strong>uma</strong> falha proveniente <strong>da</strong> <strong>empresa</strong>. A Figura 9 apresenta a bati<strong>da</strong> encontra<strong>da</strong> próximo ao<br />

diâmetro interno do anel <strong>de</strong> óleo.<br />

Figura 9 – Bati<strong>da</strong> no anel<br />

b. <strong>Análise</strong> dimensional<br />

Após a verificação <strong>da</strong> análise visual, foi realizado a análise dimensional, com o intuito<br />

<strong>de</strong> verificar se as dimensões <strong>de</strong> alg<strong>uma</strong>s características do anel, como espessura radial, força<br />

tangencial, altura paralela e folgas entre pontas, estavam <strong>de</strong>ntro do especificado.<br />

Como <strong>de</strong>monstrado na Tabela 1, a coluna <strong>de</strong> resultados aponta que as dimensões estão<br />

conformes. É im<strong>por</strong>tante salientar que para manter sigilo <strong><strong>da</strong>s</strong> dimensões <strong>da</strong> peça, as<br />

especificações foram multiplica<strong><strong>da</strong>s</strong> <strong>por</strong> um <strong>de</strong>terminado fator.<br />

16


c. <strong>Análise</strong> metalográfica<br />

Tabela 1 – Características dimensionais do anel<br />

Característica Especificação Resultado<br />

Espessura radial 6,81 – 7,29 7,14 – 7,17<br />

Força tangencial 171,3 – 231,9 185,5 – 190,5<br />

Altura paralela 10,41 – 10,47 10,434 – 10,443<br />

Folga entre pontas 0,75 – 1,65 0,87 – 0,96<br />

A análise metalográfica foi realiza<strong>da</strong> pela equipe com o objetivo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar se a<br />

bati<strong>da</strong> ocorreu após, ou antes do processo <strong>de</strong> Nitretação. A Figura 10 apresenta a região com a<br />

bati<strong>da</strong>, i<strong>de</strong>ntificando o núcleo do anel e a cama<strong>da</strong> nitreta<strong>da</strong> à esquer<strong>da</strong>, assim como a região<br />

oposta à bati<strong>da</strong> à direita.<br />

Figura 10 – <strong>Análise</strong> metalográfica<br />

Com base no resultado obtido através <strong>da</strong> análise, po<strong>de</strong>-se afirmar que a bati<strong>da</strong> ocorreu<br />

antes do processo <strong>de</strong> nitretação, pois a cama<strong>da</strong> nitreta<strong>da</strong> acompanha o <strong>de</strong>feito encontrado no<br />

anel e para garantir on<strong>de</strong> se limitou a falha, realizou-se a avaliação <strong>da</strong> etapa <strong>de</strong> Retificação 2.<br />

Essa avaliação foi fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> nas informações do cliente A, afirmando que o anel<br />

girava livremente <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> canaleta do pistão e a mola girava livremente <strong>de</strong>ntro do canal <strong>de</strong><br />

óleo. Portanto, concluiu-se que a falha ocorreu antes <strong>da</strong> operação <strong>de</strong> Nitretação e Retificação 2,<br />

pois caso o anel tivesse sido <strong>da</strong>nificado nas operações posteriores à Retificação 2, a altura<br />

paralela estaria comprometi<strong>da</strong> e o anel não giraria na canaleta do pistão livremente, po<strong>de</strong>ndo<br />

travar ou girar com interferências.<br />

O perímetro <strong>de</strong>finido pela análise foi a operação <strong>de</strong> Retificação 1, pois é a única<br />

operação que gera contato na região <strong>da</strong> falha antes do processo <strong>de</strong> Nitretação e Retificação 2.<br />

17


A Figura 11 ilustra a sequência do processo <strong>de</strong>ste anel e i<strong>de</strong>ntifica o processo potencial para a<br />

geração <strong>da</strong> falha.<br />

Figura 11 – Sequência do processo<br />

d. <strong>Análise</strong> do perímetro <strong>de</strong>finido<br />

A reprodução <strong>da</strong> falha <strong>de</strong>tecta<strong>da</strong> pelo cliente foi realiza<strong>da</strong> <strong>por</strong> <strong>meio</strong> <strong>de</strong> <strong>uma</strong> simulação<br />

no processo <strong>de</strong> Retificação 1. Verificou-se que o efeito encontrado é muito semelhante ao<br />

problema do anel reclamado, como <strong>de</strong>monstra a Figura 12.<br />

Figura 12 – Simulação<br />

É im<strong>por</strong>tante enfatizar que o aspecto do acabamento <strong>da</strong> face lateral dos anéis <strong>da</strong><br />

simulação ain<strong>da</strong> não apresentavam acabamento do processo <strong>de</strong> Retificação 2.<br />

Finalizando a etapa <strong>de</strong> análise, concluiu-se que o efeito <strong>de</strong>tectado pelo cliente foi gerado<br />

durante o fechamento <strong>da</strong> árvore <strong>de</strong> anéis, on<strong>de</strong> se agrupa os anéis <strong>de</strong> óleo para realizar o<br />

fechamento dos mesmos, realizado pelo processo <strong>de</strong> Retificação. Os anéis que estavam nas<br />

extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s sofriam contato direto com o ferramental <strong>de</strong> fechamento em que eram colocados<br />

para a realização do processo.<br />

Assim dois fatores contribuíram diretamente para a geração <strong>da</strong> falha, sendo eles:<br />

• Ausência <strong>de</strong> calço entre o anel e o ferramental: é possível observar na Figura 13 o<br />

fechamento <strong>da</strong> árvore dos anéis e o contato direto dos anéis com o ferramental. A Figura<br />

14 apresenta as marcas na bor<strong>da</strong> <strong>de</strong>sse ferramental, gera<strong><strong>da</strong>s</strong> pelos anéis <strong><strong>da</strong>s</strong> extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

durante o fechamento <strong>da</strong> árvore.<br />

18


Figura 13 – Contato direto do anel com o ferramental <strong>de</strong> fechamento<br />

Figura 14 – Presença <strong>de</strong> marcas no ferramental <strong>de</strong> fechamento<br />

• Ausência <strong>de</strong> folga entre ferramental <strong>de</strong> fechamento e <strong>por</strong>ca: conforme a Figura 15, é<br />

possível verificar que não há <strong>uma</strong> folga entre a <strong>por</strong>ca e o ferramental <strong>de</strong> fechamento<br />

superior, transcorrendo que os anéis não têm espaço suficiente para se acomo<strong>da</strong>r durante a<br />

sua junção, gerando a sobreposição dos anéis na parte superior <strong>da</strong> árvore.<br />

Figura 15 – Ausência <strong>de</strong> folga<br />

19


Com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> comprovar a simulação, foi utilizado um anel expansor entre os<br />

anéis <strong><strong>da</strong>s</strong> extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e o ferramental <strong>de</strong> fechamento, conforme a Figura 16. Após o<br />

fechamento e a abertura <strong>da</strong> árvore, não foram i<strong>de</strong>ntifica<strong><strong>da</strong>s</strong> bati<strong><strong>da</strong>s</strong> nos anéis, pois a espessura<br />

radial do anel expansor é maior que a do anel <strong>de</strong> óleo e caso o anel <strong>de</strong> óleo estivesse <strong>de</strong>salinhado<br />

com o ferramental ocorreria o contato no anel expansor.<br />

Figura 16 – Anel expansor e sua utilização<br />

A Figura 17 ilustra como ficaria o processo com a implantação do anel expansor, <strong>por</strong>ém,<br />

para <strong>uma</strong> maior eficiência <strong>da</strong> ação toma<strong>da</strong>, consi<strong>de</strong>rou-se que o anel expansor (utilizado<br />

somente para a simulação) seria substituído <strong>por</strong> um ferramental <strong>de</strong> maior espessura, garantindo<br />

que não ocorresse contato entre o anél <strong>de</strong> óleo e o ferramental <strong>de</strong> fechamento.<br />

Figura 17 – Processo <strong>de</strong> fechamento <strong>da</strong> árvore <strong>de</strong> anéis<br />

20


À esquer<strong>da</strong> <strong>da</strong> Figura 17 está o processo <strong>de</strong> fechamento <strong>da</strong> árvore <strong>de</strong> anéis em condição<br />

que favorecia a bati<strong>da</strong> do anel no ferramental <strong>de</strong> fechamento, e à direita, o processo após ser<br />

empregue o ferramental.<br />

5.2.3 Execução e verificação <strong><strong>da</strong>s</strong> ações planeja<strong><strong>da</strong>s</strong><br />

Após ter sido encontra<strong><strong>da</strong>s</strong> as causas para o problema, foram executa<strong><strong>da</strong>s</strong> as ações<br />

estabeleci<strong><strong>da</strong>s</strong> no plano a seguir, bem como verifica<strong>da</strong> ca<strong>da</strong> ação.<br />

Quadro 6 – Plano <strong>de</strong> ação<br />

Plano <strong>de</strong> Ação<br />

Ação Responsável Data Planeja<strong>da</strong> Situação<br />

Desenvolver um ferramental com maior Engenharia <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2015 Concluído<br />

espessura para substituir o anel expansor Processos<br />

Implementar um processo <strong>de</strong> inspeção<br />

visual 100% na face lateral do anel após<br />

produção<br />

Controle <strong>da</strong><br />

Quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Junho <strong>de</strong> 2015 Concluído<br />

Implementar um processo <strong>de</strong> inspeção<br />

visual 100% <strong>de</strong> to<strong><strong>da</strong>s</strong> as faces do anel no<br />

estoque<br />

Controle <strong>da</strong><br />

Quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Junho <strong>de</strong> 2015<br />

Concluído<br />

O Quadro 6 <strong>de</strong>monstra as três ações planeja<strong><strong>da</strong>s</strong>, os responsáveis pelas ações e os prazos<br />

para a execução, além <strong>de</strong> apresentar a situação <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> <strong>uma</strong> <strong>de</strong>las. To<strong><strong>da</strong>s</strong> as ações foram<br />

executa<strong><strong>da</strong>s</strong> com êxito. Cabe salientar, no entanto, que não foi <strong>de</strong>monstrado o método utilizado<br />

na verificação <strong>da</strong> eficácia <strong>de</strong>ssas ações. A próxima etapa, to<strong>da</strong>via, aju<strong>da</strong> a vali<strong>da</strong>r a efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do plano.<br />

5.2.4 Padronização e conclusões<br />

Para a prevenção contra o reaparecimento do problema, foi acrescentado as seguintes<br />

padronizações ao processo:<br />

• Revisão do Modo <strong>de</strong> <strong>Análise</strong> e Efeito <strong>de</strong> Falha (FMEA - Failure Mo<strong>de</strong> and Effect<br />

Analysis) do processo <strong>da</strong> operação <strong>de</strong> Retificação 1 com a inclusão do modo <strong>de</strong> falha <strong>de</strong><br />

bati<strong>da</strong> na face lateral <strong>de</strong>vido à ausência <strong>de</strong> ferramental entre os anéis <strong><strong>da</strong>s</strong> extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e os<br />

ferramentais <strong>de</strong> fechamento, tendo como responsável pela ação, a Engenharia <strong>de</strong> Métodos<br />

e Processos. A atualização do FMEA foi realiza<strong>da</strong> em junho <strong>de</strong> 2015.<br />

• Revisão <strong>da</strong> Instrução <strong>de</strong> Usinagem <strong>da</strong> Operação <strong>de</strong> Retificação 1, com a inclusão do uso<br />

dos ferramentais, tendo como responsável pela revisão a equipe <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Processo.<br />

A revisão <strong>da</strong> Instrução <strong>de</strong> Usinagem foi realiza<strong>da</strong> em junho <strong>de</strong> 2015.<br />

21


• Revisão do Método <strong>de</strong> Trabalho <strong>da</strong> Operação <strong>de</strong> Retificação 1 com relação ao uso do<br />

ferramental entre os anéis <strong><strong>da</strong>s</strong> extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e os ferramentais <strong>de</strong> fechamento, e em relação<br />

ao ajuste <strong>da</strong> <strong>por</strong>ca, todos revisados pela equipe <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Métodos e Processos.<br />

Essas revisões foram fecha<strong><strong>da</strong>s</strong> em março <strong>de</strong> 2016.<br />

Com a <strong>aplicação</strong> <strong>da</strong> ferramenta <strong>MASP</strong> foi possível solucionar o problema <strong>de</strong> bati<strong>da</strong> na<br />

face lateral do anel <strong>de</strong> óleo com eficiência. A utilização <strong>de</strong>ssa ferramenta permitiu conhecer a<br />

fundo o problema, i<strong>de</strong>ntificar sua causa raiz, estabelecer ações para sua solução, além <strong>de</strong><br />

pro<strong>por</strong>cionar conhecimento para a equipe envolvi<strong>da</strong>, bem como padronizar os processos<br />

produtivos, visando à eliminação e/ou minimização <strong>da</strong> recorrência <strong>da</strong> falha.<br />

6. Consi<strong>de</strong>rações finais<br />

A <strong>aplicação</strong> do Diagrama <strong>de</strong> Pareto, <strong>da</strong> <strong>metodologia</strong> <strong>MASP</strong>, bem como <strong>de</strong> outras<br />

<strong>ferramentas</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> pro<strong>por</strong>cionou a avaliação <strong><strong>da</strong>s</strong> <strong>reclamações</strong> <strong>de</strong> <strong>clientes</strong> <strong>de</strong> <strong>uma</strong> <strong>empresa</strong><br />

do ramo automotivo, assim como auxiliou on<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem ser concentrados os esforços para a<br />

resolução dos <strong>problemas</strong>.<br />

Essas <strong>ferramentas</strong> cujas sistemáticas são enxutas e eficazes, se apresentaram eficientes<br />

para a <strong>empresa</strong>, po<strong>de</strong>ndo inclusive, esten<strong>de</strong>r suas aplicações para <strong>empresa</strong>s <strong>de</strong> segmentos<br />

diferentes, não necessariamente multinacionais, com sistemas <strong>de</strong> gestão certificados ou não,<br />

buscando a melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> nos seus processos, assim como <strong>da</strong> competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> frente<br />

ao mercado.<br />

Com a <strong>aplicação</strong> do Diagrama <strong>de</strong> Pareto, i<strong>de</strong>ntificou-se o problema visual como a<br />

principal falha <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção que induzia os <strong>clientes</strong> a acionar a <strong>empresa</strong>, acarretando em um<br />

maior impacto à organização em relação à satisfação <strong>de</strong> seus <strong>clientes</strong>. Dentre as falhas<br />

classifica<strong><strong>da</strong>s</strong> como visual, a maioria <strong>de</strong>las originou-se <strong>da</strong> área <strong>de</strong> Métodos e Processos. O cliente<br />

com o maior número <strong>de</strong> <strong>reclamações</strong> no âmbito avaliado foi o cliente A, <strong>de</strong>monstrando assim<br />

que essa ferramenta foi satisfatória para ex<strong>por</strong> on<strong>de</strong> a atenção <strong>de</strong>veria ser <strong>de</strong>spendi<strong>da</strong>.<br />

O Método <strong>de</strong> <strong>Análise</strong> e Solução <strong>de</strong> Problemas (<strong>MASP</strong>) foi apresentado e discutido nesse<br />

trabalho, a partir <strong>de</strong> <strong>uma</strong> <strong>aplicação</strong> realiza<strong>da</strong> pela <strong>empresa</strong> para a <strong>tratativa</strong> do problema “bati<strong>da</strong><br />

na face lateral” <strong>de</strong> um anel <strong>de</strong> óleo. Seguindo as etapas <strong>de</strong>ssa ferramenta foi possível i<strong>de</strong>ntificar<br />

o problema, realizar a análise <strong><strong>da</strong>s</strong> causas potenciais e encontrar soluções satisfatórias que<br />

aten<strong>de</strong>ssem às expectativas do cliente, além <strong>de</strong> prevenir a recorrência <strong>da</strong> não conformi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

22


É im<strong>por</strong>tante salientar que estruturar boas equipes para a <strong>aplicação</strong> <strong>de</strong> <strong>metodologia</strong>s e<br />

<strong>ferramentas</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> garante a melhoria contínua nos processos produtivos, administrativos<br />

e <strong>de</strong> serviços.<br />

Por fim, baseado nas <strong>metodologia</strong>s e <strong>ferramentas</strong> abor<strong>da</strong><strong><strong>da</strong>s</strong> nesse trabalho sugere-se<br />

futuramente, a elaboração <strong>de</strong> estudos para i<strong>de</strong>ntificar melhorias e/ou simplificações <strong>da</strong> <strong>tratativa</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>problemas</strong> <strong>da</strong> organização, verificar outras <strong>empresa</strong>s para investigar o modo <strong>de</strong> solução <strong>de</strong><br />

<strong>problemas</strong> utilizado, buscando melhorar o método <strong>da</strong> <strong>empresa</strong> em estudo, bem como esten<strong>de</strong>r<br />

as lições adquiri<strong><strong>da</strong>s</strong> para que as <strong>empresa</strong>s em geral possam praticá-las com um melhor<br />

<strong>de</strong>sempenho e rapi<strong>de</strong>z.<br />

Referências<br />

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