Revista Digital Cultura Colaborativa - Edição Julho
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<strong>Edição</strong> nº 017 - Quinta-feira, 16 de Junho de 2016<br />
Porque<br />
falar de<br />
Endobranding?<br />
8 Fases para um Planejamento<br />
de Comunicação Interna Profissional<br />
p. 08<br />
Redes Sociais na empresa: perda de<br />
atenção e produtividade são equívocos<br />
p. 22<br />
Educação, conhecimento e tecnologia<br />
para geração de resultados<br />
p. 28<br />
1
EDITORIAL<br />
Esta publicação tem o objetivo<br />
de exercitar o olhar interno para<br />
compreender as relações que se<br />
estabelecem entre gerações, -e seu<br />
novos valores -, e as novas formas<br />
de utilizar as tecnologias, inserindoas<br />
no ambiente de trabalho e na<br />
comunicação.<br />
Entendemos que eliminar as<br />
ambiguidades entre o discurso<br />
e a prática e fortalecer a cultura<br />
interna é essencial para gerar<br />
engajamento. Para isso, nesta<br />
edição, voltamos nosso olhar<br />
para dentro das organizações.<br />
Discutimos a relevância de se<br />
perceber a essência do negócio e<br />
alinhá-la com o dia a dia, e também<br />
com a comunicação interna.<br />
Também abordamos a importância<br />
de se trabalhar o endomarketing,<br />
endobranding e o planejamento<br />
de estratégias de comunicação,<br />
de modo que os objetivos da<br />
organização se consolidem e sejam<br />
traduzidos em valores e benefícios<br />
reais para o negócio e seus<br />
stakeholders.<br />
Além disso, destacamos o impacto que o<br />
autoconhecimento - outra forma de olhar interno<br />
- exerce no papel que a liderança desempenha<br />
dentro dos processos da empresa, e como ela<br />
influencia e motiva os demais empregados,<br />
levando todos em busca de um objetivo maior.<br />
Tudo isso em ambientes que se tornam cada vez<br />
mais digitais e complexos, onde transitam diversas<br />
gerações com anseios e expectativas diferentes,<br />
buscando produtividade e competitividade em<br />
seus próprios termos e em um mercado com novas<br />
regras.<br />
Percebemos ainda que é essencial começar<br />
a compreender mais profundamente sobre<br />
a natureza destes ambientes digitais e como<br />
podemos utilizá-los para diversos fins. Uma<br />
das funções que mais se destaca e deve ser<br />
levada a sério pelas empresas é a possibilidade<br />
de administrar e compartilhar o conhecimento<br />
internamente, de maneira cada vez mais<br />
horizontal. É importante que a comunicação<br />
interna leve em conta que uma conexão mais forte<br />
entre pessoas pode trazer resultados inesperados<br />
e impactantes.<br />
Boa leitura!<br />
Editor & Redação<br />
Kleiton Reis<br />
Arte & Diagramação<br />
Mariana Vidal<br />
Marketing & Divulgação<br />
Cassiane Vilvert<br />
2
SUMÁRIO<br />
14<br />
Matéria de capa: Porque falar de<br />
Endobranding?<br />
04<br />
Endomarketing <strong>Digital</strong>: acerte mais!<br />
08<br />
8 Fases para um planejamento de<br />
comunicação interna profissional<br />
20<br />
<strong>Digital</strong> Workplace<br />
12<br />
Comunicação da liderança<br />
Autoconhecimento antes de tudo<br />
22<br />
Redes Sociais na empresa: perda<br />
de atenção e produtividade são<br />
equívocos<br />
28<br />
Educação, conhecimento e<br />
tecnologia para geração de<br />
resultados<br />
3
Endomarketing <strong>Digital</strong>:<br />
ACERTE MAIS!<br />
Por Diego Fávero<br />
4
Se você pensa que o marketing serve apenas<br />
para engajar consumidores, está enganado.<br />
O marketing também pode estar aliado ao<br />
RH das empresas. É o que chamamos de<br />
endomarketing. Em sua origem principal, o<br />
endomarketing é trabalhado para melhorar<br />
o clima organizacional fortalecendo as<br />
relações internas da empresa a fim de<br />
motivar os colaboradores a atingirem suas<br />
metas com maior facilidade.<br />
Confesso que até fiquei surpreso<br />
quando estava fazendo pesquisas sobre<br />
endomarketing digital. Realmente estou<br />
ficando velho. Ou será que os meios digitais<br />
estão evoluindo e tomando conta de nossas<br />
vidas tão rapidamente? Entre 2004 e 2008,<br />
vivíamos no auge do Orkut. Logo veio o<br />
Facebook para tomar dominar nossas vidas e<br />
tudo isso já faz mais de dez anos. DEZ ANOS!<br />
Parece que foi ontem…<br />
O conceito de endomarketing surgiu na<br />
década de 90, com a idéia de Saul Bekin, de<br />
que o marketing deveria, antes de qualquer<br />
outra ação, direcionar seus esforços para<br />
o público interno das organizações, que<br />
ele mesmo classifica como: colaboradores,<br />
fornecedores, acionistas, parceiros e<br />
demais agentes internos interessados nas<br />
atividades da empresa. E com o avanço das<br />
mídias digitais, na década de 2000, logo o<br />
endomarketing ganhou forças unindo-se<br />
ao digital, e passou a ser denominado de<br />
“endomarketing digital”.<br />
Certamente o e-mail foi o primeiro canal<br />
a ser inserido ao endomarketing e, desde<br />
então, novos canais foram surgindo (e<br />
espero que isso não pare nunca, pois só<br />
temos a ganhar!). Dentre eles, destacam-se,<br />
além do email: intranet, blog corporativo,<br />
vídeos, rede social interna, aplicativo mobile<br />
e tv corporativa.<br />
As ações de endomarketing, quando bem<br />
aplicadas e direcionadas, são de suma<br />
importância nas organizações, sejam elas<br />
de pequeno, médio ou grande porte.<br />
Normalmente são lideradas por equipes<br />
de comunicação interna, marketing e<br />
RH, as quais fazem todo o planejamento,<br />
acompanhamento e mensuração. Mas nem<br />
tudo são flores.<br />
Por falta de planejamento<br />
(e braço) muitas empresas<br />
acabam fazendo o<br />
endomarketing pela metade<br />
e não atingem seus objetivos.<br />
A ação, quando é lançada para os<br />
colaboradores, precisa ser difundida em<br />
um canal principal e ter uma frequência<br />
em canais divergentes. A questão é que<br />
normalmente, após seu lançamento o<br />
assunto se esfria e os canais não são<br />
bem aproveitados, como em ações de<br />
endomarketing para o time de vendas,<br />
que recebem um “desafio” de meta,<br />
prazo e motivação inicial. Se a equipe de<br />
endomarketing não trabalhar o dia a dia da<br />
campanha, postar em canais e promover<br />
a interação dos colaboradores, a ação irá<br />
esfriar e cair no esquecimento em alguns<br />
dias.<br />
Não sinta-se sozinho. O erro é muito<br />
mais comum do que imaginamos. Mas<br />
não é o caso de todo mundo, ainda mais<br />
quando a equipe é bem estruturada e<br />
investe em canais de apoio. Veja como o<br />
endomarketing digital é trabalhado em<br />
cada um dos canais.<br />
5
Email Marketing<br />
Quem é que vive sem e-mail?<br />
Pois é… o e-mail está em nossas vidas assim como as mídias digitais.<br />
Dependemos dele para nos comunicarmos, e as empresas, sabendo<br />
disso, usufruem muito bem dessa dependência. Normalmente, a<br />
campanha de endomarketing inicia-se com um email marketing,<br />
produzido pela equipe de design, aguçando o despertar e o interesse<br />
do colaborador na ação. É importante que os e-mails tenham uma<br />
frequência até o final da campanha, promovendo interações e<br />
incentivando cada vez mais a equipe.<br />
Intranet<br />
Bastante comum em grandes empresas, a intranet é um site interno<br />
que integra desde sistemas ERP e CRM, a blogs internos, em que há<br />
seções para promover comunicados do RH e de áreas específicas,<br />
jornal interno e interações entre colaboradores. Esse último, bem<br />
interessante quando há diversas filiais da empresa. Apesar de<br />
tanta tecnologia e funcionalidades, muitas intranets acabam não<br />
despertando tanto interesse do colaborador em fazê-la um canal de<br />
consulta de mensagens da empresa. Mas como disse lá em cima, ainda<br />
bem que temos sempre novos canais surgindo!<br />
Blog Corporativo<br />
Houve um tempo em que o “blog do presidente” tornou-se o queridinho das<br />
organizações. Funcionou e funciona até hoje. Deu voz ao colaborador e uma<br />
proximidade de falar e conhecer mais de perto a direção da empresa. Com<br />
isso, a diretoria aproveitou o canal para motivar o colaborador, mostrando<br />
em uma linguagem mais pessoal a importância de cada um deles na<br />
empresa, os benefícios da empresa e as motivações em cada um atingirem<br />
(e superarem) suas metas.<br />
rnbh‘k<br />
mdsvnqj<br />
Rede Social Interna<br />
A queridinha dos colaboradores ganhou uma versão corporativa. Se todo<br />
mundo adora uma rede social, como o Facebook, então por que não criar<br />
uma rede onde os colaboradores possam receber incentivos, mensagens<br />
e integração com os demais, além de premiar os maiores influenciadores e<br />
engajadores da rede?<br />
6
TV Corporativa<br />
Também conhecida como mural digital ou digital signage, a TV<br />
corporativa é um canal bastante utilizado para ações de endomarketing e<br />
comunicação interna. Popularizada nos últimos dois anos, o canal é uma<br />
excelente forma de comunicação com colaboradores, pois além de exibir<br />
mensagens motivacionais, cria um vínculo mais afetivo e efetivo com<br />
todos. A TV corporativa traz como vantagem sua administração, feita por<br />
meio de uma plataforma na nuvem que gerencia os conteúdos e distribui<br />
para cada ponto de TV espalhado por filiais da empresa.<br />
Vídeos internos<br />
A cultura de vídeos está mais em alta do que nunca. O Youtube<br />
revolucionou o mercado e os adeptos à produção de vídeos. Algumas<br />
pessoas (pasmem) vivem de criar vídeos em casa falando sobre assuntos<br />
aleatórios e faturando milhares com os views patrocinados na rede<br />
social. Para o mundo corporativo, hoje existem plataformas de vídeos<br />
que restringem aos colaboradores conteúdos da empresa em formato<br />
audiovisual. Assistir a vídeos é mais prático do que leituras extensas e são<br />
preferidos pelos funcionários que, em campanhas de endomarketing,<br />
são convidados a criarem seus próprios vídeos contando sobre a viagem<br />
que fez no final de semana, case de como bateu suas metas, além da rede<br />
contar com os vídeos do presidente, RH, gerência e por aí vai.<br />
APP - Aplicativos Mobile<br />
Esse é um canal relativamente novo. Trata-se de um aplicativo específico<br />
para comunicação interna, onde cada colaborador possui um login para<br />
acesso em que a gerência da empresa possa mensurar acessos e interações,<br />
além de distribuir entre as funcionalidades do APP conteúdos de interesse<br />
da comunicação interna, RH e endomarketing, como enviar mensagens<br />
“push notifications” para determinadas áreas da empresa, incentivando a<br />
conquistarem a premiação com o batimento das metas.<br />
Graduado em desenho industrial e pós-graduado em Gestão de<br />
Comunicação e Marketing pela ECA-USP passou por uma década na Aberje<br />
e há dois é Especialista em Inbound Marketing no Grupo Comunique-se.<br />
7
8 FASES PARA UM<br />
PLANEJAMENTO<br />
DE COMUNICAÇÃO<br />
INTERNA<br />
PROFISSIONAL<br />
Por Flávio Benetti<br />
8
Já se foi o tempo em que a<br />
Comunicação Interna (CI) era apenas<br />
uma tarefa da rotina de RH, que<br />
compreendia, basicamente, em<br />
informar os colaboradores sobre os<br />
principais acontecimentos da empresa<br />
– uma transmissão de conteúdo pura<br />
e simples, sem a preocupação de dar<br />
sentido a uma realidade.<br />
Hoje, o cenário dessa frente da<br />
Comunicação Corporativa é bem<br />
diferente. Percebeu-se que o<br />
colaborador é o principal stakeholder<br />
no intenso trabalho de se criar e<br />
manter sólidos os relacionamentos<br />
institucionais de uma empresa. Com<br />
isso, a Comunicação Interna se tornou<br />
estratégica para a propagação dos<br />
valores e crenças das corporações.<br />
A partir dessa mudança de<br />
pensamento, o ato de “informar”<br />
ascendeu para a atividade de<br />
“comunicar” – um processo bem<br />
mais complexo, que leva a uma<br />
mudança de atitude e percepção<br />
do colaborador, fazendo com que<br />
a informação seja compreendida e<br />
interpretada.<br />
Mas, para que a Comunicação Interna<br />
atinja seus objetivos e não seja só um<br />
processo informativo, sem vida, o ato<br />
de comunicar deve considerar que<br />
o conteúdo transmitido possa ser entendido por<br />
cada receptor – sem isso, o esforço é em vão!<br />
Segundo a International Association of Business<br />
Comunicators (IABC), as melhores práticas de<br />
Comunicação Interna, diante dos desafios do<br />
século 21, são:<br />
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
na<br />
Motivar os colaboradores para estarem<br />
alinhados a estratégia do negócio.<br />
Liderar e gerenciar a comunicação.<br />
Gerenciar o excesso de informação,<br />
especialmente a desorganizada.<br />
Mensurar o retorno sobre investimento<br />
comunicação interna.<br />
Com esses itens, a hora é de partir para o<br />
Planejamento de Comunicação Interna, que deve<br />
estar (fortemente!) integrado ao Planejamento<br />
Estratégico e às metas da empresa – além de<br />
contemplar a apresentação clara e objetiva do<br />
posicionamento da organização, com missão,<br />
visão e valores.<br />
9
Diagnóstico<br />
Conhecer o cenário atual, com pesquisas que<br />
transpareçam os desejos e as necessidades do<br />
colaborador. Parcerias com outras áreas permitem<br />
incrementar ainda mais esse mapeamento.<br />
Definição da Hierarquia da Informação<br />
Aprimorar e estruturar as soluções existentes,<br />
direcionando qual a natureza da informação:<br />
operacional, estratégica, técnica ou motivacional.<br />
Composição da Política<br />
Orientar e integrar as ações de comunicação da<br />
empresa, formalizando um processo que nem sempre<br />
as pessoas percebem que ocorre.<br />
Responsabilidade da Liderança<br />
Estimular os gestores a participarem do processo de<br />
comunicação, assumindo o compromisso de criar um efeito<br />
cascata da informação. Nessa etapa, também pode-se criar<br />
Comitês, Grupos ou Redes de Comunicação Interna.<br />
Controle e Manutenção<br />
Gerir o planejamento deve ser algo natural, por meio<br />
do relacionamento dos integrantes da área de CI e<br />
agências contratadas.<br />
10
Aferição de Resultados<br />
Mensurar a comunicação sem antes estabelecer os<br />
objetivos da Comunicação Interna, não é possível.<br />
Nesta etapa, pode-se aferir confiança, transparência,<br />
engajamento, alinhamento com a estratégia, satisfação,<br />
nível de entendimento, entre outras variáveis.<br />
Plataforma dos Meios<br />
Decidir os canais a serem utilizados necessita considerar<br />
os objetivos do Planejamento de CI. Cada um deles deve<br />
priorizar a efetividade/atratividade da forma, quanto a<br />
mensagem a ser entregue ao público.<br />
Plano de Ação<br />
Gerir as atividades de Comunicação Interna por meio de<br />
ações coerentes e ordenadas. Um roteiro básico: definição<br />
de objetivos, estratégias da comunicação, segmentação do<br />
público interno, táticas, prazos (cronograma) e resultados<br />
esperados.<br />
Mas, fique atento: não existe uma receita padrão de planejamento que possa<br />
ser aplicado em todos os casos, pois cada empresa tem suas características<br />
particulares, que as tornam única.<br />
E você, como planeja a CI na sua empresa?<br />
Life e Professional Coaching, especialista em comunicação pessoal, profissional e empresarial. Sua<br />
grande missão de vida é ajudar as pessoas a atingirem suas metas e a realizarem seus sonhos.<br />
Possui mais de 15 anos de experiência nas áreas de comunicação corporativa e marketing.<br />
Graduado em Comunicação Social, com MBA em Gestão de Marketing e Trends & Innovation.<br />
Certificação internacional como coaching.<br />
Para saber mais: www.fmbenetti.com.br ou envie um e-mail para fmbenetti@fmbenetti.com.br.<br />
11
Comunicação da liderança<br />
Autoconhecimento<br />
antes de tudo<br />
Por Daiane Andognini<br />
Você deve estar aí pensando que<br />
liderança e comunicação são temas<br />
relevantes, que você já ouviu falar<br />
muito sobre o assunto, já testou várias<br />
abordagens e sabe que na teoria<br />
tudo fica lindo, mas é na prática que<br />
os maiores problemas acontecem.<br />
Qual seria então o caminho para levar<br />
líderes inspiradores a exercerem<br />
sua liderança e se comunicarem de<br />
maneira eficiente na sua equipe?<br />
Antes de ditar respostas ou métodos<br />
para liderar um time, devemos falar<br />
sobre autoconhecimento, que na visão<br />
das principais teorias sobre liderança<br />
é o pontapé inicial para desenvolver<br />
qualquer habilidade, especialmente a<br />
de liderar pessoas.<br />
O autoconhecimento, segundo a<br />
Psicologia, significa o conhecimento<br />
de um indivíduo sobre si mesmo. O<br />
exercício de se conhecer melhor faz<br />
com que uma pessoa tenha maior<br />
consciência do seu modelo de mundo,<br />
12
Comunicação e liderança<br />
são antes de mais nada,<br />
a expressão de um<br />
comportamento.<br />
seus valores e crenças, suas reações<br />
e controle sobre suas emoções,<br />
independente de serem positivas ou<br />
não. Na prática, quando a sua rotina<br />
de trabalho exige liderar pessoas<br />
essa habilidade faz toda diferença,<br />
uma vez que você consegue entender<br />
e gerenciar a si próprio para assim<br />
entender e lidar melhor com os outros.<br />
O líder comunica ao seu time suas<br />
ideias, sua filosofia de trabalho, a<br />
direção que precisam seguir, ao mesmo<br />
tempo que o seu comportamento,<br />
seja ele verbal ou não verbal, está<br />
exposto para as pessoas que são ou<br />
não lideradas por ele. Sendo assim,<br />
a relação do autoconhecimento,<br />
com liderança e comunicação estão<br />
ligadas e à medida que o líder tem<br />
clara a sua ideologia profissional passa<br />
então a contratar, demitir, promover<br />
e desenvolver pessoas expressando<br />
e comunicando suas crenças internas<br />
para manter um time engajado.<br />
Comunicar na sua essência tem como<br />
objetivo influenciar o pensamento das<br />
pessoas e, assim, alterar a maneira<br />
como outro enxerga o seu mundo.<br />
Quando se trata de liderar dentro de<br />
uma empresa, o líder que desenvolve<br />
seu autoconhecimento passa a<br />
influenciar seu time a desenvolver<br />
também essa competência. Como<br />
consequência, ele consegue ter uma<br />
equipe mais consciente e responsável<br />
pelas suas escolhas, inclusive pela<br />
escolha de continuar seguindo ele pela<br />
maneira como gerencia a si mesmo e<br />
desperta propósito e motivação nos<br />
outros.<br />
A sociedade em geral está ficando<br />
mais atenta ao self-knowledge e<br />
a consequência disso é que temos<br />
indivíduos menos alienados e mais<br />
conscientes das suas escolhas sejam<br />
elas pessoais ou profissionais. O<br />
papel da liderança em relação ao<br />
modelo mental da sua equipe está<br />
em comunicar e deixar claro qual é o<br />
propósito do grupo, seja empresa, área<br />
ou mesmo uma equipe específica para<br />
um determinado projeto. O propósito<br />
irá nortear as ações das pessoas e<br />
servirá de motivação para a persistência<br />
nos resultados que a empresa precisa<br />
atingir, ou seja, as pessoas escolhem<br />
estar ali por algo maior e não apenas<br />
para cumprir tarefas.<br />
Psicologa e Coach, especialista em comportamento organizacional e MBA em<br />
Gestão de Negócios.<br />
Fundadora da HUG Consultoria. Atua com Gestão de Pessoas em startups que estão<br />
em fase de crescimento. www.hugconsultoria.com.br<br />
13
Porque falar de<br />
Endobranding?<br />
14<br />
Por Gerson Ferreira<br />
Considero marca uma identidade capaz de<br />
despertar admiração, confiança e preferência<br />
e de gerar valor econômico a uma pessoa,<br />
produto, serviço e organização. A identidade<br />
é o ponto de interseção entre a empresa e o<br />
mercado, entre o público interno e o público<br />
externo. A marca corporativa é como um<br />
espelho com duas faces. De um lado, reflete<br />
a identidade real da organização, e do outro,<br />
a imagem formada por percepções do público<br />
externo. O nível de compatibilidade entre<br />
esses dois lados, identidade e imagem, é o<br />
que determina a qualidade da reputação de<br />
uma organização.<br />
Essa identidade deve ser gerenciada para que<br />
a empresa sustente uma imagem relevante e<br />
verdadeira no contexto mercadológico, sendo<br />
assim mais competitiva. Para ser relevante,<br />
ela precisa ser capaz de promover ajustes<br />
que possibilitem acompanhar as mudanças de<br />
mercado, e para ser verdadeira, suas práticas<br />
devem refletir sua identidade. É exatamente<br />
aqui que entra o trabalho de endobranding:<br />
alinhar o comportamento da organização<br />
considerando o contexto interno e externo.
É exatamente aqui que entra o<br />
trabalho de endobranding - alinhar<br />
o comportamento da organização<br />
considerando o contexto interno e<br />
externo.<br />
Este alinhamento consiste em eliminar as<br />
ambiguidades entre o discurso e a prática<br />
das empresas. Uma empresa pode dizer<br />
que possui uma cultura que incentiva o<br />
aprendizado contínuo, simplesmente por<br />
considerar importante estar adequada à era do<br />
conhecimento, mas, na verdade, proporciona<br />
escassas ou nenhuma possibilidade de utilizar<br />
novas tecnologias ou testar novos processos<br />
de trabalho. Uma outra organização pode<br />
propagar que promove a colaboração entre seus<br />
empregados, enquanto, na verdade, o foco é<br />
estimular a competitividade, pois o que importa é<br />
o resultado ser alcançado a qualquer custo.<br />
15
Na Suíça, lá nos anos 70, a indústria<br />
relojoeira estava sendo drasticamente<br />
afetada pelos japoneses, chineses e<br />
coreanos. O motivo era a ascensão dos<br />
relógios digitais, mais baratos em função<br />
da produção em série sem comprometer<br />
a qualidade de funcionamento. Na época,<br />
essa novidade confrontou a cultura dos<br />
fabricantes suíços. Eles produziam os<br />
relógios mais caros do mundo pela sua alta<br />
precisão e por serem montados quase que<br />
artesanalmente. A Suíça perdeu participação<br />
de mercado, ficando atrás da China e<br />
Japão. As empresas suíças fabricantes de<br />
relógio tinham em sua cultura valores como<br />
perfeição e precisão. Eles se orgulhavam<br />
disso, e como resposta à concorrência<br />
oriental, resolveram aperfeiçoar ainda mais<br />
esses dois atributos. Porém, o que estava<br />
em jogo não era a excelência na precisão<br />
do relógio, mas sim um novo hábito de<br />
consumo, provocado pelos diferentes<br />
valores orientais. Alguns fabricantes suíços<br />
continuaram fiéis aos seus valores, outros<br />
os avaliaram e reagiram. Foi o caso da<br />
General Company of Swiss Watchmaking<br />
e da Societé Suisse pour L`Industrie<br />
Horlogère que se uniram e deixaram o<br />
orgulho de lado para entender o contexto<br />
externo (mercado) e ajustar sua identidade,<br />
quebrando paradigmas culturais fortíssimos.<br />
Como resultado, nasceu a marca Swiss<br />
Watch ou Swatch, como é mais conhecida.<br />
A marca manteve a tecnologia analógica,<br />
mas transformou um desafio cultural em<br />
oportunidade, criando um acessório de<br />
moda conhecido em todo o mundo.<br />
de influenciar seu desempenho e sua<br />
imagem. Hoje, no Brasil, por causa da<br />
crise econômica e política, a maioria<br />
das empresas estão muito focadas<br />
em como melhorar seus resultados,<br />
reduzindo custos, minimizando o<br />
quadro de funcionários e buscando<br />
desesperadamente por faturamento.<br />
Usam os diferenciais dos produtos,<br />
serviços e a qualidade de atendimento<br />
como argumento de venda – um<br />
discurso excessivamente similar ao dos<br />
concorrentes. Poucas estão percebendo<br />
a oportunidade de aproveitar o momento<br />
para olhar para dentro e reavaliar seu<br />
negócio, sua identidade e imagem em<br />
relação ao contexto externo. Infelizmente,<br />
a regra básica nessas empresas é<br />
sobreviver e não identificar oportunidades.<br />
Não podemos esquecer que toda crise é<br />
cíclica e se adaptar às novas realidades não<br />
Uma organização deve ser um sistema<br />
com abertura e capacidade para ajustar-se<br />
internamente e responder com agilidade<br />
e eficácia às mudanças externas capazes<br />
16
é um trabalho simples. Quanto mais adiar,<br />
maior o risco de comprometer não só a<br />
imagem, mas também sua existência.<br />
O que as duas empresas suíças fizeram foi<br />
avaliar seu status who e sua cultura interna<br />
sob forte pressão do contexto externo<br />
(mercado). Imagine a revolução interna<br />
necessária para quebrar valores tão<br />
enraizados. O público interno teve não só<br />
que aceitar a quebra de padrões rígidos de<br />
processos de trabalho, como também estar<br />
aberto a pensar de forma inovadora. Será<br />
que para ter uma empresa mais criativa,<br />
com colaboradores engajados em trabalhar<br />
no modo colaborativo, é necessário abrir<br />
mão das normas formais e processos<br />
mais rígidos voltados para o controle e<br />
desempenho? A resposta correta não<br />
está em optar por exercer uma gestão<br />
mecanicista ou orgânica, mas sim no meio<br />
termo, sem desrespeitar as características<br />
culturais da organização. Isso não implica<br />
em mudar a cultura organizacional, mas<br />
sim gerenciar sua adaptabilidade, ou seja,<br />
seu comportamento interno.<br />
Ao falar de comportamento interno,<br />
chegamos ao ponto crítico deste artigo:<br />
Não podemos esquecer<br />
que toda crise é cíclica<br />
e adaptar-se a novas<br />
realidades não é um<br />
trabalho simples. Quanto<br />
mais adiar, maior o risco<br />
de comprometer não só a<br />
imagem, mas também sua<br />
existência.<br />
17
as pessoas. É o ser humano que promove e<br />
sustenta uma mudança. O contexto externo<br />
mudou e continuará mudando a exemplo<br />
do que aconteceu na década de 70 com o<br />
mercado de relógios, mas mudanças não se<br />
limitam ao que está fora das organizações.<br />
As relações entre empregado e empregador,<br />
entre ser humano e trabalho de hoje, são<br />
mais complexos do que os de décadas<br />
atrás. O ser humano não para de evoluir,<br />
mas parece que o jeito de gerenciar as<br />
pessoas nas organizações não acompanha<br />
esta evolução na mesma velocidade, com<br />
exceção das empresas mais maduras nessa<br />
questão. Para gerenciar a adaptabilidade<br />
de uma empresa, seus gestores não podem<br />
tratar o público interno como uma massa<br />
homogênea, mas sim como indivíduos.<br />
O comportamento organizacional não pode<br />
ser visto como algo que a principal liderança<br />
pode gerenciar sozinha. A referência dos<br />
líderes é valiosa para estabelecer vínculos<br />
de confiança. Impor um jeito de fazer e uma<br />
dinâmica de trabalho é um equívoco. É um<br />
indivíduo que muda a si mesmo antes de<br />
tentar mudar o entorno. Desconsiderar o<br />
indivíduo em detrimento da massa é um<br />
caminho fadado ao fracasso. No contexto<br />
atual, a ascensão da responsabilidade<br />
individual contra o anonimato coletivo pode<br />
fazer toda a diferença nos indicadores de<br />
desempenho. É o conjunto de indivíduos que<br />
estabelece o comportamento da identidade<br />
corporativa. É preciso desenvolver uma<br />
ambição coletiva onde cada indivíduo viva<br />
um propósito capaz de contribuir para<br />
algo maior do que a organização em si. Um<br />
propósito que levante uma bandeira pela<br />
qual as pessoas estão dispostas a se dedicar<br />
é um dos elos capazes de gerar significado<br />
ao trabalho e, por este motivo, fazer com<br />
que o indivíduo se sinta motivado a se<br />
engajar num processo de mudança, inclusive<br />
de comportamento. Para desejar fazer parte<br />
de uma mudança, além de um sentido<br />
de significado, o indivíduo precisa<br />
compreender a razão da mudança e<br />
acreditar que é possível. É preciso<br />
acompanhar a evolução da mudança,<br />
comemorar as conquistas e estar<br />
disponível e disposto a contribuir para<br />
estabelecer novas rotas de ajuste caso<br />
seja necessário.<br />
O endobranding trabalha o<br />
comportamento organizacional a partir<br />
da compreensão do ambiente interno,<br />
externo e do ponto de interseção<br />
entre a organização e o mercado, ou<br />
seja, da sua identidade (o que sou) e<br />
sua imagem (como sou percebido).<br />
A partir desse entendimento, define<br />
estratégias para ajustar áreas específicas<br />
da organização. O foco não é mudar a<br />
cultura organizacional, mas entender<br />
seus códigos psicológicos e morais,<br />
capazes de dar coerência aos seus atos,<br />
deixando-a mais competitiva e apta a<br />
reagir positivamente aos movimentos<br />
do ambiente externo. Não existe<br />
cultura certa ou errada, o que existe é<br />
empresa capaz ou não de se adequar<br />
internamente aos desafios externos.<br />
Estamos vivendo a era da transparência<br />
e da legitimidade. Não adianta discurso<br />
bonito se não é capaz de se adaptar<br />
para ser realmente relevante e viver,<br />
na prática, o que diz ser. É preciso parar<br />
de seguir o movimento dos players<br />
e refletir sua verdadeira identidade,<br />
vocação e propósito. Sem trabalhar<br />
o contexto interno da organização,<br />
engajando as pessoas a impactar o<br />
mercado com soluções realmente<br />
diferenciadas e inovadoras, por<br />
meio de relacionamentos íntegros, a<br />
empresa certamente estará disputando<br />
mercado com chances minimizadas de<br />
18
ser bem-sucedida. É o comportamento<br />
organizacional e sua capacidade de<br />
inovar e agir rápido que irão ativar uma<br />
vantagem competitiva de valor e não<br />
copiável. A reputação capaz de interferir<br />
positivamente no lucro é resultado de<br />
colaboradores motivados e engajados,<br />
somados a relacionamentos transparentes<br />
e genuínos, estratégias inteligentes<br />
de marketing e produtos e serviços<br />
inovadores e com qualidade.<br />
Lembre-se que as pessoas dentro e fora<br />
da organização estão mais preparadas e<br />
dispostas a discutir francamente o que<br />
a empresa fala e faz, do que assimilar<br />
pacificamente qualquer discurso imposto<br />
e sem relevância e veracidade, por mais<br />
bonito que seja. Por este motivo, um dos<br />
maiores desafios estratégicos na gestão<br />
de pessoas é promover o alinhamento<br />
do comportamento organizacional<br />
com o ambiente externo e, para tal, o<br />
engajamento do público interno, seja<br />
para influenciar atitudes, promover<br />
relacionamentos mais adequados e<br />
propícios para o desenvolvimento de<br />
novas ideias e soluções, e principalmente,<br />
construir uma imagem que espelhe uma<br />
identidade genuína, positiva e capaz<br />
de sustentar o peso de uma reputação<br />
admirada por todos os públicos com os<br />
quais se relaciona.<br />
No contexto atual, a ascensão<br />
da responsabilidade<br />
individual contra o anonimato<br />
coletivo, pode fazer toda a<br />
diferença nos indicadores de<br />
desempenho. É o conjunto de<br />
indivíduos que estabelece o<br />
comportamento da identidade<br />
corporativa. Ver significado está<br />
relacionado a ter um propósito<br />
capaz de contribuir para algo<br />
maior do que a organização em<br />
si. Um propósito que levante uma<br />
bandeira pela qual as pessoas<br />
estão dispostas a se dedicar, é<br />
um dos elos capazes de gerar<br />
significado ao trabalho e fazer<br />
com que o indivíduo se sinta<br />
motivado a se engajar num<br />
processo de mudança inclusive<br />
de comportamento.<br />
Fundador e gestor da Bronze Branding, uma consultoria que nasceu para ajudar<br />
organizações e pessoas a sustentar relevância por meio da plenitude da identidade.<br />
www.bronzebranding.com.br<br />
19
What is <strong>Digital</strong><br />
Workplace?<br />
Por Letícia Bohrer<br />
20<br />
Olhe para trás e imagine que em 2000 você não<br />
tinha o Facebook. Você se cadastrou no Twitter<br />
somente em 2006. Para você contratar alguém<br />
precisava que a pessoa entregasse pessoalmente<br />
um currículo e mais tarde esse documento passou<br />
a chegar por e-mail. Em maio de 2003, o Linkedin<br />
chegou e “pasito a pasito” revolucionou o mercado<br />
profissional e hoje são mais de 347 milhões de<br />
usuários cadastrados no site em mais de 200<br />
países. A pergunta em 2016 é: “Por favor, me envia<br />
o link do seu Linkedin?”.<br />
A revolução digital que estamos vivenciando tem<br />
trazido um impacto real sobre as pessoas e a<br />
organização que elas estão inseridas. O cenário em<br />
que você vê todos os colaboradores sentados, de<br />
cabeça baixa, em um telefone fixo, preenchendo<br />
planilhas em um computador de mesa ficou<br />
para trás. O trabalho agora tende a ser cada vez<br />
mais colaborativo e a ser exercido de qualquer<br />
localidade, por qualquer dispositivo. Chegamos na<br />
era dos nativos digitais e trabalhamos num digital<br />
workplace.<br />
As empresas que trabalham com os nativos digitais<br />
- termo criado por Marc Prensky e que se refere<br />
aos que nasceram e cresceram com as tecnologias<br />
digitais<br />
- precisam compreender que eles são<br />
ousados e impacientes, porém esse<br />
senso de imediatismo pode ser benéfico<br />
quando aliamos o trabalho à um<br />
ambiente digital.<br />
Um time que não se restringe aos<br />
processos e tecnologias “homologados”<br />
pela empresa e chancelados pela<br />
área de TI, tem mais condições de<br />
melhorar constantemente a eficácia do<br />
seu trabalho e aumentar a vantagem<br />
competitiva.<br />
Ambiente de<br />
trabalho digital<br />
O digital workplace é uma revolução e<br />
um elemento que passou a ser essencial<br />
para empresas que cada vez mais veem<br />
um grande aumento nas suas tarefas<br />
em diferentes áreas. Já pensou estar no<br />
aeroporto, na rua ou na sua casa e não<br />
ter que se preocupar com as buzinas ou<br />
com o cachorro latindo? Não importa<br />
o ambiente, o importante é permitir<br />
que as pessoas tomem decisões reais,<br />
com uma velocidade que não reduza
a qualidade das iniciativas, mas sim<br />
que potencialize as transformações,<br />
aumentando o crescimento e a receita<br />
do profissional e da empresa.<br />
Administrar um digital workplace traz<br />
muitos desafios e requer mudanças<br />
em um mundo que está crescendo<br />
em uma velocidade arrebatadora.<br />
O primeiro grande desafio está em<br />
compreendermos de fato o que é este<br />
ambiente digital de que tanto se fala e<br />
no qual estamos inseridos. E apesar de<br />
acharmos que é uma criação dos últimos<br />
anos, ele está presente em nossas vidas<br />
desde que o primeiro computador<br />
entrou no escritório (Salve Steve<br />
Wozniak).<br />
Segundo Paul Miller, fundador da <strong>Digital</strong><br />
Workplace Group, “digital workplace<br />
consiste no conjunto de todas as<br />
ferramentas digitais fornecidas no<br />
ambiente de trabalho que possibilite<br />
aos seus empregados realizarem<br />
seu trabalho.” Na visão de Miller, a<br />
evolução das ferramentas disponíveis no<br />
ambiente corporativo está modificando<br />
a natureza de trabalho:<br />
O escritório não é mais um destino<br />
e o trabalho está cada vez mais<br />
espalhado geograficamente;<br />
O trabalho não está mais restrito<br />
das 8h às 17h e é medido pelas<br />
entregas e não mais pela presença; e<br />
Os conceitos tradicionais de<br />
confiança no trabalho estão sendo<br />
questionados e dando lugar a novos<br />
padrões.<br />
Nesse contexto, seu e-mail, calendário, ERP, rede<br />
social corporativa, sim fazem parte do digital<br />
workplace da sua empresa.<br />
E a Comunicação Interna<br />
neste Contexto?<br />
E como navegar em tantos sistemas e silos que<br />
encontramos atualmente no ambiente digital? E<br />
a comunicação através destas fronteiras digitais,<br />
como fica?<br />
Beth Gleba, especialista e consultora em<br />
Comunicação <strong>Digital</strong>, afirma que o digital irá<br />
definir como a empresa se comunica com<br />
seus empregados e que, neste sentido, os<br />
profissionais de comunicação interna se tornaram<br />
estrategistas da informação e da colaboração.<br />
Esses profissionais que vão acabar definindo<br />
como utilizar os canais digitais de comunicação,<br />
guiando a liderança em como conduzir dilemas<br />
digitais da organização, além de compreender<br />
como o trabalho ocorre e apoiar os empregados a<br />
gerir as informações, sendo ativos nas tomadas de<br />
decisão que acontecem ao longo dos seus fluxos<br />
de trabalho.<br />
O ambiente de trabalho digital facilita e<br />
proporciona valor ao negócio. Para que haja<br />
sucesso nesse cenário fértil, a organização<br />
deve ter um planejamento e estar conectada às<br />
necessidades dos colaboradores e nas constantes<br />
mudanças. As novas tecnologias se tornaram<br />
um desafio que compõem cada ambiente de<br />
trabalho, e as empresas têm a missão diária de<br />
gerir os componentes digitais na busca da maior<br />
produtividade e competitividade no mercado.<br />
Jornalista, mestranda em Jornalismo Investigativo pela Universidad del Salvador<br />
de Buenos Aires, e pós-graduanda em Gestão de Mídias Sociais e Marketing<br />
<strong>Digital</strong> pela Unisul, trabalha com reportagens especiais independentes e como<br />
Customer Success na SocialBase.<br />
21
Redes Sociais na empresa:<br />
perda de atenção e<br />
produtividade são<br />
equívocos<br />
Por Cassiane Vilvert<br />
22
Enquanto escrevia esse texto<br />
estava na empresa e parei<br />
ou fui interrompida umas<br />
seis vezes, deixando o que<br />
estava fazendo para executar<br />
outras tarefas. A cada<br />
parada e recomeço demorei<br />
cerca de dez minutos para<br />
me concentrar novamente<br />
sobre o tema inicial: perda<br />
de atenção e produtividade.<br />
Ora, que ironia!<br />
O excesso de informações<br />
e a velocidade do século 21<br />
trazem todos os dias, além<br />
de vantagens óbvias, novos<br />
problemas contemporâneos,<br />
como o burnout corporativo<br />
(“queimar por completo”,<br />
em tradução literal), que<br />
em um sentido amplo pode<br />
significar o sentimento de<br />
falha, desgaste e exaustão<br />
frente ao trabalho, ou a<br />
transformação de uma<br />
sociedade em dataholic,<br />
com pessoas literalmente<br />
viciadas em dados, que<br />
checam os mesmos assuntos<br />
em diversos locais e não<br />
conseguem parar até<br />
dissecar vários meios e<br />
canais.<br />
A tecnologia é uma realidade<br />
irreversível. Seu avanço<br />
e a propagação rápida<br />
das informações são tão<br />
notáveis que tem chamado<br />
a atenção de especialistas<br />
para a relação com doenças,<br />
estresse, ansiedade e outro<br />
males. Nas empresas, a era<br />
das pessoas superinformadas<br />
23
e o uso de dispositivos móveis e das<br />
redes sociais digitais preocupam gestores<br />
quando o assunto é a perda de atenção -<br />
exemplo que relatei no início do texto - e<br />
como isso influencia na produtividade do<br />
individuo no trabalho.<br />
Mas, antes de colocarmos a culpa deste<br />
problema toda na tecnologia, devemos nos<br />
perguntar o que é mesmo produtividade?<br />
Segundo o dicionário, a palavra<br />
corresponde a “Qualidade ou estado<br />
de produtivo; faculdade de produzir. 2<br />
Rendimento de uma atividade econômica<br />
em função de tempo, área, capital, pessoal<br />
e outros fatores de produção.” Mas essa<br />
definição não é suficiente para entender a<br />
complexidade do assunto.<br />
No Brasil, ainda é comum que empresas<br />
vejam a produtividade como uma<br />
característica isolada e quantitativa,<br />
não qualitativa, quase que de maneira<br />
mecânica. Prova disso são os intermináveis<br />
artigos com dicas, truques, e “receitas<br />
de bolo” para manter a sua capacidade<br />
de fazer/produzir em alta. Claro que<br />
práticas de organização, rotina e essas<br />
recomendações podem ajudar a manter ou<br />
melhorar o rendimento no trabalho, porém<br />
a produtividade enquanto competência<br />
humana, em uma visão mais abrangente,<br />
está relacionada a mais de um fator,<br />
que pode envolver além de distrações,<br />
sentimentos de ordem pessoal, humor,<br />
motivação e ânimo, realização e propósito<br />
ou clima organizacional, por exemplo.<br />
24
Se por um lado as redes sociais são<br />
tidas como “vilãs da produtividade”<br />
por roubar a atenção e fazer com<br />
que o usuário se disperse das tarefas<br />
que estava executando inicialmente.<br />
Por outro lado, precisamos aprender<br />
a usá-las, principalmente no mundo<br />
corporativo, porque, sem dúvidas,<br />
elas podem ser ótimas ferramentas.<br />
Segundo o relatório da KPMG<br />
Internacional, produzido a partir<br />
de uma pesquisa realizada em<br />
2011 abordando organizações<br />
e empregados em 10 países,<br />
sobre como as empresas estão se<br />
beneficiando das mídias sociais, nove<br />
em cada dez entrevistados afirmam<br />
que as redes sociais permitem acesso<br />
mais amplo ao conhecimento, e têm<br />
a satisfação no trabalho reforçada<br />
pelo uso das mídias. Além disso,<br />
mais de 80% relata uma melhora em<br />
seus relacionamentos interpessoais<br />
e no desenvolvimento de seu perfil<br />
público-profissional em rede.<br />
A pesquisa demonstra principalmente<br />
que, com a implementação e usos<br />
corretos, os benefícios das redes<br />
sociais superam os riscos. A prova<br />
disso é que apenas um terço dos<br />
entrevistados pela KPMG dizem<br />
se sentir desperdiçando tempo<br />
nas redes e afirmam ter ganhos de<br />
produtividade.<br />
Algumas empresas insistem em<br />
adotar a prática do bloqueio, atitude<br />
que hoje é questionada como<br />
solução. Ter um empregado offlline<br />
das redes sociais durante o horário<br />
de trabalho não necessariamente<br />
significa que ele está realizando a sua<br />
atividade com qualidade. Esta poderia<br />
ser apenas uma das distrações,<br />
entre e-mails, telefonemas, reuniões<br />
e até a janela do escritório onde dá pra ver os<br />
carros na rua. Proibir o uso de redes sociais não<br />
garante diretamente foco no trabalho, além<br />
de ser uma atitude restritiva, que pode gerar<br />
descontentamento entre os colaboradores que se<br />
sentem privados de algo que já está incorporado<br />
em seu dia a dia.<br />
Sobre o bloqueio das redes, a pesquisa da KPMG<br />
constata que um terço das pessoas que disseram<br />
trabalhar em organizações que adotam essa<br />
prática, também afirmam que não só continuam<br />
acessando seus perfis por outros meios - como<br />
smartphones pessoais, por exemplo - como<br />
encontraram maneiras de contornar os protocolos<br />
de segurança criados pela empresa.<br />
Além disso, o estudo também aponta que ao<br />
adotar o bloqueio de acesso para os funcionários,<br />
as empresas também podem perder performance<br />
em suas estratégias de marketing digital e de<br />
negócios, uma vez que os colaboradores não<br />
engajam com a marca online e os seus níveis de<br />
satisfação no trabalho são baixos. De acordo com a<br />
pesquisa, 63% dos colaboradores que tem o acesso<br />
às redes sociais permitido relatam estar satisfeitos<br />
com o trabalho, enquanto nas empresas que<br />
adotam o bloqueio apenas 41% diz estar contente.<br />
Já o livre acesso à internet e as redes dentro de<br />
uma empresa pode trazer vantagens quando os<br />
empregados são instruídos sobre boas práticas<br />
de utilização. As redes sociais podem até serem<br />
positivas para a atividade realizada, quando<br />
pensamos em um trabalho que precisa ser<br />
produtivo e criativo, ou sobre a possibilidade<br />
de trazer novas ideias que podem ser tiradas<br />
das redes - que também funcionam como um<br />
repositório de informações.<br />
25
E as Redes Sociais<br />
Corporativas?<br />
Para tentar minimizar o ruído na era<br />
da informação e ter empregados mais<br />
envolvidos com o trabalho, uma saída<br />
tem sido a adoção de digital workplaces<br />
ou ambientes de trabalho digitais. As<br />
gerações mais jovens já estão familiarizados<br />
com a tecnologia e entendem com maior<br />
facilidade como o seu uso ajuda nos<br />
quesitos organização, centralização,<br />
compartilhamento e integração de<br />
informações de forma ágil. Agora, as<br />
empresas precisam entender como usar<br />
isso a seu favor.<br />
De acordo com um estudo do McKinsey<br />
Global Institute (MGI), 82% das empresas<br />
se valem de alguma ferramenta social para<br />
atingir seu público e coletar ideias para o<br />
desenvolvimento de produtos, marketing<br />
e serviço. Contudo o estudo aponta que o<br />
verdadeiro potencial de uma rede está em<br />
suas aplicações internas.<br />
Redes Sociais Corporativas são geralmente<br />
softwares fornecidos como serviços para<br />
ajudar na gestão da comunicação, de<br />
arquivos e de conhecimento, permitindo<br />
aos usuários acesso à tudo que é necessário<br />
para o trabalho. De acordo com o MGI,<br />
ao estruturar a comunicação interna<br />
dentro de uma tecnologia social, há uma<br />
melhora de até 48% na produtividade<br />
de um colaborador médio. Ou seja, o<br />
tempo perdido com emails (28% da<br />
jornada laboral), telefones, e na busca de<br />
informações na intranet ou com colegas<br />
para executar tarefas cotidianas (20%)<br />
são revertidas em produtividade.<br />
Além de ser mais interessante do que<br />
as ferramenta usuais que normalmente<br />
são dispersas e “desconectadas” dentro<br />
comunicação interna da empresa, uma<br />
rede social corporativa ajuda a manter<br />
um fluxo de informação constante,<br />
promovendo a colaboração entre as<br />
pessoas, as equipes e os setores da<br />
empresa tornando o processo mais<br />
participativo, o que traz benefícios não<br />
só para a produtividade e a execução das<br />
tarefas no trabalho, mas também em<br />
termos de gestão de pessoas.<br />
Para adotar a tecnologia e colher seus<br />
benefícios, as empresas precisam mudar<br />
sua visão sobre as redes sociais - tanto<br />
as corporativas como as tradicionais<br />
(Facebook, Twitter etc), transformando<br />
suas estruturas, processos e culturas.<br />
Ao fazer isso, elas tendem a se tornar<br />
mais abertas e menos hierárquicas,<br />
constituindo confiança com os<br />
empregados.<br />
Jornalista, Social Media e curiosa. Entusiasta de inovação e cultura<br />
digital. Apaixonada por fotografia e viagens.<br />
26
27
28
Educação,<br />
conhecimento e<br />
tecnologia para<br />
geração de resultados<br />
Por Jocelito André Salvador<br />
29
DADOS<br />
Processados<br />
Informações<br />
Relevantes e<br />
acionáveis<br />
Dados relevantes<br />
e acionáveis<br />
Conhecimento<br />
O que é a era e a sociedade do<br />
conhecimento?<br />
Tenho certeza de que você,<br />
ao menos uma vez na vida, já<br />
deve ter parado para pensar na<br />
quantidade de informações às<br />
quais temos acesso hoje, em<br />
especial após a popularização<br />
da internet. Obviamente, você<br />
também já deve ter se dado conta<br />
de que não temos como processar<br />
tantos dados e informações<br />
para transformá-los, todos, em<br />
conhecimento.<br />
Para alinharmos nossas ideias<br />
iniciais, vale considerar que apenas<br />
dados relevantes e acionáveis<br />
são processados em informação<br />
e depois disso em conhecimento.<br />
E partindo deste ponto, podemos<br />
nos questionar sobre quais as<br />
relações que a educação, o<br />
conhecimento e a tecnologia<br />
podem estabelecer.<br />
Há praticamente um consenso entre os<br />
estudiosos de áreas muito diversas como<br />
sociologia, administração e economia, que a<br />
virada para o segundo milênio, marcou também<br />
uma virada da era industrial para a Era do<br />
Conhecimento.<br />
Há estudos destacando um novo padrão<br />
técnico-econômico, onde ocorre uma crescente<br />
intensidade e complexidade dos conhecimentos<br />
desenvolvidos e uma acelerada incorporação<br />
destes conhecimentos em bens e serviços<br />
produzidos e comercializados.<br />
Mesmo que a sua empresa não seja a Apple, ou<br />
seja, uma empresa baseada no conhecimento<br />
humano, muito provavelmente, ela tem alguma<br />
necessidade de agregar conhecimento aos<br />
produtos e/ou serviços, à medida que ela precisa<br />
estar sempre atenta às necessidades de inovação<br />
com base no que “dita” o mercado consumidor.<br />
Podemos caracterizar a Sociedade do<br />
Conhecimento como uma sociedade baseada<br />
em trabalhadores altamente qualificados, sendo<br />
que o conhecimento deverá ser, ou já é, o recurso<br />
fundamental e diferenciador das organizações.<br />
30
Como a tecnologia da informação<br />
e comunicação (TIC) impacta na<br />
administração do conhecimento<br />
organizacional?<br />
Para saber mais<br />
sobre Como não<br />
desperdiçar o seu<br />
conhecimento e o<br />
da sua organização<br />
acesse o artigo na<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Cultura</strong><br />
<strong>Colaborativa</strong> de<br />
Maio/16.<br />
Atualmente as tecnologias da informação<br />
e comunicação (TIC) são tão comuns entre<br />
nós que podemos não perceber como elas<br />
exercem papel central na era do conhecimento<br />
ao impulsionar um conjunto de inovações<br />
técnico-científicas, organizacionais, sociais e<br />
institucionais, gerando novas possibilidades de<br />
retorno econômico e social nas mais variadas<br />
atividades.<br />
Obviamente, hoje com o avanço da internet, de<br />
softwares e equipamentos que cabem na palma<br />
da nossa mão, somos capazes de nos conectar<br />
com pessoas do outro lado do mundo ou mesmo<br />
absorver o conhecimento de um curso que está<br />
sendo ofertado à distância.<br />
Assim, podemos dizer que as TIC são<br />
consideradas como as principais difusoras<br />
de informações e conhecimento na nossa<br />
sociedade.<br />
Naturalmente, há diversas formas de TIC que<br />
podem ser utilizadas para este fim, mas neste<br />
artigo iremos nos ater somente aos sistemas de<br />
gerenciamento de ensino e aprendizagem, ou<br />
LMS (Learning Management System) e redes<br />
sociais corporativas, que podem impactar<br />
de forma muito positiva na administração do<br />
conhecimento dentro das empresas e demais<br />
instituições.<br />
Pois bem, para iniciar sugiro que você possa<br />
considerar a possibilidade de utilizar de<br />
forma integrada um LMS com uma rede social<br />
corporativa, por que ambos se complementam<br />
e exercem papeis distintos.<br />
O LMS vai lhe ajudar a organizar o<br />
seu processo de educação e gestão<br />
do conhecimento, na medida em<br />
que você pode disponibilizar cursos,<br />
materiais didáticos na biblioteca virtual,<br />
criar trilhas de conhecimento e, como<br />
consequência, obter um aumento no<br />
nível de conhecimento das pessoas<br />
envolvidas neste processo educacional.<br />
Contudo, para que estes conhecimentos<br />
adquiridos e desenvolvidos possam<br />
se transformar em competências<br />
(conhecimento + habilidades +<br />
atitudes) é importante que possamos<br />
manter estas pessoas conectadas,<br />
independentemente de estarem<br />
distantes geograficamente.<br />
Mas, qual é a melhor forma de fazer isso<br />
na sua organização?<br />
Adotar uma rede social corporativa,<br />
além de facilitar o seu processo de<br />
comunicação e integração das pessoas,<br />
certamente vai fazer com que estas<br />
pessoas possam manter-se conectadas,<br />
trocando conhecimento e ideias e<br />
desenvolvendo suas competências de<br />
forma contínua.<br />
Além do que é muito fácil gerar as<br />
chamadas comunidades de prática, ou<br />
seja, comunidades que procuram discutir<br />
a solução de problemas reais, que muitas<br />
vezes começaram a ser tratados lá no<br />
curso que você criou e disponibilizou no<br />
seu LMS.<br />
31
O conhecimento é uma<br />
exclusividade do ser<br />
humano?<br />
Para fecharmos nossa reflexão, esse<br />
questionamento é importante, em especial<br />
quando avançamos a passos largos na<br />
expectativa de que a inteligência artificial<br />
possibilitará que atividades intelectuais<br />
exclusivas ao ser humano possam ser<br />
executadas por computadores.<br />
Administrar o conhecimento é essencial:<br />
considerando o mundo globalizado em<br />
que vivemos, que tal fazer uma melhor<br />
administração do seu conhecimento e da sua<br />
organização para tornar-se mais competitivo?<br />
Apesar de haver divergencias entre<br />
especialistas, ao menos por enquanto<br />
podemos dizer que sim, para existir<br />
conhecimento é necessário ter<br />
pessoas, e por isso, ao menos os<br />
“trabalhadores do conhecimento”, terão<br />
seu espaço garantido na sociedade em que<br />
vivemos.<br />
Dado que estamos na era do conhecimento,<br />
onde as TICs nos ajudam na administração<br />
deste conhecimento e o mesmo é uma<br />
exclusividade do ser humano, podemos<br />
concluir que:<br />
Segundo Probst, Raub e Romhardt<br />
conhecimento é o conjunto total incluindo<br />
cognição e habilidades que os indivíduos<br />
utilizam para resolver problemas. Ele<br />
inclui tanto a teoria quanto a prática, as<br />
regras do dia a dia e as instruções sobre<br />
como agir.<br />
O conhecimento baseia-se em dados e<br />
informações, mas, ao contrário deles, está<br />
sempre ligado a pessoas.<br />
Ele é construído por indivíduos<br />
e representa suas crenças sobre<br />
relacionamentos causais.<br />
32
Utilizar as TICs de forma inteligente é<br />
muito vantajosa:<br />
aqui falamos do LMS e rede social corporativa,<br />
e como podem ser utilizados em seu favor.<br />
Agora, não imagine que pelo simples fato<br />
de adotar tais ferramentas, e sair copiando<br />
o projeto do seu vizinho ou do concorrente,<br />
todos os seus problemas serão resolvidos.<br />
É muito importante ter alguns processos, que<br />
não precisam ser complexos, para estruturar<br />
o seu sistema de educação corporativa e<br />
administração do conhecimento. Contudo, sem<br />
estas ferramentas, tenha certeza de que será<br />
MUITO mais difícil obter resultados positivos<br />
para você e para sua organização.<br />
Não adianta acumularmos<br />
dados e informações se<br />
não os transformarmos em<br />
conhecimento.<br />
Desenvolver suas competências é<br />
fundamental:<br />
aproveite que não temos no horizonte formas<br />
de substituir o conhecimento humano e evolua<br />
de forma constante, ou seja, transforme o seu<br />
conhecimento em competências ao agregar<br />
habilidades e atitudes a ele.<br />
*Jocelito André Salvador, amante do conhecimento, especialista<br />
em educação corporativa, e-learning e gestão das competências<br />
críticas. CEO da Conducere Desenvolvimento Corporativo<br />
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MANTENHA SUA EQUIPE ALINHADA