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J. M. S. Daurignac SANTO INÁCIO DE LOYOLA Fundador da Co

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J. M. S. <strong>Daurignac</strong><strong>SANTO</strong> <strong>INÁCIO</strong> <strong>DE</strong> <strong>LOYOLA</strong><strong>Fun<strong>da</strong>dor</strong> <strong>da</strong> <strong>Co</strong>mpanhia: L.0, C.4.<br />

solidão. A sua família estranhava-o a linguagem, maneiras, assuntos<br />

de conversação, Mu<strong>da</strong>ra nele, e D. Garcia preocupava-se seriamente<br />

com isso, Sabia que com um caráter enérgico e perseverante como<br />

o de Inácio, tudo o que se tentasse para o afastar do caminho em<br />

que ele entrara, encontraria a invencível barreira <strong>da</strong> sua firmeza.<br />

Além disso, Inácio não lhe falava dos seus projetos, nem lhe<br />

comunicava as suas impressões, e limitava-se deixar adivinhar que<br />

agora era todo de Deus e que o mundo não valia na<strong>da</strong> para ele.<br />

Aguar<strong>da</strong>ndo a cura completa, formava planos de vi<strong>da</strong> que acolhia e<br />

rejeitava; mas não abandonava a idéia de ir em peregrinação à<br />

Palestina. Teve, um momento, o pensamento de se retirar a um<br />

mosteiro dos Cartuxos. Chegou a enviar um dos seus servos à<br />

Cartuxa de Burgos a pedir informações sobre a regra de S. Bruno,<br />

ordenando-lhe que guar<strong>da</strong>sse segredo acerca <strong>da</strong> missão de que o<br />

encarregara. Guardá-lo-ia? É provável que não, e que fosse este<br />

servo de Inácio que despertasse as suspeitas de D. Garcia.<br />

Por fim, o nosso ferido readquiriu a liber<strong>da</strong>de dos movimentos; pôde<br />

levantar-se e an<strong>da</strong>r, mas tão longa inação e tão doloroso tratamento<br />

haviam-lhe enfraquecido a perna direita. Foi necessário fortificá-la<br />

com o ar puro e um exercício moderado. Inácio submeteu-se a este<br />

regime, cujo resultado devia secun<strong>da</strong>r os projetos que lhe<br />

alimentavam o espirito. Todos os dias <strong>da</strong>va um pequeno passeio,<br />

sem perder o recolhimento; to<strong>da</strong>s as noites se levantava para se<br />

entregar à oração por mais tempo e com mais tranquili<strong>da</strong>de que<br />

durante o dia. Gozava consolações tais neste exercício, que o desejo<br />

de retiro, de solidão e de mortificação, tornara-se para a sua alma<br />

um ver<strong>da</strong>deiro sofrimento.<br />

Uma noite, sofrendo mais ain<strong>da</strong> que de ordinário. pela necessi<strong>da</strong>de<br />

imperiosa de abandonar tudo por Deus, e estando a sua perna assaz<br />

fortifica<strong>da</strong> para lhe permitir a execução dos seus projetos, prostrouse<br />

diante duma imagem <strong>da</strong> Santíssima Virgem, pediu-lhe que<br />

aceitasse o compromisso, que ele tomava a seus pés, de só viver<br />

para a glória do seu divino Filho, e jurou-lhe, na sua linguagem de<br />

guerreiro, ser sempre fiel à sua bandeira, não servir senão na sua<br />

milícia e sob suas ordens, e ser do Filho e <strong>da</strong> Mãe, na vi<strong>da</strong> e na<br />

morte. No mesmo instante, um estrondo, semelhante a uma forte<br />

detonação, faz-se ouvir no interior do castelo e o abala até aos<br />

alicerces. O abalo foi sentido em todos os cantos <strong>da</strong> casa, mas não<br />

deixou sinais senão no quarto de D. Inácio, mais violentamente<br />

atingido, e cujos muros, <strong>da</strong>lguns pés de espessura, sofreram um<br />

file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Pr.../mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/SInacioLoiola0-4.htm (4 of 8)2006-06-01 13:06:56

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